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Direito Civil VI - Sucessões 
Aula 1 
REGRAS GERAIS 
PRINCÍPIO DE SAISINE: Ficção jurídica que estabelece a transmissão da 
universalidade patrimonial no exato momento da morte (art. 1.784, CC). 
Norma Vigente e Lugar: 
 Legislação em vigor ao tempo da abertura da sucessão (art. 1787, CC). 
 Último domicílio do autor da herança (art. 1.785, CC) 
ESPÉCIES: ORIGEM: 
 TESTAMENTÁRIA: a origem é a vontade. 
 LEGÍTIMA: origem é a lei (suplementar à testamentária, conforme 
art. 1788 e 1789, CC). 
 HERDEIROS NECESSÁRIOS (art. 1845, CC): descendentes, 
ascendentes e cônjuge (este somente para sucessões abertas a partir do 
Código Civil de 2002) e companheiros (Recursos Extraordinários 646721 
e 878694) 
 HERDEIROS LEGÍTIMOS FACULTATIVOS 
 SOMENTE HAVERÁ SUCESSÃO LEGÍTIMA: a) não houver 
testamento (ab intestato); b) testamento inválido ou ineficaz; c) 
testamento não envolver todos os bens; d) houver herdeiros necessário. 
 PRINCÍPIO DA SOBRA. 
ESPÉCIES: EXTENSÃO: 
 UNIVERSAL (HERANÇA): sucessor tem direito a todo o monte 
em porcentagem. 
 SINGULAR (LEGADO): sucessor somente tem um direito certo, 
determinado pelo testador. 
NATUREZA JURÍDICA DA HERANÇA: 
IMÓVEL (art. 80, II, CC) + UNITÁRIO (art. 1791, CC) + INDIVISÍVEL 
(até a partilha – art. 1791, parágrafo único, CC) 
EQUIPARAÇÃO AO CONDÔMINO 
Cessão de Direitos hereditários: Contrato 
 FORMALIDADE (art. 1793, CC): escritura pública, pois é negócio 
translativo de imóvel. 
 VÊNIA CONJUGAL (art. 1647, I, CC). 
 INEFICÁCIA: não pode o objeto versar sobre bem particular por 
causa da natureza indivisível da herança (art. 1793, § 2º, CC). 
 DISPOSIÇÃO DE BEM SINGULAR: autorização judicial por 
alvará (art. 1793, § 3º, CC). 
 EQUIPARAÇÃO AO CONDOMÍNIO: coerdeiro pode celebrar 
contrato que implique na transferência do seu direito. 
PREFERÊNCIA: tal qual o condômino (art. 504, CC), o coerdeiro tem de 
oferecer aos demais o direito hereditário antes de transferi-lo (art. 1794 e 
1795, CC). 
ADMINISTRAÇÃO PROVISÓRIA 
 Elenco legal (art. 1.797, CC). 
 Atribuições. 
 
Aula 2 
Aceitação e Renúncia 
Conceitos: 
 ACEITAÇÃO (art. 1.804, CC): consolidação dos efeitos da saisine. 
 RENÚNCIA (art. 1.804, parágrafo único, CC): eliminação dos 
efeitos da saisine (renunciante nunca sucedeu). 
Efeitos: 
 RETROATIVIDADE e IRREVOGABILIDADE (art. 1812, CC): 
resultado natural tanto da aceitação quanto da renúncia. 
Espécies: 
 ACEITAÇÃO: expressa, tácita (art. 1.805, CC) e presumida (art. 
1.807, CC). 
 RENÚNCIA: abdicativa (art. 1.806, CC) e translativa (art. 1.805, § 
2º). 
Características: 
 NÃO SE ADMITE FRAGMENTAÇÃO (art. 1.808, CC), salvo de 
se alguém suceder em qualidades distintas, pode aceitar uma delas e 
renunciar a outra (herdeiro e legatário / herdeiro sob qualidades 
distintas). 
Efeitos: 
 Acresce os quinhões das pessoas da mesma classe. 
 REPRESENTAÇÃO: não se admite quanto ao renunciante. 
Transmissão: 
 SE o posmoriente falecer antes de aceitar ou renunciar, o direito é 
transmitido para os seus herdeiros. 
 ATENÇÃO: se, em sucessão for testamentária e a nomeação estiver 
atrelada a uma condição suspensiva que não tiver ocorrido antes da 
segunda sucessão, não ocorrerá a transmissão. 
 A renúncia da segunda sucessão ilide a transmissão; a aceita da 
primeira significa aceitação tácita da segunda. 
Credor do Renunciante: 
 HABILITAÇÃO DO CREDOR DO RENUNCIANTE no 
inventário para percepção do pagamento diretamente nos autos 
dependerá de dois requisitos (devem ser comprovados pelo credor). 
1 – PREJUÍZO: a renúncia tem de obstar a satisfação do crédito mediante 
execução do patrimônio do renunciante. 
2 – TEMPESTIVIDADE: 30 dias a contar do conhecimento da renúncia. 
EXCLUSÃO 
Perda de todos os direitos sucessórios 
 NATUREZA PUNITIVA: prática de um ato de indignidade (art. 
1.814, CC) ou de deserdação (art. 1.961, CC). 
 PRAZO: 4 anos, a contar da abertura da sucessão. 
INDIGNIDADE 
 INDIGNO: qualquer sucessor, herdeiro ou legatário. 
 ATOS: art. 1.814, CC 
 REABILITAÇÃO: caráter privado; direito patrimonial. 
DESERDAÇÃO 
 HERDEIROS NECESSÁRIOS. 
 DESERDAÇÃO: indicação da causa em testamento. 
 PRAZO: 4 anos a contar da abertura do testamento. 
AÇÃO DE DESERDAÇÃO 
LEGITIMIDADE ATIVA (art. 1965, CC): mesma compreensão da ação de 
indignidade. 
LEGITIMIDADE PASSIVA: somente o herdeiro necessário, salvo o 
cônjuge (falta de previsão legal). 
TESTAMENTO: pressuposto processual, pois é prova que necessariamente 
tem de instruir a petição inicial, salvo se o testador morreu incapaz e testar. 
ATOS DE DESERDAÇÃO 
HERDEIROS NECESSÁRIOS: podem ser excluídos por indignidade e por 
deserdação. 
ATENÇÃO: exame da causa deve considerar os aspectos subjetivos dos 
envolvidos e o binômio gravidade x punição. 
DESCENDENTES: deserdação pela prática dos atos elencados 
taxativamente no art. 1962, CC 
ASCENDENTES: deserdação pela prática dos atos elencados taxativamente 
no art. 1963, CC 
EFEITOS DA EXCLUSÃO 
 PRINCIPAL: perda dos direitos sucessórios – equiparação ao pré-
morto. 
 DIREITO DE REPRESENTAÇÃO: equiparação ao pré-morto 
 SECUNDÁRIOS (apenas para os bens perdidos em razão da 
exclusão): perda do usufruto dos bens dos filhos sob poder familiar e da 
eventual sucessão + indenização pelos frutos percebidos + não pode 
reclamar por benfeitorias, salvo as necessárias. 
Alienações praticadas pelo excluído 
Terceiro de boa-fé: somente manterá o direito real se a aquisição for 
onerosa. 
OBS: nesse caso, o alienante terá de pagar perdas e danos àquele que se 
beneficiou pela exclusão. 
Vocação Hereditária 
DIREITO SUCESSÓRIO 
 REGRA (art. 1798, CC): pessoa viva ao tempo da abertura da 
sucessão (sobrevivência ainda que por breve momento). 
 PREMORIENTE e COMORIENTE: ausência de vocação 
hereditária. 
Nas espécies de sucessão... 
=> SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA: sucede somente quem estiver 
nomeado e limitado à disposição 
=> SUCESSÃO LEGÍTIMA: 
a) SUCEDER: direito próprio ou representação (art. 1851, CC). 
b) PARTILHAR: cabeça ou estirpe. 
E quem não tinha nascido ainda ? 
 NASCITURO: aguardar o nascimento para aquisição do direito (art. 
2º, CC) 
Apenas na sucessão testamentária... 
 PROLE EVENTUAL: concepção ocorrida até 2 anos da abertura da 
sucessão (art. 1800, § 4º, CC). Até se saber quem é o sucessor, 
administração tocará ao genitor, salvo se o testador dispuser diferente 
(art. 1800 e § 1º) 
Apenas na sucessão testamentária... 
 PESSOA JURÍDICA: pública ou privada, regular ou irregular. 
Aula 3 
Sucessão Legítima 
Conceito: 
Ocorre por força de lei. A legislação estabelece quem pode suceder e como 
será partilhado o patrimônio em sucessão. 
Modos de... 
 SUCEDER: basicamente, DIREITO PRÓPRIO ou 
REPRESENTAÇÃO. 
 PARTILHAR: basicamente, CABEÇA ou ESTIRPE. 
Sucessão por transmissão 
 Somente ocorre na hipótese de pós-morto 
Então, quem é o herdeiro aparente ? 
 NEM TUDO QUE RELUZ, É OURO. É bastante comum os 
equívocos na sucessão gerar hipóteses de posse de boa-fé em relação 
àqueles que creem ser herdeiros, mas não o são. 
Aula 4 
Ordem da vocação Hereditária 
1ª Classe: descendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente 
(supérstite) 
 Modo de suceder do cônjuge: invenção do Código Civil de 2002. 
 Regra: cônjuge sucede, partilhando a herança com os descendentes. 
Exceções (não haverá concorrência) 
 Comunhão universal de bens 
 Separação obrigatória (art. 1.641, CC) 
 Comunhão parcial SEM bens particulares 
Enunciado 270, III Jornada de Direito Civil 
 Segundo entendimentopredominante, somente se assegura ao cônjuge 
sobrevivente o direito à concorrência com os descendentes sobre os bens 
particulares, exceto se o regime de bens for a separação obrigatória. 
E a partilha dos bens entre descendentes e cônjuge ? 
 No que o cônjuge suceder, terá direito ao mesmo quinhão que 
tocar ao descendente. Se também for ascendente de todos os herdeiros 
com quem concorrer, o cônjuge garante para si o mínimo de ¼ na 
partilha. 
E se houver filiação híbrida ? 
“Na concorrência entre o cônjuge e os herdeiros do de cujus, não será 
reservada a quarta parte da herança para o sobrevivente no caso de filiação 
híbrida.” Enunciado 527, V Jornada de Direito Civil 
Aula 5 
2ª Classe: ascendentes 
 Apenas na absoluta ausência de descendentes 
 Não se admite representação 
 Partilha por linha 
2ª Classe: ascendentes em concorrência com o cônjuge supérstite 
 Enunciado 609, VII Jornada de Direito Civil 
 Partilha com ascendentes de primeiro grau 
 Partilha com ascendentes de grau superior ao primeiro ou com 
somente um ascendente 
Direito real de habitação 
=> Somente para o único imóvel que sirva de residência para a família 
relacionado no inventário. 
=> Independe do regime de bens; independe de ter o cônjuge 
sucedido ou não. 
=> Direito vitalício, mesmo se houver formação de nova família. 
Ausência total de descendentes e ascendentes 
 Integralidade da herança para o cônjuge sobrevivente (art. 1.829, III 
c/c 1.838, CC) ou companheiro(a) – Recursos Extraordinários 646721 e 
878694. 
 Exceção: art. 1830, CC. 
Colaterais até 4º grau de parentesco 
 Obedecer a ordem do grau de parentesco 
 Discriminação entre irmãos bilaterais e unilaterais 
 Discriminação entre filhos de irmãos bilaterais e filhos de irmãos 
unilaterais. 
 Sobrinhos X tios 
Aula 6 
Sucessão cônjuge 
SUCESSÃO ABERTA ANTES DE 11/01/2003) 
 USUFRUTO VIDUAL: estende-se sobre toda a herança (25% sobre 
cada bem se os herdeiros forem descendentes e 50% em caso de 
herdeiros ascendentes), desde que o regime de bens não seja comunhão 
universal. 
 Direito era extinto se formada de nova família. 
Direito real de habitação 
 SE o regime de bens for a comunhão universal. 
 Somente se houver um único imóvel que sirva de residência para a 
família relacionado no inventário. 
 Direito era extinto em caso de formação de nova família. 
Direito Real de Habitação 
Sucessão aberta a partir de 11/01/2003 
 Independe do regime de bens. 
 Independe de ter o cônjuge sucedido ou não. 
 Direito vitalício, mesmo se houver formação de nova família. 
 Somente para o único imóvel que sirva de residência para a família 
relacionado no inventário. 
Companheiros 
Depende do momento do óbito 
 Antes da Lei nº 8.971/94: nada 
 Após a Lei nº 8.971/94: usufruto vidual 
 Após a Lei nº 9.278/96: depende do regime de bens (igual era a 
situação do cônjuge – equiparação) 
 Atualmente: mesmo direito dos cônjuges – Recursos Extraordinários 
646721 e 878694. 
Perda do direito sucessório 
Cônjuge / companheiro sem direito algum 
 Tempo do óbito (art. 1830, CC): separação judicial ou separação de 
fato por mais de 2 anos sem culpa do sobrevivente. 
 Enunciado 525, V Jornada de Direito Civil: inadequado aos novos 
tempos... 
Aula 7 
Sucessão testamentária 
Liberdade de testar 
 Excepcionada por limitações constitucionais e legais – supremacia da 
ordem pública. 
 DISPOSIÇÕES DE ÚLTIMA VONTADE: tanto de natureza 
patrimonial quanto extrapatrimonial. 
 D.A.V. e testamento vital (Enunciado 528, V Jornada) 
Capacidade de testar 
 Aferição ao tempo de testar 
 16 anos 
 Ato personalíssimo 
 Incapacidade ou incapacidade superveniente 
Tipos de testamento 
 Princípio da Variabilidade / Numerus Clausus 
 Ordinários: espécies autorizadas por lei nas situações comuns do 
cotidiano. 
 Especiais: apenas para as hipóteses excepcionais previstas em lei, nas 
quais não se possa escolher um ordinário. 
Testamentos ordinários 
 Concedidos por lei para que a pessoa expresse sua última vontade. 
 Público 
 Cerrado 
 Particular 
 Observação: codicilo 
Testamento Público 
 Lavrado em livro de notas 
 Língua portuguesa 
 2 testemunhas 
 Único testamento ordinário que pode ser feito por cego, analfabeto ou 
por quem não puder assinar. 
Testamento Cerrado 
 Entregue pelo testador ou lavrado no tabelionato. 
 2 testemunhas 
 Auto de aprovação e registro em livro 
 Idioma nacional ou estrangeiro 
 Coser o testamento 
 Caducidade 
Testamento Particular 
 Confirmação: reconhecimento das testemunhas (ao menos uma + 
outras provas). 
 Idioma estrangeiro: testemunhas devem compreendê-lo. 
 Hológrafo simples (Enunciado 611, VII Jornada de direito Civil c/c 
art. 735 a 737, CPC) 
Testamentos especiais: Marítimo e Aeronáutico 
 Insegurança quanto a estar vivo ao desembarcar e aptidão para 
celebrar testamento ordinário à escolha. 
 Presidido pelo comandante autoridade (aeronáutico admite delegação) 
 Necessidade de 2 testemunhas. 
Por que um testamento marítimo ou Aeronáutico? 
 REGISTRO EM LIVRO DE BORDO: entrega do testamento à 
autoridade nacional de destino, mediante recibo averbado no livro de 
bordo. 
Testamento Militar 
 TESTADOR a serviço das armas em campanha ou em praça sitiada 
ou com comunicações interrompidas, onde não haja tabelião. 
 TESTEMUNHAS: 2 (regra); excepcionalmente, 3 (se o testador não 
puder ou souber assinar). 
 Oficial mais graduado (regra): responsável pela redação do 
testamento; excepcionalmente, o comandante de um corpo destacado ou 
médico responsável pelo atendimento. 
Caducidade do Testamento Especial 
 MARÍTIMO e AERONÁUTICO: 90 dias em que seja possível 
fazer testamento ordinário. 
 MILITAR: 90 dias em que seja possível fazer testamento ordinário, 
salvo se cumpridas as formalidades do art. 1.894, parágrafo único, 
CC. 
Testamento Nuncupativo 
 Testador em combate ou ferido mortalmente 
 Testamento oral, ditado para 2 testemunhas, que devem reportar a 
última vontade para o comandante 
 Caducidade se o testador não morrer dos ferimentos ou no combate. 
 Única hipótese de testamento oral 
aula 8 
Codicilo 
 Disposição de última vontade: menor formalidade (basta ser escrito + 
datado e assinado) 
 Somente para bens móveis de pequeno valor ou disposições 
extrapatrimoniais (restrição do objeto). 
 Revogação: muito cuidado 
Cláusulas restritivas 
Cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade 
 Somente se houver justo motivo (art. 1.848, CC). 
 Extensão da vacatio legis para aditamento (art. 2042, CC). 
 Dispensa de justificativa para a disponível. 
Legados 
Sucessão a título singular 
 Fonte de obrigação: legatário é credor da disposição testamentária. 
 Regra: objeto do legado tem de constar no patrimônio do testador ao 
tempo da abertura da sucessão, sob pena de caducidade (art. 1.912 e 
1.939, II, CC). 
Sucessão a título singular: exceções 
 Objeto identificado pelo gênero: não precisa existir no monte. 
 Concentração da obrigação da dar coisa incerta: em regra, os 
herdeiros (devedores); exceções têm de estar previstas em lei. Se couber 
ao legatário, pode escolher a coisa mais valiosa. 
Alienação da coisa legada 
 Alienação parcial: persiste o legado no remanescente. A recíproca 
não é verdadeira (coisa legada com maior dimensão ao tempo do óbito). 
 Cuidado: caducidade por alienação mesmo quando a coisa legada 
ainda existir no monte – valorização da vontade. 
Legado de coisa alheia 
 Regra: não se admiteporque a coisa tem de pertencer ao testador. 
 EXCEÇÃO: legado condicional (art. 1.897, CC) em que alguém é 
instituído sucessor desde que entregue coisa (sublegado) sua a um 
terceiro (sublegatário). 
 Presunção absoluta de renúncia. 
Legado de quitação de dívida 
 Regra: aberta a sucessão, os créditos são dos herdeiros, cabendo aos 
devedores do falecido lhes pagar as dívidas. 
 Testamento: pode se limitar a dar quitação de dívida. Um eventual 
pagamento admite in rem verso, ou seja, devolução do indébito. 
Legados de crédito 
 Eficácia: importância identificada ao tempo da abertura da sucessão. 
 Créditos: apenas aqueles que existirem ao tempo da elaboração do 
testamento. 
 Compensação: não se admite, salvo expressa disposição em 
contrário. 
Legado de usufruto 
 Limitação à disponível: interpretação à luz da restrição à liberdade 
de testar do art. 1.857, § 1º, CC. 
 Usufrutuário: integralidade das vantagens sociais e econômicas dos 
bens sucedidos. 
 OBS: atentar para as diferenças em relação às pensões periódicas e 
rendas vitalícias 
Legados de renda 
 Necessidade: sustento, vestuário, cura e casa (se o legatário for 
menor, educação também). 
 Valor da pensão: trinômio necessidade x possibilidade x 
proporcionalidade com as forças da herança em produzir renda. 
 OBS: somente a disponível (art. 1.857, § 1º, CC). 
Caducidade 
 Alteração da coisa legada: a caducidade somente ocorre se for tão 
profunda que modifique a denominação. 
 Premoriência / comoriência / exclusão / renúncia 
 Nomeação atrelada a uma condição suspensiva que não ocorreu 
antes da morte do legatário 
aula 9 
Sucessão testamentária 
Substituição testamentária 
 Espécies: vulgar (recíproca) e fideicomissária. 
 Substituição vulgar: afastamento do princípio da sobra. Substituto 
sucede se o originário não suceder. 
 Modalidade recíproca: sucessores testamentários são substitutos 
uns dos outros. 
Fideicomisso 
 Espécie de substituição testamentária: a propriedade da herança é 
do fiduciário (bem fideicometido); após, é transferida para o 
fideicomissário. 
 Usufruto do fiduciário: caso o fideicomissário tenha vocação 
hereditária ao tempo da morte do testador. 
 Se o fideicomissário não puder ou não quiser substituir o 
fiduciário: propriedade consolida-se perpétua (art. 1955 e 1958, CC) 
 Observação: não se pode estabelecer mais de uma substituição 
fideicomissária (art. 1.959, CC). 
Direito de acrescer 
 Disposição de quinhão hereditário para um grupo sem 
especificar o quanto toca a cada um (art. 1.941, CC): caso haja 
indicação de quinhão especificado, não haverá direito de acrescer. 
 Ressalva à substituição depende da cláusula 
 Mesma regra dos coerdeiros: especificação elimina o direito de 
acrescer. 
 Bens divisíveis: somente se a divisão da coisa implicar em 
desvalorização (art. 1942) 
Redução testamentária 
 Excesso: somente é identificado quando houver herdeiros 
necessários por ser a proporção do monte que ultrapassa a disponível 
(art. 1966 a 1968, CC). 
 Regra: redução proporcional da herança instituída; se não bastar, 
redução dos legados na proporção dos seus valores. Não se pode 
alterar esta ordem. 
 Imóvel divisível: redução ad mensuram. 
 Imóvel indivisível: se o excesso não ultrapassar 1/4 do valor do 
legado, legatário deve pagar o excesso aos herdeiros; se ultrapassar, o 
imóvel é dos herdeiros, devendo eles pagar o valor da disponível ao 
legatário. Vale a compensação. 
Revogação de testamento 
 Ato de vontade: retirar a eficácia do testamento válido. 
 Espécies: a) total ou parcial / b) expressa ou tácita. 
 Disposição nula: não tem poder revocatório, ao contrário da 
disposição ineficaz. 
 Não se admite repristinação. 
Rompimento de testamento 
 Descendentes: inexistência ou ignorância ao tempo em que é 
elaborado o testamento (art. 1.973, CC). 
 Outros herdeiros necessários: ignorância quanto à existência ao 
tempo da elaboração do testamento (art. 1.974, CC). 
 Cuidado: necessário que o herdeiro necessário inexistente ou 
ignorado sobreviva ao testador 
Aula 10 
 
Inventário 
Conceito 
 Procedimento em que se apuram os bens e os sucessores do morto, 
pagam-se suas dívidas e se partilha o patrimônio. 
 Havendo um único herdeiro não se procede à partilha, mas sim a 
adjudicação dos bens. 
 Partilha: fim da indivisibilidade do patrimônio. 
Extrajudicial 
 Faculdade concedida pela Lei nº 11.441/2007: todos maiores + 
concordes + assistidos por advogado 
 Havendo incapaz ou testamento: judicial. 
 Enunciado 600, VII Jornada de Direito Civil (TJSP e TJRJ) 
Inventário negativo 
 Interessado pretende declaração judicial de inexistência de bens da 
pessoa falecida. 
 Finalidade: salvaguardar seu patrimônio pessoal de dívidas 
eventualmente deixadas pelo de cujus + afastar causa suspensiva de 
casamento (art. 1.523, I, CC). 
Inventariante 
 Requerimento de nomeação: ordem preferencial do art. 617, CPC. 
 Após a nomeação: prazo de 5 dias para assinar o respectivo 
compromisso (art. 617, parágrafo único, CPC). 
 Assinatura do compromisso: 20 dias para apresentação das 
primeiras declarações (art. 620, CPC) 
Atos do inventariante 
 ADMINISTRAÇÃO: pode praticar de ofício, desnecessária a 
autorização judicial, porém tem de prestar contas (art. 618, CPC) 
 ATOS DE DISPOSIÇÃO: necessária alvará judicial (art. 619, 
CPC). 
Caráter contencioso 
 Apresentadas as primeiras declarações, devem ser citados os 
herdeiros. 
 Mandado de citação: instruído por cópia das primeiras declarações. 
 Impugnação: prazo comum de 15 dias, contados da juntada do 
último mandado de citação. 
Herdeiro não incluído no inventário 
 Deve requerer habilitação até a partilha. 
 Prazo comum de 15 dias para manifestação. 
 Se indeferido o pedido, deve o interessado servir-se dos meios 
ordinários (declaração de união estável, investigação de paternidade 
etc.). 
 Cabe pedido de reserva (art. 628, CPC) 
Herança Jacente 
Conceito 
 Procedimento especial de jurisdição voluntária sempre que for aberta 
uma sucessão e não serem conhecidos os herdeiros ou se estes não se 
mostrarem interessados na sucessão. 
 Certeza de haver bens de alguém que morreu / incerteza se há 
herdeiros. 
Primeiro momento do procedimento 
 A arrecadação dos bens, posse e administração ficam confiados a um 
curador nomeado pelo juiz até que herdeiro se habilite ou até a 
definitiva incorporação ao patrimônio público (art. 743, CPC). 
 Encerrada a arrecadação e finalizado o inventário, são publicados 
editais para convocar todos os interessados na sucessão (art. 741, CPC) 
Sentença de vacância 
 Após 1 ano da publicação do 1º edital, resolvidas todas as 
habilitações pendentes, poderá ser declarada a vacância. 
 Só a partir desse momento, os bens serão públicos. 
 Se procedente uma habilitação, procedimento converte-se em 
inventário. 
Ações diretas 
 As habilitações somente podem ocorrer até a prolação da sentença 
que declara a vacância. 
 Após o trânsito em julgado, os herdeiros, cônjuge, companheiro 
sobrevivente e credores somente poderão reclamar seus direitos em 
ação própria, desde que observado o prazo de 5 anos a contar da 
abertura da sucessão – art. 1.822, CC e 743, § 2º, CPC. 
Herdeiros colaterais 
 Os herdeiros colaterais não podem reclamar seus direitos por ação 
própria, mas sim somente mediante habilitação até a prolação da 
sentença declaratória da vacância – art. 1.822, parágrafo único, CC. 
Vacância automática 
 Prolação da sentença de vacância sem prévio procedimentode 
herança jacente (ausência de incerteza). 
 Na hipótese de todos os herdeiros convocados à sucessão declarem, 
na forma da lei, renúncia ao direito sucessório, automaticamente poderá 
ser decretada a vacância – art. 1.823, CC. 
Petição de herança 
Primeiro momento do procedimento 
 INVENTÁRIO NÃO-INICIADO: basta requerer a abertura. 
 INVENTÁRIO NÃO-ENCERRADO: pedido de habilitação (art. 
628, CPC) 
 PARTILHA ENCERRADA: petição de herança (prazo de 10 anos, 
Súmula 149, STF). 
Efeitos 
 Nova partilha, se herdeiros legítimos a mesma vocação hereditária 
(sem ofensa à coisa julgada): reposição proporcional. 
 Adjudicação, se herdeiros legítimos de classe diversa. 
 Efeitos da posse (art. 1826 e 1827, CC) 
Colações 
Igualdade entre descendentes 
 Vale lembrar: descendentes são herdeiros necessários que partilham 
igualmente a herança legítima com o cônjuge ou companheiro (estes 
limitados aos bens particulares). 
 Se descendentes forem beneficiados por liberalidades (assim como 
cônjuge ou companheiro, os valores são considerados adiantamento da 
herança) 
Cálculo 
 Revogado parcialmente o art. 2004, CC pelo art. 639, parágrafo 
único, CPC: os bens doados são calculados pelo valor que tiverem ao 
tempo da abertura da sucessão (valores são corrigidos monetariamente). 
 Dispensada a colação se um testamento incluir as liberalidades na 
disponível (nesse caso, só se paga o excesso) ou se o contrato contiver 
cláusula expressa 
Sonegados 
 Bens conscientemente desviados da partilha pelo herdeiro que 
deixou de levá-los à colação ou não foram relacionados nas declarações 
do inventariante ou ocultados pelo testamenteiro ou herdeiro. 
 EFEITOS: ilícito civil, perda da coisa sonegada; ilícito penal, 
apropriação indébita. 
Ação de sonegado 
 DEVIDO PROCESSO LEGAL: em razão da natureza punitiva, tem 
de se garantir contraditório e ampla defesa => SENTENÇA 
 DISTRIBUIÇÃO: dependência aos autos do inventário, salvo se o 
inventário for extrajudicial. 
 Procedimento comum. 
Requisitos para pena de sonegado 
 OBJETIVO: não relacionar o bem no inventário na primeira 
oportunidade de manifestação. 
 SUBJETIVO: malícia, na medida em que se trata de conduta 
dolosa. 
Requisito subjetivo: controvérsia 
 1ª CORRENTE (majoritária) : prova da existência dos dois 
elementos. 
 2ª CORRENTE (Clóvis Beviláqua; Washington de Barros): a 
malícia está in re ipsa. 
 3ª CORRENTE : a malícia é presumida iuris tantum. 
Pena de sonegado 
 INVENTARIANTE: perde a inventariança (art. 1.993, CC, 622, VI, 
CPC) 
 HERDEIRO: perda da coisa ocultada, sob pena de responder pelo 
seu valor + perdas e danos (art. 1.992 e 1.995, CC) 
 CPC: alteração da pena do sonegado por falta de colação – inclusão 
forçada na partilha.

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