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RESPOSTAS QUESTÕES DO LIVRO: Textos básicos de Filosofia (Danilo Marcondes).

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA: FILOSOFIA
QUESTÕES DO LIVRO: Textos básicos de Filosofia (Danilo Marcondes).
ALUNA:
REJANE CUNHA FREITAS
Prof. Msc. RAFAEL BRITTO DE SOUZA
Abril
2016
RESPOSTAS ÀS QUESTÕES EXTRAÍDAS DO LIVRO:
MARCONDES, D. Textos básicos de Filosofia: dos pré-socrárticos a Wittgenstein. 3°ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.
Capítulo Pré-Socráticos 
Questões e temas para discussão (p. 14):
1. Em que sentido, a partir do texto, podemos entender o caráter monista da filosofia de Parmênides?
Resposta: Parmênides e os eleatas (de Eléia) defendiam uma posição caracterizada como monista, ou seja, a doutrina da existência de uma realidade única. Assim, Parmênide defendia a totalidade do real para além do movimento, ou seja, para ele existia uma unidade subjacente à diversidade das coisas, para encontrá-lo o homem deveria seguir a via do pensamento, em vez da via da opinião (mutável e variável). Portanto, o caráter monista de sua filosofia vem da perpectiva de uma realidade única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio, nem fim, contínua e indivisível, que é subjacente à pluralidade dos fênomenos. Para ele, através do pensamento, devemos buscar a essência da realidade, aquilo que permanece na mudança.
2. Como Parmênides caracterizava o caminho da verdade por oposição ao caminho da opinão?
Resposta: Parmênides afirma que para poder pensar o ser, conhecê-lo, o homem deve seguir o caminho da verdade, isto é, do pensamento, da razão e afastar-se do caminho da opinião, formada por seus hábitos, percepções, impressões sensíveis, que são ilusórias, imprecisas, mutáveis. 
3. Qual o sentido da distinção entre realidade e aparência em Parmênides?
Resposta: À Parmênides é atribuída a introdução da noção de realidade e aparência. Isso, porque ele caracterizou o movimento apenas como aparente, como um aspecto superficial das coisas. Ele defendeu que através do pensamento devemos buscar a essência da realidade, aquilo que permance na mudança. Assim, ele propõe um argumento lógico contra o mobilismo, de que a noção de movimento, pressupõe a noção de permanência como mais básica. Portanto, o movimento não pode ser tomado como mais básico, como primitivo ou definidor do real. Cabe destacar que movimento aqui refere-se a mudança – nascer, morrer, mudar a qualidade ou a quantidade. Desse modo, só posso entender a mudança se há algo de essencial que permanece e me permite identificar o objeto como o mesmo.
4. Comente o fragmento 3: “Pois pensar e ser é o mesmo.”
Resposta: Parmênides ao afirmar que “pensar e ser é o mesmo” significa que a racionalidade do real e a razão humana são da mesma natureza, o que permite o homem pensar o ser. Ele afirma que o ser é esférico, neste caso, a esfera representa o caráter pleno e perfeito do real. 
5. Compare a afirmação de Parmênides de que “o ser é, o não-ser não é” com a concepção de Heráclito da realidade como mutável.
Resposta: Parmênides ao afirmar que “o ser é, o não-ser não é” formula uma versão inicial da lei da identidade, um princípio lógico-metafísico que consiste em caracterizar a realidade em seu sentido mais profundo como algo de imutável; exclui assim o movimento e a mudança como aquilo que não é, porque deixou de ser o que era, e não veio a ser ainda o que será, e portanto, não é nada; por isso, apenas o permanente e imutável pode ser caracterizado como o ser. Isso, se contrapõe a concepção de Heráclito da realidade como mutável, ou seja, o movimento, ou seja, todas as coisas estando em fluxo, como a questão mais básica do entendimento do real.
Capítulo Pré-Socráticos 
Questões e temas para discussão (p. 17):
1. Destaque os princípios fragmentados que representam a valorização por Heráclito do movimento como característica fundamental da realidade.
Resposta: Heráclito é considerado o principal representante do mobilismo, isto é, da concepção segundo a qual a realidade natural se caracteriza pelo movimento. Dessa forma, sua visão de realidade é profundamente dinâmica, encontrando a unidade na multiplicidade. Os principais fragmenos que representam essa visão são: 31; 36; 59; 60; 88.	
2. Qual a importância, nesse sentido, do fogo como elemento primordial para Heráclito?
Resposta: O fogo é tomado por Heráclito como elemento primordial. Para ele, o fogo era o princípio eterno e imutável que está na origem da Natureza e de suas transformações ou, pelo menos enquanto chama, energia que queima e se autoconsome, simbolizando o caráter dinâmico da realidade. 
Identifique os principais fragmentos em que o “conflito de opostos” está presente.
Resposta: Heráclito vê a realidade marcada pelo conflito entre opostos, conflito que todavia não possui um caráter negativo, sendo garantia de equilíbrio, através da equivalência e reunião dos opostos. Um conflito de oposto caracteriza a unidade na pluralidade ou unidade dos opostos. Os principais fragmentos em que o “conflito de opostos” está presente são: 10, 62; 67.
Como Heráclito caracteriza a noção de logos?
Resposta: como princípio unificador do real e elemento básico da racionalidade do cosmo. Conforme descrito no fragmento 50: “Se ouvirem não a mim, mas ao logos, provarão ser sábios se admitirem que tudo é um”.
Que fragmentos representam a “relatividade” de nossa experiência da realidade?
Resposta: O fragmento 91: “Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio. Dispersa-se e se junta novamente, aproxima-se e se distancia”. Este fragmento sintetiza a ideia de fluxo, simboliza o rio que representa o movimento encontrado em todas as coisas. Alguns intérpretes identificaram nessa metáfora a impossiblidade de um acesso mais permanente ao real, já que este encontra-se em constante mudança. Daí a ideia de “relatividade” da nossa experiência, elas não forneceriam uma validade intrínsecas, apenas um valor relativo, subjetivo, de acordo com diferenças na percepção.
Capítulo Aristóteles 
Questões e temas para discussão (p. 56):
O CONHECIMENTO
1. Como Aristóteles explica o ponto de partida do conhecimento?
Resposta: Para Aristóteles o processo do conhecimento é mais linear do que a visão de Platão. Não há rupturas, ao contrário, trata-se de um processo cumulativo, em que passo a passo progredimos da etapa anterior para a seguinte com base no conhecimento já obtido. Para ele o processo inicia-se com os sentidos e sensações, apresenta como evidência o prazer que os sentidos nos trazem. Aristóteles vê os sentidos como pontos de partida do processo de conhecimento e indispensáveis para esse processo.
2. Qual a relação entre os sentidos e a memória segundo Aristóteles?
Resposta: Mesmo sendo os sentidos relevantes como pontos de partida para o conhecimento, Aristóteles considera-os insuficientes, pois seu contato com o real é instatâneo e direto, esgotando-se nesse próprio contato. Por isso, a necessidade da memória como capacidade de retenção dos dados sensoriais para que o processo de conhecimento vá adiante.
3. Como Aristóteles explica a diferença entre a “arte” (techne) e a ciência?
Resposta: A techne é o trabalho do do artífice ou do artesão, consiste não apenas de um conhecimento pratico, mas um conhecimento das regras que permite produzir determinados resultados. Aristóteles explica que na techne, sabe-se “o porquê das coisas”, ou seja pode-se determinar a causa. Enquanto a ciência, a última etapa do processo do conhecimento, trata do conhecimento real em seu sentido mais abstrato e genérico, o conhecimento de conceitos e princípios. Aristóteles explica que a ciência caracteriza-se por um saber contemplatico, definindo-se pela visão da verdade e por não ter objetivos práticos ou fins imediatos. Trata-se de uma finalidade em si mesma que satisfaz o desejo do homem de conhecer.
4. Como você interpreta a afirmação de Aristóteles de que “o sinal do saber está em poder ensinar”?
Resposta: Essa afirmação é feita no contexto em que Aristóteles explica a techne, comparativamente com a experiência, eleafirma que os homens de arte são mais sábios que os empíricos, pois aqueles conhecem a causa e os outros não. A possibilidade de ensinar é índício do saber, os homes de arte têm possiblidade de ensinar porque possuem a teoria e conhecem as causas, ou seja, sabem o porquê e a causa.
CRÍTICA AOS PLATÔNICOS
5. Qual a principal crítica de Aristóteles aos platônicos?
Resposta: O ponto central da crítica de Aristóteles a Platão consiste na rejeição ao dualismo, representado pela teoria das ideias. A questão inicialmente levantada por Aristóteles diz respeito às dificuldades de se explicar a relação entre o mundo inteligível, ou das ideias, e o mundo sensível, ou material. 
6. Qual a difiuldade central que Aristóteles atribui ao dualismo de Platão?
Resposta: A principal objeção de Aristóteles ao dualismo platônico está centrado na relação que a teoria das ideias supõe existir entre o mundo inteligível e o sensível, podendo ser considerada uma versão do paradoxo da relação. Toda e qualquer relação pode ser de dois tipos: interna ou externa. Uma relação interna entre A e B acontece quando A e B possuem elementos comuns, ou seja, existe uma interseção entre A e B, nesse caso A e B têm a mesma natureza e as relações não são problemáticas. Contudo, uma relação externa entre A e B se dá quando não há elementos comuns entre A e B, como é o caso do mundo inteligível e do sensível, que tratam-se de naturezas distintas. Chega-se, portanto, ao seguinte paradoxo: ou a relação é interna e, mas sem dualismos; ou é externa neste caso é problemática. Nenhum dos casos explica a relação entre o mundo inteligível e o mundo sensível.
7. Qual o principal problema, segundo Aristóteles, na caracterização da natureza das ideias pelo platonismo?
Resposta: A crítica de Aristóteles a Platão era de que esse filósofo não fazia detemrinadas distinções acerca das noções que discutiram, provocando portanto confusões conceituais. Aristóteles defende anecessidade de fazer distinções claras, desenvolvendo sua teoria sobre o ser, sua metafísica com base nesse propósito.
Capítulo Hume
Questões e temas para discussão (p. 107):
SOBRE IDENTIDADE PESSOAL
1. Qual o teor da crítica de Hume à identidade pessoal e quais as consequências céticas desta crítica?
Resposta: Nesta crítica Hume questiona o modelo cartesiano de mente como substância pensante, ele sustenta que não podemos ter nenhuma representação de nossa mente independente de nossa experiência, ou seja, de nossas impressões sensíveis e da maneira como a elaboramos. Não há como representarmos o pensamento puro, independente de qualquer conteúdo. Para esse filósofo, jamais posso apreender a mim mesmo sem algum tipo de percepção. O self, portanto, nada mais é do que um feixe de percepções que temos em um determinado momento e que varia na medida em que essas percepções variam. Tudo o que temo,s por conseguinte, é força do hábito, do costume, da memória, e é apenas isso que assegura a continuidade do que consideramos “eu”. Em consequência, jamais temos um conhecimento certo e definitivo; toda ciência é apenas resultado da indução, e o único critério de certeza que podemos ter é a probabilidade. Esse posicionamento influênciou a concepções de uma ciência hipotética e probabilistica.
DA ORIGEM DAS IDEIAS
2. Quais as fontes das ideias, segundo Hume?
Resposta: Hume defendeu a tese segundo a qual nossas ideias sobre o real se originam de nossa experiência sensível. Além disso, a observação do modo de operar de nossa mente (as relações ou associações entre ideias) é a outra fonte de ideias que podemos ter. Trata-se para Hume de formular uma “mecânica mental”, sendo as percepções os átomos e as associações as forças que os unem ou separam.
3. Por que, para Hume, quanto mais próximo das sensações que as originam, mais nítidas e, portanto, mais válidas são as ideias?
Resposta: Para Hume, a percepção é considerada como critério de validade das nossas ideias, que, quanto mais próximas da percepção que as originou, mais nítidas e fortes são, ao passo que, quanto mais abstratas e remotas, menos nítidas se tornam, empalidecendo e perdendo sua força. Para esse filósofo, as ideias são sempre de natureza particular; o universal resulta assim desse processo de associação e de força de nosso hábito ou costume.
A CAUSALIDADE
4. Por que Hume considera problemática a concepção tradicional de causalidade e em que sentido se propõe a redefinir esta concepção?
Resposta: Hume questiona a realidade objetiva do princípio causal que relaciona os fenômenos naturais e que explica a própria racionalidade do real em termos de relação causa-efeito, e, portanto, estabelece um nexo, um elo causal entre tudo o que acontece. Para Hume, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de uma conjunção constante entre fenômenos que, por força do hábito, acabamos por projetar na relaidade, tratanto-a como se fosse algo existente. Portanto, para ele a causalidade é uma forma nossa de perceber o real, uma ideia derivada da reflexão sobre as operações de nossa própria mente, e não uma conexão necessária entere causa e efeito, uma característica do mundo natural.
5. Como podemos interpretar o exemplo das bolas de bilhar como ilustrativo de posição de Hume acerca da causalidade?
Resposta: O filósofimo propõe que ao observarmos o movimento das bolas de bilhar em uma mesa, tudo o que vemos é o impacto do taco sobre a primeira bola e, por sua vez, o impacto da primeira sobre a segunda, mas a causalidade propriamente dita não pode ser observada. Esse exemplo pode ser interpretado como reforçando a tese de Hume, de que tudo o que a experiência nos revela é uma conjunção constante de fenômenos, e não uma conexão necessária que chamamos de causalidade.
6. Como se pode entender o empirismo de Hume nos textos estudados?
Resposta: O concepção de conhecimento do empirismo tem como ponto de partida o método indutivo, a probabilidade, sendo que a ciência baseia-se no método empírico e experimental, isto é, na formulação de hipóteses, na observação, na verificação e teste de hipóteses com base em experimentos. O ceticismo de Hume, se levado a extremo, pode levar à interpretação de que nosso conhecimento, nossas pretenções à ciência, em última análise, não podem ser fundamentadas, justificadas ou legitimadas por nenhum princípio ou argumento racional. Sob outra ótica, seu ceticismo pode dar lugar ao naturalismo, pode-se interpretar também que, segundo Hume, a maneira pela qual conhecemos e pela qual agimos no real depende apenas de nossa natureza, de nossos costumes e de nossos hábitos, ou seja, é a nossa natureza que nos impulsiona a julgar e a agir. Contudo, sob esse aspecto, ceticismo e naturalismo não são incompatíveis, já que o apelo à natureza, ou seja, aos impulsos naturais não é uma forma de fundamentar o conhecimento, mas paenas de descrevê-lo.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (Material consultado): 
MARCONDES, D. Iniciação à história da Filosofia: dos pré-socrárticos a Wittgenstein. 6°ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
MATTAR, J. Introdução à filosofia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

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