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Slide - Direito Civil - Da Propriedade

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01/04/2013 
1 
DA PROPRIEDADE 
Prof. Wellington Miranda 
Curso de Direito 
Disciplina: DIREITO CIVIL IV 
Aula 04 
CONCEITO 
 - “É um direito complexo que instrumentaliza 
pelo domínio, possibilitando ao seu titular o 
exercício de um feixe de atributos 
consubstanciados nas faculdade de gozar, dispor 
e reivindicar a coisa que lhe serve de objeto” 
(Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald) 
 
“Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de 
usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de 
reavê-la do poder de quem quer que 
injustamente a possua ou detenha” 
a) Faculdade de gozar ou fruir da coisa (ius fruendi) – 
faculdade de retirar os frutos da coisa. Ex.: aluguel; 
b) Direito de reivindicar a coisa contra quem 
injustamente a possua ou detenha (ius vindicanti) – 
ação petitória – ação reivindicatória; 
c) Faculdade de usar a coisa , de acordo com as 
normas que regem o ordenamento jurídico (ius 
utendi) – limitado pela CF e CC/02; 
d) Faculdade de dispor da coisa (ius disponendi) – por 
atos inter vivos ou mortis causa 
 
 
01/04/2013 
2 
ATRIBUTOS DA PROPRIEDADE 
Gozar ou fruir 
Reaver ou buscar 
Usar ou Utilizar 
Dispor ou Alienar 
G 
R 
U 
D 
Se o proprietário tiver todos os atributos terá a 
propriedade plena – GRUD 
Posse – se tiver pelos menos um dos atributos 
CLASSIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE 
CLASSIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE 
01/04/2013 
3 
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE PROPRIEDADE 
Direito complexo e fundamental 
Direito elástico 
Direito absoluto, em regra mas deve ser 
relativizado em algumas situações 
Direito exclusivo 
Direito perpétuo 
FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA 
PROPRIEDADE 
Art. 1228 § 1o O direito de propriedade deve ser 
exercido em consonância com as suas finalidades 
econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados, de conformidade com o estabelecido em 
lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o 
equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, 
bem como evitada a poluição do ar e das águas. 
 
FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA 
PROPRIEDADE 
En. 507 - V –JDC –” Na aplicação do princípio da 
função social da propriedade imobiliária rural, deve ser 
observada a cláusula aberta do § 1º, do art. 1228 do 
Código Civil, que, em consonância com o disposto no 
artigo 5.º, inciso XXIII da Constituição de 1988, permite 
melhor objetivar a funcionalização mediante critérios 
de valoração centrado na primazia do trabalho” 
01/04/2013 
4 
FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA 
PROPRIEDADE 
 CF/88 - Art. 186. A função social é cumprida quando a 
propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e 
graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
 I - aproveitamento racional e adequado; 
 II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e 
preservação do meio ambiente; 
 III - observância das disposições que regulam as relações de 
trabalho; 
 IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e 
dos trabalhadores. 
 
Obs.: a obrigação de recuperação ambiental é uma 
obrigação propter rem ou ambulatória, que segue a coisa 
onde que ela esteja 
FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA 
PROPRIEDADE 
Caso Favela Pullman 
- Loteamento - 1955 – Zona Sul da São Paulo; 
- Invadida 
- 1985 – ação reinvindicatória - favorável 
- Apelação – alegando a usucapião especial ou 
constitucional urbana – art. 1240 CC e 183 CF 
- Apelo acolhido – preenchimento da função social da 
propriedade; 
- 2005 – Resp 75.659/SP – STJ confirmou a decisão 
do TJSP. 
 
 
EXERCÍCIO IRREGULAR DO DIREITO DE PROPRIEDADE, DO 
ABUSO DE DIREITO OU DO ATO EMULATIVO CIVIL. 
Art. 1228 § 2º São defesos os atos que não trazem ao 
proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam 
animados pela intenção de prejudicar outrem.(Resp. 
subjetiva) 
Cuidado: Se o proprietário emulador obtem vantagens 
em prejuízo alheio, não afasta o ato emulativo 
Art. 1228 § 2º - possui como elemento subjetivo o dolo; 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um 
direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela 
boa-fé ou pelos bons costumes.(Resp. objetiva) 
01/04/2013 
5 
DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL OU 
UTILIDADE PÚBLICA 
Art. 1228 § 3º - O proprietário pode ser privado da 
coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade 
ou utilidade pública ou interesse social, bem como no 
de requisição, em caso de perigo público iminente. 
 
DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL OU 
UTILIDADE PÚBLICA 
 Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e 
subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu 
exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que 
sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, 
que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. 
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e 
demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os 
monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis 
especiais. 
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os 
recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde 
que não submetidos a transformação industrial, obedecido o 
disposto em lei especial. 
 
DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL OU 
UTILIDADE PÚBLICA 
 
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e 
exclusiva, até prova em contrário. 
 
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa 
pertencem, ainda quando separados, ao seu 
proprietário, salvo se, por preceito jurídico 
especial, couberem a outrem. 
 
01/04/2013 
6 
DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL POR POSSE-
TRABALHO ( ART.1228 §§ 4º E 5º DO CC/2002) 
Art. 1228 
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o 
imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse 
ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de 
considerável número de pessoas, e estas nela houverem 
realizado, em conjunto ou separadamente, obras e 
serviços considerados pelo juiz de interesse social e 
econômico relevante. 
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a 
justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, 
valerá a sentença como título para o registro do imóvel em 
nome dos possuidores. 
 
DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL POR POSSE-
TRABALHO ( ART.1228 §§ 4º E 5º DO CC/2002) 
• Constitui restrição ao direito de propriedade; 
• Valoriza a função social da posse e do domínio; 
• Desapropriação ≠ Usucapião; 
Desapropriação Privada Usucapião coletiva urbana 
Possuidores não precisa de 
baixa renda 
Possuidores de baixa 
renda 
Extensa área 250 m² 
Urbano e rural Urbanos 
Há direito à indenização Não há direito à 
indenização 
DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL POR POSSE-
TRABALHO ( ART.1228 §§ 4º E 5º DO CC/2002) 
 
• I JDC - En .82 da CJF/STJ – “É constitucional a 
modalidade aquisitiva de propriedade imóvel 
prevista nos §§4º e 5º do art. 1228 do NCC” 
 
• I – JDC - En .83 da CJF/STJ – “ nas ações 
reinvidicatórias propostas pelo Poder Público, não 
são aplicáveis as disposições constantes do §§ 4º e 
5º do art. 1.228 do NCC” 
• IV – JDC – Em. 304 da CJF/STJ – “ São aplicáveis 
as disposições constantes do §§ 4º e 5º do art. 
1.228 do NCC às ações reinvidicatórias relativas a 
bens público dominiais” ---- PESSOA JURIDICAS DE 
DIREITO PÚBLICOS 
01/04/2013 
7 
BENS PÚBLICOS DOMINICAIS 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de 
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Ex.: terrenos da marinha, as terras devolutas, as 
estradas de ferro, as ilhas formadas em rios 
navegáveis, os sítios arqueológicos, as jazidas de 
minerais c/ interesse público e o mar territorial. 
INDENIZAÇÃO NOS CASO DE DESAPROPRIAÇÃO 
 En. 308 CJF/STJ – Ad. Pública no contextos de 
politicas públicas de reforma urbana ou agrária --- 
possuidoresde baixa renda; 
 En. 240 CJF/STJ – não tem como critério valorativo, 
necessariamente, a avaliação técnica do mercado 
imobiliário, sendo indevido os juros compensatórios” 
 En. 241 CJF/STJ - transferência da propriedade só 
após o pagamento da justa indenização; 
 En. 305 CJF/STJ – MP atua como custo legis; 
 En. 307 CJF/STJ – a boa-fé dos possuidores tem 
que ser a objetiva – deve prevalecer a melhor posse; 
 En. 311 CJF/STJ - veda a inércia do proprietário – 
quanto ao levantamento da indenização 
PROPRIEDADE RESOLÚVEL 
Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da 
condição ou pelo advento do termo, entendem-se 
também resolvidos os direitos reais concedidos na sua 
pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a 
resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a 
possua ou detenha. 
Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa 
superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por 
título anterior à sua resolução, será considerado 
proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo 
benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja 
propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o 
seu valor. 
01/04/2013 
8 
PROPRIEDADE RESOLÚVEL 
Compra e venda com cláusula de retrovenda 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o 
direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de 
três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando 
as despesas do comprador, inclusive as que, durante o 
período de resgate, se efetuaram com a sua autorização 
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias. 
Venda com reserva de domínio 
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor 
reservar para si a propriedade, até que o preço esteja 
integralmente pago. 
PROPRIEDADE RESOLÚVEL 
Observações importantes: 
 
 
a) CONDIÇÃO E TERMO ---- QUESTÃO DE EFICÁCIA 
“ A Resolução da propriedade, quando determinada por 
causa originária, prevista no título, opera ex tunc e erga 
omnes; se decorrente de causa superveniente, atua ex 
nunc e inter partes (EN.509) 
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA 
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de 
coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de 
garantia, transfere ao credor. 
§ 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, 
celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de 
título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, 
ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o 
licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro. 
§ 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o 
desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da 
coisa. 
§ 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna 
eficaz, desde o arquivamento, a transferência da propriedade 
fiduciária. 
01/04/2013 
9 
FORMA DE AQUISIÇÃO DE BEM IMÓVEL 
• FORMAS ORIGINÁRIAS 
• Acessões – Ilhas; 
• Aluvião , 
• avulsão, 
• álveo abandonado, 
• Plantações 
• Construções 
• Usucapião 
• FORMAS DERIVADAS 
• Registro Imobiliário 
• Sucessão hereditária 
ACESSÕES NATURAIS E ARTIFICIAIS 
Das Ilhas 
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou 
particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, 
observadas as regras seguintes: 
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos 
sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as 
margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir 
o álveo em duas partes iguais; 
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens 
consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros 
desse mesmo lado; 
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço 
do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à 
custa dos quais se constituíram. 
DAS ILHAS 
Proprietário X 
Proprietário y 
I - as que se formarem no meio do 
rio consideram-se acréscimos 
sobrevindos aos terrenos 
ribeirinhos fronteiros de ambas as 
margens, na proporção de suas 
testadas, até a linha que dividir o 
álveo em duas partes iguais; 
 
01/04/2013 
10 
DAS ILHAS 
Proprietário X 
Proprietário y 
II - as que se formarem entre a 
referida linha e uma das margens 
consideram-se acréscimos aos 
terrenos ribeirinhos fronteiros 
desse mesmo lado; 
DAS ILHAS 
Proprietário X 
Proprietário y 
III - as que se formarem pelo 
desdobramento de um novo 
braço do rio continuam a 
pertencer aos proprietários dos 
terrenos à custa dos quais se 
constituíram. 
 
DA ALUVIÃO 
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e 
imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao 
longo das margens das correntes, ou pelo desvio das 
águas destas, pertencem aos donos dos terrenos 
marginais, sem indenização. 
 
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente 
de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre 
eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga 
margem. 
 
 
01/04/2013 
11 
DA ALUVIÃO 
ALUVIÃO PRÓPRIA 
TERRA VEM 
RIO 
DA ALUVIÃO 
ALUVIÃO IMPRÓPRIA 
A AGUA VAI 
RIO 
DA AVULSÃO 
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção 
de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o 
dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se 
indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em 
um ano, ninguém houver reclamado. 
 
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de 
indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de 
terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida. 
 
01/04/2013 
12 
DA AVULSÃO 
Proprietário + 
Proprietário - 
ALVEO ABANDONADO 
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence 
aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem 
que tenham indenização os donos dos terrenos por 
onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que 
os prédios marginais se estendem até o meio do álveo. 
ÁLVEO ABANDONADO 
Proprietário X 
Proprietário y 
Art. 1.252. O álveo abandonado de 
corrente pertence aos proprietários 
ribeirinhos das duas margens, sem que 
tenham indenização os donos dos 
terrenos por onde as águas abrirem 
novo curso, entendendo-se que os 
prédios marginais se estendem até o 
meio do álveo 
50% 50% 
Leito secou 
01/04/2013 
13 
PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES 
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e 
à sua custa, até que se prove o contrário. 
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou 
materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de 
responder por perdas e danos, se agiu de má-fé. 
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, 
as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização. 
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele 
que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da 
indenização fixada judicialmente, se não houver acordo. 
PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES 
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá 
o proprietário as sementes, plantas e construções, 
devendo ressarcir o valor das acessões. 
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, 
quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em 
sua presença e sem impugnação sua. 
Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao 
caso de não pertencerem as sementes, plantas ou 
materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio. 
Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou 
materiais poderá cobrar do proprietário do solo a 
indenização devida, quando não puder havê-la do 
plantador ou construtor. 
PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES 
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, 
invade soloalheio em proporção não superior à vigésima parte 
deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do 
solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e 
responde por indenização que represente, também, o valor da área 
perdida e a desvalorização da área remanescente. 
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos 
neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte 
do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o 
valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e 
não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a 
construção. 
01/04/2013 
14 
PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES 
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a 
invasão do solo alheio exceder a vigésima parte 
deste, adquire a propriedade da parte do solo 
invadido, e responde por perdas e danos que 
abranjam o valor que a invasão acrescer à 
construção, mais o da área perdida e o da 
desvalorização da área remanescente; se de má-
fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, 
pagando as perdas e danos apurados, que serão 
devidos em dobro. 
USUCAPIÃO 
Direito Civil IV 
Prof.: Wellington Miranda 
 Aula 05 
DA USUCAPIÃO 
• Constitui a aquisição do domínio; 
• Garante a estabilidade da propriedade; 
• Atendimento da função social; 
• Posse usucapionem; 
• Atos de mera tolerância não induzem a posse 
usucapível. Ex.: Locação e comodato; 
• Condomínio – supressio – divergência doutrinária 
 
 
 
01/04/2013 
15 
DA USUCAPIÃO – POSSE AD USUCAPIONEM 
a) Posse com a intenção de ser dono (animus domini) 
– posse de Savigny – corpus + animus; 
b) Posse mansa e pacífica – 
c) Posse contínua e duradoura – 
d) Posse justa – sem vícios objetivos, violência, 
clandestinidade e precariedade; 
e) Posse de boa-fé e com justo título em regra – 
Obs.: Acessio possessionis – art. 1.243 
 
 
DA USUCAPIÃO 
Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor 
acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a 
prescrição, as quais também se aplicam à usucapião. 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade 
conjugal; (exceção Art. 1.240-A) 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder 
familiar – até o menor completar 18 anos; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou 
curadores, durante a tutela ou curatela. 
 
DA USUCAPIÃO 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; 
II - contra os ausentes do País em serviço público da 
União, dos Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças 
Armadas, em tempo de guerra. 
 
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: 
I - pendendo condição suspensiva; 
II - não estando vencido o prazo; 
III - pendendo ação de evicção. 
01/04/2013 
16 
DA USUCAPIÃO 
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo 
criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. 
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só 
aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, 
dar-se-á: 
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o 
interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; 
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em 
concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe 
reconhecimento do direito pelo devedor. 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do 
ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. 
MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS 
DA USUCAPIÃO ORDINÁRIA (Art. 1.242 do CC) 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel 
aquele que, contínua e incontestadamente, com justo 
título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto 
neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, 
onerosamente, com base no registro constante do 
respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que 
os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, 
ou realizado investimentos de interesse social e 
econômico. 
DA USUCAPIÃO 
Justo título – todo e qualquer ato jurídico hábil, em tese 
, a transferir a propriedade, independente de registro; 
Paragrafo Único: Usucapião por posse-trabalho; 
01/04/2013 
17 
MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS 
DA USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (Art. 1.238 do CC) 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, 
nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a 
propriedade, independentemente de título e boa-fé; 
podendo requerer ao juiz que assim o declare por 
sentença, a qual servirá de título para o registro no 
Cartório de Registro de Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo 
reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver 
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele 
realizado obras ou serviços de caráter produtivo. 
MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS 
DA USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL OU ESPECIAL RURAL – PRO 
LABORE (Art. 191, caput, CF088, Art. 1.239 do CC e LEI 6969/81) 
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel 
rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos 
ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural 
não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva 
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua 
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 
• Não há qualquer previsão quanto ao justo título e à 
boa-fé, presunção nesse caso é iure et de iure) 
• IV- En.312 CJF/STJ – Módulo rural 
MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS 
DA USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL OU ESPECIAL URBANA – PRO 
MISERO (Art. 183, caput, CF088, Art. 1.240 do CC e Art. 9º da LEI 
10.527/01) 
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até 
duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos 
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia 
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja 
proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
 
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao 
homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado 
civil. 
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será 
reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
 
01/04/2013 
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MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS 
DA USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL OU ESPECIAL URBANA – PRO 
MISERO (Art. 183, caput, CF088, Art. 1.240 do CC e Art. 9º da LEI 
10.527/01) 
OBS.: Acessio possessionis para a usucapião especial 
urbana – não se aplica a regra geral do prevista no art, 
1243 do CC, uma vez que a soma das posses para a 
usucapião especial urbana somente pode ser mortis 
causa e não inter vivos, como é regra geral 
DA USUCAPIÃO 
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos 
ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com 
exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² 
(duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja 
propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro 
que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou 
de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde 
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou 
rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011); 
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido 
ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
 
DA USUCAPIÃO 
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aula 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm
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