Buscar

Sistemas processuais penais, Sujeitos na relação processual e IP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS 
 
 Sistema inquisitivo _ é caracterizado pela concentração nas mãos 
do julgador, que exerce também a função de acusador. Tal 
sistema se caracterizou por considerar a confissão do réu como 
rainha das provas; por não haver debates orais, predominando 
processo escrito; o processo é totalmente sigiloso; há nele 
ausência do contraditório e a defesa é meramente decorativa. 
 
 Sistema acusatório _ possui nítida separação entre o órgão 
acusador e o acusado, reconhecido o direito do ofendido; 
predomina a liberdade de defesa e a isonomia entre as partes do 
processo; há a publicidade do procedimento e o contraditório se 
faz presente; existe a livre produção de provas. 
 
 Sistema misto _ Surgido após a Revolução Francesa, uniu as 
virtudes dos dois anteriores, caracterizando-se em duas fases, a 
1ª seria a instrução preliminar com os elementos do sistema 
inquisitivo e a 2ª fase com os elementos do sistema acusatório. 
 
 SUJEITOS NA RELAÇÃO PROCESSUAL PENAL 
Se no processo, instrumento de realização do direito material, pressupõe 
ao menos a existência de três sujeitos ordinariamente, as partes dessa 
relação material (acusação, defesa e o juiz). Sujeitos processuais são as 
pessoas entre as quais se constitui, se desenvolve e se completa à relação 
jurídico processual. Subdivide-se em principais e acessórias. Por principais 
são aqueles cuja a ausência torna impossível a relação jurídico processual. 
Já as acessórias são aquelas não sendo indispensáveis nela intervir de 
alguma forma. 
 
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e 
manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal 
fim, requisitar força pública. 
 
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: 
I – promover privativamente, a ação penal pública, na forma 
estabelecida neste código; e 
II – fiscalizar a execução da lei. 
 
 IMPEDIMENTO, SUSPEIÇÃO E ADMISSIBILIDADE DAS PARTES 
NA RELAÇÃO PROCESSUAL PENAL: 
2 
 
 
 
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: 
I – tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como 
defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade 
policial, auxiliar da justiça ou perito; 
II – ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou 
servido como testemunha; 
III – tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-
se, de fato ou de direito, sobre a questão; 
IV – ele próprio ou seu cônjuge, consanguíneo ou afim em linha reta 
ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente 
interessado no feito. 
 
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir nos mesmos 
processos os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou 
afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau inclusive. 
 
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser 
recusado por qualquer das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II – se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver 
respondendo a processo por ato análogo, sobre cujo caráter 
criminoso haja controvérsia; 
III – se ele, seu cônjuge ou parente, consanguíneo, ou afim, até o 
terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a 
processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; 
IV – se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V – se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das 
partes; 
VI – se for sócio, acionista ou administrador de sociedade 
interessada no processo. 
 
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por 
afinidade cessará pela dissolução do casamento que lhe tiver dado 
causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda dissolvido o 
casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o 
3 
 
padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no 
processo. 
 
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, 
quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo de cria-la. 
 
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos 
processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até 
terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que lhes for 
aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos 
dos juízes. 
 
PERSECUÇÃO PENAL 
 
É a capacidade do Estado de reconhecer uma atuação do indivíduo na 
esfera penal, podendo ser na forma de crime ou contravenção penal (DL 
3.088/41). É a atividade do Estado de reprimir as infrações penais. Se dá 
em duas fases: investigação criminal e ação penal. 
Na investigação busca-se a materialidade (prova de existência da 
infração penal) e a autoria (indícios de quem devia ter sido o praticante), 
com essas duas conclusões chega-se portanto, a justa causa. 
 
Modalidades de atuação do Estado para se chegar à materialidade 
da infração: 
 
 Inquérito policial 
 CPI 
 MP 
 Juízes criminais 
 Peças de informação... Etc... 
 
Seja qual for à forma de investigação, busca-se o mesmo resultado: 
materialidade e autoria da infração. 
Segundo momento da persecução: ação penal. 
Para poder processar uma pessoa é necessário ter um inquérito policial? 
- o que é necessário é a justa causa (autoria), a forma como se obtém 
entra nas modalidades. 
4 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: 
 
 Dispensável ou prescindível, significa dizer que o inquérito policial 
não é essencial ao oferecimento da ação penal (ação pública ou 
privada). Na ação pública o autor é o Ministério Público na privada o 
autor é o querelante. O MP faz denúncia na petição inicial e o 
querelante oferece queixa crime. Dado início ao inquérito não há 
possibilidade de desistência. Podendo ser apenas arquivado e este 
arquivamento só é possível através do juiz! 
 Indisponível (art. 17 CPP) a autoridade policial não poderá mandar 
arquivar autos de inquérito policial. Ler entre os artigos 4° ao 23° do 
CPP. 
 Sigiloso (art. 20 CPP) a autoridade policial deverá assegurar o sigilo 
necessário para investigação do fato criminoso. Ele precisa ser 
sigiloso devido à elucidação do fato criminoso. Ver súmula vinculante 
n° 14 do STF, o advogado do investigado tem acesso amplo aos 
elementos de provas já “documentados” no inquérito. Mesmo sem 
procuração. 
 Inquisitivo, significa dizer duas coisas: primeiro não possui 
contraditório e ampla defesa, pois não há acusação formal, ele é um 
procedimento administrativo. Ver lei 13.245/2016, e segundo é que 
todas as funções do procedimento estão concentradas nas mãos da 
autoridade policial. 
 Informativo, é uma decorrência lógica do inquisitivo. 
 Sistemático, 
 Escrito, 
 Etc... Sendo as anteriores características as principais. 
 
Considerando que o inquérito policial é inquisitivo, pode-se dizer que ele 
produz apenas elementos de informação (regra) logo, possui mero caráter 
informativo, o que não pode servir de base para a condenação. 
 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
O delegado poderá baixar uma portaria ou através do auto de prisão em 
flagrante. 
- auto de prisão em flagrante, quando o agente for pego no ato de delito 
criminoso. 
- portaria, todas as outras formas que não for APF. 
 
5 
 
 Qual é a regra de instauração? 
 
- Formas de instauração do inquérito policial. 
Suas formas: 
 
- condicionada à representação: 
Nos crimes condicionados a representação, o inquérito não poderá ser 
instauradosem esta representação. 
- condicionada a requisição: 
É preciso ter a requisição do ministro da justiça. 
- instaurar ação penal privada: 
Nos crimes mais brandos, mais simples não haverá a possibilidade da 
instauração de ofício, é necessário o requerimento do ofendido ou do seu 
representante legal. 
 
Art. 5° caput e incisos 01 e 02 formas de se iniciar o inquérito: 
 
 De ofício, somente nos crimes de ação pública condicionada; 
 Requisição do juiz; 
 Requisição do Ministério Público; 
 Requerimento do ofendido ou do seu representante legal. 
 
Obs: requisição = ordem _ Requerimento = pedido. 
Obs: ART. 5°, parágrafo 2° ✓ “do despacho que indeferir o requerimento 
de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de polícia” 
 
Prazos de instauração do inquérito policial (duração) 
 
O normal é cobrar o que está no artigo 10 do CPP, prazo estadual, prazo da 
polícia estadual. Dependendo se preso: 10 dias (contado o dia do início) 
prazo improrrogável; se solto: 30 dias (data da instauração), prorrogável. 
O prazo do inquérito no âmbito federal, artigo 66 da lei 5.010/66. Se preso, 
15 dias + 15 dias, improvável; se solto 30 dias, prorrogável. 
Se for lei de drogas, 11.343/06, se preso 30 dias + 30 dias; se solto 90 dias 
+ 90 dias. 
6 
 
 
Se ao final dos prazos, o inquérito policial concluído ou disposto o suficiente 
para a segunda fase da persecução penal, deverá sair da delegacia e ir para 
o juiz, sendo ação penal pública, ele encaminhará para o MP, se for privada, 
o magistrado guardará os autos pelo prazo decadencial (perda do direito de 
ação), de 06 meses. 
 
Obs: situação diferente da que acontece aqui no RJ, a qual vai para o MP. 
Obs: juiz é chamado de destinatário mediato e promotor de destinatário 
imediato. 
Obs: o autor da ação, após realizado o inquérito policial, tem o prazo de 05 
dias no caso do preso e 15 dias no caso do solto (autor MP) e querelante 6 
meses, a partir da descoberta da autoria para ingressar com a ação. 
 
O que acontece quando o inquérito policial chega nas mãos do promotor: 
 Oferecer a denúncia; quando o alcance da justa causa obteve 
sucesso. 
 Baixar para diligências, art. 16 CPP; quando o agente percebe que 
será possível através de novas diligências chegar a uma justa causa. 
 Requerer o arquivamento. Quando não foi possível dar 
prosseguimento por falta da justa causa. 
 
Obs: se o juiz concordar, ele arquiva; se não, ele vai remeter os autos do 
inquérito ao procurador geral de justiça (chefe do MP), na forma do artigo 
28 CPP. Esse procurador terá 03 caminhos: 
 
1. Concordou com o juiz: oferecerá pessoalmente a denúncia; 
2. Concordou com o juiz: designará outro membro do MP para oferecer 
a denúncia; 
3. Discordou do juiz: ele insistirá no pedido de arquivamento, que 
gerará como regra coisa julgada formal (rebus sic standibus), ao qual 
só então estará o juiz obrigado a atender ao pedido de arquivamento, 
podendo ser revisto, salvo exceções de irretroatividade. 
 
 
 O que é necessário para desarquivar? 
- Novas provas que possam evidenciar a conclusão da justa causa. 
 
Após o arquivamento do inquérito policial, o que é necessário para? 
7 
 
- a polícia retomar as investigações? ART. 18 do CPP, a polícia precisa ter 
notícias de outras provas. 
 
- o MP oferecer a denúncia? Súmula 524 do STF, novas provas. 
 
 Artigos que costumam cair em provas: 
 
Art. 7° do CPP, reconstituição do crime, reconstituição simulada dos fatos. 
ART. 11° do CPP, os instrumentos do crime. 
ART. 14° do CPP, pedido de diligências a autoridade policial, que será aceita 
ou não a critério desta, exceção da situação: ART. 184 do CPP, exame de 
corpo de delito. 
ART. 22°, circunscrições, áreas de atuação. 
 
ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO E INDIRETO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
 ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO (TÁCITO) inicialmente esta figura não é 
admitida pelos órgãos superiores do Ordenamento Jurídico vigente. 
 
Há na doutrina quem admita este tipo de arquivamento. 
- Segundo Afrânio Silva Jardim, o arquivamento implícito ocorre 
quando o titular da ação penal (MP) se omite a cerca de algum 
indiciado ou alguma infração penal quando do oferecimento da 
denúncia. 
 
- Se divide em dois, subjetivo ou objetivo. 
 
1. Subjetivo, é aquele que diz respeito a pessoas (indiciados) 
2. Objetivo, é aquele que diz respeito a fatos, infrações penais. 
 
- Ocorre o arquivamento implícito subjetivo quando houver 
pluralidade de indiciados no IP. 
 
Ex: Bruno, Tiago, Tício e Mévio, todos indiciados e o MP efetivamente 
oferece a denúncia, mas oferece somente contra Bruno, Mévio e 
Tício, nada dizendo a cerca do indiciado Tiago. 
 
Para a doutrina que admite a modalidade do arquivamento implícito, 
ocorreu neste caso a modalidade pela omissão do indiciado Tiago. 
 
8 
 
Para o STF e o STJ que não admitem esta modalidade de inquérito, 
significando que a investigação deve prosseguir em relação Bruno, 
Tício e Mévio e surgindo indícios em relação a Tiago o MP deverá 
aditar a denúncia para incluí-lo e este aditamento ocorrerá na ação 
penal que esteja acontecendo ou se ela estiver muito avançada 
deverá ocorrer em alguma ação penal autônoma. Neste caso, Tiago 
foi preterido em relação à investigação. 
Para o STF e STJ não existe a figura do arquivamento tácito o 
arquivamento deve ser expresso, a pedido do MP e por decisão 
judicial. 
 
- ocorrendo arquivamento implícito objetivo, também não admitido 
pela jurisprudência do STF e STJ, ele dirá respeito aos fatos 
(infrações). 
 
Ex: Roubo (157.CP) e corrupção de menores, este IP é remetido ao 
poder judiciário e ao MP posteriormente para o oferecimento da 
denúncia e quando o MP oferecer a denúncia, oferecerá apenas 
denúncia do roubo. 
Para a doutrina que defende esta modalidade de arquivamento, 
ocorreu o arquivamento do delito de corrupção de menores se houve 
omissão por parte do MP; já para o STF e STJ a investigação deve 
continuar em relação à corrupção de menores e surgindo indícios de 
materialidade ou até indícios de autoria vai haver a possibilidade que 
o MP adite a denúncia para inclusão desta infração penal. 
 
ARQUIVAMENTO INDIRETO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
 É uma expressão que não indica propriamente um arquivamento, 
surge porque no arquivamento indireto a situação vai ser tratada 
como se fosse um pedido de arquivamento. 
Imagine que ao receber o IP o MP tenha optado por requerer a declinação 
de competência ao Juiz, o MP- Estadual pede que haja a declinação de 
competência para a Justiça Federal. Não concordando o Juiz deverá de 
acordo com o art. 28 do CPP, remeter os autos ao PG como “se fosse” um 
pedido de arquivamento. Neste caso o MP-Estadual requer a declinação da 
competência, mas o juiz por sua vez entende que é sim da justiça estadual. 
Se o Procurador Geral entender que o MP-Estadual tem razão, ele insistirá 
na declinação e o juiz estadual será obrigado a declinar para a Justiça 
Federal e se o Procurador Geral concordar com o Juiz a situação vai ser a 
dele mesmo oferecer a denúncia na Justiça Estadual ou designar outro 
membro do MP para oferecê-la na Justiça Estadual.

Continue navegando