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– AULA 06 - Microscopia Óptica CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA DE MINÉRIOS P R O F E S S O R A : J Ú N I A S O A R E S A L E X A N D R I N O Introdução • A identificação de uma espécie mineral pode ser feita mesoscopicamente ou microscopicamente, dependendo de quais propriedades serão avaliadas. • O estudo de algumas das propriedades físicas dos minerais (hábito, clivagem, dureza, cor, densidade, traço, magnetismo, etc) pode ser feito através de uma inspeção ou de testes rápidos em amostras de mão e não necessita de técnicas ou de preparação especial (exame mesoscópico), embora existam algumas propriedades físicas (por exemplo, aquelas determinadas por raios-X ou óptica) que precisam de equipamentos especiais para sua determinação. • As técnicas de microscopia óptica são utilizadas para identificar o mineral em escala microscópica avaliando suas propriedades ópticas. PRINCIPAIS APLICAÇÕES • Análise das amostras em grão: – Lupa ou microscópio estereoscópico: • Não há necessidade de se montar secções polidas ou delgadas; • Identificação dos minerais por: cor, brilho, hábito, clivagens, fratura, • Técnicas auxiliares: – Punção com alfinete para confirmar pintas de ouro ou delaminar micas e vermiculita; – Interação com imã; – Testes microquímicos (ataque com HCl diluído); PRINCIPAIS APLICAÇÕES • Objetivos – Microscópio Estereoscopico: – Identificação de minerais mais comuns (praticamente padrão numa análise preliminar de uma amostra); – Avaliação do tamanho dos cristais; – Estimativa visual de tamanho de liberação. PRINCIPAIS APLICAÇÕES • Minerais pesados, areias, pode ser feita exclusivamente por microscópio estereoscópico, uma vez que os cristais são grandes, limpos e bem liberados, e a identificação é segura; • Identificação de recobrimentos ferruginosos ou outras formas de alteração superficial dos grãos não visíveis por técnicas mais sofisticadas, como microscopia eletrônica de varredura DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO ANÁLISE DE IMAGENS • Para estar apta ao processamento computacional, uma imagem precisa ser digitalizada de modo a formar uma imagem digital (amostragem de imagem e quantização em níveis de intensidade); • Pixel = Picture element – menor unidade da imagem digital. • Imagem digital = matriz de elementos (pixels – cor, intensidade, posição); ANÁLISE DE IMAGENS • A resolução de uma imagem digital consiste na freqüência de amostragem da imagem. • É medida como inverso do tamanho real do pixel (pixel size), ou seja, o inverso do tamanho que o pixel representa na imagem real. ANÁLISE DE IMAGENS • Contraste e brilho: – Exemplos: Uma imagem formada predominantemente por pixels com níveis de cinza baixos, próximos a 0 (preto), é percebida como uma imagem escura – baixo brilho. – Uma imagem que apresenta pixels com uma pequena variação de níveis de cinza é percebida como uma imagem com baixo contraste e vice-versa. – Brilho e Contraste podem ser matematicamente descritos respectivamente como a média e o desvio padrão dos níveis de intensidade de todos os pixels da imagem. r = nível de intensidade; nr = nº de pixels com intensidade r; n = nº total de pixels da imagem. ANÁLISE DE IMAGENS • Histograma de níveis de intensidade: MÉTODOS DE ANÁLISE – MOLT e MOLR • Geração de imagens na faixa de radiação visível; • Dois tipos de análises mais utilizadas na identificação de minerais: – Microscópio óptico de luz transmitida (MOLT); – Microscópio óptico de luz refletida (MOLR); • São similares no que se refere ao sistema de lentes, polarizador, analisador e quanto aos vários diafragmas empregados, porém diferem quanto ao sistema de iluminação: – MOLT utiliza uma fonte abaixo da amostra; – MOLR usa a fonte acima da amostra. MÉTODOS DE ANÁLISE – MOLT e MOLR • MOLT – Utilizado para amostras transparentes; – Os minerais podem ser observados sob luz polarizada com nicóis descruzados (cor, Pleocroísmo, relevo, índice de refração em relação ao meio, clivagem, hábito) ou sob luz polarizada com nicóis cruzados (ângulo de extinção do mineral, da cor de interferência, birrefringência, geminação e zoneamento); • MOLR – A luz incide sobre a amostra e é refletida, de modo especular; – Ocorrem perdas quanto à intensidade da imagem (50% da luz é refletida e 50% é transmitida); – Minerais opacos; POLARIZAÇÃO DA LUZ • A luz polarizada auxilia na determinação das propriedades ópticas de minerais transparentes e opacos; • Uma luz não polarizada vibra perpendicularmente à direção de propagação, em todas as direções. • Polarizador e Analisador; Microscópio de Luz Transmitida: Microscópio de Luz Transmitida: Hematita martítica (Hm) associada a goethita botrioidal (Gb) e quartzo (Q). P – Poros. MÉTODOS DE ANÁLISE – MOLT e MOLR • Fotomicrografia de amostra de minério de ferro em seção polida, MOLR Minerais Opacos: - hematita lamelar(Hl); - hematita martítica (Hm); - goethita (Gt); Minerais Transparentes: - Quartzo (Q) IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA Relação(r) comprimento:largura r >5:1 IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA Relação(r) comprimento:largura 1:1 < r < 5:1 Cristais tendem ao arredondamento e possuem junções tríplices IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA Cristais com contatos sinuosos/imbricados IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA IDENTIFICAÇÃO MINERALÓGICA ANÁLISE QUANTITATIVA • QUANTIFICAÇÃO DAS FASES: • estimativa visual: – composição percentual das fases presentes (contagem por pontos, linhas e áreas); – calcula-se a distribuição dos diâmetros dos grãos; – análise da forma dos grãos (análise de imagem por computador) – Estereologia; – utiliza-se também, das densidades apropriadas. • catação das fases com posterior pesagem: – um montante estatisticamente significativo de partículas é separado manualmente ou por fracionamento (Sep. Gravítica, magnética, etc). QUANTIFICAÇÃO DOS MINERAIS Método da Estimativa de Área QUANTIFICAÇÃO DOS MINERAIS Método da Contagem de Partículas QUANTIFICAÇÃO DOS MINERAIS ANÁLISE QUÍMICA A PARTIR DA AN. MINERALÓGICA ANÁLISE QUÍMICA A PARTIR DA AN. MINERALÓGICA PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS • Os métodos mais difundidos são: – Fragmentos dispersos: amostras com granulometria muito fina em MOLT, identificação de minerais transparentes; – Seções delgadas: a partir de fragmentos de rocha, utilização em MOLT; – Seções polidas: determinação de minerais opacos utilizadas no MOLR; – Seções delgadas-polidas: Determinação de minerais opacos e transparentes já que permitem a observação nos dois tipos de microscópios.
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