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Introdução A solubilidade de um soluto é a massa do soluto que pode ser dissolvida numa certa quantidade de solvente a uma determinada temperatura, ou seja, é uma substância que tende a se dissolver espontaneamente em outra substância. A interação entre um soluto e um solvente determina quanto soluto pode se dissolver. Os solutos cujas moléculas são mais fortemente atraídas pelas moléculas de água tendem a se dissolver mais facilmente neste solvente. A quantidade de uma substância que pode se dissolver em outra depende de vários fatores como as condições externas. As soluções podem ser classificadas em: insaturadas, saturadas e supersaturadas. As soluções insaturadas são aquelas que o soluto não atingiu o máximo coeficiente de solubilidade em um determinado solvente a uma determinada temperatura. As soluções saturadas são aquelas que o soluto atingiu o máximo coeficiente de solubilidade. As supersaturadas são soluções em caso especial, em que por meio de algum artificio o soluto mesmo passado do seu coeficiente de solubilidade não se precipita, estas soluções são muito instáveis e qualquer alteração pode fazer o soluto se precipitar. Nos sais pouco solúveis (solubilidade menor que 0,01mol/L) o produto da concentração molar de íons é uma constante a uma determinada temperatura, esse produto (Kps) é chamado produto de solubilidade. Seja a equação genérica: AB ↔ A+ + B- Kps(AB) = [A+] . [B-] Alguns fatores alteram o produto de solubilidade. A Temperatura é passível de alterar um equilíbrio químico por meio da mudança de temperatura. Tal mudança depende do processo de dissolução, ou seja, se o processo é endotérmico ou exotérmico. Na situação em que há um processo endotérmico, um aumento na temperatura altera o equilíbrio para a direita. A relação entre a solubilidade de sólidos e líquidos em solventes líquidos e a pressão é de quase independência. Objetivos •Determinar a solubilidade, em mol/L, do cloreto de chumbo (PbCl2) •Determinar a constante do produto de solubilidade do cloreto de chumbo (PbCl2). Procedimentos Experimento 01 Primeiramente, aqueceu-se com o Bico de Bunsen, uma cápsula de porcelana por aproximadamente cinco minutos. Feito isso, removeu-se a cápsula do aquecimento e deixou-se esfriar sobre uma tela de amianto, até a temperatura ambiente. Em seguida, colocou-se cerca de 40,00 mL de solução saturada de cloreto de chumbo (PbCl2) em um béquer de 50,00 mL, onde registrou-se a temperatura da solução com o auxílio de um termômetro. Adicionou-se uma pequena quantidade de PbCl2(s) no béquer para certificar que a solução estava de fato saturada. Então, pesou-se a cápsula de porcelana fria juntamente com o vidro relógio. Transferiu-se com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 10,00mL da parte sobrenadante da solução de PbCl2 do béquer para a cápsula de porcelana. Feito isso, cobriu-se a cápsula com o vidro relógio e sobre uma tela de amianto no tripé, com o auxílio do Bico de Bunsen, evaporou-se cuidadosamente a água da solução até a secura. Deixou-se a cápsula com o vidro relógio e o resíduo esfriarem até a temperatura ambiente. Logo após, determinou-se a massa da cápsula de porcelana, juntamente com o vidro relógio e o resíduo, em uma balança semi-analítica, onde anotou-se a massa apresentada pela mesma. Em seguida, calculou-se a solubilidade molar (solubilidade em mol/L) do cloreto de chumbo (PbCl2) e a constante do produto de solubilidade, Kps, do mesmo, à temperatura ambiente. Experimento 02 Nesta prática inicialmente, aqueceu-se com o Bico de Bunsen outra cápsula de porcelana por cerca de cinco minutos. De seguida, removeu-se a mesma do aquecimento e deixou-se esfriar à temperatura ambiente. Então, pesou-se a cápsula de porcelana fria juntamente com o vidro relógio. Feito isso, colocou-se cerca de 40,00 mL de solução saturada de cloreto de chumbo (PbCl2) em um béquer de 50,00 mL, onde aqueceu-se o mesmo, a 40,0°C acima da temperatura determinada no experimento 01. Certificou-se que a solução continuou saturada, observando se havia resíduo sólido no fundo do béquer. Em seguida, transferiu-se com uma pipeta volumétrica, 10,00 mL da parte sobrenadante da solução de PbCl2 do béquer para a cápsula de porcelana. Cobriu-se a mesma com o vidro relógio e sobre uma tela de amianto no tripé, com o auxílio do Bico de Bunsen, evaporou-se cuidadosamente a água da solução até a secura. Então, deixou-se a cápsula de porcelana com o vidro relógio e o resíduo esfriarem até a temperatura ambiente. Após isso, determinou-se a massa do conjunto, em uma balança semi-analítica. Calculou-se a solubilidade molar (solubilidade em mol/L e a constante do produto de solubilidade, Kps, do cloreto de chumbo (PbCl2), à temperatura determinada. 3.0 Resultados e Discussão Na determinação da constante de solubilidade (Kps) do PbCl2 em temperatura ambiente (28ºC), foram pesados a cápsula de porcelana e o vidro relógio para determinar a massa do sal (PbCl2). Tabela 1- Determinação da massa do PbCl2 Cápsula + Vidro Relógio (g) Cápsula + Vidro Relógio + PbCl2 (g) Sal (g) Massa 71,310 71,418 0,108 Para calcular a constante de solubilidade do PbCl2 é necessário relacionar as concentrações dos elementos envolvidos no equilíbrio. Tabela 2- Concentrações envolvidas no equilíbrio Através de cálculos estequiométricos pode-se concluir a constante de solubilidade, obtendo as concentrações dos produtos. Tabela 2- Concentrações dos produtos. Pb2+ (mol/L) Cl- (mol/L) Concentração [ ] 3,88x10-2 7,76x10 Logo se pode calcular o Kps pela seguinte equação Kps = [Pb2+][Cl-]2 Que resultará em Kps= 2,33x10-4, que, comparando com o valor teórico de Kps do PbCl2 que é de 1,6x10-5 , assim nota-se uma certa diferença, e isso deve-se por alguns erros sistemáticos, ou seja, pode ter havido a pipetação de corpo de fundo (cloreto de chumbo que estava em excesso na solução). No segundo experimento foi determinado a Kps do cloreto de chumbo à 68ºC. O procedimento desse experimento foi o mesmo que o do experimento1 Logo, notou-se que o Kps foi 5,97x10-4 isto é, o Kps praticamente dobrou o que pode concluir-se que com o aumento da temperatura há um aumento na constante de solubilidade, isso se deve ao fato de que, como a constante é uma relação entre as concentrações de uma solução, quanto maior a concentração, logicamente maior o Kps. Isso ocorre, pois a solução foi aquecida anteriormente, o que aumentou a quantidade de soluto dissolvido, aumentando assim a quantidade dele que teríamos na cápsula de porcelana. 4.0 Conclusão Depois dos experimentos realizados, é possível concluir que a temperatura foi uma das causas da variação no cálculo do Kps (constante de solubilidade), e que, descuidos durante a realização do experimento também contribuíram para o erro no resultado obtido. Tais experiências foram independentemente dos erros ocasionados, importantes para a construção acadêmica, onde se aprendeu um pouco mais sobre a solubilidade das substâncias. 5.0 Referências ERVIM LENZI, Química Geral Experimental; Rio de Janeiro; Freitas Bastos, 2004. BROWN; LEMAY; BURSTEN. Química a Ciência Central 9ª Edição. p 324-342.
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