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Protestantismo no Brasil

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Revista Brasileira de História das Religiões. ANPUH, Ano IV, n. 12, Janeiro 2012 - ISSN 1983-2850 
http://www.dhi.uem.br/gtreligiao /index.html 
COMUNICAÇÕES 
____________________________________________________________________________________ 
 
EVANGÉLICOS BRASILEIROS: QUEM SÃO, DE ONDE VIERAM E NO QUE 
ACREDITAM?
*
 
 
Irineu José Rabuske
**
 
Paola Lucena dos Santos
***
 
Hosana Alves Gonçalves
****
 
Laura Traub
*****
 
 
RESUMO: Este trabalho visa entender qual a origem e o significado do termo 
“protestante” e obter um panorama geral acerca do surgimento e das práticas e/ou 
crenças eclesiásticas do protestantismo e de seus segmentos no Brasil. Foram utilizados 
o banco de teses da CAPES, artigos científicos da base de dados Scientific Electronic 
Library Online (Scielo), além de artigos e anais de periódicos científicos, da área de 
Filosofia/Teologia, que possuíam avaliação do WebQualis da CAPES. O protestantismo 
é uma vertente cristã que teve suas origens na Reforma Protestante, com Martinho 
Lutero. As igrejas protestantes históricas possuíam cultos, doutrina e teologia orientados 
essencialmente para a ordem, formalidade e racionalidade e procuravam suprimir 
manifestações mais exóticas do sagrado. Com a chegada e implementação do 
pentecostalismo houve um abandono das práticas tradicionais no campo litúrgico destas 
igrejas. Esse ramo do protestantismo difere-se basicamente em ações sobrenaturais 
realizadas durante os cultos religiosos, as quais são atribuídas ao poder do Espírito 
Santo. 
 
Palavras chave: Protestantismo, Religião, Apoio Social, Saúde Mental. 
 
BRAZILIAN EVANGELICAL: WHO THEY ARE, WHERE THEY CAME FROM AND 
WHAT ARE THEIR BELIEFS? 
 
ABSTRACT: This study aims to understand the origin and meaning of the term "Protestant" 
and get an overview of the emergence and practice and / or beliefs of the Protestant Church and 
its segments in Brazil. We used the database of CAPES theses, scientific articles in the database 
Scientific Electronic Library Online (SciELO), as well as articles from scientific journals and 
conference annals in the area of Philosophy/Theology, which had WebQualis CAPES 
evaluation. The Protestantism came from Cristianism and had its origins in the Protestant 
Reformation, with Martin Luther. The mainline Protestant churches had its own cults, doctrines 
and theology oriented primarily to order, formality and rationality and sought to suppress exotic 
manifestations of the sacred. With the advent and implementation of Pentecostalism there was 
 
* Trabalho elaborado para a disciplina de Humanismo e Cultura Religiosa da Faculdade de Psicologia da 
PUCRS. 
** Filósofo (Universidade de Passo Fundo) e Teólogo (PUCRS). Mestre em Ciências Bíblicas pelo 
Pontifício Instituto Bíblico (Roma/Itália). Doutor em Teologia pelo Instituto Ecumênico de Pós-
Graduação da Escola Superior de Teologia. Professor da Faculdade de Teologia da Pontifícia 
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Email: rabuske@viavale.com.br 
*** Acadêmica de Psicologia e Assistente de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de 
Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). 
Email: paolabc2.lucena@gmail.com 
**** Acadêmica Psicologia e Assistente de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de 
Psicologia da PUCRS. Email: hosana.gonçalves@hotmail.com 
***** Acadêmica de Psicologia da PUCRS. Email: lauratraub@gmail.com 
 
Revista Brasileira de História das Religiões. ANPUH, Ano IV, n. 12, Janeiro 2012 - ISSN 1983-2850 
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an abandonment of the traditional practices on the liturgyc field of these churches. This branch 
of Protestantism differs basically in supernatural deeds performed during religious services, 
which are attributed to the power of the Holy Spirit. 
Keywords: Religion, Protestantism, Social Support, Mental Health. 
 
 
Introdução 
A religião possui uma relação estreita com a comunidade, relação esta que 
explica múltiplas e complexas práticas religiosas, estando o pentecostalismo entre elas. 
As religiões podem responder de forma efetiva e eficaz às necessidades e aos interesses 
sociais da população, tanto no que diz respeito à demanda ou interesses religiosos, 
como respondendo às necessidades físicas das classes populares, o que pode ser visto 
por meio dos inúmeros projetos sociais voltados às classes mais pobres (CAMPOS, 
2002) 
A importância da religião na vida dos seres humanos é influenciada pelo fato de 
que as respostas oferecidas pela religião são constituídas por fundamentos baseados na 
fé das pessoas, em cumprimento de doutrinas específicas, o que oferece um alívio pleno 
e um sentido de existir (PERETTI, et al, 2010). A prática religiosa interage com os mais 
variados espaços da sociedade, inclusive nos espaços educativos e, embora o ensino 
religioso não tenha caráter proselitista, o mesmo pode estimular a religiosidade dos 
estudantes (SILVA, 2008). 
Um estudo que objetivou explorar as relações entre os aspectos sociais da vida 
dos jovens e o uso de drogas encontrou uma relação negativa entre a crença em Deus e 
o uso de drogas (ou seja, quanto menor a crença em Deus, maior o uso de drogas e 
quanto menor o uso de drogas, maior a crença em Deus) a qual se tornava mais forte 
com o aumento da idade (ou seja, quanto mais velhos os jovens eram, mais forte era 
esta relação negativa entre a crença em Deus e o uso de drogas). Este estudo concluiu 
ainda que a falta de crença religiosa é um fator social importante para o uso de drogas 
(SUTHERLAND; SHEPHERD, 2001). 
Desde o fim da década de 80 e início da década de 1990 houve a ascensão das 
igrejas eletrônicas, que se utilizam continuamente de meios de comunicação em massa, 
como rádio e televisão. Algumas igrejas evangélicas também promovem grandes 
eventos celebrativos, o que fez com que arregimentassem um gigantesco número de 
evangélicos por todo o país. Outro fator de influência para a sociedade brasileira foi a 
música gospel, a qual é capaz de atingir diferentes classes econômicas e culturais em 
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âmbito nacional. Além disso, há inúmeros livros publicados e comercializados, em 
português, concernentes às ênfases do protestantismo histórico, dos pentecostais e dos 
neopentecostais, que exercem um forte impacto na economia do país (MENEZES, 
2010). 
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 
de 2000, foram recenseados 169.799.170 habitantes (incluindo zona urbana e rural), 
destes, aproximadamente 78 milhões (77.973.441) se denominavam evangélicos 
(incluindo igrejas protestantes históricas, pentecostais, neopentecostais e sem vínculo 
institucional), o que representa aproximadamente 45,92% do total de brasileiros (IBGE, 
2000). Com o constante crescimento dos evangélicos no Brasil, há a consciência da 
importância eleitoral do grupo por parte de partidos políticos brasileiros, que criam 
estratégias específicas para conquistar os votos deste público (CORTEN, 1996). 
Nota-se, portanto, que os protestantes possuem forte impacto na sociedade 
brasileira, tanto no que diz respeito aos aspectos de movimentação econômica, como 
aspectos educacionais, sociais, políticos e de saúde pública. Por outro lado, grande parteda população brasileira e, em especial, os profissionais de saúde mental, que trabalham 
diretamente com este público, não possuem maiores esclarecimentos sobre o assunto. 
Afinal de contas, o que significa o termo “protestante”? Quem são essas pessoas? De 
onde vieram? No que acreditam? O conhecimento atualizado dos profissionais de saúde 
acerca das crenças e contexto religioso dos usuários dos serviços pode proporcionar 
uma visão mais integrada do ser humano e oportunizar uma maior exploração e 
utilização da rede de apoio social destas pessoas, visando não só a prevenção, como 
também a promoção de saúde. 
Assim, o presente trabalho visa entender qual a origem e o significado do termo 
“protestante” e obter um panorama geral acerca do surgimento do protestantismo no 
Brasil, assim como de seus diferentes segmentos na sociedade brasileira. 
 
Método 
O presente trabalho trata-se de um estudo de revisão de literatura. Foram 
utilizados o banco de teses da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Ensino Superior), artigos científicos da base de dados Scientific Electronic Library 
Online (Scielo), além de artigos e anais de periódicos científicos, da área de 
Teologia/Filosofia, que possuíam avaliação do WebQualis da CAPES. 
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Na língua portuguesa foram utilizados os seguintes descritores: religião, religião 
e medicina, religião e psicologia, Pentecostalismo, Renovação carismática, Batismo do 
Espírito Santo, protestantismo e Igreja e, na língua inglesa, os seguintes: Religion, 
Religion and Medicine, Religion and Psychology, Pentecostalism, Charismatic 
renovation. Baptism in the Holy Ghost, Protestantism e Church. A pesquisa contemplou 
trabalhos de 1994 a 2010 e também foram inclusos alguns capítulos de livros citados 
nas referências dos trabalhos encontrados. 
 
Protestantismo: origem, conceito e prática 
O protestantismo é uma vertente cristã que teve suas origens no século XVI, na 
Europa, com a reforma organizada por Martinho Lutero (MENDONÇA; VELASQUES 
FILHO, 1990). 
Lutero, notando a disparidade entre os princípios bíblicos e as práticas da Igreja, 
resolveu protestar publicamente contra isso. Na Roma de 1517 era costumeiro afixar 
opiniões para debate em locais públicos a fim de que todos os interessados tomassem 
conhecimento. Assim, Lutero escreveu seu protesto, desmembrado no que foi chamado 
de “Noventa e cinco teses” e pregou à porta da Igreja do Castelo. Em seu protesto 
Lutero assegurava a remissão dos pecados unicamente através da fé em Jesus Cristo, 
contestava o poder da igreja como mediadora entre os fiéis e Deus e afirmava que as 
indulgências eram inúteis para perdão dos pecados e salvação eterna. Suas teses foram 
rapidamente divulgadas por toda a Alemanha e causaram grande polêmica em Roma. 
Como consequência disto, Lutero acabou sendo excomungado pelo papa Leão X 
(BETTENCOURT, 2000). 
Em 1529, durante a campanha da Reforma Luterana, uma Dieta de Espira 
(sessão da Dieta do Sacro Império Romano Germânico, quando este se reunia na cidade 
de Espira, na Alemanha) determinou que nenhuma mudança religiosa seria realizada na 
Alemanha até a reunião de um concílio geral. Em virtude disso, tanto católicos como 
luteranos ficariam nas posições até então assumidas. Tal decreto provocou o protesto de 
14 cidades imperiais e 6 príncipes em 1527. Daí a nomenclatura “protestantes”, que só 
começou a ser usada como substantivo no século XVII, onde passou a designar todos os 
cristãos reformados que se opõem a Roma. Os reformados do século XVI se 
autodenominavam “evangélicos” e, atualmente, as igrejas que se identificam com o 
ideal reformista preferem se autodenominar da mesma forma (BETTENCOURT, 2000). 
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Segundo Artigas (1978), no conceito de “protestantismo” podem-se distinguir 
três etapas principais: 
1. O termo protestatio provém do direito imperial da Alemanha significando 
uma declaração pública, solene e compulsória pela qual alguém contesta uma decisão 
jurídica, apelando para uma instancia superior. Foi nesse sentido que houve um 
“protesto” contra as decisões da Dieta de Espira. 
2. É o momento em que a palavra “Protestantismo” converteu-se numa 
autodenominação para indicar a consciência religiosa e espiritual típica de alguns 
grupos ou tendências eclesiais. Deste modo o termo “protestante” vai caracterizando 
mais a mais a confissionalidade de um cristão, desta vez em oposição aberta à Igreja 
Romana. 
3. Desde a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o termo “protestantismo” 
serve para indicar, de maneira geral, o conjunto de igrejas e grupos cristãos diferentes 
da Igreja Católica. São grupos diferentes, ambos cristãos, nascidos de fontes diferentes. 
Os protestantes nasceram da Reforma de Lutero. 
A Reforma Protestante preconiza que o homem pôde se colocar diretamente 
perante Deus, sem precisar ser intermediado pelo clero. Se antes da Reforma a Bíblia 
era lida pelos sacerdotes e/ou outras hierarquias religiosas, depois dela cada um pode ler 
a Bíblia e interpretá-la individualmente, podendo, inclusive, escolher a comunidade 
cristã da qual quer fazer parte (MENDONÇA, 2007). A salvação se dá unicamente pela 
fé em Cristo, pois o pecado torna o ser humano incapaz de realizar obras que o torne 
merecedor da salvação, sendo assim, ela é uma graça que o torna justo perante Deus 
(MASSOTTI, 2006). 
Todos os cristãos seguem Jesus Cristo e a Bíblia, porém, há entre eles diferenças 
quanto à forma de organização, práticas e crenças (WATSON, 1998). O crescimento do 
Protestantismo abalou seriamente a tradicional hegemonia religiosa romana sobre o 
continente europeu (MARQUES, BERUTTI e FARIA, 2005). A Reforma Protestante 
nasceu em um ambiente de muita polêmica contra o catolicismo, fazendo com que 
houvesse uma forte “sacudida” eclesial e social (ARTIGAS, 1978). 
Em toda a Europa, muitas pessoas foram mortas devido a questões religiosas, 
muitos protestantes foram perseguidos e a desavença entre protestantes e católicos foi 
tomando uma proporção e caráter cada vez mais agressivos. Dentro deste contexto, 
muitos protestantes abandonaram a Europa e tentaram reconstruir suas vidas em uma 
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nova terra. Assim, os Estados Unidos da América tiveram como base, um ideal 
reformista (MARQUES, BERUTTI e FARIA, 2005). 
O Protestantismo também contribuiu para o nascimento do capitalismo, pois um 
de seus objetivos era criar regras contra o escravismo - regras produtivas e comerciais - 
além disso, objetivava remunerar os trabalhadores da forma mais justa e transparente 
possível, tudo isto inspirado no rigor bíblico para viabilizar um relacionamento justo 
entre as classes sociais (MASSOTTI, 2006). Aproximadamente 70% dos evangélicos 
brasileiros são convertidos e, o impacto no comportamento, causado por esta conversão, 
vai além da fé, exercendo também forte função de entretenimento, tal é o exemplo dos 
programas de auditório, festivais de música, videoclipes, programação televisiva, discose literatura. Assim, as atividades sociais, mercadorias e serviços consumidos têm como 
elemento estruturante a opção religiosa e podem, em alguns casos, se tornar um fim em 
si mesmos (FERNANDES et al, 1998). 
A fé evangélica é uma das que mais atrai adeptos de outras instituições. Entre as 
próprias denominações a rotatividade entre os fiéis é de cerca de 25% (PRANDI, 1996). 
Acredita-se que isso ocorra pelo fato dos evangélicos terem uma base de fé comum, o 
que facilita a mudança de filiação religiosa. É importante salientar que os fluxos 
preferenciais destas mudanças denominacionais são para o pentecostalismo e 
neopentecostalismo, o que resulta em uma religiosidade menos ascética e mais mística 
(FERNANDES et al, 1998). 
 
Protestantismo no Brasil 
Os protestantes se inseriram no Brasil por duas vias: pela via do movimento 
imigratório, no começo do século XIX e pela via missionária, ocorrida na mesma época 
(MENDONÇA; VELASQUES FILHO, 1990). Pela via da imigração, na primeira 
metade do século XIX, há a chegada de imigrantes alemães no Brasil, principalmente na 
região sul, que fundam a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. Pela via 
missionária, na segunda metade do século XIX, missionários da América do Norte e da 
Europa começam a chegar no país. Assim, em 1855 temos a fundação, no Rio de 
Janeiro, a Igreja Congregacional do Brasil e, em 1863 a Igreja Presbiteriana do Brasil. 
Posteriormente, muitas outras denominações protestantes vieram para o Brasil, entre 
elas os batistas e os anglicanos. Estas denominações são tidas como protestantes 
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históricas ou tradicionais, visto que têm sua origem na reforma protestante 
(MARQUES; BERUTTI; FARIA, 2005). 
A presença do protestantismo brasileiro é fruto da abertura política e religiosa 
oferecida pelo imperador D. Pedro II. As Igrejas de missão ou históricas aproveitaram 
essa abertura e iniciaram um processo de evangelização, com a finalidade de 
implantarem suas igrejas. O protestantismo brasileiro pouco a pouco marcou sua 
presença no contexto de uma sociedade hostil, onde foram necessárias diversas 
estratégias para dinamizar sua proposta de evangelização como, por exemplo, o 
estabelecimento de escolas, a distribuição de Bíblias e a presença dos missionários na 
zona rural (SILVA, 2003). 
Foi a partir de 1910 e 1911 (período em que o protestantismo estava em sua fase 
de expansão), bem como posteriormente, por volta de 1950 (quando se deu o início do 
êxodo rural), que o protestantismo foi levado a conviver com a chegada e implantação 
do pentecostalismo e, mais recentemente, com o neopentecostalismo e igrejas 
independentes. O crescimento destes movimentos se deu com fiéis insatisfeitos com os 
estilos de culto e práticas religiosas das igrejas protestantes históricas e até mesmo pelo 
desajuste social provocado pela passagem de uma sociedade rural a uma sociedade 
urbana (SILVA, 2003). 
 
Protestantes Históricos 
Uma das tradicionais características do protestantismo histórico, é o que Bastide 
(2006) chama de “domesticação do sagrado”, ou seja os cultos doutrina e teologia são 
orientados para a ordem, formalidade e racionalidade, procurando suprimir 
manifestações mais exóticas do sagrado como a possessão ou a glossolalia, por exemplo 
(CAMPOS, 1996). 
A configuração atual do campo religioso brasileiro precisa englobar a chamada 
concorrência de mercado que se instaura neste campo. No interior das igrejas 
protestantes históricas houve uma perda simbólica, ou seja, houve um abandono, no 
mínimo parcial, das práticas tradicionais no campo litúrgico ao mesmo tempo em que 
há uma progressiva incorporação de práticas litúrgicas provenientes do 
neopentecostalismo. Assim, pressupondo que as denominações neopentecostais têm 
sido capazes de satisfazer a demanda religiosa dos leigos, a qual, por alguma razão, 
outras denominações religiosas não têm obtido êxito de conseguir, com eficácia similar, 
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entende-se que os protestantes históricos, desejando recuperar o controle dos bens 
simbólicos - que vêm perdendo para o neopentecostalismo desde o final da década de 
80, dentre eles a membresia – têm se adequado ao contexto mercantil de satisfação 
religiosa, por meio de práticas não tradicionais entre os protestantes históricos 
(MONTES, 1998). 
O protestantismo histórico no Brasil tem se tornado um fácil alvo para a 
penetração dos pentecostais, tanto de cunho teológico, como de cunho litúrgico e 
pastoral (CAMPOS, 1996). Assim, a identidade protestante, segundo apontam pesquisas 
de estudiosos da religião, está em patente colapso, sendo que a pentecostalização e 
neopentecostalização das igrejas protestantes históricas tem contribuído 
substancialmente para este fenômeno (MENEZES, 2010). 
 
Pentecostais 
O pentecostalismo é uma religião protestante, nascida no começo do século XX. 
Esta vertente protestante considera a crença no Espírito Santo como a crença central, em 
torno da qual se situam as demais crenças e as práticas religiosas. O nome “Pentecostes” 
é o nome de uma das festas religiosas do povo judeu. No primeiro dia de Pentecostes 
após a morte de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, que começaram a 
falar em outras línguas. Daí a nomenclatura “pentecostalismo” e a importância que dão 
ao batismo no Espírito Santo, que seria o momento em que o Espírito Santo passaria a 
viver “dentro” da pessoa, que teria como sinal externo o fato de poder falar em línguas 
estranhas ou realizar coisas miraculosas (ROLIM, 1987; MARQUES; BERUTTI; 
FARIA, 2005). 
Esse ramo do protestantismo difere-se basicamente em ações sobrenaturais 
realizadas durante os cultos religiosos. Tais manifestações são compreendidas como 
milagres atribuídos ao poder do Espírito Santo (MARQUES; BERUTTI; FARIA, 
2005). 
No Brasil, o pentecostalismo começa com a Congregação Cristã (em 1910) e a 
Assembléia de Deus (em 1911). Esta seria a primeira onda do pentecostalismo 
brasileiro. A Congregação Cristã rapidamente se torna nativa, embora não saia 
realmente dos meios da imigração italiana e, a partir de 1940, é ultrapassada em 
importância pela Assembléia de Deus (CORTEN, 1996) que mostrou, sobretudo, uma 
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maior disposição para adaptar-se a mudanças tanto no pentecostalismo, como na 
sociedade brasileira (MARIANO, 2004). 
A segunda onda pentecostal brasileira ocorre com o surgimento de novas igrejas 
que, durante os anos 50 e 60, se caracterizam pela “cura divina” ou a compaixão. Três 
igrejas principais fazem parte desta leva: Igreja do Evangelho Quadrangular (1951), a 
única de origem totalmente norte-americana, Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo 
(1955), primeira igreja a ter um fundador brasileiro – igreja bastante ecumênica - e a 
Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962), que atinge as camadas mais pobres da 
população. A característica comum entre elas é o uso de mídias modernas como a 
bênção por imposição de mãos na cabeça e unção de óleo, que antesjá eram praticadas 
na Assembleia de Deus. Nestas novas igrejas, entretanto, estes gestos assumem um forte 
teor emocional. Além da imposição das mãos, o exorcismo, que até então não era aceito 
pelos crentes, passou a ser visto como semelhante ao dom de curar pela imposição de 
mãos. Aos seus olhos, a doença era causada pela presença do demônio no corpo da 
pessoa e, com a imposição de mãos, muitas vezes Satã se manifesta e o exorcismo 
tornava-se necessário (CORTEN, 1996). 
A terceira onda do pentecostalismo no Brasil, o neopentecostalismo, começa no 
final dos anos 1970 e caracteriza-se pelo tele-evangelismo ou “igreja eletrônica”. As 
igrejas que adotaram esta nova forma de evangelizar de forma mais visível foi a Igreja 
Universal do Reino de Deus e a Igreja Internacional da Graça de Deus, estas igrejas 
caracterizam-se pelo fato de que os testemunhos - aos quais se acrescentam leituras e 
comentários de cartas de fiéis, a pregação, a bênção da cura, os flashes do exorcismo e 
curas gravadas nas igrejas - atraem um novo público. O objetivo destas novas igrejas é 
chamar um público não convertido e o culto é organizado com esta intenção, eles tratam 
de tocar, de despertar o sentimento religioso nas pessoas, partindo de onde elas estão: 
esmagadas pelos pecados e pela pobreza (CORTEN, 1996). 
O pentecostalismo nunca foi um grupo homogêneo. Esta vertente protestante 
sempre apresentou distinções eclesiásticas e doutrinárias (MARIANO, 1999). 
Atualmente existem mais de cem denominações pentecostais diferentes (MARQUES; 
BERUTTI; FARIA, 2005). Embora cada vertente do pentecostalismo tenha suas 
particularidades e doutrinas, em todas elas há a interdição ao consumo de álcool, tabaco 
e drogas e ao sexo extraconjugal e homossexual. (MARIANO, 2004). 
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O estudo do pentecostalismo ocupa um lugar de importância no complexo e 
conflitivo Campo Religioso Latino-americano (formado pelo catolicismo romano, o 
protestantismo histórico, o pentecostalismo, os chamados novos movimentos religiosos 
- religiões mediúnicas, messiânicas e esotéricas - e pelas religiões aborígenes), porque, 
por ser uma instância religiosa em processo de mutação, reflete muito bem os processos 
de transformação social. O pentecostalismo tem significado a possibilidade de 
construção de uma identidade popular pela mediação do religioso e tem sido um meio 
de legitimação, compensação e protesto simbólico da subjetividade popular (CAMPOS, 
2002). 
 
Neopentecostais 
O neopentecostalismo brasileiro iniciou na segunda metade dos anos de 1970. 
Nas décadas que se seguiram ele foi se fortalecendo e ganhando visibilidade. As 
principais igrejas neopentecostais, fundadas por pastores brasileiros, são a Universal do 
Reino de Deus, a Internacional da Graça de Deus, a Comunidade Evangélica Sara Nossa 
Terra e a Igreja Renascer em Cristo. Elas têm como principal característica a ênfase 
entre a guerra espiritual contra o Diabo e seus representantes na terra e a pregação da 
Teologia da Prosperidade, que afirma que o cristão deve ser próspero, saudável, feliz e 
vitorioso em seus empreendimentos terrenos (MARIANO, 2004). 
Pode-se afirmar que o neopentecostalismo é a vertente pentecostal que mais 
cresce atualmente e a que ocupa maior espaço na televisão brasileira, tendo esta nova 
versão do pentecostalismo iniciado com a Igreja Universal do Reino de Deus. As igrejas 
neopentecostais do Brasil baseiam seus cultos na oferta especializada de serviços 
mágico-religiosos, de cunho terapêutico e taumaturgico, centrados em promessas de 
concessão divina de prosperidade material, cura física e emocional e de resolução de 
problemas familiares, afetivos, amorosos e de sociabilidade, o que condiz com as 
expectativas de quem crê na possibilidade de alcançar benefícios nesta vida através de 
instituições que “intermediam” forças sobrenaturais. Estas igrejas, por vezes, utilizam 
estratégias que atraem e convertem para si, em maior parte, as camadas mais pobres da 
sociedade, muitos deles carentes e em crise pessoal, geralmente mais vulneráveis a esse 
tipo de abordagem. Não obstante o apelo sistemático à oferta de soluções mágicas 
configure uma prática usual nas religiões populares no Brasil, observa-se que, no caso 
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neopentecostal, tal procedimento é orquestrado pelas lideranças eclesiásticas e posto em 
ação nos cultos oficiais e por meio do evangelismo eletrônico (MARIANO, 2004). 
 
Conclusão 
Em resumo, o protestantismo é uma vertente cristã que teve suas origens na 
Reforma Protestante, com Martinho Lutero. A Reforma Protestante preconiza que o 
homem pôde se colocar diretamente perante Deus, sem precisar ser intermediado pelo 
clero. Qualquer um pode ler e interpretar a Bíblia de forma individual e pode, inclusive, 
escolher a comunidade cristã da qual quer fazer parte. Os protestantes acreditam na 
Bíblia e que a salvação se dá unicamente pela fé em Cristo, porém, há entre eles 
diferenças quanto à forma de organização, práticas e crenças. 
As igrejas protestantes históricas possuíam cultos, doutrina e teologia orientados 
essencialmente para a ordem, formalidade e racionalidade e procuravam suprimir 
manifestações mais exóticas do sagrado. Com a chegada e implementação do 
pentecostalismo e, posteriormente do neopentecostalismo, houve um abandono, no 
mínimo parcial, das práticas tradicionais no campo litúrgico destas igrejas. Ao mesmo 
tempo, houve e ainda há uma progressiva incorporação de práticas litúrgicas 
provenientes do neopentecostalismo. 
O pentecostalismo considera a crença no Espírito Santo como central, em torno 
da qual se situam as demais crenças e as práticas religiosas. Esse ramo do 
protestantismo difere-se basicamente em ações sobrenaturais realizadas durante os 
cultos religiosos, as quais são atribuídas ao poder do Espírito Santo. Os neopentecostais 
constituem a terceira “onda” do pentecostalismo brasileiro, a qual teve seu início nos 
anos de 1970. 
O presente artigo apresenta estes aspectos em linguagem simples e resumida, a 
fim de que os profissionais de saúde mental possam ter maiores esclarecimentos sobre 
as crenças e contexto religioso dos usuários evangélicos de serviços de saúde, 
proporcionando uma visão integral do ser humano e abrindo caminhos para que 
potenciais recursos disponíveis na rede social destas pessoas possam ser explorados, 
tanto no tratamento, como na promoção de saúde. 
 
 
 
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