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Resenha - direito e moral Paulo Nader

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RESENHA
DIREITO E MORAL – PAULO NADER
O direito e a moral não se excluem, em outras palavras, andam juntos, são complementares, assim, Nader, inícia o seu texto. Entretanto, desde a Grécia e Roma Antiga, vem sendo discutido o que é moral, o que é direito, e se estes são virtudes ou deveres. Faz-se necessário debater sobre o direito e a moral como fenômenos distintos mas inseparáveis, entender o caminar junto desses dois eventos é de extrema importância.
Nader quer ressaltar as diferenças de forma empírica, a moral vem a segnificar bem, exatamente bem. A moral se insere na ideia de se não faz mal a terceiros, se há justiça, há moral. Mas, é importante se atentar a uma breve e essencial passagem que o autor faz, a qual explica que há subgrupos dentro da moral, isto é, existem alguns tipos de moral. A moral natural pode ser interpretada como aquela que vem da natureza do homem, já a moral positva possui três subdivisões, em primeiro lugar temos a moral autônoma, é a moral individual dos indvíduos, suas crenças e costumes. Já a moral ética superior dos sistemas religiosos, são os costumes que aprendemos dentro da religião que seguimos, é a noção de certo e errado dentro da nossa crença, e por fim a moral social, que nos remete a costumes inseridos em espaços geográficos, por exemplo, as leis de cada país. 
Historicamente, o significado do direito e da moral já são discutidos. Com isso, o texto apresenta uma figura importante na ciência do direito, o filósofo Cristiano Tomásio, ele determinou que o direito é externo ao homem e a moral é o interno do homem. O direito se encarrega de cuidar da conduta social externa, já a moral se encarrega daquilo é interno e individual de cada homem. Dessa maneira, é perceptível que o direito e a moral são complementares. Podemos concluir que Tomásio via o direito como uma ação, e a moral fazia parte da mentalidade, da reflexão. Como é apresentado no texto, Emmanuel Kant e Fichte, acreditavam que a ideia de Tomásio era correta e coerente, entretanto fizeram alguma ressalvas, como, para Kant, a moral só pode ser praticada quando há intenção de fazer o bem. Por outro lado, o direito, por ser exterior, precisa ser praticado de forma a pensar no seu próximo, sem que suas atitudes interfiram na vida de terceiros. Para Kant, direito tem como principal base a liberdade. Já Fichte, acreditava que a moral e o direito tinham grandes diferenças, o direito sendo externo permite situações que não há controle, ficando a entender que, é impossível controlar todas as ações de todas as pessoas. 
É importante ressaltar que o autor até dado momento discutiu apenas o significado do direito e moral de acordo com a filosofia do direito, fica claro para nós que na filosofia há um grande debate que ocorre até nos dias de hoje sobre o significado e sentido dessas duas palavras. Entretanto, por outro lado, existe o significado formal, que parece ser um significado mais popularizado. Assim, vamos ter o significado de direito como um conjuto de normas ou regras que conduzem as ações da sociedade civil de forma justa. Já a moral está ligada a ética, é uma expectativa, você cumpre o seu dever e esperar os outros indivíduos cumprirem também. 
Além da definição formal, há uma outra definição que não pode ser esquecida, que é a do Direito Bilateral e da Moral Unilateral. O direito é bilateral pois ele dá direitos e deveres para os indivíduos, diferente disso, a moral só dá deveres, uma vez que esta se insere nas crenças e costumes de cada indivíduo. A moral nos é apresentada como um fenômeno individual.

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