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Material por Brunna Ferreira, 2018. Melhoramento genético – P3 Cruzamento industrial: os filhos serão F1. Cruzamento continuum: Aproveitamento da fêmea do próprio plantel (F1) para reprodução. Qualquer sistema de cruzamento não existe como cruzamento/raça perfeita. Muitos sistemas de cruzamento pra raça tem exigências maiores, precisando de uma equipe mais bem treinada pra trabalhar com esses indivíduos. Anotação zootécnica do desempenho de cruzados pra decisão de grupo genético que vai ser mantido. A distribuição de gordura em indivíduos mestiços é diferente que no animal puro. Essa distribuição, no mestiço, é superficial. O score corporal, na holandesa, é abdominal. Score corporal é importante para formulação de dieta. Balanço energético negativo: no pós-parto, a vaca não consegue suprir uma deficiência na alimentação. Ela perde muito peso no pós-parto. Optar por meio sangue, ¾ ou 5/8 deve ter monitoramento. Não existe cruzamento perfeito. Melhoramento contínuo ou absorvente: uso contínuo de reprodutores de raças geneticamente superiores até que haja absorção da raça de menor potencial genético. Todos os cruzamentos começam com raças distantes geneticamente. Haverá absorção da superioridade genética de raça X (holandês, por exemplo). Não usa o mesmo reprodutor pra reduzir endogamia/consanguinidade ao longo das gerações. Produz animais PC (puro cruza). Parte do princípio da absorção vai formar o girolando. Disponibilidade de touros testados: dificuldade de touros testados. Avaliação do cruzamento continuum absorvente: a medida que os cruzamentos avançam, perde-se o vigor híbrido. A cada geração existe um cuidado com o manejo geral, porque tem grupos genéticos distintos. Os “defensores” adotam essa estratégia buscando a criação de uma nova raça. É um processo teoricamente simples, mas que acontece a longo prazo. A mesma raça é sempre utilizada e as fêmeas de substituição são produzidas no próprio rebanho. A pressão de seleção nas fêmeas é muito maior que nos outros esquemas, porque elas serão mantidas no próprio rebanho. Cruzamento alternado/rotacionado: Usam 2 ou 3 raças e alternam a raça do touro. É considerado interessante porque é possível que os machos sejam recriados a pasto e vendidos pra corte. Além disso, há uma flexibilidade quanto ao aprimoramento de produção e produtividade e exigências. Isso retoma a condição à possibilidade de atender ao sistema. A decisão de qual sêmen, é pelo VG do indivíduo. A frequência de utilização está associada com a confiabilidade desse VG. Alto VG e baixa confiabilidade: touro jovem. * Como explicar a variação da complementariedade existente nos cruzamentos alternados? Os touros, a cada geração, variam. Como esses touros variam, o VGA deles pode ser variado. Podem variar até pelos critérios de seleção porque foram avaliados. A medida em que se formam os cruzados, os objetivos passam a se alternar. Cruzamento é flexibilidade/jogo de cintura. A cada vez que se altera o número de raças ou se os reprodutores são indivíduos cruzados, é importante a alteração do percentual de heterose, que é o resultado de heterozigose. Quanto maior a heterose, maior a frequência de características que se manifestam em heterose (Aa). Nos cruzamentos alternados há a possibilidade de fazer um tricross (3 raças). O tricross tem ¼ de R1, ¼ de R2 e ½ de R3. Jersey: foi desenvolvido com várias finalidades, dentre elas: animais precoces, de alta fertilidade, dóceis, longevas e animais menores. Esses animais têm, comparativamente a outras raças, boa qualidade de úbere e conformação de tetos. São várias características produtivas e reprodutivas importantes. Material por Brunna Ferreira, 2018. Cruzamento busca complementariedade genética e fenotípica, obtenção de heterose e vigor híbrido. Aproveitar o efeito aditivo de cada uma das raças para buscar a formação de novas raças. Não existe um sistema perfeito. Considerar ambiente, raça, exigência do mercado, objetivos, mão de obra disponível, nível genencial, sistema de produção, uso de inseminação artificial, número de vacas, número e tamanho das pastagens, controle zootécnico permanente e avaliação dos reprodutores. Seleção e métodos de seleção: Seleção fenotípica morfológica Seleção genotípica morfológica Seleção genética Métodos de seleção: 1. Consecutiva = tandem (em desuso) 2. Níveis independentes de eliminação 3. Índice de seleção 4. Método BLUP: melhor predição linear não viesada 1. Tandem: quando a meta é atingida para a primeira característica, inicia-se a seleção para a seguinte. - Depende da composição genética da característica; - Depende do valor de herdabilidade da característica; - Depende da variância genética (aditiva) na população trabalhada; Existem indivíduos com VG favorável para essa característica? - Depende das correlações genéticas entre as características (Positivas e favoráveis? Positivas e desfavoráveis? Negativas e favoráveis? Negativas e desfavoráveis?) - Depende do intervalo entre gerações na população trabalhada (diretamente associado à espécie) Intervalo entre gerações longo: não é muito interessante, uma vez que a idade à idade reprodutiva já é alta. Todo programa de melhoramento tem um planejamento com relação direta com o intervalo entre gerações. 2. Níveis independentes de seleção ou eliminação: Se são 10 características que farão parte do programa de seleção, estabelece-se um plano de corte para que os indivíduos cumpram os pré-requisitos para as características. Muitas vezes os indivíduos cumprem os pré- requisitos pra 9 das características, mas não cumpre pra 10ª. Fica fora do programa mesmo que seja bom. Mesmo que ele seja bom em 9, se não cumpre critério em 1, é eliminado. Podem ser excelentes, mas serão eliminados porque não atingiram um nível desejado. Permite uma seleção que muitas vezes é precoce pra uma característica que pode estar correlacionada com outra de difícil mensuração. É interessante para características que mostram correlação positiva. Existe uma associação entre produção no pico da lactação e persistência da lactação. É possível mensurar o pico de lactação e também estar no projeto persistência de correlação. Pequeno número de indivíduos: a pressão de seleção é menor (ficar menos exigente). Baixa pressão de seleção tem menor resposta ao longo das gerações. 3. Método do índice de seleção: Valor genético aditivo: Todas as características que farão parte do índice, de acordo com o peso. Tem ponderação por valor econômico e valor de herdabilidade. Existe um índice desejável para determinados rebanhos. Caracteriza-se por combinar todas as características em apenas um número (índice) para cada animal. Deve ser criada uma referência (índice geral) para avaliar os animais. H = peso econômico para cada característica + valor genético para cada característica Material por Brunna Ferreira, 2018. Consideram: a) A importância econômica para cada característica que faz parte do índice; b) Valores de herdabilidade das características; (herdabilidade é uma relação entre variâncias aditiva e fenotípica. Quanto menor o valor de herdabilidade, mais tempo é necessário para que haja resposta à seleção) c) Correlações genéticas e fenotípicas entre as características (características de baixa herdabilidade: fenótipo não é um bom indicador pro genótipo). Se seleção massal não é indicada, trabalhar com seleção genética (leva tempo, dinheiro e tecnologia) d) Podem incluir informações sobre os parentes dos animais a serem selecionados. 4. BLUP: Metodologia desenvolvida para predição dos valores genéticos (álgebra matricial paracolocar várias características em um mesmo programa); Utiliza programas específicos para calcular DEP e PTA. Considera desempenho de todos os indivíduos: é um índice familiar. Todos os efeitos fixos são considerados. Haverá avaliação simultânea de reprodutores, fêmeas e progênies. Pode-se determinar VG de indivíduos de poucas informações ou sem informações, pelo VG dos parentes. Haverá avaliação de características múltiplas e medidas repetidas (para confiabilidade). Pode comparar animais de diferentes rebanhos dentro do mesmo programa de acordo com o VG, considerando as diferenças da base genética. Estimativa de tendência genética da população, consegue identificar acasalamentos preferenciais (direcionado é percebido pela frequência e pelas respostas) e grau de parentesco entre todos os animais. Ganho genético anual: (R = Delta G) (Intervalo entre gerações = L) R = intensidade x herdabilidade² x desvio padrão fenotípico /IEG * Pra todas as espécies a pressão é muito maior no macho. Assim como nós temos que ponderar, de acordo com o sexo, a intensidade de seleção, o IEG também deverá ser ponderado (é maior nos machos comparativamente às fêmeas). A intensidade de seleção é mais praticada em machos que em fêmeas. Falando de seleção, lembrar que a seleção é um processo que tem etapas. Seleção é uma escolha baseada em objetivos e critérios para as características de interesse econômico. Essa escolha tem a finalidade de disseminar genes de interesse. Esses genes disseminados devem ser favoráveis. Esses indivíduos “bons” serão selecionados a partir de avaliações genéticas. A seleção só tem eficácia se houver a propagação de genes de interesse. Existem modalidades de seleção: pelo genótipo, pelo fenótipo. A fenotípica pode ser morfológica ou fisiológica. A seleção fenotípica morfológica diz respeito ao “tipo”: leite, corte, corrida, tração, cor... e a seleção fisiológica diz respeito aos dados de produção: “quanto produziu?”. A seleção fenotípica morfológica pode ser segura quando tem alta herdabilidade, onde a associação do genótipo com fenótipo é alta: presença de chifre ou pelagem, por exemplo. A seleção fenotípica fisiológica pra produção de leite pode diminuir as taxas de fertilidade. Essas taxas podem reduzir porque existem correlações genéticas entre características. As correlações genéticas podem ser favoráveis ou não. A pleiotropia é a forma de ação gênica que explica essas correlações. A endogamia é favorável para fazer pressão de seleção para uma característica específica e fixação dessa característica. Ela retarda o processo genético porque vai ter menos variabilidade. Em rebanhos endogâmigos, a variância aditiva reduz. Delta G = I x H x desvio padrão genotípico / intervalo entre gerações. Porque em cruzamentos os ganhos genéticos por geração são maiores que na seleção? Porque tem maior variabilidade genética, uma vez que serão utilizados indivíduos já selecionados. Seleção e cruzamento não andam separados. É melhor fazer cruzamento para características de baixa herdabilidade porque se uma seleção prévia foi feita, a relação genótipo e fenótipo é baixa e não deve-se fazer seleção massal. O cruzamento tem sucesso porque parte pelo princípio de que os parentais foram provados para características de interesse. Material por Brunna Ferreira, 2018. Praticando seleção, tem 2 estratégias básicas: métodos de acasalamento e seleção. Em características de baixa herdabilidade (ângulo de pernas e pés = 0,05). Essa característica de baixa herdabilidade é explicada pela variância ambiental mais que pela genética. Não deve-se fazer seleção massal (pelo fenótipo) nessa situação já que a correlação é baixa. Assim, a estratégia é trabalhar com cruzamentos. Raça A (VG +) x Raça B (VG +) pra melhorar ângulo de pernas e pés, tem garantia de F1 AB com maiores e mais rápidos ganhos genéticos. Seleção genotípica: índice e BLUP. O BLUP se baseia em modelo animal. Trabalhando com modelo animal, trabalha com equações de modelos mistos (álgebra matricial) pra determinar o quanto uma característica interfere na outra. Teste de desempenho diz respeito à produção só do indivíduo. Teste de pedigree diz respeito aos valores de desempenho dos indivíduos que são parentes. Exercícios: 2)
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