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ZOONOSES P2 Larva Migrans

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Larva Migrans Cutânea
Erupção linear, serpiginosa, eritematosa, elevada e bastante pruriginosa devido ao ciclo errático da larva de Ancylostoma caninum e seu deslocamento na pele – conhecida popularmente como bicho geográfico ou bicho de praia, é uma zoonose acidental. Distribuição mundial, predileção por clima tropical e subtropical. Parasito de intestino delgado de cães e gatos no ciclo normal, os ovos são eliminados nas fezes e as larvas estão presentes livres no solo. A forma infectante é a L3, e não há período de incubação. Ocorre eritema, pápula, vesícula e prurido, que leva a infecções secundárias. Acomete principalmente pés, mãos, nádegas, pernas e antebraço. O diagnóstico é clinico, com observação da lesão caracteristicamente serpentiforme; e epidemiológico – histórico de frequentar locais prováveis de infecção. 
O tratamento é feito com Tiabendazol (primeira escolha), Albendazol e Ivermectina. A prevenção e controle são feitos através da vermifugação periódica dos animais, e ações de educação e saúde como recolher as fezes, proteger área de parques, evitar contato direto com areia e terra. Maior ocorrência em crianças devido aos seus hábitos, presença de cães e gatos em locais compartilhados com humanos – contaminação em humanos é baixa se considerar a contaminação em animais.
Lava Migrans Visceral
Síndrome infecciosa adquirida por ingestão de ovos de Toxocara canis e Toxocara cati, é uma zoonose acidental. Granulomatose larval que acomete qualquer lugar do corpo. Ocorre ingestão de ovos do parasito liberados nas fezes dos cães e gatos, e o parasito faz o ciclo errático, a larva eclode no intestino delgado e atravessa a parede para migrar por todos os órgãos via circulação, formando cistos nos locais causando sintomas específicos nos órgãos acometidos – olhos, fígado e SNC, causam miocardites, cistos musculares e pneumonia parasitária e/ou encefalites, meningites e convulsões, retinite granulomatosa pela larva migrans ocular. O período de incubação varia de semanas a anos. 
O diagnóstico é feito por sorologia (ELISA), histopatologia (no órgão acometido, observam-se as larvas), e o leucograma apresenta eosinofilia. O tratamento é feito com Mebendazol, Albendazol e sintomático (de suporte). 
As medidas de prevenção e controle adotadas para a Larva Migrans Cutânea. Deve-se lavar as mãos antes de: comer, manipular carnes e verduras, beber somente agua filtrada, evitar consumir carnes cruas ou malpassadas. Os hábitos alimentares influenciam na epidemiologia da doença.

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