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UNIDADE I UNIDADE I UNIDADE I UNIDADE I INTRODUÇÃO AO INTRODUÇÃO AO INTRODUÇÃO AO INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMOEMPREENDEDORISMOEMPREENDEDORISMOEMPREENDEDORISMO 1/44 CONCEITOSCONCEITOSCONCEITOSCONCEITOS A utilização do termo “empreendedorismo” é atribuído a Richard Cantillon (1755) e a Jean-Baptiste Say (1800). Ambos definiam os empreendedores como pessoas que correm riscos porque investem o seu próprio dinheiro em empreendimentos. Mais tarde, em 1978, Joseph Alois Schumpeter associa o empreendedorismo à inovação ao afirmar que “a essência do empreendedorismo está na percepção e aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios; tem sempre que ver com a criação de uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejam deslocados do seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações”. 2/44 CONCEITOSCONCEITOSCONCEITOSCONCEITOS Schumpeter descreveu ainda o empreendedor como responsável por processos de “destruição criativa”, que resultavam na criação de novos métodos de produção, novos produtos e novos mercados. O conceito de risco foi introduzido por K. Knight (1967) e Peter Drucker (1970). Em 1985 com Pinchot foi introduzido o conceito de Intra- empreendedor, uma pessoa empreendedora dentro da organização a que pertence. 3/44 Ser empreendedor: uma herança genética?Ser empreendedor: uma herança genética?Ser empreendedor: uma herança genética?Ser empreendedor: uma herança genética? Parece ser hoje em dia consensual que não se nasce empreendedor. Podemos, sim, herdar algumas características que certamente nos ajudarão nas nossas incursões pelo mundo dos negócios. É também certo que muitos empreendedores se revelam muito precocemente (durante a infância e juventude) destacando-se pela sua capacidade de liderança, competitividade ou “jeito” para os pequenos negócios. Contudo, está ao alcance de qualquer um tornar-se empreendedor. Exige-se trabalho, força de vontade e um profundo conhecimento de si próprio. O empreendedor Em qualquer definição de empreendedorismo encontram- se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor: – Iniciativa para criar/inovar e paixão pelo o que faz – Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive – Aceita assumir os riscos e a possibilidade de fracassar -“A teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ridícula ficção (Pierre Poebet, Professor de Fisiologia em Toulose, 1872) - “É totalmente impossível que os nobres órgãos da fala humana sejam substituídos por um insensível e ignóbil metal” (Jean Boillaud, da Academia Francesa de Ciências, a respeito do fonógrafo de Thomas Edison, 1878) - “Quando a Exposição de Paris se encerrar, ninguém mais ouvirá falar em luz elétrica” (Erasmus Wilson, da Universidade de Oxford, 1879) - “O cinema será encarado por algum tempo como curiosidade científica, mas não tem futuro comercial” (Augusto Lumiere, a respeito do seu próprio invento, 1895) A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADEHUMANIDADEHUMANIDADEHUMANIDADE - “O raio-x é uma mistificação” (Lord Kelvin, físico e presidente da British Royal Society of Science, 1889) - “Recuso a acreditar que um submarino faça outra coisa além de afundar e asfixiar sua tripulação” (H. G. Hells, escritor inglês, 1902) - “O avião é um invento interessante, mas não vejo nele qualquer utilidade militar” (Marechal Ferdinand Foch, titular da estratégia na Escola Superior de Guerra da França, 1911) - “Até Julho sai de moda” (Revista Variety, a respeito do Rock’n Roll, março de 1958) - “A televisão não dará certo. As pessoas terão de ficar olhando sua tela, e a família média não tem tempo para isso” (The New York Times, na apresentação do protótipo de um aparelho de TV, abril de 1939) A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA A RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADEHUMANIDADEHUMANIDADEHUMANIDADE 7/44 2012 2013 2014 Comprar a casa própria 48,0 45,2 41,9 Viajar pelo Brasil 50,2 42,5 32,0 Ter seu próprio negócio 43,5 34,6 31,4 Comprar um automóvel 36,4 34,3 26,9 Ter um diploma de ensino superior 31,6 25,5 21,6 Ter plano de saúde 29,9 22,5 17,1 Fazer carreira numa empresa 24,7 18,8 15,8 Casar ou formar uma família 16,1 14,0 11,5 Comprar um computador 15,2 11,9 6,3 Percentual da população segundo o sonho – Brasil – 2014 Fonte: GEM Brasil 2014 * Percentual da população de 18-64 anos Motivações para Empreender •Por NECESSIDADE •Por OPORTUNIDADE Existe diferença?Existe diferença?Existe diferença?Existe diferença? 9/44 EMPREENDEDORISMO POR NECESSIDADE Os empreendedores que abrem seu próprio negócio por necessidade são aqueles que, na sua visão, não possuem opções de trabalho, estão desempregados, e para continuar com o seu sustento e sustento de sua família, se aventuram em abrir um negócio próprio, na maioria das vezes sem nenhum planejamento. Até a alguns anos atrás, as pesquisas feitas pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor), mostravam que este tipo de empreendedor era maioria no país, que segundo a própria pesquisa, empreender por necessidade, tenderia a ser maior nos países em desenvolvimento. 10/44 As empresas abertas por necessidade tendem ao fechamento, pois sem o planejamento adequado e inovações que o mercado pede conforme o tempo, e a quantidade de concorrentes, essas empresas não conseguem se manter no mercado por muito tempo. Segundo o IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase metade das empresas fecham em 3 anos. Vale a ressalva que nem todas as empresas abertas apenas pela necessidade de seu empreendedor fecham, assim como nem todas as empreitadas por oportunidades darão certo, aquele proprietário que se atualiza constantemente e busca conhecimento na área com certeza terá maiores chances de que seu negócio dure. 11/44 Em contrapartida a os empreendedores por oportunidade, mesmo quando possuem outras opções de emprego, optam por iniciar um novo negócio, eles sabem onde querem chegar, fazem um planejamento prévio, tem em mente o que querem buscar para a empresa e visa a geração de lucros, empregos e riquezas. Este por sua vez, se encaixa melhor em nossa visão do que é ser um empreendedor. 12/44 Em 2014, a proporção de empreendedores por oportunidade em relação à TEA (Taxa de Empreendedores Iniciais), no Brasil foi de 70,6%. Ou seja, do total de empreendedores brasileiros em 2014, 70,6% o foram por oportunidade. Em 2014, a razão entre oportunidade e necessidade alcançou 2,4. Isso indica que para cada empreendedor que iniciou suas atividades por necessidade, 2,4 o fizeram por oportunidade; Em termos gerais, observa-se que a proporção de empreendedores por oportunidade na composição da TEA do Brasil vem apresentando pequenas variações de 2010 a 2014. Motivação para empreender no Brasil Motivação para empreender no Brasil Motivação para empreender no Brasil Motivação para empreender no Brasil FONTE: Relatório Executivo – GEM 2014 Razões para criar uma empresaRazões para criar uma empresaRazões para criar uma empresaRazões para criar uma empresa (Pesquisa Sebrae(Pesquisa Sebrae(Pesquisa Sebrae(Pesquisa Sebrae----SP)SP)SP)SP) 33% encontrou uma oportunidade 30% queriam ter a própria empresa (autonomia) 14% queria ganhar mais $$ 11% clientes pediram (legalização) 9% desemprego 3% outro 14/44 RELATÓRIO GEM RELATÓRIO GEM RELATÓRIO GEM RELATÓRIO GEM –––– 2015201520152015 PAÍSES COM A MAIOR TAXA DE EMPREENDEDORISMOPAÍSES COM A MAIOR TAXA DE EMPREENDEDORISMOPAÍSES COM A MAIOR TAXADE EMPREENDEDORISMOPAÍSES COM A MAIOR TAXA DE EMPREENDEDORISMO 5º LUGAR: RÚSSIA (8,6%) 4º LUGAR: ÁFRICA DO SUL (9,6%) 3º LUGAR: ÍNDIA (10,2%) 2º LUGAR: CHINA (26,7%) 1º LUGAR: BRASIL (34,5%) O número de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidas na criação de uma, é superior, também, em países como Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%), Itália (8,6%) e França (8,1%). Porque eles quebraram… Questão feita aos que quebraram/fecharam a empresa 25% falta de capital 19% não tinha clientes ou tinha maus clientes (inadimplência) 11% problemas de planejamento ou falta dele 11% questões pessoais 9% problemas de sociedade 7% problemas legais 6% competidores fortes 6% não tinha lucros 2% altos impostos 10% outro POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO? RAZÃO I - A alta taxa de mortalidade infantil no mundo das empresas emergentes: No mundo das empresas emergentes, a regra é falir, e não ter sucesso. De cada três empresas criadas, duas fecham as portas. As pequenas empresas (menos de 100 empregados) fecham mais: 99% das falências são de empresas pequenas. Se alguns têm sucesso sem qualquer suporte, a maioria fracassa, muitas vezes desnecessariamente. A criação de empresas é indispensável ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social. RAZÃO II - As significativas mudanças nas relações de trabalho: Nas últimas décadas, as relações de trabalho estão mudando. O emprego dá lugar a novas formas de participação. As empresas precisam de profissionais que tenham visão global do processo, que saibam identificar e satisfazer as necessidades do cliente. A tradição do nosso ensino, de formar empregados nos níveis universitário e profissionalizante, não é mais compatível com a organização da economia mundial na atualidade. 17/44 RAZÃO III - As organizações precisam de empregados empreendedores: Exige-se hoje, mesmo para aqueles que vão ser empregados, um alto grau de “empreendedorismo”. As empresas precisam de colaboradores que, além de dominar a tecnologia, conheçam também o negócio, saibam auscultar os clientes e atender às necessidades deles, possam identificar oportunidades e mais: buscar e gerenciar os recursos para viabilizá-las. RAZÃO IV - A metodologia de ensino tradicional não é adequada para formar empreendedores: É necessário inovar a metodologia de ensino, acompanhando as mudanças tecnológicas e sociais. Não dá mais para ensinar sem colocar os alunos para vivenciarem os conceitos apresentados. POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO? RAZÃO V - O distanciamento das instituições de ensino dos “sistemas de suporte”: Nossas instituições de ensino estão distanciadas dos “sistemas de suporte”, isto é, empresas, órgãos públicos, financiadores, associações de classe, entidades das quais os pequenos empreendedores dependem para sobreviver. As relações universidade/empresa ainda são incipientes no Brasil. RAZÃO VI - Cultura: Os valores do nosso ensino não sinalizam para o empreendedorismo. POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO? 19/44 RAZÃO VII - A percepção da importância da Pequena e Micro Empresa para o desenvolvimento econômico ainda é insuficiente: As grandes empresas ainda são mais valorizadas em diversos aspectos. RAZÃO VIII - A cultura da “grande empresa”, que predomina no ensino: Não há o hábito de abordar a pequena empresa. Os cursos de administração, com raras exceções, são voltados para o gerenciamento de grandes empresas. POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO? RAZÃO IX - Ética: Uma grande preocupação no ensino do empreendedorismo são os aspectos éticos que envolvem as atividades do empreendedor. Por sua grande influência na sociedade e na economia, é fundamental que os empreendedores — como qualquer cidadão — sejam guiados por princípios e valores nobres. RAZÃO X - Cidadania: O empreendedor deve ser alguém que apresente alto comprometimento com o meio ambiente e com a comunidade, dotado de forte consciência social. A sala de aula é excelente lugar para debater esses temas. POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?POR QUE O ENSINO DO EMPREENDEDORISMO?
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