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1 
 
ESPONDILOLISTESE 
 Espondilólise e espondilolistese são duas 
condições que afetam a região de trás das vértebras. 
Na espondilólise ocorre um desgaste do osso no 
processo articular (uma proeminência da região de 
trás da vértebra) ou nas imediações deste. O processo 
articular de uma vértebra abaixo entra em contato com 
o da vértebra acima, e esse contato impede que a 
vértebra de cima deslize para frente, por sobre a 
vértebra de baixo. 
 Pois bem, o desgaste que ocorre na vértebra 
acaba gerando uma fratura de stress. A fratura de 
stress é uma fratura que ocorre devido à sobrecarga 
repetitiva no osso. Sendo assim, espondilólise é a 
fratura de stress que ocorre nas estruturas posteriores 
da vértebra (próximas ao processo articular, ou nele). 
 Na espondilólise há apenas a fratura, porém, 
não há deslizamento de uma vértebra sobre a outra. O 
mesmo não acontece na espondilolistese. Nesta há 
sim o deslizamento da vértebra de cima por sobre a 
de baixo. 
 
vista lateral das vértebras 
 
 
 O processo articular (e imediações) que 
mencionamos, existe nos dois lados da vértebra. 
Quando a fratura de stress acontece de apenas um 
lado, a vértebra tende a manter sua posição. Porém, 
se essa fratura ocorre dos dois lados, pode ocorrer o 
deslizamento da vértebra de cima, por sobre a de 
baixo. Esse deslizamento é chamado de 
espondilolistese. Ou seja, a espondilólise pode 
anteceder a espondilolistese. 
 É um deslizamento de um corpo vertebral no 
sentido anterior, posterior ou lateral em relação à 
vértebra de baixo. Este escorregamento para frente de 
uma vértebra em relação a outra subjacente, ocasiona 
dor ou sintomatologia de irritação de raiz nervosa. 
 Uma pessoa que tenha hiperlordose, que é o 
aumento da curvatura da coluna lombar, pode estar 
com uma sobrecarga contínua nas facetas articulares, 
e isso pode favorecer também o aparecimento da 
fratura de stress (espondilólise) e, possivelmente, a 
espondilolistese. 
 Nem sempre que ocorre a fratura de stress 
bilateral vai haver espondilolistese. Isso pois existem 
também os ligamentos encobrindo as facetas, o disco 
intervertebral e os músculos da coluna (os multífidos, 
especialmente), e eles podem ajudar a impedir ou 
diminuir o deslizamento apesar da fratura. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ESPONDILOLISTESE 
 A mais aceita é a classificação de Wiltse e 
Bradford que tem como diferencial a etiologia do 
escorregamento vertebral. As listeses são divididas 
em 5 grupos da seguinte forma – Displásica – 
Anomalia da porção superior do sacro ou do arco de 
L5, Ístmica – Lesão do istmo vertebral por fratura de 
fadiga, Degenerativa – Secundária a processo 
degenerativo do disco ou articulação intervertebral 
posterior, Traumática – Fratura aguda do arco 
posterior da vértebra, Patológica – Enfermidade óssea 
que acomete o arco posterior (tumor ósseo, etc). 
 Estes deslizamentos vertebrais foram 
classificados por Meyerding conforme sua intensidade. 
Grau I de zero a 25%, Grau II de 25% a 50%, Grau III 
de 50% a 75% e Grau IV de 75% a 100%. O Grau V 
seria a pitose vertebral. 
 
Tipos 
O fator causal da espondilolistese irá definir seu tipo: 
Diplásica (associada a defeito de formação) 
Ístimica (defeito vertebral por estresse mecânico, mais 
comum em crianças e adolescentes) 
2 
 
Degenerativa (causada pelas alterações adaptativas 
da coluna ao processo de envelhecimento) 
Traumática (por quedas, acidentes) 
Patológica (relacionada à presença de tumores). 
Ela também pode ocorrer após procedimento cirúrgico 
da coluna. 
 
Quais são os tipos de espondilolistese? 
 Existem diversos tipos de classificação da 
espondilolistese, que variam de acordo com a região 
da vértebra que está permitindo o deslizamento ou à 
origem da lesão que permite o deslizamento. 
No tipo I, que é chamado de espondilolistese ístmica, 
há a fratura ou defeito na faceta articular. 
O tipo II é a espondilolistese congênita, ou seja, existe 
uma alteração no osso que faz com que uma vértebra 
esteja deslizada sobre a outra. Isso vem do berço, não 
é adquirido. 
O tipo III é a espondilolistese degenerativa, que ocorre 
pela degeneração da coluna e do disco intervertebral. 
O IV ocorre devido a um alongamento da região de 
trás da vértebra. Pode ser, por exemplo, uma fratura 
no osso, que não ocorre na faceta articular. 
O tipo V é a espondilolistese devido a doenças, como 
um tumor. 
 
Causas 
 As causas mais comuns da espondilolistese 
observadas pelo médico ortopedista são a displásica, 
ístmica e degenerativa. Menos freqüentemente 
observadas, mas de igual importância, estão causas 
secundárias a doença tumoral, traumática e após 
procedimento cirúrgico. 
 
SINTOMAS DA ESPONDILOLISTESE 
Dor Lombar 
Dor irradiada (dor Ciática) 
Dor nas pernas ao caminhar 
Formigamento 
Encurtamento dos músculos posteriores das pernas 
Perda de força e coordenação dos movimentos 
Incapacidade de andar 
 Devido à variedade dos fatores causais, os 
diferentes tipos de espondilolistese podem ter 
apresentações clínicas distintas. Vale ressaltar que 
sintomas como dor lombar, depressões da pele na 
região lombar, contratura da musculatura posterior da 
coxa (que pode causar dificuldade de marcha) e dor 
irradiada para os membros inferiores podem estar 
presentes independente do fator causal. 
 Sintomas como dor noturna (na qual o 
paciente acorda durante a noite), emagrecimento, 
perda de força ou sensibilidade nos membros 
inferiores são sintomas menos comuns, porém 
igualmente importantes. 
 
Diagnóstico de Espondilolistese 
 Apesar de alguns dos sintomas serem 
indicadores indiretos de espondilolistese o diagnóstico 
é feito através de exames de radiografias simples, 
podendo ser complementado por tomografia 
computadorizada e ressonância magnética. 
DIAGNÓSTICO E EXAME 
 Raio-x 
Ressonância Magnética 
 
TRATAMENTO PARA ESPONDILOLISTESE 
 Medicações (Antiinflamatórios relaxantes 
musculares, analgésicos, etc) 
 Fisioterapias 
 Acupuntura 
 Reabilitação Muscular 
 
Tratamento 
 O tratamento conservador é usualmente 
indicado quando o deslizamento equivale a menos de 
50% do tamanho do corpo vertebral e em que os 
sintomas neurológicos não existem ou são reduzidos. 
O tratamento inicial deve incluir: 
 Repouso, evitando movimentos como o de 
elevação, flexão para frente com os joelhos 
esticados e todos os desportos. 
3 
 
 O seu médico poderá prescrever 
medicamentos antiinflamatórios para controlar 
a infecção e diminuir a dor 
 Uma infiltração com cortico-esteróides pode 
ser aplicada por um ortopedista, sobretudo se 
o paciente apresentar dor pela perna ou 
dormência. 
 Poderá ser usada uma cinta de suporte 
lombar para evitar o movimento excessivo 
entre as vértebras. Assim que os sintomas 
aliviarem a cinta deve ser progressivamente 
retirado. 
 Exercícios de correção postural, e 
fortalecimento dos músculos abdominais 
profundos para promover a estabilização da 
coluna vertebral e a redução da dor 
 Fazer exercício na bicicleta estática pode ser 
benéfico, pois promove a flexão da coluna, 
evitando uma lordose exagerada, e não 
implica impactos sobre a coluna, como a 
corrida ou desportos de contacto. 
 
 Quando o deslizamento é maior que 50% do 
tamanho da vértebra e os sintomas neurológicos 
afetam a qualidade de vida a cirurgia será o 
tratamento mais adequado. As vértebras afetadas são 
fixadas às vértebras adjacentes, que estejam 
normalmente alinhadas. Geralmente o disco 
intervertebral também é removido. Apesarde terem 
bons resultados em longo prazo, principalmente em 
jovens atletas, este tipo de cirurgias é complexo e 
pode levar a possíveis complicações, como 
pseudartrose, compressão nervosa ou pé pendente, a 
decisão de se submeter a cirurgia deverá ser bem 
ponderada e todas as opções de tratamento não 
cirúrgico deverão ter sido tentadas anteriormente. 
 
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. 
 A terapia conservadora é preferida para evitar 
a intervenção, se a espondilolistese é modesta, os 
resultados podem ser excelentes. 
 Os exercícios de ginástica postural: o reforço 
da musculatura abdominal e paravertebral dão maior 
estabilidade à coluna lombar. Se a dor não diminui, os 
especialistas recomendam freqüentemente ultra-som 
ou T.E.C.R. ® terapia para resolver a inflamação. 
 Hoje, evita-se a prescrição das cintas rígidas 
que imobilizam uma parte da coluna e reduzem a 
hiperlordose. 
 No longo prazo, o disco que é deslizado sob a 
vértebra pode degenerar e tornar-se mais fino até 
desaparecer. Desta forma, as duas vértebras estão se 
aproximando até a união e a ossificação. 
 Se a dor é crónica e muito forte, pode ser 
indicada uma cirurgia de artrodese, isto é uma 
estabilização das vértebras por meios de síntese que 
fixam uma na outra. 
 
 
 
Reabilitação 
 A reabilitação deve iniciar com exercícios e 
técnicas manuais que não provoquem dor, sendo que 
o equilíbrio entre o repouso e o movimento tem de ser 
encontrado, já que o Fisioterapeuta não pode provocar 
dor, mas necessita de fortalecer a musculatura 
4 
 
profunda que estabiliza a coluna vertebral 
(essencialmente o músculo multífidus). Conforme o 
paciente for melhorando o terapeuta deve evoluir os 
exercícios e o paciente deverá lentamente ir 
regressando ás suas atividades da vida diária. 
Quando ás atividades desportivas, o paciente poderá 
voltar a praticar desporto desde que não sinta dor e 
não exacerbe os movimentos de hiperextensão, 
principalmente da região lombar. 
 
Exercícios terapêuticos para a espondilolise e 
espondilolistese 
 Os seguintes exercícios são geralmente 
prescritos durante a reabilitação, por tratamento 
conservador, de uma espondilolise/espondilolistese. 
Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas 
na condição de não causarem ou aumentarem os 
sintomas. 
 
Posição de congruência das facetas articulares 
Deitado, apoie-se nos cotovelos. Mantenha a posição 
durante 30 a 90 segundos. Retorne lentamente à 
posição inicial. 
Repita entre 2 a 4 vezes, desde que não desperte 
nenhum sintoma. 
 
Rotação da coluna lombar 
Deitado, com os joelhos dobrados e os braços ao 
longo do corpo. Rode ambas as pernas para um lado, 
depois para o outro. 
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte 
nenhum sintoma. 
 
Fortalecimento do transverso do abdômen 
Deitado, com o elástico à volta da cintura. Pressionar 
o fundo das costas contra o chão e tentar diminuir o 
diâmetro da cintura. Mantenha a contracção durante 8 
segundos. Retorne lentamente à posição inicial. 
Repita entre 8 e 12 vezes, desde que não desperte 
nenhum sintoma. 
 
 
 
 
Referências: Acessado em 02/11/17 
https://www.herniadedisco.com.br/doencas-da-
coluna/espondilolistese/ 
http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.com.br/2012/12/es
pondilolise-e-espondilolistese.html 
http://www.scielo.br/pdf/fp/v17n4/16.pdf 
http://www.optimafisioterapia.com.br/artigos/9-blog/40-
espondilolise-e-espondilolistese 
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/espondilolis
tese 
http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/espondilolise-
e-espondilolistese/

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