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Apresentação DUP[1]

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TÍTULO DE CRÉDITO
DUPLICATA
Título de Crédito
“Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado” . 
Cesar Vivante
Título de Crédito
Três são as características que distinguem os títulos de crédito dos demais documentos representativos de direitos e obrigações : 
Formalismo
Executividade
Negociabilidade
Histórico 
A Duplicata nasceu da necessidade que os comerciantes apresentavam em relação ao pagamento de compras à prazo. Os comerciantes voltaram os seus interesses para o governo, no sentido de que a um documento relativo às vendas mercantis seria afixado um selo concernente ao imposto a ser pago ao fisco. O Decreto n. 16.041 de 1923, alterado no mesmo ano pelo Decreto n. 16.189, que criou a Duplicata, contendo requisitos que satisfaziam ao governo como instrumento de fiscalização e arrecadação de imposto sobre as vendas mercantis. Com a Constituição de 1934, a competência da cobrança do imposto sobre vendas e consignações passou para os Estados, do que se elaborou nova legislação que qualificava a duplicata como representativa do contrato de compra e venda mercantil e promessa de pagamento do preço das mercadorias. Mais adiante, baixados vários decretos e leis a regulamentar a duplicata até culminar na promulgação da Lei n. 5475/68 (Lei das Duplicatas). A despeito da boa intenção do legislador, a nova lei possuía inúmeros defeitos práticos. Dessa maneira, em 1969 foi promulgado o Decreto-Lei n. 436/69 que trazia diversas alterações ao diploma, inserindo inclusive a modalidade do aceite tácito das duplicatas. A lei em questão está em vigor até os dias de hoje e é a responsável pela regulação do tema. 
Duplicata
CONCEITO
A duplicata é um título de crédito causal, facultativamente emitido pelo empresário com base em fatura representativa de compra e venda.
 
A Duplicata, espécie de título de crédito que tem origem brasileira tem como característica ser de natureza causal e a ordem, ou seja, tem uma causa que lhe da origem expressa no titulo e deve ser paga a ordem expressa nele. Tal entendimento pode ser extraído do art. 1º da Lei 5474/68 ao normatizar que “em todo contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extirá a respectiva fatura para apresentação ao comprador”. É um título formal, sendo necessário que tenha consigo todos os requisitos. Na ausência de qualquer requisito, sua eficácia jurídica estará comprometida, desfigurando o título de crédito. Não obstante, vale também dizer que é fundamental existência da anuência do devedor.
Duplicata
A Lei das Duplicatas estabelece que aquele comerciante que efetua venda a prazo (pagamento parcelado em período não inferior a 30 dias) é obrigado a emitir uma fatura mercantil relativa a venda, porém a emissão de duplicata é facultativa. Esta fatura mercantil nada mais é que uma relação das mercadorias que foram vendidas.
Duplicata
Assim, em tese aquele comerciante que efetue venda à vista não precisaria emitir esta chamada “fatura mercantil”.
 
Nota fiscal-fatura - une em um só a nota fiscal (direito tributário) e a fatura mercantil (direito comercial).
 
Desta fatura mercantil ou da NF-fatura o vendedor poderá extrair um título de crédito denominado duplicata. Note-se que ele poderá pois a emissão da duplicata não é obrigatória. 
Duplicata
Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.
Duplicata
REQUISITOS:
 a denominação "DUPLICATA", a data de sua emissão e o número de ordem; 
 o número da fatura ou NF-fatura; 
 a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; 
o nome e domicílio do vendedor (sacador) e do comprador (sacado); 
Duplicata
REQUISITOS:
a importância a pagar, em algarismos e por extenso; 
a praça de pagamento; 
a cláusula à ordem (cláusula não à ordem só pode ser inserida posteriormente); 
 a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial;
a assinatura do emitente (sacador).
A lei não admite a emissão de uma duplicata representativa de mais de uma fatura ou NF-fatura. 
Caso seja uma venda parcelada, o vendedor pode optar por emitir uma duplicata só ou várias, sendo cada uma referente a uma parcela, mas todas terão o mesmo número de ordem, sendo acrescentadas letras após o número de ordem para identificar a parcela.
 
ACEITE
A duplicata deve ser remetida pelo vendedor ao comprador para aceite no prazo de 30 dias a contar da emissão. Recebendo a duplicata, o comprador pode tomar 5 condutas diferentes:
a) assinar o título e devolver ao vendedor dentro de 10 dias do recebimento;
b) devolver sem assinatura;
c) devolver junto com declaração por escrito descrevendo o motivo da recusa do aceite;
d) não devolver o título, mas comunicar ao vendedor o aceite;
e) não devolver o título.
A falta de aceite não retira a exigibilidade da duplicata. Ao contrário da letra de câmbio, o devedor já se obriga mesmo sem dar o aceite. A recusa ao aceite de uma duplicata só pode acontecer nos seguintes casos: 
Modalidades de aceite:
a) aceite ordinário: resulta da assinatura do comprador posta no local apropriado do titulo de crédito.
b) aceite por comunicação: resulta da retenção da duplicata mercantil pelo comprador autorizado por eventual instituição financeira cobradora, com a comunicação, por escrito ao vendedor, de seu aceite.
c) aceite por presunção: resulta do recebimento das mercadorias pelo comprador, desde que não tenha havido causa legal motivadora de recusa, com ou sem devolução do título ao vendedor.
 Endosso
 
 A duplicata aceita transmissão por endosso, como os demais títulos.
 
 Aval
 
A duplicata pode ser garantida por aval, como os demais títulos.

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