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INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS

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1
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS 
SANITÁRIOS
 O sistema de esgoto sanitário é o
conjunto de tubos, conexões, caixas
sifonadas e demais dispositivos,
responsável por coletar e conduzir a um
destino adequado os efluentes de esgotos
com garantia de segurança e perfeito
funcionamento.
Esgotos Sanitários
Os esgotos prediais são, ou deveriam ser, lançados na rede de esgotos da
cidade. Essa rede, que toda cidade possui ou almeja possuir, pode ser
realizada segundo um dos seguintes sistemas:
a) Sistema unitário: no qual as águas pluviais e as águas residuárias de
esgotos sanitários são conduzidas numa mesma canalização ou galeria.
b) Sistema separador absoluto: no qual há duas redes públicas
inteiramente independentes: uma para as águas pluviais e outro para as
águas residuárias de esgotos sanitários. No Brasil é o sistema adotado,
devido às vantagens que apresenta em relação ao sistema unitário, entre
as quais a exigência de menor diâmetro das canalizações e menor custo
de elevatórias e estações de tratamento.
c) Sistema misto ou separador combinado: no qual as águas de
esgotos têm canalizações próprias, mas estes condutos estão instalados
dentro das galerias de águas pluviais.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Aparelhos sanitários: são ligados à instalação predial, permitindo o uso
da água para higiene.
Esgotos Sanitários - Componentes
• Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a
passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto. A NBR
8160 recomenda um mínimo de 5 cm para altura dos fechos hídricos dos
desconectores.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Ralos: ralos secos ou comuns são caixas que possuem grelha na parte
superior, que recebem as águas de chuveiros ou de lavagem de piso. Quando
dotado de desconector, são chamados de ralos sifonados.
2
Esgotos Sanitários - Componentes
•Caixas Sifonadas: peças que recebem as águas servidas de lavatórios,
banheiras, tanques, ao mesmo tempo em que impedem o retorno dos gases
contidos nos esgotos para os ambientes internos. Também podem recolher
as águas de lavagem de piso, atraves da grelha superior.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente os efluentes dos
aparelhos sanitários.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente os efluentes dos
aparelhos sanitários.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Ramal de esgoto: recebe os efluentes dos ramais de descarga,
diretamente ou a partir de um desconector (caixa sifonada).
Esgotos Sanitários - Componentes
•Tubo de queda: tubulação vertical existente nos prédios de dois ou mais
andares que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de
descarga.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Tubo de queda: tubulação vertical existente nos prédios de dois ou mais
andares que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de
descarga.
3
Esgotos Sanitários - Componentes
•Instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações que contêm os
gases provenientes do coletor público ou da fossa séptica.
•Instalação secundária de esgoto: É o conjunto de tubulações e
dispositivos para o qual os gases do esgoto não têm acesso. Neste caso, a
passagem dos gases é impedida pelos fechos hídricos dos desconectores.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Subcoletor: É a tubulação “horizontal” que recebe os efluentes de um ou
mais tubos de queda (no caso de prédios) ou de ramais de esgoto.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Coletor predial: Trecho final da tubulação que conduz o esgoto até a rede
pública de coleta, ou ao sistema de esgoto individual.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Coletor público: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de
esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao longo do seu
comprimento.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Dispositivos de inspeção: Peça ou recipiente para inspeção, limpeza e
desobstrução das tubulações.
a) Caixa de gordura: Caixa que recebe o esgoto vindo diretamente do
ramal da cozinha. Possui um sifão que retém a gordura dentro da caixa,
impedindo que esta seja conduzida pela tubulação. Desta forma, pode-se
efetuar limpeza periódica para eliminar a gordura e demais materiais que
ficam ali retidos.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Dispositivos de inspeção:
b) Caixa de inspeção: São destinadas a permitir a inspeção, limpeza,
desobstrução, junção, mudanças de declividade e mudanças de direção das
tubulações. Devem ser instaladas, no máximo, a cada 25 metros, para facilitar
o manuseio dos equipamentos utilizados para limpeza. As caixas de inspeção
recebem o esgoto primário e por esse motivo devem ter tampas
hermeticamente fechadas (que não deixam escapar mau cheiro para o
ambiente).
4
Esgotos Sanitários - Componentes
•Dispositivos de inspeção:
c) Poços de visita: É uma caixa de inspeção com mais de um metro de
profundidade. Permite o acesso às canalizações e à realização de operações
de limpeza e desobstrução. Facilita a junção de coletores, as mudanças de
declividade, de cota, de material ou de seção das canalizações.
Distância entre poços de visita :
Coletores de 150mm e 200mm 60 a 70m;
Coletores de 250mm 70 a 80m;
Coletores de 300 a 450mm 90 a 100m.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Dispositivos de inspeção:
Os poços de visita são fechados por tampões de ferro fundido de seção
circular. Podem ser do tipo leve, para caixas em passeios onde não possam
estacionar veículos, ou do tipo pesado, de rua, onde possam passar veículos.
Os poços de visita, como aliás as caixas de inspeção, podem ser dos
seguintes tipos:
• poços de alvenaria de tijolo maciço, ou blocos de concreto, com espessura
mínima de 20cm, revestidos internamente de argamassa de cimento e areia;
• poços de concreto armado pré-moldado;
• poços de concreto armado moldado no local.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Sistema de ventilação:
A ventilação de um sistema de esgoto é composta pelos seguintes
elementos:
a) Ramal de ventilação: trecho de tubulação que interliga o desconector, ou
ramal de descarga, ou ramal de esgoto a uma coluna de ventilação.
b) Coluna de ventilação: nome dado ao tubo ventilador vertical que se
prolonga por um ou mais pavimentos.
Esgotos Sanitários - Componentes
•Sistema de ventilação:
A extremidade superior da coluna ou do tubo ventilador deve estar sempre
aberta a atmosfera, ultrapassando o telhado em, no mínimo,30 cm.
Para impedir a entrada de folhas, água da chuva e outros tipos de obstrução
na coluna de ventilação, existem os Terminais de Ventilação, fabricados nos
diâmetros de 50, 75 e 100 mm.
Esgotos Sanitários -Terminologia
• Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um
desconector veda a passagem dos gases.
•Subsistema de coleta e transporte: Conjunto de aparelhos sanitários,
tubulações e acessórios destinados a captar o esgoto sanitário e conduzi-lo a
um destino adequado.
•Subsistema de ventilação: Conjunto de tubulações ou dispositivos
destinados a encaminhar os gases para a atmosfera e evitar que os mesmos
se encaminhem para os ambientes sanitários.
NOTA - Pode ser dividido em ventilação primária e secundária.
Esgotos Sanitários -Terminologia
•Ventilação primária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo
núcleo do tubo de queda, o qual é prolongado até a atmosfera, constituindo
a tubulação de ventilação primária.
•Ventilação secundária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo
interior de colunas, ramais ou barriletes de ventilação, constituindo a
tubulação de ventilação secundária.
•Outras definições podem ser encontradas na NBR 8160.
5
Esgotos Sanitários - Simbologia
Esquema:
Esgotos Sanitários - Simbologia
Esquema:
Esgotos Sanitários - Simbologia
Esquema:
Esgotos Sanitários – Leitura de 
Projetos
Esgotos Sanitários– Leitura de 
Projetos
Esgotos Sanitários – Leitura de 
Projetos
6
Esgotos Sanitários
Série Normal:
Tubos e conexões fabricados de PVC rígido, para condução dos efluentes
dos aparelhos sanitários, inclusive das bacias sanitárias e mictórios, em
instalações prediais de esgoto e ventilação.
Esgotos Sanitários
CaracterísticasTécnicas:
•Tubos e conexões de PVC rígido, na cor branca;
•Tubos de 6 e 3 metros com ponta e bolsa;
• Juntas que aceitam o sistema soldável (com adesivo plástico) ou elástico
(com anel de borracha);
• Diâmetros: DN 40, DN 50, DN 75, DN 100, DN 150 e DN 200;
•Temperatura máxima de trabalho: 45ºC em regime não contínuo;
• Superfície interna lisa.
Esgotos Sanitários
Tubo Série Normal
Curva 45º Longa Série Normal
Curva 90º Curta Série Normal
Curvar 45º Série Normal
Esgotos Sanitários
Joelho 90º Série Normal Junção Dupla Série Normal
Tê de Inspeção Série Normal
Esgotos Sanitários
Luva de Correr Série Normal
Terminal de Ventilação Série Normal
Válvula de Retenção Série Normal
Anel de Borracha Série Normal
Esgotos Sanitários
Adesivo Plástico para PVC – Frasco e bisnaga
Solução Preparadora Frasco Pasta Lubrificante
7
Esgotos Sanitários
Série Reforçada:
Tubos e conexões de PVC rígido, fabricados com espessura de parede maior
que a linha Série Normal, para serem utilizados na condução de efluentes em
trechos que sofrem maiores impactos internos ou externos, como: tubos de
queda, subcoletores, ramais de despejo de máquinas de lavar louças
residenciais e também condutores verticais de água da chuva.
Esgotos Sanitários
CaracterísticasTécnicas:
•Tubos e conexões fabricados de PVC rígido na cor bege pérola;
•Tubos de 6 e 3 metros com ponta e bolsa;
• Diâmetros: DN 40, DN 50, DN 75, DN 100, DN 150 e DN 200;
• Juntas que aceitam o sistema soldável (com adesivo plástico) ou elástico 
(com anel de borracha);
•Temperatura máxima de trabalho: 75ºC em regime não contínuo;
• Superfície interna lisa.
Esgotos Sanitários
Tubo Série R
Curvar 45º Série Reforçada
Junção Dupla Série Reforçada
Tê Série Reforçada
Esgotos Sanitários
Joelho 90º Série Reforçada Junção Simples Série Reforçada
Tê de Inspeção Série Reforçada
Esgotos Sanitários
Tipos de juntas para esgotos sanitários:
• Juntas Elásticas:
Executadas utilizando anéis de borracha.
• Juntas Soldáveis:
Executadas utilizando adesivo plástico.
O processo de execução de juntas é o mesmo para as linhas Esgoto Série
Normal e Série Reforçada.
Esgotos Sanitários
Execução das Juntas Elásticas:
Passo 1: Limpe a ponta e a bolsa
do tubo e acomode o anel de
borracha na virola da bolsa.
Passo 2: Marque a profundidade da
bolsa na ponta do tubo.
8
Esgotos Sanitários
Passo 3: Aplique a Pasta
Lubrificante no anel e na ponta do
tubo. Não use óleo ou graxa, que
poderão atacar o anel de borracha.
Faça um chanfro na ponta do tubo
para facilitar o encaixe.
Passo 4: Encaixe a ponta
chanfrada do tubo no fundo da
bolsa, recue 5mm no caso de
tubulações expostas e 2mm para
tubulações embutidas, tendo como
referência a marca previamente
feita na ponta do tubo. Esta folga se
faz necessária para a dilatação da
junta.
Execução das juntas soldáveis:
Esgotos Sanitários
Passo 1: Utilizando uma lixa, tire o
brilho das superfícies a serem
soldadas para aumentar a área de
ataque do adesivo.
Passo 2: Limpe as superfícies lixadas
com Solução Preparadora,
eliminando impurezas e gorduras.
Observe que o encaixe deve ser
bastante justo, quase impraticável
sem o adesivo, pois sem pressão não
se estabelece a soldagem.
Esgotos Sanitários
Passo 3: Distribua uniformemente
o adesivo com o pincel ou com o
bico da própria bisnaga nas
superfícies a serem soldadas. Evite
excesso de adesivo.
Passo 4: Encaixe as partes e
promova uma leve rotação de 1/4 de
volta entre as pecas, ate que atinjam
a posição definitiva. Remova o
excesso de adesivo com a estopa.
IMPORTANTE:
As linhas Série Normal e Série Reforçada são intercambiáveis, ou seja: podem ser
encaixadas uma na outra, pois possuem o mesmo diâmetro externo. Porém, tome
cuidado com a temperatura: a linha Série Normal suporta 45°C e a Série Reforçada
suporta 75°C.
Esgotos Sanitários
Aplicação das Juntas Soldáveis e Elástica:
As juntas soldáveis são mais utilizadas em pequenos trechos horizontais, por
exemplo em pequenos trechos de banheiros e cozinhas.
Já a junta elástica não tem restrições. São muito utilizadas para tubos de
queda, tubulações enterradas e subcoletores, em grandes trechos horizontais
aparentes nos tetos das garagens. Normalmente são indicadas para
tubulações enterradas, pois se adapta melhor às movimentações naturais do
solo.
Esgotos Sanitários
Manutenção emTubulação de PVC de Esgoto
Para resolver os problemas que ocorrem em pontos localizados nos tubos
de esgoto em instalações já concluídas, em consequência de pequenos
acidentes ou vazamentos em juntas mal executadas, utiliza-se a Luva de
Correr, com pequena dimensão e um sistema de acoplamento que permite a
interligação entre dois pontos fixos.
O procedimento é simples:
Passo 1: Identifique o trecho da tubulação
danificado. O local deverá ser aberto somente
num pequeno trecho junto ao ponto afetado.
Esgotos Sanitários
Passo 2: Corte o trecho danificado e
substitua por outro da mesma
tubulação. Use duas Luvas de Correr
da Linha Esgoto, uma em cada
extremidade, aplicando Pasta
Lubrificante sobre os anéis.
Passo 3: Finalize movendo as
luvas de correr até cobrir
totalmente as emendas entre os
tubos.
Obs.: Nunca retire os anéis para passar pasta na virola. Isto pode deslocar o anel ao
se inserir a ponta do tubo, causando vazamento posteriormente.
Obs.: Nunca aplique adesivo plástico nas juntas elásticas.
9
Esgotos Sanitários
Limpeza e Manutenção dasTubulações
Para permitir o fácil acesso para limpeza e inspeção.
Abertura roscável para inspeção.
Esgotos Sanitários
Estocagem:
• Os tubos são fornecidos em barras de 3m ou 6m de comprimento,
amarrados entre si com fitas próprias.
• Para estocagem dos tubos deve-se procurar locais sombreados, livres da
ação direta ou de exposição contínua ao sol.
• Os tubos devem ser empilhados com as pontas e as bolsas alternadas.
Esgotos Sanitários
•A primeira camada de tubos tem que estar totalmente apoiada, ficando
livres apenas as bolsas. Para se conseguir esse apoio contínuo, pode ser
utilizado um tablado de madeira ou caibros (em nível) distanciados de 1,50
metros, colocados transversalmente à pilha de tubos.
Esgotos Sanitários
•Admite-se um empilhamento com altura máxima de 1,50 metros,
independente da bitola ou espessura dos tubos.
• Outra alternativa de empilhamento, é fazer camadas cruzadas, na qual os
tubos são dispostos com as pontas e as bolsas alternadas, porém, em
camadas transversais.
Esgotos Sanitários –Tratamento e 
disposição final
Em localidades onde não existe rede coletora de esgotos, faz-se
imprescindível a previsão de instalações de tratamento e disposição final dos
esgotos sanitários.
A alternativa mais comumente utilizada para tratamento de esgotos sanitários
no âmbito predial são os, também conhecidos como fossas sépticas, tanques
sépticos
No Brasil, o projeto e a execução de tanques sépticos é regido pela NBR
7229/1993.
Para disposição final, podem ser utilizados os sumidouros e as valas de
infiltração.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
É um tanque enterrado, estanque, projetado e construído para receber
esgotos domésticos, separar os sólidos dos líquidos, digerir parcialmente a
matéria orgânica, armazenar sólidos e descarregar o efluente líquido para
tratamento adicional ou destinação final. No interior de um tanque séptico
ocorrem os seguintes processos :
a) Retenção do esgoto: o esgoto é detido por um período racionalmente
estabelecido que pode variarde 24 a 12 horas, dependendo das condições
afluentes.
b) Decantação do esgoto: Simultaneamente à fase anterior, processa-se uma
sedimentação de 60 a 70% dos sólidos em suspensão contido nos esgotos,
formando-se uma substância semi-líquida denominada lodo. Parte dos sólidos
não sedimentados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais
misturados com gases, emerge e é retida na superfície livre do líquido, no
interior da fossa séptica, os quais são comumente denominados de escuma.
10
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
É um tanque enterrado, estanque, projetado e construído para receber
esgotos domésticos, separar os sólidos dos líquidos, digerir parcialmente a
matéria orgânica, armazenar sólidos e descarregar o efluente líquido para
tratamento adicional ou destinação final. No interior de um tanque séptico
ocorrem os seguintes processos :
c) Digestão anaérobia do lodo: ambos, lodo e escuma, são atacados por
bactérias anaeróbias, provocando destruição total ou parcial de material
volátil e organismos patogênicos.
d) Redução de volume do lodo: Do fenômeno anterior, digestão anaeróbia,
resultam gases, líquidos e acentuada redução de volume dos sólidos retidos e
digeridos, que adquirem características estáveis capazes de permitir que o
efluente líquido das fossas sépticas possa ser disposto em melhores
condições de segurança.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Indicações do sistema:
O uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para:
a) área desprovida de rede pública coletora de esgoto;
b) alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de rede coletora
local;
c) retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede
coletora com diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de
efluente livre de sólidos sedimentáveis.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Restrições ao uso do sistema :
O sistema em funcionamento deve preservar a qualidade das águas
superficiais e subterrâneas, mediante estrita observância das restrições da
Norma, relativas à estanqueidade e distâncias.
É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de:
a) águas pluviais;
b) despejos capazes de causar interferência negativa em qualquer fase do
processo de tratamento ou a elevação excessiva da vazão do esgoto afluente,
como os provenientes de piscinas e de lavagem de reservatórios de água.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Condições específicas:
Distâncias mínimas:
Os tanques sépticos devem observar as seguintes distâncias horizontais
mínimas:
a) 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração
e ramal predial de água;
b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento
de água;
c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.
Nota: As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima
aos elementos considerados.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Materiais :
Os materiais empregados na execução dos tanques sépticos, tampões de
fechamento e dispositivos internos devem atender às seguintes exigências:
a) resistência mecânica adequada às solicitações a que cada componente seja
submetido;
b) resistência ao ataque químico de substâncias contidas no esgoto afluente
ou geradas no processo de digestão.
11
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Dimensionamento do tanque séptico :
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
V = 1000 + N (CT + K Lf)
Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1)
T = período de detenção, em dias (ver Tabela 2)
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo
fresco (ver Tabela 3)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1)
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Geometria dos tanques :
Os tanques sépticos podem ser cilíndricos ou prismáticos retangulares.
Os cilíndricos são empregados em situações onde se pretende minimizar a área útil
em favor da profundidade; os prismáticos retangulares, nos casos em que sejam
desejáveis maior área horizontal e menor profundidade.
Medidas internas mínimas :
a) profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos recomendados na
Tabela 4, de acordo com o volume útil obtido mediante a fórmula;
b) diâmetro interno mínimo: 1,10 m;
c) largura interna mínima: 0,80 m;
d) relação comprimento/largura (para tanques prismáticos retangulares): mínimo 2:1;
máximo 4:1.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
12
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Número de câmaras :
O emprego de câmaras múltiplas em série é recomendado especialmente
para os tanques de volumes pequeno a médio, servindo até 30 pessoas. Para
observância de melhor desempenho quanto à qualidade dos efluentes,
recomendam-se os seguintes números de câmaras:
a) tanques cilíndricos: três câmaras em série;
b) tanques prismáticos retangulares: duas câmaras em série.
Dispositivos de entrada e saída :
Os dispositivos de entrada e saída, constituídos por três septos, devem
observar as seguintes relações de medidas:
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
a) dispositivo de entrada: parte emersa, pelo menos 5 cm acima da geratriz
superior do tubo de entrada, e parte imersa aprofundada até 5 cm acima do
nível correspondente à extremidade inferior do dispositivo de saída;
b) dispositivo de saída: parte emersa nivelada, pela extremidade superior, ao
dispositivo de entrada, e parte imersa medindo um terço da altura útil do
tanque a partir da geratriz inferior do tubo de saída;
c) as geratrizes inferiores dos tubos de entrada e saída são desniveladas em 5
cm;
d) entre a extremidade superior dos dispositivos de entrada e saída e o plano
inferior da laje de cobertura do tanque, deve ser preservada uma distância
mínima de 5 cm.
a ≤ 5 cm
b ≥ 5 cm
c = 1/3 h
h = profundidade útil
H = altura interna total
L = comprimento interno total
W = largura interna total (≥ 80 cm)
Relação L/W:entre 2:1 e 4:1
h
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Aberturas de inspeção :
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e
disposição tais que permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados,
assim como a desobstrução dos dispositivos internos. As seguintes relações
de distribuição e medidas devem ser observadas:
a) todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão
igual ou superior a 0,60 m, que permita acesso direto ao dispositivo de
entrada do esgoto no tanque;
b) o máximo raio de abrangência horizontal, admissível para efeito de limpeza,
é de 1,50 m, a partir do qual nova abertura deve ser necessária;
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
c) a menor dimensão das demais aberturas, que não a primeira, deve ser igual
ou superior a 0,20 m;
d) os tanques prismáticos retangulares de câmaras múltiplas devem ter pelo
menos uma abertura por câmara.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Procedimentos construtivos :
Os tanques sépticos e respectivos tampões devem ser resistentes a
solicitações de cargas horizontais e verticais, em dimensões suficientes para
garantir a estabilidade em face de:
a) cargas rodantes (veículos) e reaterro, no caso dos tanques estarem
localizados em área pública,mesmo que não diretamente na via carroçável;
b) pressões horizontais de terra;
c) carga hidráulica devida à sobrelevação de lençol freático, em zonas
suscetíveis a esse tipo de ocorrência.
13
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Para tanques sépticos de uso doméstico, individuais e coletivos, na faixa de
até, aproximadamente,6,0 m³, os requisitos de estabilidade são, em geral,
atendidos por construções em alvenaria de tijolo inteiro (espessura de 20 cm
a 22 cm, fora revestimento) ou por concreto armado, moldado no local, com
espessura de 8 cm a 10 cm.
É admissível também o uso de outros materiais e componentes pré-
fabricados, como anéis de concreto armado, componentes de poliéster
armado com fibra de vidro e chapas metálicas revestidas. Nestes casos, a
resistência especificada pode ser atingida mediante espessuras inferiores às
indicadas para construção convencional.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
A laje de fundo deve ser executada antes da construção das paredes.
Os tanques devem ser estanques; os construídos em alvenaria devem ser
revestidos, internamente, com material de desempenho equivalente à camada
de argamassa de cimento e areia no traço 1:3 e espessura de 1,5 cm.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Identificação :
Os tanques devem conter uma placa de identificação com as seguintes
informações, gravadas de forma indelével, em lugar visível conforme a seguir:
a) identificação: nome do fabricante ou construtor e data de fabricação;
b) tanque dimensionado conforme a NBR 7229;
c) temperatura de referência: conforme o critério de dimensionamento
adotado; indicação da faixa de temperatura ambiente. Para tanques
dimensionados para condições mais rigorosas (T ≤ 10°C), indicar "todas";
d) condições de utilização: tabela associando números de usuários e
intervalos de limpeza permissíveis, conforme o exemplo da Figura seguinte:
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
Manutenção :
Procedimento de limpeza dos tanques :
O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidos a
intervalos equivalentes ao período de limpeza do projeto;
O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de
projeto, sempre que se verificarem alterações nas vazões efetivas de trabalho
com relação às estimadas.
Quando da remoção do lodo digerido, aproximadamente 10% de seu volume
devem ser deixados no interior do tanque.
Esgotos Sanitários –Tanque
Séptico
A remoção periódica de lodo e escuma deve ser feita por profissionais
especializados que disponham de equipamentos adequados, para garantir o
não-contato direto entre pessoas e lodo. É obrigatório o uso de botas e luvas
de borracha. Em caso de remoção manual, é obrigatório o uso de máscara
adequada de proteção.
No caso de tanques utilizados para o tratamento de esgotos não
exclusivamente domésticos, como em estabelecimentos de saúde e hotéis, é
obrigatória a remoção por equipamento mecânico de sucção e caminhão-
tanque.
Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior dos
tanques, as tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente à
remoção de gases tóxicos ou explosivos (mínimo: 5 min).
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Esgotos Sanitários –Vala de 
Infiltração
Vala de infiltração:
Vala escavada no solo, destinada à depuração e disposição final do esgoto na
subsuperfície do solo sob condição essencialmente aeróbia, contendo
tubulação de distribuição e meios de filtração no seu interior.
Esgotos Sanitários –Vala de 
Infiltração
Consiste na escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocadas tubos
de dreno com brita, que permite, ao longo do seu comprimento, escoar para
dentro do solo os efluentes provenientes da fossa séptica.
Esgotos Sanitários –Vala de 
Infiltração
Emprego da vala de infiltração
A vala de infiltração pode ser utilizada
para disposição final do efluente líquido
do tanque séptico doméstico em locais
com boa disponibilidade de área para sua
instalação e com remota possibilidade
presente ou futura de contaminação do
aquífero.
Não é recomendado o uso de vala de
infiltração onde o solo é saturado de
água.
Esgotos Sanitários – Sumidouro
Sumidouro:
É um poço escavado no chão e não impermeabilizado destinado a receber os
efluentes da Fossa Séptica, através das tubulações convenientemente
instaladas, permitindo e orientando a infiltração das águas residuárias nas
camadas subsuperficiais do terreno.
Esgotos Sanitários – Sumidouro
Ele é uma unidade de depuração e de disposição final do efluente de tanque
séptico verticalizado em relação à vala de infiltração. Devido a esta
característica, seu uso é favorável somente nas áreas onde o aquífero é
profundo.
Esgotos Sanitários – Sumidouro
Cálculo da área de infiltração:
Para o cálculo da área de infiltração deve ser considerada a área vertical
interna do sumidouro abaixo da geratriz inferior da tubulação de lançamento
do afluente no sumidouro, acrescida da superfície do fundo.
A área útil de absorção necessária é:
A = Contribuição dos Efluentes/ Capacidade de Absorção do Terreno
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Esgotos Sanitários – Sumidouro Esgotos Sanitários – Sumidouro
Distância:
A distância mínima entre as paredes dos poços múltiplos deve ser de 1,50 m.
Diâmetro interno:
O menor diâmetro interno do sumidouro deve ser de 0,30 m.
Múltiplos Sumidouros também podem ser utilizados para otimizar o sistema.

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