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semana 07 PPT 2ª parte

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ÁLVEO ABANDONADO
. Álveo (conceito): “a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto” (art. 9º, Decreto nº 24.643/34 - Código de Águas). É, em suma, o leito do rio. Públicos (águas públicas) ou particular (águas particulares).
Art. 1.252. “O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo”.
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Águas. Código (Decreto nº 24.643/34). Rio. Mudança da corrente (álveo abandonado). Indenização prévia (desnecessidade, no caso). Propriedade (pública).
3. (...) no caso de mudança da corrente pública por obra do homem, o leito velho, ou o álveo abandonado pertence ao órgão público (atribui-se "a propriedade do leito velho a entidade que, autorizada por lei, abriu para o rio um leito novo"). Cód. de Águas, art. 27.
4. Em tal caso de desvio artificial do leito, a acessão independe do prévio pagamento de eventuais indenizações. Conforme o acórdão estadual, "Não é premissa dessa aquisição que o poder público indenize previamente o proprietário do novo álveo".
5. Recurso especial pela alínea a (alegação de ofensa aos arts. 26 e 27), de que a 3ª Turma não conheceu. (STJ, RESP 20762/SP 3ª Turma, Min. Rel. Nilson Naves, DJ 07/08/2000)
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ACESSÕES INDUSTRIAIS: CONSTRUÇÕES E PLANTAÇÕES
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário. 
OBS: Hipóteses de exceção às acessões. Arts. 1254 e ss. Vedação ao enriquecimento sem causa.
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1º). Semeadura, plantação ou construção em terreno próprio com sementes plantas ou materiais alheios
Art. 1.254. “Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de MÁ-FÉ.”
OBS: acessório segue o principal.
a-) BOA-FÉ: aquisição da propriedade das construções/plantações, com ressarcimento do valor da matéria prima.
b-) MÁ-FÉ: aquisição da propriedade das construções/plantações, com ressarcimento do valor da matéria prima, + indenização pelas perdas e danos (se for o caso).
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2º). Semeadura, plantação ou construção em terreno alheio com sementes plantas e materiais próprios
Art. 1.255. “aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de BOA-FÉ, terá direito a indenização”.
a-) BOA-FÉ: proprietário do imóvel adquire as construções/plantações, mas terá que indenizar o proprietário da matéria-prima pelas despesas. 
b-) MÁ-FÉ: não receberá NADA.
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Art. 1255. Parágrafo único. Se a construção ou plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
Inovação CC/02, “caracterizando uma espécie de desapropriação no interesse privado. Configura a denominada “acessão inversa”, lastreada no princípio da função social da propriedade”. (Carlos Roberto Gonçalves)
OBS: “Certas edificações são mais relevantes do ponto de vista socioeconômico do que os terrenos onde elas se levantam” (Cristiano Chaves).
OBS2: EXCEDER CONSIDERAVELMENTE: CONCEITO JURÍDICO INDETERMINADO.
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3º). Semeadura, plantação ou construção em terreno alheio com sementes plantas e materiais próprios, com comportamento de má-fé de ambas as partes
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua.
. Proprietário: aquisição das construções/plantações, com ressarcimento do valor da matéria prima.
OBS: espécie de má-fé bilateral.
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Art. 1.258: “Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção NÃO SUPERIOR À VIGÉSIMA PARTE deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção”.
OBS: não confundir com acessão inversa (art. 1255, par. único). No art. 1258, desapropria-se parte do imóvel alheio em função de manutenção da integralidade da construção realizada.
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OBS: A invasão pela construção de área alheia considerável (diferente art. 1258, “(...) vigésima parte”) 
Art. 1.259. “Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio EXCEDER a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro”.

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