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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ IFPI CURSO: SUPERIOR TECNÓLOGO EM ALIMENTOS DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA PROFESSORA: DRª REGIANE RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA SOBRE: BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS E GRAM-NEGATIVAS. ALUNOS: GISELLE MATOS NELSON MARQUEZAN SCHIRLAYNE DE SOUSA LIMA TERESINA, 30 DE MARÇO DE 2016. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 03 2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 05 2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................ 05 2.2 OBJETIVO GERAL......................................................................................... 05 3. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 06 3.1 MATERIAIS..................................................................................................... 06 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES.......................................................................... 06 3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................................ 06 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................. 07 5. CONCLUSÃO........................................................................................................... 08 6. IMAGENS.................................................................................................................. 09 REFERÊNCIAS............................................................................................................ 10 INTRODUÇÃO Uma das mais importantes técnicas utilizadas para coloração diferencial para bactérias é a coloração de Gram. Esta técnica foi descrita em 1884 por Christian Gram, um médico bacteriologista dinamarquês. Ele desenvolveu tal técnica enquanto pesquisava uma maneira para mostrar a bactéria pneumococo em tecido pulmonar de pacientes que morreram de pneumonia. (PELCZAR, 1996) Neste processo, o esfregaço bacteriano é tratado com os reagentes na seguinte ordem: o corante púrpura cristal violeta, o lugol (um mordente, que é a substância que fixa o corante no interior da célula), o álcool (agente descorante que remove o corante de certas bactérias) e o corante vermelho, safranina. (PELCZAR, 1996) As bactérias coradas pelo método de Gram são classificadas em dois grupos: as bactéria Gram-positivas, que retêm o corante cristal violeta e aparecem coradas em violeta-escuro; e as bactérias Gram-negativas, que perdem o cristal violeta quando tratadas com álcool. As bactérias Gram-negativas são coradas com o corante safranina e aparecem coradas em vermelho. (PELCZAR, 1996) Na maioria das bactérias gram-positivas, a parede celular consiste em muitas camadas de peptideoglicana, formando uma estrutura espessa e rígida. Em contraste, as paredes celulares de gram-negativas contêm somente uma camada fina de peptideoglicana. (TORTORA, 2012) Já as paredes celulares das bactérias gram-negativas consistem têm uma ou poucas camadas de peptideoglicana e uma membrana externa. A peptideoglicana está ligada a lipoproteínas (lipídeos covalentemente ligados a proteínas) na membrana externa e está no periplasma, um fluido semelhante a um gel, entre a membrana externa e a membrana plasmática. (TORTORA, 2012) Em resumo, as células gram-positivas retêm o corante e permanecem com a cor purpura. As células gram-negativas não retêm o corante; elas ficam incolores até serem contra coradas com um corante vermelho. O método de Gram e uma das mais importantes técnicas de coloração na microbiologia medica. Porém, os resultados da coloração de Gram não são universalmente aplicáveis, pois algumas células bacterianas coram-se fracamente ou não adquirem cor. A reação de Gram e mais consistente quando utilizada em bactérias jovens, em crescimento. (TORTORA, 2012) Dentre os microrganismos existentes no leite, os que possuem maior importância são as bactérias. Dentre a classificação das bactérias Gram-positivas estão: as bactérias lácticas, os micrococos e estafilococos, entre outras bactérias patogênicas. As bactérias lácticas são muito importantes em produtos lácteos, pois fazem parte da flora que fermenta a lactose (fermentos lácteos), originando quantidades consideráveis de ácido láctico e ácido pirúvico. São exemplos de microrganismos deste grupo os Lactobacillus e os Streptococcus. (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013) As bactérias esporuladas possuem uma característica importante: resistem a tratamentos térmicos elevados. Neste grupo estão os Bacillus, bastante importantes em leites concentrados, fervidos ou esterilizados, queijos fundidos, queijos de massa cozida, entre outros, que sofreram algum tipo de aquecimento. O gênero Bacillus é formado por bactérias esporuladas aeróbias estritas ou anaeróbias facultativas, com capacidade de promover a acidificação, coagulação e proteólise no leite. (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013) Já entre as bactérias Gram-negativas do leite integram este grupo bactérias anaeróbias facultativas e aeróbias estritas. As enterobactérias constituem um dos grupos de ocorrência frequente no leite, ocasionando a fermentação da lactose. Estas bactérias, habitantes normais no intestino dos animais, são importantes sob dois aspectos: higiênico e tecnológico. (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013) Sob o aspecto higiênico, espécies desse gênero são responsáveis por doenças infecciosas como salmonelose, shigelose, entre outras. Do aspecto tecnológico, estas bactérias fermentam os açúcares, com formação de gases (CO2 e H2) e ácidos. Em relação, as bactérias Gram-negativas aeróbias estritas têm importância no leite os Alcaligenes, Pseudomonas, Brucella e Campylobacter, onde os Alcaligenes bastante comuns no leite cru podem alcalinizar o leite. (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013) OBJETIVOS OBJETIVO ESPECÍFICO Identificar a Forma e o Arranjo bacteriano através da coloração Gram (coloração diferencial). OBJETIVO GERAL Realizar o experimento para executar as técnicas de preparação de esfregaços e para o método de coloração de Gram, com a finalidade de diferenciar e classificar as bactérias de acordo com a coloração obtida e relacionando-as à composição química da parede celular das mesmas. Utilizar, também, o microscópio óptico 40x, observando as bactérias após a coloração, classificando-as por suas formas e arranjos. METODOLOGIA 3.1 MATERIAIS Microscópio; Lâmina; Alça de platina; Cultura bacteriana; Leite. 3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES Cristal violeta; Lugol; Álcool; Fuccina/Safranina; Óleo de imersão; Água destilada. 3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Foi feito um esfregaço do material desejado em uma lâmina. Cobriu-se o esfregaço com cristal violeta e deixou-se por aproximadamente 1 minuto. Escorreu-se o corante e cobriu-se a lâmina com lugol(mordente) e deixou-se agir por 1 minuto. Escorreu-se o lugol e foi lavado em um filete de água corrente (com baixa pressão). Adicionou-se álcool etílico (92,5° INPM) sobre a lâmina, descorando-a. Lavou-se em um filete de água corrente. Cobriu-se a lâmina com fucsina/safranina e deixou-se agir por aproximadamente 30 segundos. Lavou-se em um filete de água corrente. Deixou-se secar ao ar livre, ou secou-se suavemente, com o auxilio de um papel filtro limpo (sem tocar no esfregaço). Colocou-se uma gota de óleo de imersão sobre o esfregaço e leu-se em objetiva de imersão (40X). Observou-se a coloração, a Forma e o Arranjo das bactérias presentes no esfregaço. Anotaram-se os resultados. RESULTADOS E DISCUSSÕES Observou-se nos seguintes resultados pelos métodos de coloração Gram – positiva e Gram – negativa o uso das soluções e reagentes: Cristal violeta, lugol (iodo), álcool 70%, Fucsina e água destilada. Numa sequência houve o esfregaçocom a alça de inoculação na lâmina acrescentando-se 5 gotas do cristal violeta com o tempo de 1 minuto. Após esse tempo foi adicionado o fixador Lugol por mais 1 minuto retirando os excessos com água destilada. Em seguida adicionou-se álcool 70% descorando-as para só assim adicionar a Fucsina deixando-a agir por 30 segundos. Após a secagem, a lâmina foi analisada sob óptica microscópica com lente de 40x apresentando imagens morfológicas e arranjos para cocos esféricos característicos a Diplococos, Estafilococos e Estreptococos, haja vista nas Gram-positivas a contração dos poros permeabilizando sua parede celular identificada pela coloração roxa. Na maioria das bactérias, essa parede celular deve a sua rigidez a uma camada composta por uma substância somente encontrada em procariotos, os peptideoglicanos. Trata-se de uma macromolécula formada por um arcabouço composto de uma alternância de N-acetil-glicosamina (NAG) e ácido N-acetilmurâmico (NAM) como também proteínas e ácidos teicóicos, polímeros formados por resíduos de glicerol unidos por ligações fosfodiéster que podem representam até 50% da massa seca da parede. No experimento a identificação do gênero pela coloração se deve aos aspectos mencionados acima pelas características de impermeabilização dos reagentes à parede celular do microrganismo. CONCLUSÃO Foi observada após a análise a presença de bactérias Gram-positivas e Gram- negativas em forma de Cocos, Estreptococos (cadeia) e Estafilococos (cachos), como mostra a figura 4, que caracteriza a presença de bactérias na amostra do esfregaço à lâmina. Quanto a amostra do leite foi observada a presença de Bactérias como o Bacillus por meio de microscópio com lente de aumento 40x (Figura 5). IMAGENS Figura 1. Figura 2. Figura 4. Figura 3. Figura 5. REFERÊNCIAS MICHAEL J. PELCZAR JR. & E.C.S. CHAN & NOEL R. KRIEG. Microbiologia: Conceitos e Aplicações - vol. 1. 2ª Ed. Portal da Educação, Principais Bactérias do leite. Disponível em: < http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/28905/principais-bacterias-do-leite#!1>. Acesso em 28 de março de 2016. TORTORA, Gerard J., FUNKE Berdell R. e CASE Christine L., Microbiologia, 10ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
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