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DIREITO X MORAL DIFERENCAS E SEMELHANCAS

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INTRODUÇÃO 
 
Um tema de constante debate na filosofia jurídica é a relação entre o direito e a moral. É 
preciso analisar o elo de interdependência entre eles, para tentar entender quais as suas 
funções na engrenagem social, pois a vida em sociedade só existe com base em regras 
sociais, que ditam como deve ser o comportamento humano. O direito e a moral são de 
bases diferentes, é a partir delas que podemos analisar as distinções sobre os dois 
conceitos. A moral não necessariamente está na lei, mas o indivíduo a segue, pois vai ao 
encontro de seus princípios. Já o direito está diretamente ligado a fatores externos ao 
indivíduo, uma vez que ele é aplicado sobre todos aqueles que vivem em sociedade. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
O conceito de heteronímia exemplifica bem a relação do direito com o a sociedade, as leis 
são criadas por terceiros, diferentemente da moral que é própria ao individuo, as normas 
jurídicas tem caráter objetivo, que é o seu cumprimento, alheio a individualidade. O direito é 
ordenação ao individuo, podendo nem sempre estar atrelado ao conceito de justiça, que 
pode ser derivado de uma ideia moral, mas por ser externo ao individuo ele deve ser acatado, 
mesmo que não seja de plena felicidade de espirito. 
A Bilateralidade atributiva é um dos principais pontos para explicar oque é o direito, pois para 
que haja o exercício do direito é necessária à interação de duas ou mais pessoas, é incapaz 
a pratica jurídica sem essa relação, entretanto esse conceito pode ser utilizado também para 
exemplificar as relações distintas entre direito e moral, analisando as relações para constitui-
los, pois, a moral é unilateral, uma vertente contraria ao direito, que precisa da relação 
jurídica entre indivíduos para existir. Há, normas sociais que são indiferentes ao conceito de 
coação, são as normas da convenção social, pois, ninguém poder ser coagido a pratica-las, 
porém são essenciais para um bom convivo na sociedade, as regras do trato social devem 
ser realizadas com verdade, mas, respeitando sempre o ponto da não obrigatoriedade. 
 
TEORIAS DA MORAL E DIREITO 
 
 
 
 
 
Teoria dos círculos concêntricos 
 
Teoria dos círculos concêntricos (Jeremy Bentham), segundo a qual a ordem jurídica estaria 
incluída totalmente no campo da Moral. Os dois círculos (Moral e Direito) seriam concêntricos 
(que têm o mesmo centro), com o maior pertencendo à Moral. Assim, o campo moral é mais 
amplo do que o do Direito e este se subordina à Moral. 
 
 
Teoria dos círculos secantes 
 
Teoria dos círculos secantes de Claude Du Pasquier, segundo a qual Direito e Moral 
coexistem, não se separam, pois há um campo de competência comum onde há regras com 
qualidade jurídica e que têm caráter moral. Toda norma jurídica tem conteúdo moral, mas 
nem todo conteúdo moral tem conteúdo jurídico; 
 
 
Teoria dos círculos independentes 
 
Teoria de Hans Kelsen, diz que Direito é o que está normatizado e moral são os atos que 
são praticados de acordo com princípios éticos, ainda que haja aspectos morais que sejam 
normatizados, Direito é Direito e Moral é Moral. 
 
 
Teoria do mínimo ético. 
 
Teoria do mínimo ético desenvolvida por Georg Jelinek, segundo a qual o Direito representa 
apenas o mínimo de moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. 
 
 
CONCLUSÕES 
Estabelecido que o Direito e a Moral constituem diferentes espécies de sistemas de 
normas, surge o problema das relações entre o Direito e a Moral. Esta questão tem duplo 
sentido. Pode com ela pretender-se indagar qual a relação que de fato existe entre o 
Direito e a Moral, mas também se pode pretender descobrir a relação que deve 
existir entre os dois sistemas de normas. Estas duas questões são confundidas uma 
com a outra, o que conduz a equívocos. À primeira questão responde-se por vezes 
que o Direito é por sua própria essência moral, o que significa que a conduta que as 
normas jurídicas prescrevem ou proíbem também é prescrita ou proibida pelas normas da 
Moral. E acrescenta-se que, se uma ordem social prescreve uma conduta que a Moral 
proíbe, ou proíbe uma conduta que a moral prescreve, essa ordem não é direito 
porque não é justa. A questão, porém, é também respondida no sentido de que o 
Direito pode ser moral no sentido acabado de referir, isto é, justo -, mas não tem 
necessariamente de o ser; que uma ordem social que não é moral, ou seja, justa, 
pode, no entanto, ser Direito, se bem que se admita a exigência de que o Direito 
deve ser moral, isto é, deve ser justo. Quando se entende a questão das relações 
entre o Direito e a Moral como uma questão acerca do conteúdo do Direito e não 
como uma questão acerca da sua forma, quando se afirma que o Direito por sua 
própria essência tem um conteúdo moral ou constitui um valor moral, com isso afirma-
se que o Direito vale no domínio da Moral, que o Direito é uma parte constitutiva da 
ordem moral, que o Direito é Moral e, portanto, é por essência justo. 
Mesmo com tantas teorias e pontos de vista expostos, essa discursão sempre será ampla e 
inconclusiva, o Jurista Miguel Reale exemplifica brilhantemente como deve ser tratada essa 
relação, “Ao homem afoito e de pouca cultura basta perceber uma diferença entre dois seres 
para, imediatamente, extrema- los um do outro, mas os mais experientes saber a arte de 
distinguir sem separar, a não ser que haja razões essenciais que justifiquem a 
contraposição. ” É preciso entender que apesar de distintos os conceitos são necessários 
para o convívio do homem em sociedade. 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 
 
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2001

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