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AULA 5 - DIREITO CIVIL IV para Livian

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DIREITO CIVIL IV
AULA 5 – PROFESSORA LUCIANI KASTRUP
E-mail: luciani.kastrup@estacio.br
INFORMAÇÕES RELEVANTES
A aula será ministrada em 45 minutos (gravação) onde serão abordados pontos relevantes do conteúdo programático. Os alunos deverão participar utilizando o chat.
O material a ser utilizado estará disponível ao acessar o (Teams) e o discente também poderá ter acesso ao material disponível no SAVA.
A leitura complementar é muito importante pois irá auxiliar nas tarefas desenvolvidas durante e depois da aula.
 A presença do discente será computada mediante o acesso ao (TEAMS), no horário em que a disciplina estava sendo realizada na modalidade presencial.
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PROPRIEDADE: FORMAS DE AQUISIÇÃO
Para Carlos Roberto Gonçalves, o direito de propriedade pode ser definido como “o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, em sua plenitude e dentro dos limites estabelecidos na lei, bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha”. 
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE- O principal modo de aquisição da propriedade imobiliária inter vivos é o registro do título no cartório de registro de imóveis (artigo 1.245, caput do C.C), e o principal modo de aquisição da propriedade mobiliária é a tradição (artigo 1.267 do C.C).
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AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE: CLASSIFICAÇÃO
I – No que tange à natureza dos bens adquiridos os modos de aquisição podem ser: o registro (para a aquisição de bens imóveis) e a tradição (para a aquisição de bens de móveis).
II – Relativamente à causa de aquisição: modo originário e modo derivado.
Modo originário – na aquisição originária não há existência de relação jurídica para a transferência do bem.
Modo derivado – na aquisição derivada há existência de uma relação jurídica para a transferência do bem.
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MODOS DE AQUSIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
 O registro é inerente à aquisição da propriedade imobiliária e confere maior segurança nas transações imobiliárias, permitindo o conhecimento de toda coletividade (publicidade do ato).
São modos de aquisição da propriedade: a) Aquisição pelo registro do título
b) Aquisição pela acessão imobiliária
A) Aquisição pelo registro do título 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante registro do título translativo no Registro de Imóveis.
§1°. Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
§2°. Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
 
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.
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Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
No sistema imobiliário brasileiro, o registro tem natureza aquisitiva do domínio (forma derivada de aquisição da propriedade imóvel). Sem registro, o direito do adquirente não é direito real, e sim direito pessoal de eficácia relativa entre os negociantes (adquirente e alienante), não produzindo efeitos, pois, contra terceiros. A eficácia erga omnes da propriedade imóvel só é atingida pelo registro.
Finalidade do Registro Imobiliário - conferir publicidade ao estado dos imóveis para que tal estado adquira eficácia perante terceiros.
Efeito do registro - aquisição de direitos reais , como por exemplo: a aquisição do direito real sobre a coisa própria; a aquisição sobre a coisa alheia (ex: usufruto).
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Registro no Cartório de Registro de Imóveis (C.R.I) nomenclatura moderna S.R.I – Serviço Registral de Imóveis 
Em conformidade com o art. 167, I da Lei de Registro Público (Lei n. 6015/73) , devem ser registrados todos os atos que influenciem no uso, gozo e disposição de um imóvel. O registro será feito sempre que houver alteração na titularidade de um imóvel ou quando houver limitação da propriedade, como por exemplo, a averbação de um contrato de usufruto.
A Lei n.6015/73, no artigo supracitado, prevê que devem ser registrados atos como: instituição de bem de família, hipotecas, usufruto, uso, habitação, contratos de compromisso de compra e venda, incorporações imobiliárias, instituições e convenções de condomínio, compra e venda de imóvel, permuta, doação de imóveis, dentre outros atos previstos neste dispositivo legal.
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B) Aquisição pela acessão imobiliária
Na acepção lata (sentido amplo), a acessão consiste no aumento da coisa que constitui objeto de propriedade, sem alteração no direito de propriedade.
É modo originário de aquisição do domínio, através dos acréscimos ou incorporação, natural ou artificial, de bem inesperadamente. Assim, são acréscimos que a coisa sofre no seu valor ou no volume em razão de elemento externo, normalmente pela natureza.
Modalidades de acessão imobiliária – O artigo 1248 do C.C aponta as espécies de acessões previstas no direito brasileiro, que são seguintes: 
Formação de ilhas; b) Aluvião; c) Avulsão:
d) Abandono de álveo; e) Plantações e construções
As quatro primeiras formas de acessão são as chamadas acessões naturais. As construções e plantações são consideradas acessões artificiais.
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Formação de ilhas - Art. 1.249 do C.C
As ilhas formadas em águas públicas pertencerão ao Poder Público, enquanto que as ilhas formadas em águas privadas serão do domínio privado, na forma do art. 1.249, CC/2002, supra transcrito. Além das águas particulares, o Código Civil preceitua que as ilhas formadas em correntes comuns também serão do domínio privado.
Ensina Maria Helena Diniz  que somente interessam ao Direito Civil as ilhas formadas em rios não navegáveis ou particulares, por pertencerem ao domínio particular.
A ilha é a aquisição do domínio pelo acréscimo ou incorporação de bem inesperado. Pode ser pela acessão natural (art. 1.249, CC).
Os conceitos de águas públicas, águas comuns e águas privadas são encontrados no Código de Águas (Decreto n° 24.643/34). O Código de Águas determina que as águas públicas são de uso comum ou dominiais (art. 1°).
Águas comuns - são as correntes não navegáveis ou flutuáveis e de que essas não se façam. (art. 8°, Código de Águas).
Águas particulares - São particulares as nascentes e todas as águas situadas em terrenos que também o sejam, quando as mesmas não estiverem classificadas entre as águas comuns de todos, as águas públicas ou as águas comuns. (art. 8°, Código de Águas).
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ILUSTRAÇÃO PARA COMPREENSÃO DO ARTIGO1.249 DO C.C
A) Ilhas formadas no meio do rio cuja margem é de proprietários diferentes: 
B) As ilhas formadas entre o meio do rio e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado:
 
 
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C) As ilhas, que se formarem, pelo desdobramento de um novo braço de corrente, pertencem aos proprietários dos terrenos, a custa dos quais se formaram.
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b) Aluvião
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
Conceito de aluvião: art. 16 do Código das Águas - Constituem "aluvião" os acréscimos que sucessiva e imperceptivelmente se formarem para a parte do mar e das correntes, aquém do ponto a que chega o preamar médio, ou do ponto médio das enchentes ordinárias, bem como a parte do álveo que se descobrir pelo afastamento das águas.
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c) Avulsão
 Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo,se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
A avulsão só se verifica quando se tratar de uma porção de terra. Demais objetos porventura destacados de um imóvel e lavados a força violenta a outro terreno, sem aderência ao prédio, são considerados coisas perdidas, devendo o proprietário restituí-las.
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d) Álveo Abandonado
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
Deve originar-se de forças naturais, pois, se oriundo de  motivo de utilidade pública passa a pertencer a posse do álveo abandonado à pessoa de Direito Público que houver desapropriado, indenizando-se aquele que perdeu suas terras.
Sílvio de Salvo Venosa ensina que os proprietários das terras por onde as águas por força da natureza abrem novo curso não fazem jus à indenização por se tratar de caso fortuito. Porém, se o desvio se der por utilidade pública, não mais naturalmente, a perda do terreno para o poder expropriante deve ser indenizada.
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Apelação APL 17874520058260566 SP 0001787-45.2005.8.26.0566 (TJ-SP)Jurisprudência•23/11/2011•Tribunal de Justiça de São Paulo
Ementa: RETIFICAÇÃO DE REGISTRO DE IMÓVEL Ação ajuizada em procedimento de jurisdição voluntária, para o fim de retificar registro imobiliário, por existência de disparidade entre a área constante do título de domínio e a situação fática Não objeção dos confrontantes e da municipalidade Ausência de interesse no feito declarada pela Fazenda do Estado de São Paulo Laudo pericial que não aponta, de modo objetivo, imprecisão entre as divisas descritas na matrícula, mas, diferentemente, reconhece ter havido, ao longo do tempo, modificações no curso do Córrego Monjolinho. Acréscimo de área que se deu por abandono de álveo, cuja aquisição se dá por acessão. O art. 212 da Lei de Registros Públicos (Lei 6.015 /1973) admite a retificação, nos casos em que o teor do registro não exprima a verdade. Desta forma, não apenas a constatação de ausência de identidade nas divisas é causa para retificação. A pretensão por essa via também é adequada para hipóteses de acessão natural, como no caso de abandono de álveo, de feição particular. Ademais, reconhece-se a possibilidade de retificação de área que implique aumento de propriedade (REsp 54.877/SP).Acréscimo patrimonial e destinação não se confundem. Acréscimo houve, mas o direito de propriedade deverá ser exercido com as limitações exigidas pelo Código Florestal (Lei 4.771 /1965), em razão de esse espaço estar qualificado como área de preservação permanente.A via processual eleita e adequada e a sentença merece reforma para que se proceda à retificação imobiliária, nos termos do art. 26 do Código de Águas , do art. 1.252 do Código Civil brasileiro, e do art. 212 da Lei de Registros Públicos .Recurso provido.
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e) Construções e Plantações
O art. 1.253 do C.C, em atendimento ao princípio da gravitação jurídica, fixa presunção relativa de propriedade das construções e plantações ao proprietário do imóvel. 
As normas contidas nos artigos 1.254 a 1.259 do C.C têm utilidade para as hipóteses em que ficar comprovado que o solo e as sementes ou materiais utilizados nas plantações ou construções pertencem a pessoas distintas. A regra geral é a de que o proprietário do imóvel, dada a natureza acessória das plantações/construções com relações ao solo, adquirirá a propriedade das acessões. 
As plantações e construções são consideradas como espécies do gênero acessão artificial, porquanto é resultante da ação humana e não da natureza.
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As construções e plantações são consideradas acessórios do solo. Não se leva em conta o conceito de valor. A presunção é que pertencem ao proprietário do solo, embora não seja essa presunção absoluta. Como é possível semear, plantar e construir com sementes e materiais não pertencentes ao proprietário do solo, distinguem-se as hipóteses nas quais isso pode ocorrer:
1-Semeadura, plantação ou construção em terreno próprio com material alheio – com solução no art. 1254 – “Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.”
2- Semeadura, plantação ou construção em terreno alheio com material próprio - com solução no art.1255 – “Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
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Se o semeador, plantador ou construtor agiu de má fé, poderá ser constrangido a repor as coisas no estado em que se estavam e a pagar pelos prejuízos, No entanto se ambos estão de má fé o art. 1256 determina que o proprietário adquira os acréscimos e pague o valor das acessões.
Presume-se a má fé do proprietário quando este sabia do trabalho de construção ou lavoura e não o impugnou. Locupletando-se a custa de outrem, este adquirirá a propriedade da acessão mas ficará com encargo de indeniza-la ao construtor ou plantador.
3 - Semeadura, plantação ou construção em terreno alheio com material alheio com solução no art. 1257 – “O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes, plantas ou materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.
Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor”
Observe que o parágrafo único, obriga primeiramente a cobrança do plantador ou construtor, para posteriormente, caso não consiga receber, cobrar o proprietário.
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