Buscar

Espécies de Posse

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE REGES DE DRACENA
ANA PAULA FERRAREZE
RA: 140019
MURILO ZANONI MIOLA
RA: 140265
TRABALHO DE DIREITO CIVIL: ESPÉCIES DE POSSE
DRACENA
2017
Espécies de Posse
Nem sempre a posse tem a mesma origem e nem sempre é exercida do mesmo modo e com as mesmas intenções. Há diversas espécies de posse, sendo elas:
Posse direta e posse indireta;
Posse exclusiva, composse e posses paralelas;
Posse justa e posse injusta
Posse de boa-fé e posse de má-fé;
Posse nova e posse velha;
Posse natural e posse civil ou jurídica;
Posse “ad interdicta” e posse “ad usucapionem”;
Posse “pro diviso” e posse “pro indiviso”
1 – Posse direta e posse indireta
Segundo a teoria de SAVIGNY, a posse consiste no poder de dispor fisicamente da coisa com intenção de dono, comportando-se o possuidor em relação a ela como proprietário. A simples detenção não consiste na qualidade de possuidor, pois não possui o animus domini, ou animus rem sibi habendi, é um fato que não gera consequências jurídicas. Esta a situação do locatário, do comodatário, do depositário etc., que apenas detêm a coisa, mas não a possuem, porque lhes falta a intenção de possuí-la como própria. O título, em virtude do qual a detêm, implica o reconhecimento do direito de terceira pessoa.
Na posse direta, o proprietário ou titular de direito real pode usar e gozar a coisa objeto de seu direito, direta e pessoalmente, mediante o exercício de todos os poderes que informam o seu direito. 
Na posse indireta, o titular do direito real fica com a posse indireta (ou mediata), enquanto que o terceiro fica com a posse direta. Se transfere ao terceiro o direito de usar e gozar do bem, se constituindo conduta de dono, porém este não é o dono.
A divisão da posse em direta e indireta encontra-se definida no art. 1.197 do Código Civil.
2 – Posse exclusiva, composse e posses paralelas
A posse exclusiva, é aquela de apenas um possuidor, é aquela que apenas uma pessoa, física ou jurídica tem sobre a coisa, seja ela de maneira direta ou indireta. Como por exemplo, exclusiva é a posse do arrendatário. A posse exclusiva pode ser plena ou não. Plena é a posse em que o possuidor exerce de fato os poderes inerentes à propriedade, como se sua fosse a coisa. 
Na composse, vários proprietários tem a posse da coisa, sendo eles compossuidores, que tem sobre a coisa a posse direta ou indireta. Situação pela qual duas ou mais pessoas exercem, simultaneamente, poderes possessórios sobre a mesma coisa. É o que ocorre com marido e mulher na comunhão de bens, ou seja, a composse é a exteriorização do domínio. Cada possuidor possui a sua parte, e não a parte dos outros. Na composse simples na qual cada um dos compossuidores pode exercer sozinho o poder de fato sobre a coisa, sem excluir, todavia, o dos outros compossuidores., enquanto na composse em conjunto, podem exercer o poder de fato sobre a coisa. Podem os compossuidores, também, estabelecer uma divisão de fato para a utilização pacífica do direito de cada um, surgindo, assim, a composse pro diviso. Permanecerá pro indiviso se todos exercerem, ao mesmo tempo e sobre a totalidade da coisa, os poderes de fato.
Não se confunde composse com posses paralelas, pois ocorre concorrência ou sobreposição de posses (existência de posses de natureza diversa sobre a mesma coisa). Neste caso, dá- se o desdobramento da posse em direta e indireta.
3 – Posse justa e posse injusta
Posse justa é aquela que impugna ao direito, isenta de vícios, não violenta e adquirida de acordo com os modos da lei. Não violenta, pois foi adquirida de forma mansa e pacífica. A posse injusta é, portanto, o oposto, é a posse que foi adquirida viciosamente, por violência ou clandestinidade ou por abuso do precário. É violenta, por exemplo, a posse do que toma o objeto de alguém, despojando-o à força, ou expulsa de um imóvel, por meios violentos. 
A violência empregada poderá ser física ou moral, e não se confundindo violência com má fé.
As ameaças, que tenham como consequência o abandono da posse por parte de quem as sofreu, devem ser equiparadas à violência material, e tornam viciosa a posse assim adquirida, sendo assim posse injusta.
A posse, porém, se obtida clandestinamente, até por furto, é injusta em relação ao legítimo possuidor, mas poderá ser justa em relação a um terceiro que não tenha posse alguma. Para a proteção da posse não importa seja justa ou injusta, em sentido absoluto. Basta que seja justa em relação ao adversário.
A posse que venha a ser assim adquirida, em decorrência da prática de tais ilícitos, é injusta, cuja injustiça se mantém, em relação ao precedente possuidor, viciando essa posse, em face desse precedente possuidor. Isto significa, por exemplo, que numa reintegração de posse, ainda que não obtida a medida liminar pelo autor, que foi esbulhado há mais de um ano, nem por isso deverá esse que foi esbulhado não vir a ser, afinal, reintegrado em sua posse
4 – Posse de boa fé e posse de má fé
A boa fé é um dos princípios básicos do direito civil, assim como outros. É uma regra de conduta a ser seguida por todos. Pode-se dizer que a boa-fé é a alma das relações sociais e continua representando importante papel no campo do direito, o qual lhe confere numerosos privilégios e imunidades, sobretudo em matéria de posse, atribuindo ao possuidor de boa-fé, por exemplo, direito à percepção dos frutos. Cria o domínio, premiando a constância e abençoando o trabalho; confere ao possuidor, não proprietário, os frutos provenientes da coisa possuída; exime-o de indenizar a perda ou deterioração do bem em sua posse; regulamenta a hipótese de quem, com material próprio, edifica ou planta em terreno alheio; e, ainda, outorga direito de ressarcimento ao possuidor pelos melhoramentos realizados.
O que distingue uma da outra, é a posição psicológica do possuidor. A posse de má fé, é aquela que o possuidor sabe da existência do vício e mesmo assim o tem para si, se ignora a existência de vício na aquisição da posse, ela é de boa-fé; se o vício é de seu conhecimento, a posse é de má-fé.
5 - Posse nova e posse velha
É de extrema relevância a distinção entre posse nova e velha, onde, Posse nova é a de menos de ano e dia. Posse velha é a de ano e dia ou mais. O decurso do aludido prazo tem o condão de consolidar a situação de fato, permitindo que a posse seja considerada purgada dos defeitos da violência e da clandestinidade, malgrado tal purgação possa ocorrer antes. É bastante obscura a história do direito a propósito da fixação desse prazo, havendo notícia de que estaria relacionado ao plantio e às colheitas, que geralmente levam um ano. 
No art. 1.211: “Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por modo vicioso”. O dispositivo em apreço não distingue entre a posse velha e a posse nova. Caberá ao juiz, em cada caso, avaliar a melhor posse, assim considerando a que não contiver nenhum vício. O art. 924 do Código de Processo Civil possibilita a concessão de liminar initio litis ao possuidor que intentar a ação possessória “dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho”.
Não se deve confundir posse nova com ação de força nova, nem posse velha com ação de força velha. Classifica-se a posse em nova ou velha quanto à sua idade. Todavia, para saber se a ação é de força nova ou velha, leva-se em conta o tempo decorrido desde a ocorrência da turbação ou do esbulho. Se o turbado ou esbulhado reagiu logo, intentando a ação dentro do prazo de ano e dia, contado da data da turbação ou do esbulho, poderá pleitear a concessão da liminar (CPC, art. 924), por se tratar de ação de força 88/655 nova. Passado esse prazo, no entanto, como visto, o procedimento será ordinário, sem direito a liminar, sendo a ação de força velha. É possível, assim, alguém que tenha posse velha ajuizar ação de força nova, ou de força velha, dependendo do tempo que levar para intentá-la, contado o prazo da turbação ou do esbulho,assim como também alguém que tenha posse nova ajuizar ação de força nova ou de força velha.
6 - Posse natural e posse civil ou jurídica
Posse natural é a que se constitui pelo exercício de poderes de fato sobre a coisa. Posse civil ou jurídica é a que se adquire por força da lei, sem necessidade de atos físicos ou da apreensão material da coisa. Exemplifica-se com o constituto possessório: A vende sua casa a B, mas continua no imóvel como inquilino; não obstante, B fica sendo possuidor da coisa (posse indireta), mesmo sem jamais tê-la ocupado fisicamente, em virtude da cláusula constituti, que aí sequer depende de ser expressa. 
Posse civil ou jurídica é, portanto, a que se transmite ou se adquire pelo título. Adquire-se a posse por qualquer dos modos de aquisição em geral, desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
7 - Posse “ad interdicta” e posse “ad usucapionem”
Posse ad interdicta é a que pode ser defendida pelos interditos, isto é, pelas ações possessórias, quando molestada, mas não conduz à usucapião. O possuidor, como o locatário, por exemplo, vítima de ameaça ou de efetiva turbação ou esbulho, tem a faculdade de defendê-la ou de recuperá-la pela ação possessória adequada até mesmo contra o proprietário.
Posse ad usucapionem é a que se prolonga por determinado lapso de tempo estabelecido na lei, deferindo a seu titular a aquisição do domínio. É, em suma, aquela capaz de gerar o direito de propriedade. Ao fim de um período de dez anos, aliado a outros requisitos, como o ânimo de dono, o exercício contínuo e de forma mansa e pacífica, além do justo título e boa-fé, dá origem à usucapião ordinária (CC, art. 1.242). 
Quando a posse, com essas características, prolonga-se por quinze anos, a lei defere a aquisição do domínio pela usucapião extraordinária, independentemente de título e boa-fé (CC, art. 1.238).
8 - Posse “pro diviso” e posse “pro indiviso”
Se os compossuidores têm posse somente de partes ideais da coisa, diz-se que a posse é pro indiviso. Se cada um se localiza em partes determinadas do imóvel, estabelecendo uma divisão de fato, diz-se que exerce posse pro diviso. 
Neste caso, cada compossuidor poderá mover ação possessória contra outro compossuidor que o moleste no exercício de seus direitos, nascidos daquela situação de fato.
Já a posse pro diviso é a posse materialmente localizada dentro da composse. É uma verdadeira posse individual dentro da composse, uma vez que o possuidor pro diviso, sendo a posse justa, pode executar seus direitos contra os demais compossuidores. 
WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO, por sua vez, esclarece que, na posse pro indiviso, a compossessão subsiste de direito, mas não de fato; e na posse pro diviso existe compossessão de fato e de direito.
Referência Bibliográfica: 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

Continue navegando