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CIVIL - PONTO 7

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CIVIL - PONTO 7
Responsabilidade civil. Elementos. Responsabilidade por fato de outrem. Responsabilidade por fato da coisa. Teorias subjetiva e objetiva da responsabilidade civil. Dano moral e material. Indenização.
Resumo atualizado em janeiro de 2008 por Lauro Henrique Lobo Bandeira, adaptado às alterações do programa promovidas no edital do IX Concurso. 
Resumo atualizado por Ricardo Leitão, no dia 22.08.2012, com base nas aulas do LFG e Carvalieri Filho, 10ª edição. 
		
1 NOÇÕES GERAIS
Na linha de pensamento de José de Aguiar Dias, em sua clássica obra “Da Responsabilidade Civil”, toda manifestação humana traz, em si, o problema da responsabilidade.
A responsabilidade civil é uma espécie de responsabilidade jurídica, ao lado da responsabilidade penal, administrativa, processual etc.
O novo código fez uma mudança radical nos procedimentos e disciplinas da responsabilidade civil no código de 1916, não significando mudanças sociais, essas já consolidadas.
Devem ser conjugados os artigos 186 e 927 do CC. 
2 CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade civil é uma obrigação que incumbe uma pessoa de ter de reparar os danos causados a outra (indenizar) pela transgressão de uma norma jurídica pré-existente, contratual ou extracontratual. 
Em síntese, a violação de um dever jurídico configura o ilícito, que, quase sempre, acarreta dano para outrem, gerando um novo dever jurídico, qual seja, o de reparar o dano. Há, assim, um dever jurídico originário, chamado por alguns de primário, cuja violação gera um dever jurídico sucessivo, também chamado de secundário, que é de indenizar o prejuízo. (Carvalieri Filho)
Portanto, se o sujeito do dever jurídico (primário) desrespeita ou lesiona o direito de outro, originam-se daí o direito subjetivo de exigir a reparação do dano e o dever jurídico (secundário) de repará-lo. Todos têm o dever jurídico primário de respeitar a honra, a integridade física, o patrimônio do outro – dever originário; o descumprimento desse dever jurídico originário gera a obrigação de reparar o dano – dever sucessivo.
Logo, a responsabilidade civil é um direito jurídico sucessivo que surge para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico originário.
3 SISTEMATIZAÇÃO NO CC
No novo CC/02, o tema foi melhor sistematizado, está dentro do Direito das Obrigações. A responsabilidade civil está dividida em dois capítulos: da obrigação de indenizar (artigos 927 e 943) e da indenização (artigos 944 e 954). 
Surge, também, a possibilidade de responsabilidade solidarizada.
4 ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
	
Elementos da responsabilidade civil:
Ação ou omissão (conduta).
Dolo (intenção ou vontade de causar o prejuízo) ou culpa (reprovabilidade) (inobservância de um dever de cuidado)�.
Nexo de causalidade (relação de causa e efeito).
Dano (prejuízo).
Obs: para uma parcela moderna da doutrina (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona), a culpa genérica (elemento subjetivo) seria um elemento acidental da responsabilidade civil, sobretudo em virtude da outra espécie de responsabilidade que prescinde da mesma, qual seja, da responsabilidade objetiva. Por isso não seria elemento essencial. 
 
4.1 Conduta humana
Ação ou omissão – comportamento voluntário e consciente humano que pode ser positivo ou negativo causador do prejuízo, ambos serão idôneos para justificar a responsabilidade civil, com obrigação de indenizar. A omissão será relevante quando houver o dever de agir, que pode ser decorrente da lei, do contrato ou dos costumes sociais. Normalmente, o descumprimento contratual consiste em uma omissão.
Não se pode colocar como elemento geral e necessário o ato ilícito, porque pode haver responsabilidade civil por ATO LÍCITO (PAULO LOBO, VON TUR, MARTINHO GARCEZ, DEMOGUE, WINDISCHEID).
EXEMPLO 01: a desapropriação é um ato LÍCITO que gera responsabilidade civil, é um ato admitido pelo direito, mas, causa dano.
EXEMPLO 02: imóvel encravado em outros tem o direito de PASSAGEM FORÇADA, mas, terá que indenizar o proprietário.
A ação ou a omissão podem se expressar em 03 situações possíveis:
Ato próprio.
Ato de terceiro
Fato da coisa ou do animal: 
a.1. Ato próprio – a obrigação de indenizar à pessoa que praticou a conduta e causou o resultado, essa é a situação padrão é a regra, com fundamento no artigo 186 artigo 942.
b.1. Ato de terceiro – a obrigação de indenizar será imposta à pessoa diversa da que praticou a conduta e causou o resultado. Ex.: pai que responde pelos atos dos filhos.
c.1. Fato da coisa ou do animal – a obrigação de indenizar será imposta a uma pessoa, danos decorrentes de fato de coisa ou do animal. O elo com a pessoa do devedor está na relação de poder (propriedade ou posse). Ex.: cachorro que causa lesões corporais.
4.2 Dano
CONCEITO: O dano, elemento da responsabilidade civil, traduz uma lesão a um interesse jurídico tutelado, material ou moral. 
No âmbito do ilícito civil, não há nada similar às “normas de mera conduta” do direito penal: o dano é absolutamente imprescindível, e uma indenização sem dano importaria em enriqueci	mento sem causa.
REQUISITOS
Violação a um interesse juridicamente tutelado;
Subsistência do dano: se houve a atuação ilícita e o agente já reparou o dano, não há mais o que ser indenizável. Critica-se o presente requisito, porque, em seu sentido semântico, inviabilizaria a reparação por lucros cessantes;
Certeza do dano: o dano indenizável é um dano certo e exigível, não pode ser um dano abstrato ou hipotético. O mero aborrecimento não justifica o dano.
Veda-se a reparação dos danos hipotéticos ou eventuais.
OBS: surgida na frança, e muito comum, nos EUA e na Itália a TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE, também adotada no Brasil (ver noticiário STJ) flexibiliza este requisito (certeza) ao permitir a indenização a vitima quando esta sofre a perda de uma probabilidade que lhe seja favorável para a melhora da sua situação atual. - Ex.: perda do prazo para o recurso pelo advogado – a indenização é devida
QUESTÕES ESPECIAIS ENVOLVENDO O DANO
i. Dano in Re ipsa 
Trata-se do dano que dispensa a prova em juízo, como se fosse um dano presumido. (RESP 649104/RJ e RESP 775766/PR). 
ii. Dano reflexo/em ricochete 
Cuida-se do prejuízo que atinge uma vitima indireta ligada à vitima direta. (é também denominado por parte da doutrina como dano indireto, mas prefere-se esta denominação para diferençar da seguinte)
Ex: João foi vitima de homicídio – ele é a vitima direta; mas o seu filho é a vitima secundaria, já que é atingida de forma indireta, oblíquo. 
O STJ recentemente um caso de um rapaz que estava noivo, ele se sentiu vitima de um dano reflexo. Neste julgado o STJ entendeu que o noivo não tinha o direito de pedir a reparação pelo dano reflexo. 
iii. Dano indireto 
Para alguns autores, a exemplo de Fernando Gaburri, a expressão dano indireto traduz uma cadeia de prejuízos experimentados pela mesma vitima. Ex: compro um cavalo infectado, (sofri o 1º prejuízo); ela infecta a minha égua (sofri um 2º prejuízo, dano indireto) 
iv. Dano bumerangue 
Trata-se da situação em que a vitima de um dano injusto incontinente reage e causa um consequente prejuízo em revide ao agressor. É um dano imediato em revide, que a vitima causa no seu ofensor. 
CATEGORIAS DO DANO
a) DANO MATERIAL – dano patrimonial.
	
i) DANOS EMERGENTES (DANOS POSITIVOS)– o que a vítima EFETIVAMENTE PERDEU (efetiva diminuição de seu patrimônio).
ii) LUCROS CESSANTES (DANOS NEGATIVOS) – o que a vítima RAZOAVELMENTE DEIXOU DE GANHAR. 
iii) sobre PERDA DE UMA CHANCE vide comentário acima 
Deve ser fixado segundo o princípio da razoabilidade, levando-se em conta a causalidade direta e imediata. (art. 403, NCC)
b) DANO MORAL - prejuízo que afeta o ânimo psíquico, moral e intelectual da vítima, um dano que ocasiona um distúrbioanormal da vida do indivíduo.
4.3 Nexo de causalidade
É o vínculo ou liame que une a conduta agente ao prejuízo causado. Trata-se de elemento imaterial ou virtual. Percebe-se que mesmo a responsabilidade objetiva não prescinde do nexo causal.
São 03 teorias que fundamentam o nexo de causalidade:
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DE CONDIÇÕES (CONDITIO SINE QUA NOM): Esta teoria foi desenvolvida a partir das ideias do filosofo Von Buri. A ideia basilar da teoria é que todo e qualquer comportamento anterior que haja concorrido para o resultado é causa. Adotada no direito penal (temperada pela teoria da imputação objetiva), gera o problema da regressão infinita do nexo causal. 
TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA: Esta teoria foi desenvolvida pelo alemão Von Kries. Considera-se causa apenas o antecedente abstratamente idôneo à consumação do resultado.Se baseia em um juízo de probabilidade. 
TEORIA DA CAUSALIDADE DIRETA OU IMEDIATA (Teoria da interrupção do nexo causal): Essa teoria foi desenvolvida por Agostinho Alvim, sendo mais objetiva que a anterior. Para ela, causa é apenas o antecedente que determina o resultado como consequência sua direta e imediata. Não se faz um juízo probabilístico de adequação, mas sim um juízo de necessariedade.
OBS: Diferenciar a 2º e a 3º teoria na pratica é muito difícil, pois chegaremos ao mesmo resultado pratico, utilizando uma ou outra teoria. 
OBS2: A doutrina diverge quanto a teoria adotada pelo CC, se a 2º (Carvalieri) ou a 3º (Tepedino). Os que sustentam esta ultima, utilizam o artigo 403 do CC como fundamento. 
JURISPRUDÊNCIA: Realizada pesquisa no site do CJF, marcando apenas o TRF1, no dia 22.08.2012 com a seguinte critério : " causalidade adequada", encontrei apenas um julgado de 2009 que expressamente se refere a esta teoria (APELAÇÃO CIVEL – 200338000222227, 5º turma)
Já, utilizando o critério "teoria do dano direto e imediato", encontrei julgados mais recentes da 6º turma (4 julgados entre 2010 e 2012), afirmando que a esta teria sido a teoria adotada pelo CC. 
CONCAUSAS:
Concausa é outra causa, que juntando-se à principal, concorre para o resultado. Não inicia, nem interrompe, apenas reforça (Carvalieri).
CAUSALIDADE NA OMISSÃO 
A causalidade da omissão deve ser analisada sobre o aspecto normativo, já que pelo aspecto fático omissão é um nada, e do nada, nada surge. 
Sobre o aspecto normativo, o Direito pode impor um dever de agir, casos em que omitindo, alem de violar dever jurídico, deixamos de impedir a ocorrência de um resultado. O omitente coopera na realização do evento com uma condição negativa: ou deixando de se movimentar ou não impedindo que o resultado se concretize. 
4.4 Causas que excluem a responsabilidade
O Prof. SILVIO NEVES BAPTISTA classifica as circunstâncias excludentes da responsabilidade civil do seguinte modo:
Excludente da causalidade: fato da vítima, fato de terceiro, caso fortuito e a força maior;
Excludentes da imputabilidade: menoridade e alienação mental do agente;
Excludentes da ilicitude: cumprimento o dever legal; exercício regular do direito; legítima defesa; anuência da vítima e cláusula de não indenizar;
4.4.1 Estado de necessidade e legitima defesa 
Nos termos do artigo 188 do CC, incisos I (1º parte) e II a legítima defesa e o estado de necessidade, desde que respeitado o principio da proporcionalidade, afastam a ilicitude do fato e por consequência a responsabilidade civil (como regra). Quem atua sob uma destas excludentes de ilicitude comete um ATO LÍCITO
ESTADO DE NECESSIDADE consiste na agressão a um direito alheio, de valor igual ou inferior àquele que se quer proteger, com o propósito de remover um estado de perigo. 
LEGÍTIMA DEFESA, o agente reage a uma agressão injusta atual ou iminente. 
Exceção: entretanto, na forma dos artigo 929 e 930, por imperativo de solidariedade social (Gisele da Cruz) se atuando em estado de necessidade ou legítima defesa terceiro inocente for atingido, por exceção, deverá ser indenizado cabendo ação regressiva contra o verdadeiro culpado. 
Veja que esta exceção é uma hipótese especial de indenização por ATO LICITO. É uma forma de responsabilidade civil por ato licito. 
4.4.2 Estrito cumprimento do dever legal e Exercício regular de direito 
FREDERICO MARQUES: o estrito cumprimento do dever legal é uma modalidade de exercício regular de direito.
Está previsto no artigo 188, I, 2a parte, CC:
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
É óbvio que o estrito cumprimento do dever legal não pode gerar responsabilização, desde que não haja abuso. EXEMPLOS: policial e oficial de justiça.
O exercício regular de direito pressupõe a não aplicação da TEORIA DO ABUSO DE DIREITO, por óbvio. Somente atua em exercício regular de direito quem não está cometendo abuso.
4.4.3 Caso fortuito e força maior 
Assim, a doutrina brasileira não é uniforme quanto a distinção teórica entre caso fortuito e força maior (Maria Helena Diniz, Álvaro Villaça, Silvio Rodrigues) embora, segundo autores como Pablo Stolze, melhor é o entendimento segundo o qual força maior é o acontecimento inevitável e o caso fortuito o acontecimento imprevisível. 
Relevante porem é afirma que para a lei brasileira o legislador adotou uma posição neutra. O p.u do artigo 393, inteligentemente adota postura neutra, delegando à doutrina o labor de diferenciar os institutos. 
Regra geral é que o devedor não responde por caso fortuito ou forca maior. Salvo se a parte se obrigar a se responsabilizar por caso fortuito ou força maior. 
Fortuito interno e externo 
Esta distinção é sobretudo importante para o direito do consumidor. 
Fortuito interno é aquele que integra o próprio processo de elaboração do produto, ou de execução do serviço, não tendo o condão de excluir a responsabilidade civil. Se é fortuito não há o elemento culpa. Ele integra a própria elaboração do produto ou serviço, e por conta de integrar a atividade do réu não exclui a responsabilidade. 
Fortuito externo é aquele que é exógeno, ou estranho a própria atividade do réu, de maneira que a sua responsabilidade civil é afastada, como o STJ reiteradamente tem decidido ao considerar fortuito externo assalto a mão armada em ônibus, excluindo a responsabilidade da empresa viária (AG RG no RESP 620.259/MG, AG RG no AG 711.078/RJ). 
O STJ tem entendido reiteradamente que o assalto é caso fortuito externo. (até porque compete ao Estado a segurança das pessoas e não as empresas de ônibus). Neste sentido julgado de 13.08.2010, do TRF1, 5º turma, (AC– 200438000180970) isentando a responsabilidade civil da CEF pelo extravio de correspondência por esta empresa publica, em razão de assalto a mão armada. 
Detalhe: alguns Tribunais Inferiores tem proferido decisões peculiares. Tem entendido que se há assaltos reiterados ocorrendo na mesma linha, quase que no mesmo local, com habitualidade, haveria responsabilidade da empresa de transporte.
4.4.4 Culpa exclusiva da vítima 
Pode romper o nexo de responsabilidade. A prova da culpa da vítima deve ser necessariamente feita pelo réu (RESP 439.408/SP).
Segundo Silvio Rodrigues, o aparente causador do dano é mero instrumento do acidente. A boa técnica recomenda utilizar fato exclusivo da vítima, ao invés de culpa exclusiva. Deve-se falar em isenção da responsabilidade do causador direto do dano, não se devendo tratar como ausência de culpa deste. 
Culpa exclusiva da vitima VS Culpa concorrente 
Não devo confundir a culpa exclusiva da vitima com a culpa simplesmente concorrente, que apenas atenua a responsabilidade civil. Artigo 945 do CC
4.4.5 Fato de terceiro 
Em geral o fato de terceiro exclui o nexo. Mas, há um caso em que a jurisprudência afasta a exclusão da responsabilidade, quando se tratar de transporte. Há súmula do STF (187) que proíbe a alegação de fato de terceiro por empresa transportadora.187 - A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva. 
4.4.6. Anuência da vítima
O consentimento da vítima pré-exclui em geral a responsabilidade civil do agente. Para que o consentimento da vítima seja eficaz, é preciso que, além da capacidade do agente, o bem jurídico seja disponível.
4.4.7. Cláusula de não indenizar
É pré-excludente da obrigação de reparar o dano. Objetivo: alterar o sistema de risco do contrato; hipótese em que os riscos são contratualmente transferidos para a vítima. Deve haver bilateralidade no consentimento. A excludente convencional de responsabilidade não é possível nas hipóteses protegidas por princípios ou normas de ordem pública.
4.5 Culpa lato sensu 
É pressuposto apenas da RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA. Neste sentido, abrange tanto o dolo quanto a culpa stricto sensu
Tanto no dolo como na culpa há conduta voluntaria do agente, só que no primeiro caso a conduta já nasce ilícita,(o dolo abrange a conduta e o efeito lesivo dele resultante), enquanto que na segunda a conduta nasce licita, tornando-se ilícita na medida em que se desvia dos padrões socialmente adequados. 
Como a finalidade da responsabilidade civil é gerar uma obrigação que conduza à integral reparação do dano causado na vítima, sendo assim, não há diferença entre o comportamento doloso e o comportamento culposo, para o direito civil. 
O artigo 944 afirma que a indenização mede-se pela extensão do dano (regra geral). No parágrafo único, afirma-se que se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano poderá o juiz reduzir eqüitativamente, a indenização. 
Note-se que nesse parágrafo está claro que pode o juiz designar indenização menor do que o dano. É uma grande novidade do CC/02 e evita a transferência do FRACASSO SOCIAL (decisão eqüitativa). É aplicado em casos de CULPA MÍNIMA e o PREJUÍZO ENORME. EXEMPLO: jogar a bituca de cigarro e o jaguar pegar fogo. EQUIDADE é a justiça no caso concreto. O objetivo da regra é permitir que o indivíduo consiga pagar a indenização. Cuida-se da redução proporcional da indenização.
A hipótese disposta no parágrafo único do art. 944 inicialmente não poderia ser aplica à responsabilidade objetiva, de acordo com entendimento insculpido no Enunciado 46 do Conselho da Justiça Federal. No entanto, na IV Jornada de Direito Civil, mediante aprovação do Enunciado nᵒ. 380, suprimiu-se a parte final do de número 46, permitindo-se aplicação aos casos de responsabilidade objetiva. 
Tal aprovação seria despcienda, sobremodo, porque já há no direito positivo hipóteses expressas acerca da possibilidade de redução eqüitativa da indenização, v. g., contrato de transporte (art. 738 do CC) e relações de consumo.
Ainda, continua vigendo o Enunciado 46 do CJF, no qual se entende que o art. 945 do CC não impede a aplicação da causalidade adequada, que nada mais significa que o valor da indenização deve ser adequado às condutas dos envolvidos.
5 DISTINÇÕES ENTRE OS TIPOS DE RESPOSANBILIDADE
5.1 RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRA-CONTRATUAL
a) RESPONSABILIDADE CONTRATUAL – responsabilidade que tem origem na inexecução contratual, decorre da relação contratual existente.
	-ônus da prova: basta comprovar o INADIMPLEMENTO.
	-mora: mora é automática.
b)RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL – responsabilidade que tem origem na violação de um dever geral de abstenção pertinente aos direitos reais ou de personalidade.
	-também denominada de RESPONSABILIDADE AQUILIANA.
	(fundamento da nomenclatura: a lex aquilia foi o diploma romano que passou a possibilitar a responsabilidade independentemente da existência de uma relação contratual.
	-ônus da prova: há necessidade de demonstrar o DANO + CONDUTA CULPOSA + NEXO DE CAUSALIDADE.
	-mora: não é automática.
	
5.2 RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA
Responsabilidade civil objetiva e subjetiva – a responsabilidade civil subjetiva ou clássica está estruturada na teoria da culpa, está voltada para o ato ilícito, com comportamento culposo ou doloso; ela fundamentava a estrutura do CC/16 (influenciado pelo Código Francês = faute). 
A definição do ato ilícito possuía como elementos o dolo e a culpa, ou seja, era imprescindível a comprovação dos dois para a configuração da responsabilidade.
Nesta concepção clássica, todavia, a vitima só obterá a reparação do dano se provar a culpa do agente, o que nem sempre é possível na sociedade moderna. O desenvolvimento industrial, bem como o crescimento populacional geraram novas situações que ano podia sem amparadas pelo conceito tradicional de culpa. 
Neste contexto importantes trabalhos vieram a luz, sustentando uma responsabilidade objetiva, sem culpa, baseada na chamada TEORIA DO RISCO, que acabou sendo também adotada pelo lei brasileira em um primeiro momento, e é atualmente adotada pelo CC/02
No Brasil, a primeira lei que cuidou a responsabilidade objetiva foi o DL 2682/12 (Estradas de Ferro), que determinada que a estrada de ferro deveria responsabilizar-se pelos danos causados aos proprietários dos terrenos vizinhos. Houve outras disposições que tratavam da responsabilidade objetiva:
PRINCIPAIS HIPÓTESES DE RESPONSABILIDADE AQUILIANA OBJETIVA FORA DO CÓDIGO CIVIL
	-ESTRADAS DE FERRO [Decreto 2681/12, art. 26]
	-CÓDIGO DE MINERAÇÃO [DL 227/67, art. 47, VIII]
	-CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA [Lei Federal 7565/86, arts. 268 e 269]
	-ESTADO [CF/88, art. 37, Par. 6º]
	-PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS [CF/88, art. 37, Par. 6º]
	-CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR [Lei Federal 8.078/90, arts. 12, Par. 3º, 14, Par. 3º e 17]
	-MEIO AMBIENTE [Lei Federal 6.938/81, art. 14, Par. 1º]
	-DANOS NUCLEARES [Lei Federal 6.453/77, arts. 4º a 18, st arts. 4º a 8º, 11, 12 e 15]
	-ACIDENTES DE TRABALHO [Lei 8.213/91]
	-DPVAT [Lei 6.194 /74]
RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO CÓDIGO CIVIL DE 2002 
O CC/2002, embora tenha mantido a responsabilidade subjetiva, optou pela responsabilidade objetiva em hipóteses tais como: abuso de direito (art. 187), o exercício de atividade de risco ou perigosa (parágrafo único do 927), danos causados por produtos (art. 931), responsabilidade pelo fato de outrem (art 932, c/c o artigo 933), responsabilidade pelo fato da coisa e do animal (art. 936,937 e 939), responsabilidade dos incapazes (art 928), dentre outras. Carvalieri chega a apontar que pouco restou para a responsabilidade subjetiva. 
2 das principais clausulas gerais de responsabilidade civil objetiva previstas no CC são o Abuso do direito (187 c/c 927,caput) e desempenho de atividade de risco (parágrafo único do 927) 
ABUSO DE DIREITO: 
Parte–se da premissa de que todas as situações jurídicas, que se conceituam como direito subjetivo, atualmente, são reconhecidas e protegidas pela norma tendo em vista uma finalidade, que se poderá chamar de finalidade econômica e social do direito. Todas as vezes que o direito é exercício de acordo com essas finalidades, esta dentro de seus quadros teleológicos. Acontece, porém, que o titular de um direito, pode, em vez de exercê-lo no sentido destas finalidades, o faz no sentido de finalidade contraria, contrastando, expressamente, com a finalidade para a qual o direito foi instituído. 
Tem-se então, o exercício antissocial do direito e é este exercício antissocial que se conceitua como ABUSO DO DIREITO. Neste sentido o artigo 927, caput, refere-se ao abuso de direito como fato gerador da obrigação de indenizar. 
RESPONSABILIDADE PELO DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE RISCO 
No parágrafo único do artigo 927 do CC encontramos a segunda clausula geral de responsabilidade objetiva. Nos termos deste dispositivo – haverá responsabilidade objetiva também em duas hipóteses:
Nos casos especificados em lei (como vimos acima um rol de hipóteses) OU
Desempenho de Atividade de riscoDetalhe: não é qualquer atividade de risco que justifica responsabilidade objetiva, mas uma atividade reiterada habitual, que o sujeito expõe os outros membros da coletividade a uma maior risco de dano. 
O p/u no artigo 927 exige uma interpretação cautelosa a fim de que não ocorra um superdimensionamento da noção “atividade de risco”. Uma boa diretriz é a noção de risco-proveito que embasa a referida norma:
O agente, exercendo uma atividade habitual, com o propósito de experimentar determinado proveito expõe a vitima a uma probabilidade de dano maior do que a outros membros da coletividade. Neste sentido enunciado 38 da I jornada de Direito Civil. 
38 – Art. 927: a responsabilidade fundada no risco da atividade, como prevista na segunda parte do parágrafo único do art. 927 do novo Código Civil, configura-se quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano causar a pessoa determinada um ônus maior do que aos demais membros da coletividade
. 
Veja que é um risco criado pelo autor do dano para que ele tenha algum beneficio. 
6 RESPONSABILIDADE INDIRETA
Essa responsabilidade se bifurca em duas modalidades:
RESPONSABILIDADE POR ATO DE TERCEIRO:
RESPONSABILIDADE PELO FATO DA COISA E DO ANINAL
6.1 RESPONSABILIDADE POR ATO DE TERCEIRO
Ato de terceiro – Essa responsabilidade é sempre restritiva por que atinge pessoa distinta daquela que praticou o ato causador do dano. O motivo da existência dessa responsabilidade estendida residiu inicialmente com os deveres jurídicos de vigilância ou de escolha sobre os agentes (assim, foi ampliado o leque de proteção à vítima, já que em determinados casos (esses da lei), a vítima terá ação contra quem praticou o ato e contra terceiro por ele responsável. 
Assim, de modo a ampliar o espectro de proteção da vítima, o legislador permite, em determinados casos (artigo 932), que seja responsabilizada, além do efetivo causador do dano, terceira pessoa. Em princípio, terá a vítima o poder de escolher contra quem quer demandar: se contra o agente, se contra o terceiro ou se contra ambos.
A responsabilidade entre o agente causador direto do dano e o terceiro é, perante a vítima, SOLIDÁRIA, nos termos do artigo 942, parágrafo único que diz: são solidariamente responsáveis com os autores, os co-autores e as pessoas designadas no artigo 932.
Assim, fica claro que a responsabilidade por ato de terceiro não afasta a responsabilidade por ato próprio; ambas as responsabilidades co-existem, ambos os indivíduos devem responder solidariamente, isso em LINHAS GERAIS.
Note-se que, no caso do incapaz, por força do artigo 928, a sua responsabilidade é SUBSIDIÁRIA, alcançando o menor e o maior incapaz, sendo que em relação às outras hipóteses do artigo 932 (incisos III a V), trata-se de SOLIDARIEDADE. Somente essa interpretação permite a compatibilização entre os diversos dispositivos do CC/02.
Outra regra relevante está no artigo 933, que diz: as pessoas indicadas nos incisos do artigo 932, ainda que NÃO HAJA CULPA DE SUA PARTE, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos, ou seja, trata-se de RESPONSABILIDA OBJETIVA.
Esse dispositivo é uma mudança em relação ao CC/16, que exigia a demonstração de concorrência de culpa própria do responsável (culpa in vigilando e culpa in eligendo), mas, a doutrina afirmava que essas culpas eram PRESUMIDAS, por se tratar dessa prova de prova diabólica, ou seja, era quase impossível para a vítima fazer essa prova. Entretanto, mesmo com a presunção, não perdiam a condição de elementos constitutivos da responsabilidade. 
Depois a jurisprudência caminhou ainda mais (contra legem, é claro), afirmando que se tratava de uma PRESUNÇÃO IURE ET DE IURE.
Note-se que o agente que praticou o ato deve tê-lo feito com culpa, o que independe de culpa, atualmente, é a responsabilidade das pessoas responsáveis por ato de terceiros, essas que passaram a ter RESPONSABILIDADE OBJETIVA (art. 933). Assim, basta demonstrar que o agente tem uma relação perante terceiro nos termos do artigo 932.
Casos específicos de responsabilidade por ato de terceiro:
o pai responde pelo ato do filho; 
o tutor pelo tutelado; 
curador pelo curatelado; 
donos de escola pelos atos dos educandos; 
empregadores pelos atos do empregado; e 
hospitaleiros pelo atos do hospedados. 
Portanto, aquelas antigas PRESUNÇÕES DE CULPA (culpa in eligendo, in vigilando...) simplesmente DESAPARECERAM com o CC/02. É que o novo CC, ao tratar do tema, nos artigos 932 e 933 baniu estas presunções de culpa consagrando uma RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO REPRESENTANTE PELO ATO DO REPRESENTADO. 
6.1.1 Pais pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e companhia 
O CC/16, em seu artigo 156 estabelecia que os menores relativamente incapazes seriam equiparados aos maiores pelos ilícitos cometidos, e, os absolutamente incapazes por sua vez seriam INIMPUTAVEIS. 
O CC/02, em atitude inovadora, nos termos do artigo 928 passou expressamente a admitir a responsabilidade civil do incapaz, quer seja a incapacidade absoluta ou relativa, ainda que tal RESPONSABILIDADE seja SUBSIDIARIA. 
Veja que é subsidiaria é uma forma especial de solidariedade, já que alguém responde na frente. 
OBS: a responsabilidade civil do incapaz é juridicamente possível em duas hipóteses: 
Se o seu representante legal não tiver condição econômica de indenizar a vitima 
Se o seu representante não tiver a obrigação de indenizar a vitima 
O representante não tem a obrigação de indenizar a vitima, no caso de o juiz da infância e juventude impor ao próprio incapaz (adolescente infrator) na forma do ECA, a obrigação de reparar o dano. 
2 casos da jurisprudência: 
(responsabilidade do genitor que não detem a guarda: 
Antigo julgado do STJ interpreta a norma em sua literalidade para excluir a responsabilidade do pai que não detenha a guarda nem tenha o menor em sua companhia. (RESP 540459/RS)
Todavia, julgado mais recente reconheceu a responsabilidade de ambos os pais mesmo quando separados. (RESP 1074937/MA). A razão é que se ambos tem o dever de educar cabe a ambos, a responsabilidade também.
(RESPONSABILIZAÇÃO DOS PAIS NO CASO DE FILHOS COM EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA CONCEDIDA POR ATO DO PAI – 
A regra é que os pais não se responsabilizam no caso de filho já emancipado. A exceção à tal situação ocorre no caso de emancipação voluntária concedida por ato dos pais.
Fundamento: entendimento de forma diversa representaria uma forma de se eximir de uma responsabilidade por ato próprio. (pai, por ato próprio, estaria se eximindo de uma responsabilidade conferida pela lei)
O menor no estabelecimento de ensino está sob a sua responsabilidade, que não poderá, por força da lei, regredir contra os pais; mas, o contrato pode prever que os pais responderão perante a escola pelos danos causados pelos filhos.
6.1.2 Tutor e curador pelos pupilos e curatelados, que se acharem na mesma condição 
TUTOR E CURADOR PELOS PUPILOS E CURATELADOS, QUE SE ACHAREM NA MESMA CONDIÇÃO: tutela e curatela são institutos de caráter protetivo da incapacidade. Essa responsabilidade somente se inicia com o ato de nomeação. Se o tutelado ou curatelado estiver internado em manicômio, o tutor ou curador não poderá ser responsabilizado, porque o artigo fala NA MESMA CONDIÇÃO, e isso quer dizer que o tutelado ou curatelado deve estar sob a sua autoridade e companhia.
6.1.3 Empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, (1) no exercício do trabalho que lhes competir, ou (2) em razão dele;
O empregador responde pelo ato do empregado – pela chamada teoria da substituição
O legislador fez isso para proporcionar à vítima a possibilidade de ressarcimento (patrimônio).É preciso definir as figuras, e para isso, faz-se necessário identificar o VÍNCULO DE SUBORDINAÇÃO (alguém praticando ato sob as ordens de outrem) do empregado, serviçal e preposto. 
A súmula 341 do STF caiu porque o empregador é responsável OBJETIVAMENTE, e não por presunção de culpa.
341 - É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto. 
Mas, note-se que se o empregado cometeu um dano no período de descanso o empregador continua respondendo. A vítima deverá demonstrar a culpa do empregado, não precisa demonstrar a culpa do empregador, mas, terá que fazê-lo em relação ao empregado.
Será que a responsabilidade do empregador passou a ser a mesma que a responsabilidade do Estado por ato de seus agentes? 
Em que pese ambas serem objetivas, as suas naturezas são distintas, pois pela CF/88 o Estado responde pelo RISCO de sua atividade, que somente pode ser prestada pelos seus agentes. Já o empregador responde pelos danos causados culposamente pelos seus empregados, ou seja, precisa da prática de ATO ILÍTICO.
Assim, não são relevantes as alegações de inexistência de vínculo empregatício, nulidade ou invalidade do contrato de trabalho. 
6.1.4 Donos de hotéis, hospedeiros, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos dentro de uma esfera restrita de vigilância
E porque o dano de hotel é responsável pelo ato do hospede? O professor Aguiar Dias e os civilistas já reconhecia antes mesmo do CDC, esta responsabilidade pelo DEVER DE SEGURANÇA que se espera especialmente deste tipo de estabelecimento. 
É necessária uma relação de onerosidade para que haja a responsabilidade, não pode ser gratuita a relação. Mas, a jurisprudência ainda na vigência do CC/16 entendia que a onerosidade não era circunstância essencial (entendimento consolidado). Mas, se há a hospedagem como atividade empresarial, mesmo que não haja cobrança do serviço, no caso específico, o hoteleiro será responsável pelo ato ilícito do hospedado mesmo que gratuitamente.
Se um hóspede causar prejuízo a alguém, o hotel (e outros entes previstos no inciso) será responsável, desde que haja uma relação de pertinência com a hospedagem. O dono do hotel tem que garantir a segurança e o sossego de todos os que se hospedam lá.
Quando o pai deixa o filho na escola, ela passa a ser responsável pelos atos do aluno, sendo que o pai não deve arcar com prejuízos da escola, salvo, se existir responsabilidade contratual.
6.1.5 Os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia
É uma responsabilidade solidária de todos aqueles que houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Rui Stoco ao analisar este inciso entende que todas as pessoas que houverem participado do produto do crime, ainda que gratuitamente, responde pela dano da vitima. 
O fundamento dessa responsabilidade reside no princípio de vedação do enriquecimento sem causa. 
6.1.6 Direito de regresso na responsabilidade civil por ato de terceiro
DIREITO DE REGRESSO – a regra é a responsabilização por ato próprio; pelo regresso, permite-se que o responsável por ato de terceiro possa voltar-se contra o responsável por ato próprio para receber o valor que pagou pela indenização, nos termos do artigo 934, que como regra admite o direito de regresso:
Artigo 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, SALVO se o causador do dano for DESCENDENTE seu, absoluta ou relativamente INCAPAZ.
6.2 RESPONSABILIDADE PELO FATO DA COISA OU DO ANIMAL
Uma pessoa será responsabilizada pelo FATO (acontecimento juridicamente relevante) da coisa. São 4 as hipóteses:
RESPONSABILIDADE DE DONO OU DETENTOR DE ANIMAL;
RESPONSABILIDADE DE DONO DA CONSTRUÇÃO OU TERRENO;
RESPONSABILIDADE DAQUELE QUE HABITA;
RESPONSABILIDADE PELOS PRODUTOS POSTOS EM CIRCULAÇÃO.
O fundamento jurídico para responsabilização seria a culpa presumida do proprietário reside na ampliação das hipóteses de responsabilidade pelo fato da coisa (STJ). Mas, essa presunção de culpa pode ser quebrada, EXEMPLO: o veículo foi roubado e o ladrão causou o dano.
6.2.1 Responsabilidade de dono ou de detentor de animal
A responsabilidade é do guardião, pela aplicação da TEORIA DA GUARDA, de origem francesa. O responsável pelo fato da coisa ou do animal é o seu guardião, ou seja, a pessoa que detém poder de comando sobre o referido bem.
No CC/02, manteve-se a responsabilidade do dono do animal, mas, essa responsabilidade agora passa a ser OBJETIVA, como se pode notar pelo artigo 936.
Artigo 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar CULPA DA VÍTIMA ou FORÇA MAIOR.
Note-se que não há menção ao CASO FORTUITO.
Há dúvida sobre o significado de força maior e caso fortuito (discussão doutrinária), o CC/02 trata as expressões como se fossem expressões sinônimas, nos termos do parágrafo único do artigo 393.
Não é qualquer culpa da vítima, é preciso entender que há GRAUS DE CULPA, nesse caso, somente a CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA para excluir a responsabilidade do dono ou detentor do animal. Na prática, dificilmente, o dono consegue se livrar da responsabilidade.
OBS: no que tange aos acidentes com animais em rodovias, há entendimento do STJ no sentindo de reconhecer em determinados casos a responsabilidade subjetiva do estado por omissão na fiscalização e policiamento da pista. (RESP 1198534/RS). 
Todavia, se o acidente ocorrer em uma rodovia pedagiada (concessão de serviço publico e de bem publico), a responsabilidade da concessionária é objetiva, com base no CDC (RESP 687799/RS). 
6.2.2 Responsabilidade de dono da construção ou do terreno
O dono do edifico ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta (artigo 937). 
	-a jurisprudência já vinha interpretando como responsabilidade objetiva.
 		(se houve a ruína, pressupõe-se que devesse ter havido reparo.
Artigo 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de FALTA DE REPAROS, cuja necessidade fosse manifesta.
Assim, o dono da construção somente responde se a FALTA DE REPAROS, CUJA NECESSIDADE FOSSE MANIFESTA. Mas, a jurisprudência tem sido extremamente rigorosa na responsabilização do dono, entendendo que se caiu é porque havia necessidade manifesta de reparação, logo, tem o dever de indenizar; na verdade, a jurisprudência somente afasta o dever de indenização se a ruína ocorrer por fato totalmente alheio a sua atuação, EXEMPLO: em decorrência de abalo sísmico.
6.2.3 Responsabilidade por objeto lançado ou caído em local indevido
Está prevista no Artigo 938, tratando da responsabilidade chamada de effusis et dejectis, que significa a responsabilidade por coisa líquidas ou sólidas que caem.
Artigo 938. Aquele que habitar prédio�, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
A responsabilidade é de quem habita e não do proprietário. Desde o CC/16, a interpretação é a de que no caso há REPONSABILIDADE OBJETIVA, o que permanece no CC/02.
Se a pessoa não souber de que unidade partiu o projétil a responsabilidade é de todo o condomínio, com base na TEORIA DA CAUSALIDADE ALTERNATIVA, excluindo-se os blocos ou fachadas por onde seria impossível o arremesso
6.2.4 Responsabilidade pelos produtos postos em circulação
Foi acrescentada pelo legislador do CC/02, no artigo 931
Artigo 931. Ressalvados os outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem INDEPENDENTEMENTE DE CULPA pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.
No CDC, a responsabilidade é OBJETIVA pelo FATO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO eestá prevista e será aplicada quando houver a relação de consumo. Já o artigo 931 terá aplicação quando não estiver caracterizada a relação de consumo.
6.2.5 Responsabilidade civil da pessoa jurídica de direito privado por ato de terceiros
RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO POR ATO DE TERCEIRO – responderá por ato de terceiro, como se fosse pessoa natural. 
O CC/02 não repetiu o texto de 1916, por absoluta desnecessidade, porque, é lógico que a pessoa jurídica independentemente de sua finalidade irá responder civilmente pelos atos praticados por terceiros, desde que enquadrados nas circunstâncias do artigo 932.
SYLVIO RODRIGUES (posição minoritária) dá a entender que a pessoa jurídica não responde automaticamente por ato de terceiro, deveria haver a comprovação da culpa da pessoa jurídica pela prática do ato de terceiro.
7 CASOS JURISPRUDENCIAIS
7.1 Furto ou roubo de veículo
A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento (SÚMULA 130/STJ).
7.2 Empréstimo de veículo
O STJ já firmou entendimento no sentido de que o dono do veiculo é solidariamente responsável pelo dano causado por seu condutor, pelo risco criado. (RESP 343649/MG e 577902/DF)
7.3 Veículos locados
Súmula 492, STF.
492 - A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado. 
Essa solidariedade, em tese, tem base no art. 942 do CC:
7.4 Veículos alienados cujo registro ainda não foi realizado
A súmula 132 do STJ, firmando a ideia de que é a tradição que opera a transferência de domínio e de responsabilidade, isenta o antigo proprietário pelo acidente causado pelo novo adquirente.
A notícia ao DETRAN tem efeitos administrativos e tributários, a transferência da posse e propriedade ocorrerá com a tradição.
SÚMULA 132 STJ
A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veiculo alienado.
E as multas/infrações de trânsito?
Em caso de simples INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS, em um primeiro momento, o STJ, a luz do artigo 134 do CTB visualizava uma responsabilidade solidaria entre o antigo proprietário e o novo. Mas, posicionamento mais recente é no sentido de relativizar o artigo 134, e responsabilizar apenas o novo proprietário. (RESP 965.847-PR e AGRG no RESP 1204867-SP). 
Afinal de contas quem detém o poder de comando é o novo proprietário. 
8 DANO MORAL
Num primeiro momento o dano moral não era indenizável. Muitos argumentos para isso:
Pois é impossível de ser mensurável 
Pois isso seria dar poder demais para o juiz. 
Em um segundo momento, quando a jurisprudência e a doutrina começavam a dar sinais de aceitação da tese, a autonomia do dano moral geralmente era negada, na medida em que somente era reconhecido como conseqüência de um dano material. 
Veja que neste 2º momento ao se aceitar a tese do dano moral, o dano moral era consequência de um dano material sofrido. Havia uma dificuldade em se reconhecer o dano moral puro. 
Somente a partir da Constituição Federal de 1988 o dano moral efetivamente ganhou autonomia (artigo 5º, incisos V e X). 
Assim, a luz da constituição vigente podemos conceituar o dano moral de duas maneiras distintas (Carvalieri): 
Em sentido estrito dano moral nada mais é violação do direito à dignidade do individuo. 
Em sentido amplo dano moral envolve diversos graus de violação dos direitos da personalidade, abrange todas as ofensas à pessoa, considerada esta em suas dimensões individuais e sociais, ainda que sua dignidade não seja arranhada. 
O dano moral hoje não mais se restringe à dor, tristeza e sofrimento, estendendo a sua tutela a todos os bens personalíssimos, razão pela qual podemos defini-lo, de forma abrangente, como sendo uma agressão a um bem ou atributo da personalidade. 
Em razão de sua natureza imaterial, o dano moral é insusceptível de avaliação pecuniária, podendo apenas se compensado com a obrigação pecuniária imposta ao causador do dano, sendo esta mais uma satisfação do que uma indenização. 
 	-manifestação da autonomia do dano moral:
		([art. 5º, V e X, CF]
		([art. 6º, VI e VII, CDC]; 
		([art. 186, NCC] 
		([Súmula 37 STJ]
 Formas de reparação (compensação): no ressarcimento do dano moral poderá, às vezes, haver, ante a impossibilidade de reparação, na restitutio in integrum, uma tentativa de atingir uma situação material correspondente. Todavia, a reparação moral é, em regra, pecuniária, a fim de neutralizar os sentimentos negativos, de mágoa, angústia, dor etc., pela superveniência de sensações positivas, de alegria, satisfação, pois ela possibilitaria ao lesado algum prazer, que, em certa medida, poderia atenuar seu sofrimento.
	-funções da indenização decorrente do dano moral:
		a)FUNÇÃO SATISFATÓRIA - busca satisfazer o sofrimento provocado.
 		b)FUNÇÃO SANCIONATÓRIA - pena privada.
(outro aspecto que deve ser levado em conta no momento da definição da indenização devida é a condição sócio-econômica do causador do dano devendo ser definido valor razoável, equânime e proporcional mas que seja suficiente para dissuadir novas práticas nesse mesmo sentido.
DANO MORAL COLETIVO
	Seria o dano que atinge, ao mesmo tempo, vários direitos da personalidade, de pessoas determinadas e determináveis (de modo que devem ser atingidos direitos individuais homogêneos e coletivos em sentido estrito).
	O CDC admite expressamente a reparação dos danos morais coletivos, tendo em vista o seu art. 6, VI. Geralmente, tem sido admitidos na jurisprudência nacional, na searas trabalhista e ambiental.
	O STJ, inicialmente, através de sua 1ª Turma, afastou a possibilidade de dano moral coletivo, por entendê-lo como de caráter individual, vez que deve causar um sofrimento psíquico, incompatível com a noção de transindividualidade (RESP 598.281/MG, Rel Ministro Luiz Fux, Rel p/ Acórdão Ministro Teori Albino Zavaski, Primeira Turma, julgado em 02.05.2006, DJ 1º. 06.2006, p. 147).
	Entretanto, em precedente mais recente, o Colendo STJ admitiu-os no famoso caso das pílulas de farinha (Microvlar). Precedente: STJ, REsp 866.636/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, j. 29.11.2007, DJ 06.12.2007, p. 312).
Em pesquisa no site do CJF, com o seguinte critério “dano moral coletivo”, encontrei alguns acórdãos admitindo a possibilidade da ocorrência do dano moral coletivo, notadamente, os proferidos pela desembargadora Selena Maria de Almeida, 5º turma. 
Como não poderia deixar de ser a questão é bem casuística: 
Entendeu haver dano moral coletivo: (1) Uso excessivo de força policial militar nas dependências da UFBA para coibir direito de resistência e manifestação de pensamento(EIAC 2001.33.00.010564-1/BA), julgado e 2009; (2) Exploração de jogos de azar (AC 200638010026495) julgado em 05.10.2011
Não haver dano moral coletivo: (3)tempo excessivo de espera em fila de banco (AC 200533000081400)
Em outros julgados deste mesmo tribunal, posicionamentos mais conservadores também são encontrados afastando até mesmo a possibilidade de configuração do dano moral coletivo com o seguinte argumento : "não parece ser compatível com o dano moral a ideia da transindividualidade”. Neste sentido AC 200439020007799, do dia 07.02.2012
sistemas de mensuração do dano moral: 
Sistemas de quantificação 
Existem dois sistemas:
Sistema livre ou do arbitramento 
Sistema do tarifamento legal
 
Sistema LIVRE ou do ARBITRAMENTO : sistema defendido por autores como Carlos Alberto Bitar, Ronaldo Andrade, e tem base no artigo 4º e 5º da LICC. (quando o juiz aplica a norma ele deve observar a sua função social...) 
Este é o sistema preponderante no Brasil pelo qual o juiz, segundo o critério de razoabilidade e parâmetros da própria jurisprudência,quantificará a indenização devida a vitima. Este sistema não aceita um tarifamento do legislador. Caberá o juiz interpretando o caso concreto , segundo um juízo de discricionariedade regrada, devera quantificar o dano. 
OBS: Vale lembrar que a sumula 362 do STJ estabeleceu que a CORREÇÃO MONETÁRIA do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento. 
O sistema do TARIFAMENTO LEGAL: este sistema, corporificado nos projetos PLS 114/2008 e PL 7124/2002, pretende que o próprio legislador estabeleça um tabelamento ou limitação legal previa da indenização devida por dano moral
A finada lei de imprensa já tinha sido decidida como inconstitucional. Veja que estes projetos aqui estão arquivados, por inconstitucionalidade, já que não cabe ao legislador fixar critérios apriorísticos. 
Após a CF/88, não há mais que se falar em INDENIZAÇÃO TARIFADA (ex.: prevista nos Arts. 51 e 52 da Lei federal 5250/67 – Lei de Imprensa) para o DANO MORAL.
	-STF se manifestou pela IMPOSSIBILIDADE de tarifação do DANO MORAL em ACIDENTE AÉREO: 
 		([RE 172.720 – análise específica de tarifação em caso de dano moral ( impossibilidade].
	-STJ também não admite tarifação no caso de DANO MATERIAL.
(circunstâncias a se levarem em conta:	(INTENSIDADE E DURAÇÃO DO SOFRIMENTO;
 						(CAPACIDADE ECONÔMICA DO OFENSOR;
 						(CONDIÇÕES SOCIAIS DO OFENDIDO; 
 						(GRAVIDADE DA CULPA, etc.
DANO MORAL X DANO PSÍQUICO 
	-DANO PSÍQUICO pode ser mensurado em decorrência do tratamento psicológico necessário. é avaliável materialmente, nesse caso se equivaleria ao DANO MATERIAL.
 (não é qualquer contrariedade que pode erigir-se à condição de dano moral: só a que tiver como causa uma agressão à dignidade da pessoa. 
 	-assim, não constituem dano moral, em princípio:
		(MERO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL
		(ATO ILÍCITO COM DANO MATERIAL – o dano moral não se caracteriza quando há mero aborrecimento inerente a prejuízo material. (ex.: acidente que provoca apenas avarias no veículo) 
ENUNCIADO 159 CJF
159 – Art. 186: O dano moral, assim compreendido todo o dano extrapatrimonial, não se caracteriza quando há mero aborrecimento inerente a prejuízo material.
 		(EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO.
 			(cfr. a questão dos presos, indiciados ou processados penalmente sem condenação futura: necessidade de provar-se DOLO, MÁ-FÉ ou EXTREMA LEVIANDADE DOS AGENTES PÚBLICOS; porém, a solução é diferente nos casos de erro judiciário, CF/88, art. 5º, LXXV - cfr. STF, 1ª Turma, RE 505.393)
PROVA: não é possível exigir-se prova da dor; existe “in re ipsa” (decorre do próprio fato), com presunção (relativa) de haver realmente atingido a vítima.
legitimidade para postular dano moral: além da própria vítima direta, quem mais poderia ser atingido, e, portanto, pleitear indenização? 
Pode ser reconhecida a legitimidade daqueles previstos no parágrafo único do art. 12, quando for caso da regra geral, ou daqueles previstos no parágrafo único do art. 20, quando for alguma das hipóteses previstas no caput desse dispositivo (ex.: utilização indevida da imagem) VITIMA INDIRETA.
	-nos demais casos, terão que provar o dano em virtude de fatos ocorridos com terceiros. (Obs.: não há que se invocar aqui a regra do art. 403 do CC/02)
([REsp 122.573] – rapaz foi internado em um hospital mantido pelo Estado. Hospital publicou lista dos pacientes aidéticos e o rapaz constava equivocadamente nessa lista. O filho estava em estado de coma. Os pais entraram com ação e ganharam. 
(“DANOS MORAIS DIFUSOS” - várias pessoas sofrendo dano moral.
TRANSMISSIBILIDADE( duas posições na jurisprudência.
	a) NÃO HÁ TRANSMISSÃO, MAS SE A VÍTIMA INTERPÔS AÇÃO, OS HERDEIROS FAZEM JUS À INDENIZAÇÃO - não haveria transmissão dos danos morais. Para essa corrente não existe, pois, o jus hereditatis relativamente aos danos morais, tal como acontece com os danos puramente patrimoniais.
	b) HÁ TRANSMISSÃO DO DIREITO À INDENIZAÇÃO DESDE QUE A VÍTIMA TENHA SENTIDO EM VIDA A DOR - mesmo que o ofendido não tenha proposto a ação, seus herdeiros têm direito a fazê-lo.
 
		(Fundamento: [art. 943, NCC]
NCC
Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.
dano moral X pessoa jurídica - embora a pessoa jurídica não tenha direitos da personalidade, reconhece-se a possibilidade de sofrer dano moral em decorrência de ofensa à honra objetiva. 
Segundo alguns doutrinadores (corrente minoritária) a pessoa jurídica não poderia sofrer dano moral uma vez que este pressupõe afetação do complexo anímico e não haveria como se admitir a dor psíquica da pessoa jurídica. O que se reconheceria seria o abalo financeiro da entidade. A pessoa jurídica teria direito a uma indenização, mas em decorrência do dano material (reflexo patrimonial) e não de dano moral. 
STJ – reconhece a possibilidade do dano moral. [Súmula 227 STJ]
Súmula 227 STJ
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
(HONRA(
	a)aspecto interno ou subjetivo - caracterizada pela dignidade, decoro e auto-estima, sentimentos nascidos da consciência das virtudes ou do valor moral que cada um tem de si.
		(é próprio da pessoa natural.
	b)aspecto externo ou objetivo - reflexo na reputação, renome, imagem social.
		(atinge tanto a pessoa natural como a pessoa jurídica.
(O fundamento para o reconhecimento do dano moral sofrido pela pessoa jurídica é a ofensa da sua honra objetiva.
ENUNCIADO 189 – JORNADAS CJF
189 – Art. 927: Na responsabilidade civil por dano moral causado à pessoa jurídica, o fato lesivo, como dano eventual, deve ser devidamente demonstrado.
DANO ESTÉTICO - Em teoria, a deformidade física pode acarretar DANO PATRIMONIAL (redução da capacidade laborativa) ou DANO MORAL (vexame, humilhação).
(É toda alteração morfológica do indivíduo que, além do aleijão, abrange as deformidades ou deformações, marcas e defeitos, ainda que mínimos, e que impliquem, sob qualquer aspecto, um afeamento da vítima, consistindo numa simples lesão desgostante ou num permanente motivo de exposição ao ridículo ou de complexo de inferioridade, exercendo ou não influência sobre sua capacidade laborativa. [art. 950 e parágrafo único, NCC]
	(Para o STJ, porém (RSTJ, 105/332), o DANO ESTÉTICO é uma TERCEIRA CATEGORIA (alteração morfológica que agride à visão), diversa da angústia e aflição da vítima (que seria o dano moral); logo, se cumula com o DANO MATERIAL E O MORAL. O fundamento dessa posição foi o art. 1.538, § 1º, CC/16, não reproduzido no CC/02, embora possa estar implicitamente abrangido no art. 949, última parte: “algum outro prejuízo”.
SÚMULA 387 STJ
É possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral
(Segundo o entendimento firmado, cabe a acumulação de ambos os danos quando, ainda que decorrentes do mesmo fato, é possível a identificação separada de cada um deles. O STJ, já seguia o entendimento de que é permitido cumular valores autônomos, um fixado a título de dano moral e outro a título de dano estético, derivados do mesmo fato, quando forem passíveis de apuração separada, com causas inconfundíveis.
DANO À IMAGEM [art. 20 e seu parágrafo único, NCC] - o uso indevido da imagem pode acarretar:
 	(DANO MATERIAL: sempre que houver exploração econômica sem autorização;
 	(DANO MORAL: se a imagem for utilizada de forma humilhante e vexatória.
(A imagem não é um bem absoluto. Não haverá direito de indenização no caso de foto de uma pessoa no contexto da imagem publicada no jornal.
NCC
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarema fins comerciais.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
	-valor da indenização: não pode ser o mesmo que se obteria pela utilização autorizada.
 		(Fundamento: o caráter sancionatório da indenização por dano moral.
DANOS MORAIS CAUSADOS PELA IMPRENSA – 
 	-princípios reciprocamente limitantes: CF/88, arts. 5º, IX e 220, §§. 2º e 2º; art. 5º, V e X
	-a imprensa não está obrigada a APURAR A VERACIDADE DOS FATOS ANTES DE DIVULGÁ-LOS, POR CONTA DA URGÊNCIA DA NOTÍCIA, mas não pode violar a intimidade, a honra, a imagem de outrem. Nesse caso ela não poderá dar o fato como certo.
	-não pode agir sem cuidado e nem com sensacionalismo.
	-quem se responsabiliza: 
		-AUTOR DA NOTÍCIA
		-PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO DE DIVULGAÇÃO
Súmula 221 STJ
São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano decorrente de publicação pela imprensa tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.
(dano moral em anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito e quando preexistente legÍtima inscrição: não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
SÚMULA 385 STJ
Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
(dano moral e devolução indevida de cheque: a devolução indevida de cheque caracteriza dano moral, independentemente da prova do prejuízo sofrido pela vítima. Segundo entendimento do STJ, a devolução indevida do cheque por culpa do banco prescinde da prova do prejuízo, e independe que tenha sido devidamente pago quando reapresentado, ou ainda que não tenha ocorrido a inscrição do correntista nos serviços de proteção ao crédito.
Súmula 388 STJ
A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.
8.3 Teoria do PUNITIVE DAMAGE
É uma teoria muito aplicada nos EUA.
A indenização tem um caráter punitivo, disciplinador (natureza de pena privada). Tal caráter disciplinador é de natureza meramente acessória (teoria do desestímulo mitigada). Não há como atribuir à reparação moral uma natureza punitiva pura. Assim, esse caráter pedagógico somente é possível quando houver reparação (principal). Tal orientação tem imperado no STJ, que entende o valor do dano deve ter uma dupla função, de reparar o dano, buscando minimizar a dor da vítima e punir o ofensor, para que não volte a reincidir.
A questão está prevista no Enunciado 379 do CJF: O art. 944, caput, do Código Civil não afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil.
O próprio STF já aplicou tal teoria: (STF, AI 455.846, Rel. Min. Celso de Mello, Informativo 364)
Essa teoria NÃO é generalizada no Brasil, mas se o PROJETO 6960/02 for convertido em lei, será acrescentado um § 2o. no artigo 944, que irá determinar que a reparação do dano moral deve reparar a vítima e deve DESESTIMULAR (efeito pedagógico) o infrator. EXEMPLO: a vítima merece 10, mas o infrator será condenado a 20; 10 a título de reparação e mais 10 como pena. Atualmente reverte-se em favor da vítima.
O TRF 1 tem algumas decisões que admitem o caráter punitivo do dano moral 
Definição da indenização em caso de morte 
 -indenização consiste em (art. 948 do CC):
 	i)pagamento das despesas com tratamento da vítima, funeral e o luto da família;
ii)prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
	vida média para efeitos de arbitramento de pensão alimentícia: entre 65 e 70 anos.
		(se o morto tiver mais de 70 anos: presunção de uma sobrevida de 5 anos.
 -legitimados: o art. 948, II (pensão alimentícia) traz hipótese de dependência econômica presumida, para os demais haverá a necessidade de se provar a dependência.
	-se a vítima não tinha ganho fixo ou não foi possível prová-lo: indenização será arbitrada no valor de 1 SM.
(morte de filho(
 	-termo final: quando a vítima atingiria 65 anos, ou a sobrevida daqueles a serem indenizados.
(filho menor: a jurisprudência entende que ainda que o filho fosse menor de idade, e não exercesse trabalho remunerado, será devida a indenização. Surge a discussão de quando seria o início da contagem, havendo entendimento pela idade de 14 anos, idade que o ordenamento constitucional permite o trabalho como aprendiz. (art. 7º, XXXIII, CF/88)
(crítica da doutrina da época: o STF mascarou o reconhecimento por via transversa de um dano moral. Os pais não dependem do filho que não está trabalhando. Nesses casos não interessa se é pobre ou rico, os pais sempre terão indenização por dano moral.
SÚMULA 491 STF
É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho remunerado.
 	-até os 25 anos: 2/3 do salário percebido ou do SM (se não houver remuneração).
 	-após os 25 anos: 1/3 do salário percebido ou do SM. ( entendimento de que a partir dessa idade o indivíduo constituiria sua família, passando a contribuir menos para a renda familiar.
(a orientação deste Superior Tribunal está consolidada no sentido de fixar a indenização por morte de filho menor, com pensão de 2/3 do salário percebido (ou o salário mínimo, caso não exerça trabalho remunerado) até 25 anos e, a partir daí, reduzi-la para 1/3 do salário até a idade em que a vítima completaria 65 anos.
(morte dos pais( - CESSA AOS 25 ANOS. (recebem até terminar o curso superior)
(STJ tem farta jurisprudência que fixa a data limite ao recebimento de pensão concedida a filhos por morte de ascendente no momento em que aqueles completam 25 anos de idade. Tais precedentes partem de situação fática relativa à perda sofrida por filho menor de idade ou adulto jovem e adotam como premissa a ocorrência de dependência econômica deste em relação ao ascendente falecido, reconhecendo a necessidade de apoio financeiro para que o filho desenvolva sua existência. Neste sentido informativo 414 do STJ 
Definição da indenização em caso de INCAPACIDADE 
NCC
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
 	-conteúdo amplo da indenização: incluem-se cirurgias, fisioterapia, aparelhos em geral, etc. Tudo aquilo que razoavelmente se pode postular, haverá o pagamento do razoável dentro de uma expectativa aceitável (não seria possível exigir pagamento para tratamento no exterior).
ENUNCIADO n. 192 - Jornadas CJF
192 – Arts. 949 e 950: Os danos oriundos das situações previstas nos arts. 949 e 950 do código civil de 2002 devem ser analisados em conjunto, para o efeito de atribuir indenização por perdas e danos materiais, cumulada com dano moral e estético.
(E SE A INCAPACIDADE FOI PARA UMA PROFISSÃO E NÃO PARA OUTRAS? Haverá indenização, salvo se se provar que a vítima trabalha em outra profissão sem constrangimento, que poderá haver adaptação para outra função.
 	-o prejudicado pode (direito potestativo) preferir o pagamento da indenização em uma só vez. [art. 950, parágrafo único, NCC] O magistrado não permitirá tal possibilidade se o infrator não tiver capacidade econômica para tal.
NCC
Art. 950.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
ENUNCIADO 48 CJF48 – Art. 950, parágrafo único: o parágrafo único do art. 950 do novo Código Civil institui direito potestativo do lesado para exigir pagamento da indenização de uma só vez, mediante arbitramento do valor pelo juiz, atendidos os arts. 944 e 945 e a possibilidade econômica do ofensor.
(constituição de capital para garantia da pensão: matéria regida atualmente pelo art. 475-Q do CPC.
	(revisão da indenização, em ação de revisão de pensão, com eficácia “ex nunc” – fundamento: art. 475, I e art. 475-Q, Par. 3º do CPC
 	-a indenização PREVIDENCIÁRIA e indenização cIVIL ( não se compensam.
 	-o SEGURO OBRIGATÓRIO e INDENIZAÇÃO CIVIL ( se compensam.
13º SALÁRIO - deve integrar a pensão, mesmo que a vítima não trabalhasse quando de seu falecimento ou acidente.
CORREÇÃO MONETÁRIA 
 	Regra: sempre devida, desde a data do dano. [Súmula 490 STF; Súmula 43 STJ] [art. 395 do NCC]
NCC
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
SÚMULA 43 STJ
Incide correção monetária sobre divida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.
SÚMULA 490 STF
A pensão correspondente à indenização oriunda de responsabilidade civil deve ser calculada com base no salário mínimo vigente ao tempo da sentença e ajustar-se-á às variações ulteriores.
	exceção: no DANO MORAL a correção monetária será devida desde a data do arbitramento, e não da data do dano.
SÚMULA 362 STJ
A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.
(o reajuste em indenizações por dano moral deve ser da data em que o valor foi definido na sentença e não na data em que a ação foi proposta. 
Atenção: A nova súmula faz uma exceção à regra da súmula 43 STJ, que define que nas indenizações de modo geral que a correção da indenização deve ser contada da data do efeito danoso. Apenas no caso indenização por dano moral, a correção se dá a partir da data do arbitramento.
JUROS MORATÓRIOS:
	REGRA - contagem se inicia com a citação inicial [art. 405, NCC]
NCC
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
	EXCEÇÃO – a contagem dos juros moratórios em responsabilidade extracontratual tem início a partir do evento danoso. [Súmula 54 STJ]
		(fundamento: o agente que causa o prejuízo deve pagar o ressarcimento imediatamente, se assim não o faz, deve ser reconhecida a sua mora. [forma de estímulo ao pagamento espontâneo]
Súmula 54 STJ
Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
(não há incompatibilidade entre a Súmula e o dispositivo do NCC. A súmula trata de uma situação específica, qual se seja, juros moratórias na responsabilidade extracontratual.
Enunciado n. 163 – Jornadas CJF
163 – Art. 405: A regra do art. 405 do novo Código Civil aplica-se somente à responsabilidade contratual, e não aos juros moratórios na responsabilidade extracontratual, em face do disposto no art. 398 do novo CC, não afastando, pois, o disposto na Súmula 54 do STJ.
(a jurisprudência reconhecia a possibilidade de incidência de juros compostos (Súmula 186 STJ) no caso de homicídio doloso, mas essa questão está superada, uma vez que não houve reprodução da regra do art. 1.544 do CC/16. 
SÚMULA 186 STJ
Nas indenizações por ato ilícito, os juros compostos somente são devidos por aquele que praticou o crime.
(os juros moratórios incluem-se na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação.
SÚMULA 254 STF
Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação.
	-taxa incidente para os juros: [art. 406, NCC]
		(polêmica: CTN ou taxa SELIC?
(Juros moratórios contra a fazenda pública e o art. 1º - F, Lei 9.494/97( - o art. 1º-F da Lei 9.497/97 define que os juros moratórios, nas condenações impostas à Fazenda Pública, para pagamento de verbas remuneratórias devidas aos servidores e empregados públicos, será de 6 % ao ano.
Lei 9.494/97
Art. 1o-F. Os juros de mora, nas condenações impostas à fazenda pública para pagamento de verbas remuneratórias devidas a servidores e empregados públicos, não poderão ultrapassar o percentual de seis por cento ao ano. (NR) (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
 	-constitucionalidade do dispositivo: questionamento quanto à constitucionalidade em decorrência do possível questionamento do princípio da isonomia.
	-STF: entendeu pela constitucionalidade do dispositivo. [RE 453.740] 
		(é possível que o ordenamento preveja juros específicos diferentes do estipulado pela regra geral do art. 406 do NCC, como o que acontece nas desapropriações [art. 15-B, Decreto-lei 3.365/41] e nos parcelamento de precatórios [Lei 11.178/05]
		(segundo a decisão, para que não haja violação do princípio da isonomia os juros deverão ser de 6% ao ano não somente nos casos em que a União figure como credora, mas também naqueles em que, desde que esteja envolvido o pagamento de verbas remuneratórias relativas aos servidores e empregados públicos, ela figure como devedora. Ou seja, quando a questão envolver juros moratórios relacionados às verbas remuneratórias devidas/pleiteadas por servidores e empregados públicos os juros serão de 6 %.
		(a relação que se estabelece entre os servidores ou empregados públicos e a Fazenda Pública no que diz com o pagamento de verbas remuneratórias é que deve servir de base para a aplicação do princípio da isonomia. Caso, diante da mesma relação (verbas remuneratórias devidas pela FP a servidores), fosse aplicado índice diverso, maculado estaria o princípio da igualdade, pois estaríamos tratando relações de mesma espécie de maneira diversa.
 	-aplicabilidade temporal do dispositivo: [direito intertemporal]
	-STJ: o dispositivo terá incidência somente em relação às ações ajuizadas após A MP n. 2.180-35/2001.
Informativo n. 386 – STJ
JUROS MORATÓRIOS. FAZENDA PÚBLICA.
A Seção, ao julgar o presente recurso repetitivo (Resolução n. 8/2008-STJ), entendeu que o art. 1º-F da Lei n. 9.497/1997, que dispõe que os juros moratórios, nas ações propostas contra a Fazenda Pública, são de 6%, deve ser aplicado apenas nas ações ajuizadas após a entrada em vigor da MP n. 2.180-35/2001. Contudo, a Min. Relatora ressalvou o seu ponto de vista de que o referido artigo seria inconstitucional, pois feriria o princípio da isonomia, uma vez que o devedor da Fazenda Pública suportaria juros de 12% ao ano nas mesmas circunstâncias. Precedentes citados do STF: RE 453.740-RJ, DJ 24/8/2007; do STJ: REsp 904.264-RS, DJe 25/8/2008, e AgRg no AgRg no REsp 1.011.163-PR, DJe 25/8/2008. REsp 1.086.944-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 11/3/2009.
PERGUNTAS
Pode a pessoa jurídica sofrer dano moral?
Um incapaz pode sofrer dano moral?
O que se entende por cláusula de não indenizar?
É válida a disposição em estacionamento que o exime de responsabilidade?
Qual a diferença entre responsabilidade direta e indireta?
Um obreiro sofre um acidente e vem a morrer, recebendo sua família uma indenização acidentária. Essa indenização inibe a possibilidade de uma indenização civil?
A coletividade pode ser vítima de dano moral?
Há possibilidade de se cumularem ações por dano moral, estético e patrimonial?
BIBLIOGRAFIA
 As atualizações foram feita com base no livro do Prof. Silvio Neves Baptista: Teoria Geral do Dano (Ed. Atlas, 2003). 
	
� A indenização mede-se pela extensão do dano, não pela culpa ou dolo (artigo 944). Grande novidade é o parágrafo único do artigo 944 (equidade).
� O termo está sendo usado como qualquer tipo de construção, imóvel por acessão.

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