Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01/04/2013 1 DA PROPRIEDADE Prof. Wellington Miranda Curso de Direito Disciplina: DIREITO CIVIL IV Aula 04 CONCEITO - “É um direito complexo que instrumentaliza pelo domínio, possibilitando ao seu titular o exercício de um feixe de atributos consubstanciados nas faculdade de gozar, dispor e reivindicar a coisa que lhe serve de objeto” (Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald) “Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha” a) Faculdade de gozar ou fruir da coisa (ius fruendi) – faculdade de retirar os frutos da coisa. Ex.: aluguel; b) Direito de reivindicar a coisa contra quem injustamente a possua ou detenha (ius vindicanti) – ação petitória – ação reivindicatória; c) Faculdade de usar a coisa , de acordo com as normas que regem o ordenamento jurídico (ius utendi) – limitado pela CF e CC/02; d) Faculdade de dispor da coisa (ius disponendi) – por atos inter vivos ou mortis causa 01/04/2013 2 ATRIBUTOS DA PROPRIEDADE Gozar ou fruir Reaver ou buscar Usar ou Utilizar Dispor ou Alienar G R U D Se o proprietário tiver todos os atributos terá a propriedade plena – GRUD Posse – se tiver pelos menos um dos atributos CLASSIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE CLASSIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE 01/04/2013 3 CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE PROPRIEDADE Direito complexo e fundamental Direito elástico Direito absoluto, em regra mas deve ser relativizado em algumas situações Direito exclusivo Direito perpétuo FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE Art. 1228 § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE En. 507 - V –JDC –” Na aplicação do princípio da função social da propriedade imobiliária rural, deve ser observada a cláusula aberta do § 1º, do art. 1228 do Código Civil, que, em consonância com o disposto no artigo 5.º, inciso XXIII da Constituição de 1988, permite melhor objetivar a funcionalização mediante critérios de valoração centrado na primazia do trabalho” 01/04/2013 4 FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE CF/88 - Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Obs.: a obrigação de recuperação ambiental é uma obrigação propter rem ou ambulatória, que segue a coisa onde que ela esteja FUNÇÃO SOCIAL E SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE Caso Favela Pullman - Loteamento - 1955 – Zona Sul da São Paulo; - Invadida - 1985 – ação reinvindicatória - favorável - Apelação – alegando a usucapião especial ou constitucional urbana – art. 1240 CC e 183 CF - Apelo acolhido – preenchimento da função social da propriedade; - 2005 – Resp 75.659/SP – STJ confirmou a decisão do TJSP. EXERCÍCIO IRREGULAR DO DIREITO DE PROPRIEDADE, DO ABUSO DE DIREITO OU DO ATO EMULATIVO CIVIL. Art. 1228 § 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.(Resp. subjetiva) Cuidado: Se o proprietário emulador obtem vantagens em prejuízo alheio, não afasta o ato emulativo Art. 1228 § 2º - possui como elemento subjetivo o dolo; Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.(Resp. objetiva) 01/04/2013 5 DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL OU UTILIDADE PÚBLICA Art. 1228 § 3º - O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL OU UTILIDADE PÚBLICA Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL OU UTILIDADE PÚBLICA Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário. Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem. 01/04/2013 6 DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL POR POSSE- TRABALHO ( ART.1228 §§ 4º E 5º DO CC/2002) Art. 1228 § 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. § 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL POR POSSE- TRABALHO ( ART.1228 §§ 4º E 5º DO CC/2002) • Constitui restrição ao direito de propriedade; • Valoriza a função social da posse e do domínio; • Desapropriação ≠ Usucapião; Desapropriação Privada Usucapião coletiva urbana Possuidores não precisa de baixa renda Possuidores de baixa renda Extensa área 250 m² Urbano e rural Urbanos Há direito à indenização Não há direito à indenização DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL POR POSSE- TRABALHO ( ART.1228 §§ 4º E 5º DO CC/2002) • I JDC - En .82 da CJF/STJ – “É constitucional a modalidade aquisitiva de propriedade imóvel prevista nos §§4º e 5º do art. 1228 do NCC” • I – JDC - En .83 da CJF/STJ – “ nas ações reinvidicatórias propostas pelo Poder Público, não são aplicáveis as disposições constantes do §§ 4º e 5º do art. 1.228 do NCC” • IV – JDC – Em. 304 da CJF/STJ – “ São aplicáveis as disposições constantes do §§ 4º e 5º do art. 1.228 do NCC às ações reinvidicatórias relativas a bens público dominiais” ---- PESSOA JURIDICAS DE DIREITO PÚBLICOS 01/04/2013 7 BENS PÚBLICOS DOMINICAIS III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Ex.: terrenos da marinha, as terras devolutas, as estradas de ferro, as ilhas formadas em rios navegáveis, os sítios arqueológicos, as jazidas de minerais c/ interesse público e o mar territorial. INDENIZAÇÃO NOS CASO DE DESAPROPRIAÇÃO En. 308 CJF/STJ – Ad. Pública no contextos de politicas públicas de reforma urbana ou agrária --- possuidoresde baixa renda; En. 240 CJF/STJ – não tem como critério valorativo, necessariamente, a avaliação técnica do mercado imobiliário, sendo indevido os juros compensatórios” En. 241 CJF/STJ - transferência da propriedade só após o pagamento da justa indenização; En. 305 CJF/STJ – MP atua como custo legis; En. 307 CJF/STJ – a boa-fé dos possuidores tem que ser a objetiva – deve prevalecer a melhor posse; En. 311 CJF/STJ - veda a inércia do proprietário – quanto ao levantamento da indenização PROPRIEDADE RESOLÚVEL Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha. Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor. 01/04/2013 8 PROPRIEDADE RESOLÚVEL Compra e venda com cláusula de retrovenda Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias. Venda com reserva de domínio Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago. PROPRIEDADE RESOLÚVEL Observações importantes: a) CONDIÇÃO E TERMO ---- QUESTÃO DE EFICÁCIA “ A Resolução da propriedade, quando determinada por causa originária, prevista no título, opera ex tunc e erga omnes; se decorrente de causa superveniente, atua ex nunc e inter partes (EN.509) PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. § 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro. § 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa. § 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária. 01/04/2013 9 FORMA DE AQUISIÇÃO DE BEM IMÓVEL • FORMAS ORIGINÁRIAS • Acessões – Ilhas; • Aluvião , • avulsão, • álveo abandonado, • Plantações • Construções • Usucapião • FORMAS DERIVADAS • Registro Imobiliário • Sucessão hereditária ACESSÕES NATURAIS E ARTIFICIAIS Das Ilhas Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes: I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais; II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado; III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram. DAS ILHAS Proprietário X Proprietário y I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais; 01/04/2013 10 DAS ILHAS Proprietário X Proprietário y II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado; DAS ILHAS Proprietário X Proprietário y III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram. DA ALUVIÃO Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem. 01/04/2013 11 DA ALUVIÃO ALUVIÃO PRÓPRIA TERRA VEM RIO DA ALUVIÃO ALUVIÃO IMPRÓPRIA A AGUA VAI RIO DA AVULSÃO Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado. Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida. 01/04/2013 12 DA AVULSÃO Proprietário + Proprietário - ALVEO ABANDONADO Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo. ÁLVEO ABANDONADO Proprietário X Proprietário y Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo 50% 50% Leito secou 01/04/2013 13 PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário. Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé. Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo. PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões. Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua. Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes, plantas ou materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio. Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor. PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade soloalheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente. Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção. 01/04/2013 14 PLANTAÇÕES E CONSTRUÇÕES Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má- fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro. USUCAPIÃO Direito Civil IV Prof.: Wellington Miranda Aula 05 DA USUCAPIÃO • Constitui a aquisição do domínio; • Garante a estabilidade da propriedade; • Atendimento da função social; • Posse usucapionem; • Atos de mera tolerância não induzem a posse usucapível. Ex.: Locação e comodato; • Condomínio – supressio – divergência doutrinária 01/04/2013 15 DA USUCAPIÃO – POSSE AD USUCAPIONEM a) Posse com a intenção de ser dono (animus domini) – posse de Savigny – corpus + animus; b) Posse mansa e pacífica – c) Posse contínua e duradoura – d) Posse justa – sem vícios objetivos, violência, clandestinidade e precariedade; e) Posse de boa-fé e com justo título em regra – Obs.: Acessio possessionis – art. 1.243 DA USUCAPIÃO Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião. Art. 197. Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; (exceção Art. 1.240-A) II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar – até o menor completar 18 anos; III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. DA USUCAPIÃO Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra. Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: I - pendendo condição suspensiva; II - não estando vencido o prazo; III - pendendo ação de evicção. 01/04/2013 16 DA USUCAPIÃO Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva. Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível. Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS DA USUCAPIÃO ORDINÁRIA (Art. 1.242 do CC) Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. DA USUCAPIÃO Justo título – todo e qualquer ato jurídico hábil, em tese , a transferir a propriedade, independente de registro; Paragrafo Único: Usucapião por posse-trabalho; 01/04/2013 17 MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS DA USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (Art. 1.238 do CC) Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS DA USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL OU ESPECIAL RURAL – PRO LABORE (Art. 191, caput, CF088, Art. 1.239 do CC e LEI 6969/81) Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. • Não há qualquer previsão quanto ao justo título e à boa-fé, presunção nesse caso é iure et de iure) • IV- En.312 CJF/STJ – Módulo rural MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS DA USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL OU ESPECIAL URBANA – PRO MISERO (Art. 183, caput, CF088, Art. 1.240 do CC e Art. 9º da LEI 10.527/01) Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. § 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. § 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 01/04/2013 18 MODALIDADE DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS DA USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL OU ESPECIAL URBANA – PRO MISERO (Art. 183, caput, CF088, Art. 1.240 do CC e Art. 9º da LEI 10.527/01) OBS.: Acessio possessionis para a usucapião especial urbana – não se aplica a regra geral do prevista no art, 1243 do CC, uma vez que a soma das posses para a usucapião especial urbana somente pode ser mortis causa e não inter vivos, como é regra geral DA USUCAPIÃO Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011); § 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. DA USUCAPIÃO Continua na próxima aula http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12424.htm
Compartilhar