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DIREITO EMPRESARIAL III - CONTRATOS

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DIREITO EMPRESARIAL III 
CONTRATOS: CONTRATOS MERCANTIS
	Também conhecidos como pacto ou convenção, os contratos consistem num acordo de duas ou mais partes com fim de criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica de índole patrimonial.
	É um instrumento de um negócio jurídico, sendo assim, segue a necessidade de cumprir os pré-requisitos do NJ, são eles: 
Agente capaz
Objeto lícito, possível determinado ou indeterminado
Forma prescrita ou não defesa em lei
Os contratos constituem fontes de obrigações entre as partes, pelas quais serão passiveis de exigências entre as partes pelas prestações recíprocas. As cláusulas contratuais são conjuntos de obrigações definidas em lei e por vontade das partes.
Para fins de interpretação dos contratos mercantis há de se observar duas características: 
Qualidade das partes; 
Presença de empresários(art. 966 do CC) ocupando ambos os polos da relação contratual estabelecida.
Destinação econômica do objeto – O objeto contratual deverá ser destinado a implementação da cadeia produtiva(um insumo a sua cadeia). Sem encerrar a cadeia econômica.
PRINCÍPIOS: 
LIBERDADE DE CONTRATAR – ART. 421 DO CC
A Liberdade de contratar deriva da autonomia privada, sendo exercida em razão e nos limites da função social do contrato. “consensualismo”. 
Não é exercida de forma absoluta. O princípio da função social dos contratos é um princípio limitador a autonomia privada, à vontade das partes. 
A liberdade de contratar tem que se coadunar a função social do contrato, aos princípios sociais e coletivos.
BOA-FÉ
As partes devem guardar consigo os deveres inerentes a honradez, a probidade, lealdade, no momento da celebração dos contratos. Não somente a boa-fé objetiva, como também a subjetiva devem ser consideradas no momento da interpretação dos contratos. 
Boa-fé subjetiva: Elemento psíquico no momento da celebração do contrato. “Tem a ver com a ignorância ou conhecimento da parte.”
Boa-fé Objetiva: Dever de bom comportamento, agir corretamente, tem a ver com o efeito comportamental da parte.
“Venire contra factum proprium”
“Supressio” Uma pratica ainda prevista no contrato, se nunca foi exercida, será suprimida. O exercício dessa prática não poderá ser feito em prejuízo de outrem. 
SUPRECRO – Decorre do surgimento de um direito em decorrência da sua prática reiterada, ainda que não prevista anteriormente.
TU QUOQUE – Não pode adotar prática contra outrem, aquilo que não gostaria que fizesse consigo.
EQUIPARAÇÃO REAL
Surge em detrimento da noção de equidade nas relações contratuais, principalmente para os casos de contratos adesivos onde as cláusulas ambíguas ou controversas deverão ter interpretação mais favorável a quem aderiu. Ademais, são nulas as cláusulas que limitam direitos que vinham a ser adquiridos em razão à própria natureza do negócio.
PRINCÍPIO DA OBSERVÂNCIA AS NORMAS DE ORDEM PÚBLICA
	
		Os contratos devem resguardar os requisitos essenciais estabelecidos em lei. Que ainda que haja a margem de discricionariedade das partes, devem ser observadas tais normas.
OBRIGATORIEDADE DAS CONVENÇÕES
		“Pacta sunt Servanda” O contrato faz lei entre as partes. Uma vez determinadas suas obrigações estas são exigíveis.
RELATIVIDADE DOS EFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
		Os efeitos da celebração do contrato somente deverão atingir as partes contratantes. 
		“Via de Regra” porque existe a hipótese de celebração do contrato com estipulação EM FAVOR de terceiro, jamais poderá ser prejudicial a ele.	
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS:
	Unilateral 
	Quanto as obrigações assumidas. Somente uma das partes assume o dever de realizar obrigações. Ex: Doação pura. (não existe contratos unilaterais no âmbito dos contratos mercantis)
	Bilateral
	Quanto as obrigações assumidas. Ambas as partes assumem o dever de realizar obrigações e vantagens. Ex: contratos mercantis
QUANTO A EXISTÊNCIA DE MODELO PRÉVIO
Típicos – Possuem previsão anterior em lei.
Atípicos – Não tem previsão em lei e derivam da autonomia da vontade das partes, mas devem ser respeitados todos os requisitos do artigo 104 do Código Civil.
QUANTO ÀS VANTAGENS PATRIMONIAIS 
No âmbito empresarial somente contratos onerosos.
QUANTO AO CONHECIMENTO DAS PRESTAÇÕES
	Comutativo 
	São os contratos em que as partes terão o conhecimento prévio a respeito das prestações e contraprestações que serão certas e equivalentes entre si. Ex: compra e venda.
	Aleatório
	As partes celebrarão contratos em que não é possível obter certeza na execução das prestações. São os contratos que envolvem risco. Ex: contrato de seguro.
QUANTO A LIBERDADE DE CONVENCIONAR 
	Paritários 
	As partes tem a liberdade de pactuar. As partes encontram-se em posição de igualdade no momento da negociação.
	Adesão
	Uma das partes determina todas as condições e cláusulas enquanto outra apenas adere à elas.
QUANTO A FORMA
	Consensual 
	São os contratos cuja a validade pressupõe apenas o acordo de vontade entre as partes. 
	Formal(solene)
	Além do consenso, a validade depende também da existência do cumprimento de uma formalidade. Ex: compra e venda de imóveis
	Real 
	Pressupõe além do consenso, o cumprimento da tradição do objeto para a realização do contrato. Ex: contrato de transporte.
QUANTO A FINALIDADE
	Principal 
	Os contratos em que o objeto encerra as próprias tratativas cumpre a pretensão com a contratação.
	Acessórios
	O seu objeto deriva do objeto de um outro contrato anterior. Ex fiança ou seguro.
QUANTO A EXECUÇÃO
	Imediata 
	Quando à execução se inicia imediatamente após a contratação 
	Diferida
	Quando a execução da prestação de uma das partes será adiada para um momento futuro certo. Ex: Compra e venda a prazo
	Sucessiva
	Quando ainda que se inicie a execução imediatamente algumas prestações são adiadas e cumpridas sucessivamente. Ex: compra e venda parcelada.
Formação dos Contratos – Art. 428 CC
A fase pré contratual estrutura-se em uma fase de tratativas ou pontuações onde as partes estão em livre discussão a respeito das regras contratuais. NÃO HÁ VINCULAÃO ENTRE AS PARTES.
 A fase contratual, politação ou oblação das propostas via de regra vincula as partes pela proposta. ART. 427 CC. Propostas vinculam o âmbito interno das partes contratantes
A fase de execução é a fase onde acontece a celebração do contrato com execução que pode ser de forma imediata, diferida ou sucessiva.
OBS: A oferta ao público equivale às propostas ART. 429
*** Artigos 30 ao 37 do CDC.
Exceções de vinculação das propostas: 
	
Se a proposta for feita à pessoa presente, sem prazo, se esta não for aceita imediatamente não há vinculação. A PROPOSTA VALE APENAS PARA AQUELE MOMENTO. 
Se feita à pessoa ausente, sem prazo, se não retorna resposta em tempo hábil, razoável – NÃO HÁ VINCULAÇÃO.
Com Prazo:
Se a proposta for feita à pessoa ausente, se não aceita dentro do prazo. NÃO HÁ VINCULAÇÃO.
Se a proposta for feita à pessoa ausente, se a retratação chega antes ou simultaneamente à proposta. NÃO HÁ VINCULAÇÃO.
CONTRATOS EPISTOLARES: CELEBRADOS POR VIA DE CARTA.
Aceitação – art. 430 a 434: A aceitação também vinculará o aceitante, nos seguintes termos:
Se aceitou proposta, sem prazo, se aceitou imediatamente, estando presente.
Se a proposta for feita por ausentes ou por meio de intermediários, se a aceitação não foi expressa NÃO O VINCULARÁ.
OBS: Se a aceitação chegar de forma tardia ao proponente, este deverá comunicar imediatamente ao aceitante a recusa não foi expressa, ESTARÁ VINCULADO.
Se a aceitação puder ser feita de forma presumida e a recusa não for expressa, ESTARÁ VINCULADO.
OBS: 431 – A aceitação fora do prazo, com adições, restrições ou modificações, importará nova proposta.
***Teoria da Agnição por expedição – Art. 434 CC: Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houvercomprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
ART. 435 CC: Se não houver cláusula de foro, o contrato reputar-se-á celebrado no lugar em que foi proposto.
PACTA SUNT SERVANDA: EM REGRA, PORÉM, HÁ EXCEÇÕES.
EXCEPTIO NON ADIMPLENTI CONTRACTUS: EXCEÇAO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO; ART. 476:  Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
A parte que não cumpriu com suas obrigações num contrato, não poderá exigir que a contraparte cumpra com suas obrigações. (contratos bilaterais e comutativos).
“O DIREITO NÃO PODE SER INSTRUMENTO DE LESÃO”
 ART. 477 C.C.: Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Nos contratos de execução diferida ou sucessiva, se houver modificação do estado econômico de uma das partes. A outra não deverá ficar no prejuízo financeiro. Ex.: Do fornecimento de farinha de trigo.
Podendo suspender a execução de sua prestação até que a parte “se reestabeleça”, ou exigir caução para continuar cumprindo com as suas obrigações.
	Rebeus Sir Stantibus – Teoria da Imprevisão
Excessiva onerosidade: ART. 478 - Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. 
Se ao longo da excução do contrato, fatos imprevistos, extraordinários, ocorrerem de maneira a deixar uma das partes em excessiva onerosidade, esta poderá pedir resolução do contrato ou revisão. (DEVERÁ OBRIGATORIAMENTE PLEITEAR TUTELA JURÍDICA ATRAVÉS DE DEMANDA JUDICIAL). 
Mas, caso a outra parte aceite os novos termos, extinguindo-se a excessiva onerosidade, reformula-se um novo contrato e dá-se continuidade ao cumprimento das obrigações.
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR: Hipótese de mitigação do “Pacta Sunt Servanda”. Atuam na base da imprevisibilidade.
Caso Fortuito e Força Maior se observam nos casos em que fatos futuros imprevisíveis ou inevitáveis ocorrem ao longo da execução do contrato, promovendo a impossibilidade do cumprimento do quantum pactuado.
Se o acontecimento imprevisível se relacionar com o âmbito interno do contratante, relaciona-se com o caso fortuito; Ex. Morte, falência e etc.
Se o evento imprevisível se relacionar com o âmbito externo do contratante, relaciona-se com a Força Maior. Ex. enchente, catástrofe, tsunami.
Não necessariamente a Força Maior promoverá a extinção do dever de cumprir as obrigações. 
VICIOS REDIBITÓRIOS: 
ART. 441: A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Gênero em que se tem como espécie O vício aparente e o defeito oculto. 
CONCEITO: Consiste no vicio ou defeito que acomete um objeto de um contrato comutativo(PRESTAÇÕES CERTAS E DETERMINADAS) reduzindo-lhe a qualidade ou quantidade, ou ainda diminuindo-lhe o valor, tornando impróprio ao propósito que se destina.
REQUISITOS:
CONTRATO COMUTATIVO
VÍCIO SEJA ANTERIOR A CELEBRAÇÃO DO CONTRATO ATÉ A DATA DA SUA RECLAMAÇÃO; 
DEFEITO SEJA GRAVE; DANO NÃO SEJA DE PERCEPÇÃO IMEDIATA(NO MOMENTO DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO).
Ao invés de devolver o objeto, em homenagem a função social dos contratos, o adquirente pode solicitar abatimento proporcional no preço da coisa.
ART. 443 – Responsabilidade; 
Se o alienante desconhecia o vício, ele será responsável pelo valor da coisa mais despesas do contrato.
Se o alienante conhecia o vício: Pagamento do valor mais perdas e danos.
ART. 444. – A responsabilidade persiste para o alienante ainda que a coisa venha perecer sob a posse do adquirente.
ART. 445 – Prazos:
	PRAZOS (DECADENCIAL)
	MÓVEL 
	IMÓVEL 
	VÍCIO APARENTE
	30 DIAS 
	1 ANO(meio ano se o adquirente estiver em posse do bem.)
	VICIO OCULTO 
	180 DIAS(A CONTAR DA CIÊNCIA DO VÍCIO)
	1 ANO
ART. 446: Não correrão os prazos acima na hipótese de cláusula de garantia. (Vigência). Apareceu o defeito durante esse período, tem se até 30 dias(A CONTAR A PARTIR DA CIENCIA DO DEFEITO) para reclamar.
OBS: § 2º do art. 445. ATENÇÃO - ANIMAIS
NO CDC: 
Vícios Redibitórios: 
Vício do produto e do serviço ARTS. 18/20 CDC
Fato do produto e do serviço ARTS. 12 E 14 CDC
Prazo prescricional: A partir do momento que apresenta o defeito, e conhecimento do vício, o fornecedor tem o prazo de 30 dias para sanar o problema. (3 ANOS – ART. 206, §3º CDC) (PERSPECTIVA LEGAL)
OBS: ART. 49 CDC – Prazo de 7 dias refere-se apenas em casos de contratos entre ausente, para exercer o direito de arrependimento.
Vai além do vício, há o risco à integridade, à vida do consumidor. “Acidentes de consumo”. O legislador dá um tratamento muito mais rigoroso. (5 anos – art. 27 do CDC).
ART. 26 DO CDC – Prazos decadenciais para o exercício do direito. 
	DURÁVEL/SERVIÇOS
	NÃO DURÁVEL 
	90 DIAS 
	30 DIAS
Prazo para exercer a GARANTIA LEGAL.
ART. 50 DO CDC – Garantia contratual. Oferecida pelo fornecedor pela liberalidade contratual. “complementar legal”.
INADIMPLEMENTO CONTRATUAL – AULA 11.09.2018
ART. 389 – 105 DO CDC
ATENÇÃO: Dec Lei – 911/69 Art. 3º - Contratos de alienação fiduciária e garantia. 
Súmula 284 do STJ(ultrapassada): A purga da mora nos contratos de alienação fiduciária, só é possível nos casos em que já foi pago mais de 40% do valor devido.
Lei 10.931/2004 – Determina que para evitar a busca e apreensão deve pagar todas as parcelas vencidas e a vencer, ou seja, o valor total do bem.
Não é cabível a teoria do adimplemento substancial nos contratos de alienação fiduciária.
Lei 13.043/2014 – Reafirma a necessidade de pagar todas as parcelas para evitar a busca e apreensão do bem.
§ 15 – Aplica esta regra a todos os contratos de Leasing. Lei 6.099/71.
Perdas e Danos: No âmbito mercantil isto é muito forte, como forma de ressarcir prejuízos em decorrência do inadimplemento contratual. 
Uma empresa vive da celebração de contratos; Por isso para ela é muito mais danoso o inadimplemento deste.
OBS: As perdas e danos não necessariamente restitui o empresário todos os danos que este sofreu.
As indenizações no âmbito dos contratos mercantis devem ser exemplares.
PERDAS E DANOS
DANOS EMERGENTES: Danos materiais, ou seja, compreendem aquilo que efetivamente puder ser comprovado. É o dano patrimonial. Assim deverá compreender. PAGAMENTO DO VALOR MAIS JUROS MAIS CORREÇÃO MONETÁRIA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Aquilo que se perdeu efetivamente.
LUCROS CESSANTES: Nos Contratos mercantis, a prova é mais fácil de ser produzida. Basta apurar o tempo do prejuízo sofrido, nos reflexos no faturamento do empresário.
OBS: Todos medidos dentro dos critérios de razoabilidade, com vistas a evitar o enriquecimento ilícito.
OBS: 1. JUROS DE MORA – A PARTIR DA CITAÇÃO 2. CORREÇÃO MONETÁRIA – A PARTIDA DA DATA DO ARBITRAMENTO DA SENTENÇA.
DANO MORAL: “questão controvertida”. Súmula 227 do STJ. É Aplicável dano moral à pessoa jurídica. 
Súmula 37 do STJ: A possibilidade de cumulação do dano moral(extrapatrimonial) com dano material. 
Dano Moral “in Re Ipsa”(SURGE NO ÂMBITO DA RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL’AQUILIANA’): A conduta por si só, já é apta a ensejar o dano moral.
Ex: Dano moral puro: exs: 1. Protesto indevido de título; 2. Negativação do nome indevidamente; 
OBS: Os Juros de Mora nos casos de responsabilidade extracontratual conta a partir do evento danoso. Súmula 54 do STJ.
A teoria da Perda da Chance:
Não existe previsão legal no direito brasileiro.Surgiu a partir de uma jurisprudência francesa.
DEFINIÇÃO: A Teoria da Perda da Chance configuraria uma especia de indenização a ser aplicável em virtude da impossibilidade da utilização de uma chance real e concreta a promover ou evitar que um dano acontecesse. 
- Adoção de uma conduta de fazer ou não fazer algo para evitar um dano.
Teoria do Disgorgment: 
Teoria do Reasonable Fec: Lei 9279/ art. 210
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS OU DESCONSTITUIÇÃO DO VÍNCULO CONTRATUAL:
Formas:
TÍPICAS. 
EXECUÇAO DO OBJETO
DECURSO DO TEMPO
ATÍPICAS
RESCISÃO: Trata-se de gênero, que possui como espécies.
Resilição: Por a vontade de uma das partes ou de ambas as partes, desta forma podendo ser.
BILATERAL: Ambas as partes acordam e formalizam em um DISTRATO – art. 472 CC
UNILATERAL: Quando se processa pela vontade de uma das partes e se opera por meio da denúncia.
REVOGAÇÃO: A faculdade que o mandante tem num bojo de um contrato de revogar os poderes que foram conferidos a outrem.
RENÚNCIA: O mandatário, em ato unilateral, renuncia aos poderes à ele conferido num bojo de contrato de mandato.
Resolução: O contrato foi extinto atipicamente por DESCUMPRIMENTO de cláusulas contratuais. Tal descumprimento pode ter sido de forma
b.1. Dolosa
b.2. Culposa ( IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA)
b.3. Involuntária (CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR)
b.4. Exceção do contrato não cumprido.
OBS: Atenção ao § único do art. 473: Se na denúncia unilateral, não houver indenização pelos investimentos já realizados pela outra parte, o contrato permanecerá até que a parte receba o retorno previsto pelos investimentos já realizados.
Sem prejuízo das multas previstas.
DISTINÇÃO DOS CONTRATOS PRIVADOS:
Contratos Civis: As partes contratam sem necessariamente objetivar o lucro, ainda que aufiram remuneração devido a este contrato.
CONSUMER TO CONSUMER /C2C
Contratos Mercantis: O lucro é objetivo de ambos os polos da atividade empresarial. 
BUSINESS TO BUSINESS / B2B
Contratos Consumeristas: Se vislumbra de um lado o empresário na condição de fornecedor e o outro o consumidor final de um produto ou serviço.
BUSINESS TO CONSUMER / B2C
Fornecedor: Art. 3º do CDC
Consumidor: Art. 2º do CDC (Adquire ou utiliza bem e/ou serviço como destinatário final.
B1. TEORIA MAXIMALISTA: Aquele que retira o produto do mercado de consumo, seja ele pessoa física ou jurídica, independente da destinação econômica, é considerado consumidor. 
OBS: O consumidor deve ser compreendido sob a perspectiva da vulnerabilidade.
	B2. TEORIA FINALISTA: É aquele que retira o produto do mercado de consumo e encerra a cadeia econômica. ( DESTINATÁRIO FÁTICO E FINAL)
STJ: Diz que o consumidor além da destinação fático final, também deve ser observada a condição de Vulnerabilidade. Criando a 
	B3. TEORIA FINALISTA MITIGADA: Além da destinação, observa-se a Vulnerabilidade ( 1. Fática, 2. Técnica, 3. Jurídica e 4. Informacional.) 
Ou seja, algumas empresas podem ser consideradas consumidoras em determinadas situações. 
RESP. STJ. Nº 1.010.834 / 1.080.719 / 716.877
RESP. BANCÁRIOS: Aplicação do CDC – 1.321.083 / 1.144.825 / 488.274 / 235.200
NÃO APLICAÇÃO: 1.442.674 / 861.027 / 761.557
ATENÇÃO ÀS QUESTOES EM QUE: Ainda sem celebração do contrato consumerista, devido a algum acontecimento extraordinário, pode ser considerado consumidor por equiparação ********
Previsão: 
Art. 2º § único 
Art. 17
Art. 29
MANDATO MERCANTIL – AULA 25/09/2018
Contrato pelo qual uma parte empresária denominada de MANDANTE, outorga poderes a outra parte empresária denominada de MANDATÁRIA, para que em seu nome e sua responsabilidade, pratique atos, negócios ou administre negócios do seu interesse, que guarde relação com objeto de sua atividade empresarial. 
“MANDATO AD NEGOTIA”
Instrumento do Mandato: 
A PROCURAÇÃO é via de regra um instrumento privado, que pode ser público em sua exceção.
PARTES: 1. Mandante – Outorgante e 2. Mandatário – Outorgado
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE MANDATO MERCANTIL:
BILATERAL
ONEROSO
CONSENSUAL
PERSONALÍSSIMA – “INTUITO PERSONAE”
QUANTO À MANIFESTAÇÃO DA VONTADE, O MANDATO PODE SER:
Expresso
Tácito
QUANTO A FORMA:
Verbal
Escrito
QUANTO A ACEITAÇÃO:
Expressa
Tácita
CAPACIDADE
Os maiores de 18 anos – Absolutamente capazes.
OBS: Consoante o art. 666, os relativamente incapazes poderão ser mandatários, todavia, com algumas especificidades. Neste caso, o mandante assumirá os riscos do ato, não podendo o mandatário relativamente incapaz ser responsabilizado.
PODERES: art. 661
Via de regra são poderes de administração ordinária. Mas, se há necessidade de executar atividades que envolvam questões patrimoniais do mandante, deverá ser realizada descrições dos poderes especiais. Devem constar expressamente.
	O reconhecimento de firma não é condição “si ne qua non” para que o instrumento procuratório seja válido, basta assim a assinatura do outorgante. Porém, caso o terceiro que será parte do negócio queira o reconhecimento de firma para se resguardar, é seu direito.
OBRIGAÇÕES:
6.1 MANDATÁRIO: Aplicar toda a diligência do habitual ao bom e fiel instrumento de apresentação; indenizar o mandante por todos os atos que vier a praticar excedendo os limites do mandato que causem prejuízos, bem como atos pelo terceiro a quem substabeleceu; Prestar contas do seu mandato; O mandatário não poderá compensar prejuízos com eventuais proventos obtidos; deverá pagar juros de mora pelo atraso no repasse dos proventos obtidos do mandante. Art. 667 a 674.
6.2. MANDANTE: Adicionar as despesas ao mandatário para execução do mandato; Deverá assumir todas as obrigações firmadas pelo mandatário que agir dentro dos limites dos poderes ainda que tenha contrariado suas instruções; Tem obrigação de pagar a remuneração pactuada no contrato; Ressarcir eventuais despesas do mandatário em virtude da execução; Havendo dois ou mais mandantes, ambos serão solidários pelas obrigações firmadas.
DIREITOS:
AO MANDATÁRIO: o direito de retenção nas hipóteses dos arts. 664 e 681 do CC.
AO MANDANTE: ação indenizatória; ação de prestação de contas
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS DE MANDATO MERCANTIL:
Art. 682
Revogação 
Renúncia
Interdição ou incapacidade das partes.
COMISSÃO MERCANTIL – ART. 693
Na comissão mercantil há um contrato de mandato mas não há uma representação. 
Conceito: Contrato pelo qual, uma parte empresária denominada COMISSÁRIO, se obriga perante uma parte contratante denominada COMITENTE, a adquirir ou vender bens em seu próprio nome pórem sob responsabilidade deste. Para a prática destes atos fatá jus a uma remuneração denominada COMISSÃO.
O comitente tem a responsabilidade de celebração do contrato com o terceiro, o comissário e o terceiro celebram um contrato.
Ex: Agências de viagem (comissário), companhia aérea (comitente) 
>>>>>>>> “CLÁUSULA DEL CREDERE” <<<<<<<<<
CLASSIFICAÇÃO:
Contrato bilateral, oneroso e consensual.
No que tange às obrigações entre as partes: 
COMISSÁRIO: Obrigação de aplicar toda a diligência habitual para obter as melhores vantagens, observando as instruções a serem fornecidas pelo comitente.
COMITENTE: Fornecer as instruções e pagar as comissões.
OBS: Se no contrato de comissão houver cláusula “del credere” o comitente dividirá os créditos da celebração do negócio com o comissário. Nestes casos, a comissão paga ao comissário é maior.
No tocante à extinção do contrato, os pagamentos das comissões ocorre da seguinte forma:
Sem justa causa: Valor + Perdas e danos 
Com justa causa: Valos – Prejuízos
PREVISÃO: ART. 703 DO CC
ART. 707 – HAVENDO A FALÊNCIA DO COMITENTE OS CRÉDITOS DECORRENTES DA COMISSÃO MERCANTIL, GOZAM DO STATUS DE PRIVILÉGIO GERAL.
OBS: Eventuais omissões do contrato de comissão mercantil, aplicam-se as regras do mandato (No que tange aos direitos de ação.)
ART. 708 – Direito de retenção do comissário.
CONTRATO DE DEPÓSITO MERCANTIL – ART. 627 a 652
Livros de Robert Kurz
CONCEITO:Contrato pelo qual uma parte empresária denominada DEPOSITANTE que contrata outra parte empresária denominada DEPOSITÁRIA que se obriga da guarda, conservação e restituição de um bem de sua propriedade que está diretamente relacionado ao exercício da sua atividade empresarial.
CARACTERISTICAS: Bilateral (Sinalagmático), oneroso, real, personalíssimo. 
Regular: Depósito de bens infungíveis (que não podem ser substituídos por outro da mesma espécie)
Irregular: Bens fungíveis (mútuo)
ESPÉCIES: 
VOLUNTÁRIO: Este tipo estabelece a maior parte das regras gerais do contrato de depósito mercantil. 627 a 656.
NECESSÁRIO: 647 a 652. 
Atenção: ainda que este contrato seja ajustado de maneira verbal, este deverá ser formalizado de forma escrita.
Obrigações:
Guarda: Art. 629. Lembra-se da natureza personalíssima, há uma confiança do depositante no depositário.
OBS: Em casos que o depositário não pode mais guardar a coisa e o depositante não queira recebe-la, poderá requerer o depósito judicial. Art. 635 CC
OBS: se o depositário conferir a terceiro, dever de guarda da coisa do depositante, ainda assim continuará obrigado perante a este, ainda que por atos de terceiro.
Conservação: O objeto deverá permanecer nos mesmos moldes em que foi posto até o momento da restituição. Não é permitido ao depositário utilizar a coisa posta em depósito. Art. 430 CC
SÚMULA 25 STJ: Não se aplica mais prisão civil ao depositário infiel.
Art. 642: Atenção aos casos de força maior 
Restituição: Deverá ser promovida a qualquer tempo em que for reclamado ainda que o contrato estabeleça o prazo de vigência. A solicitação antecipada é lícita ao depositante, porém deverá indenizar o depositário nos valores já gastos com vistas de guardar a coisa.
OBS: Quando o contrato é realizado para a coisa ser posterior entregue a terceiro, e, caso de retirada antecipada pelo depositante o terceiro deverá comunicar ao terceiro e este aceitar ou consentir com isto, para que o depositário se desobrigue perante terceiro.
Exceções::
Quando o objeto for judicialmente embargado
Quando pender sob o objeto execução
Quando houver fundada suspeita de ser dolosamente obtido
Para ressarcir despesas ou ainda cobrar a remuneração acordada
No exercício do direito de retenção
DEPOSITO NECESSÁRIO: Obrigação legal 647, I, CC; Depósito de miserável 647, II CC; Depósito que decorre de hospedagem 649 CC.

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