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Principio da Liberdade de Tráfego

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Princípio da Liberdade de Tráfego
O princípio da liberdade de tráfego está previsto no art. 150, V da Constituição Federal, e proíbe que as entidades políticas estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, através de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvadas a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
O objetivo do legislador foi evitar que os entes políticos criassem tributo incidentes sobre passagem de pessoas e bens em seus territórios. A situação era relativamente comum no passado, os tributos eram criados com finalidade arrecadatória, mas acabavam por constituir restrições ao direito que possuem as pessoas de se locomover livremente no território nacional de posse dos seus bens, hoje previsto no Art. 5º, XV da CF/88.
A regra possui exceções: A primeira é a possibilidade de cobrança do ICMS interestadual. Como um gravame incidente também sobre operações que destinam a outro Estado determinados bens e sobre a prestação de determinados serviços, o tributo interestadual acaba por constituir uma limitação ao tráfego de bens pelo território nacional, mas, como a cobrança tem fundamento constitucional, é plenamente válida, não havendo que se discutir sua legitimidade. No que se refere ao pedágio, apesar de considerado como tributo, nos termos constitucionais, é apenas aquele cobrado pelo Poder Público pela utilização de vias por ele conservadas. Atualmente, o pedágio tem sido cobrado por particulares em regime de concessão, permissão ou autorização. O regime inerente a tais formas de delegação a entidades de direitos privado é o contratual. Também terá natureza contratual o pedágio, que, em tais casos, terá a natureza de preço público ou tarifa.
A lei 10.233/2001, ao instituir a Agência Nacional de Transporte Terrestres – ANTT, previu no seu art. 26:
“ Art. 26. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte Rodoviário:
VI – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de concessão de rodovias federais a serem explorados e administradas por terceiros;
§2º. Na elaboração dos editais de licitação, para o cumprimento do disposto no inciso VI do caput, a ANTT cuidará de compatibilizar a tarifa do pedágio com as vantagens econômicas e o conforto de viagens, transferidos aos usuários em decorrência da aplicação dos recursos de sua arrecadação no aperfeiçoamento da via em que é cobrado”. 
Portanto, no caso de concessão da administração e exploração de rodovias por terceiros, o valor cobrado pela utilização será necessariamente tarifa, exação de direito privado não beneficiada pelas vantagens decorrentes do direito público, nem sujeita às respectivas restrições.

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