Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TCC: PROJETO SEIS SIGMA APLICADO NA LINHA DE PRODUÇÃO DE AMPLIFICADORES AUTOMOTIVOS. ELISANDRA DA SILVA MAGALHÃES GLENDA DA SILVA LIMA ORLEY BARRETO DA SILVA RAPHAEL DA COSTA LIMA VALDINEY SILVA DA SILVA VERÔNICA INGRID ZUIM REGO Orientador: VALTEIR ROMÃO 2 ELISANDRA DA SILVA MAGALHÃES GLENDA DA SILVA LIMA ORLEY BARRETO DA SILVA RAPHAEL DA COSTA LIMA VALDINEY SILVA DA SILVA VERÔNICA INGRID ZUIM REGO PROJETO SEIS SIGMA APLICADO NA LINHA DE PRODUÇÃO DE AMPLIFICADORES AUTOMOTIVOS. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Qualidade – 6 Sigma do Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (IDAAM) como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Engenharia de Produção. Orientador: Valteir Romão Manaus 2018 3 Dedicamos aos nossos parentes que nos apoiaram e compreendaram todos os momentos de ausência, em busca de novos aprendizados, para uma vida melhor. 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por ter nos possibilitado de concluir esta especialização apesar de todos os obstáculos encontrados; Aos professores por terem transmitido durante esses meses todo o seu conhecimento e nos proporcionado essa experiência de enriquecimento nos nossos currículos. 5 RESUMO Este trabalho apresenta a adaptação do layout manual para o automático. O tema é aumentar a produção em uma Linha de montagem por meio de sua automatização na empresa Song. De que maneira a automatização na alinha de montagem pode maximizar a velocidade no processo? O objetivo é aumentar a produtividade, reduzir o desperdício de tempo a partir da automatização do processo e mudança do layout, com utilização de engrenagem, ferramentas: 5S, PDCA, Pareto e metodologia DMAIC e qualificar os colaboradores aos seus novos postos de trabalho. A metodologia utilizada foi pesquisa prática, as referências bibliográficas e gráfico radar. O planejamento e proposta de solução explanam, com imagens, tabelas e gráfico o ciclo de processamento de produto, como: quantidade, tempo, valores de faturamento. Nas considerações salienta a maximização 52,53% nos benefícios conforme o projeto de automatização. Palavras-chave: Adaptação;Processo;Layout;Automatização. 6 ABSTRACT This work presents the adaptation of manual layout to automatic. The theme is to increase production on an Assembly Line by means of its automation in the Song company. How can automation in the assembly line maximize process speed? The goal is to increase productivity, reduce waste of time from automating the process and changing the layout, using gear, tools: 5S, PDCA, Pareto and DMAIC methodology and qualify employees to their new jobs. The methodology used was practical research, bibliographical references and radar chart. The solution planning and proposal explains, with images, tables and graph the product processing cycle, such as: quantity, time, billing values. In the considerations emphasizes the maximization 52.53% in the benefits according to the automation project. Keywords: Adaptation, Process, Layout, Automation. 7 Sumário 1 Introdução ............................................................................................................................ 11 1.1 Objetivo ...................................................................................................................... 11 2 Revisão Bibliográfica ............................................................................................................ 12 2.1 Qualidade ................................................................................................................... 12 2.2 Ferramentas da Qualidade ........................................................................................ 12 2.3 Tipos de Layouts ........................................................................................................ 18 3 Estudo de Caso ..................................................................................................................... 22 4 Proposta ............................................................................................................................... 23 5 Resultados ............................................................................................................................ 25 5.1 Etapa de Definição ..................................................................................................... 25 5.2 Etapa de Medição ...................................................................................................... 26 5.3 Etapa Analisar ............................................................................................................ 28 5.4 Etapa Melhorar .......................................................................................................... 28 5.5 Etapa Controlar .......................................................................................................... 31 6 Conclusão ............................................................................................................................. 32 7 Referências .......................................................................................................................... 33 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Fatores de importância para a qualidade. ............................................................... 12 Figura 2 - As 4 etapas do Ciclo PDCA. ....................................................................................... 14 Figura 3 - Desempenho do Processo seis Sigma ...................................................................... 15 Figura 4 - Representação Gráfica DMAIC. ................................................................................ 16 Figura 5 - Relação DMAIC – PDCA. ........................................................................................... 18 Figura 6 - Produção em linha antes da automação. ................................................................. 22 Figura 7 – Novo layout da linha de produção. ......................................................................... 24 Figura 8 – Fluxograma do Processo da Linha de Montagem de Amplificadores Automotivos. .................................................................................................................................................. 25 Figura 9 – Diagrama de Causas e Efeitos. ................................................................................. 28 Figura 10 – Diagrama de Árvore de Decisão. ........................................................................... 29 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Etapas do DMAIC: ação, objetivos e ferramentas. .................................................. 17 Tabela 2 - Metodologia DMAIC proposta a empresa Song da Amazônia. ............................... 23 Tabela 3 – Custos para automatização da linha de produção ................................................. 24 Tabela 4 – Plano de Ação 5W2H ............................................................................................... 29 10 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Histograma de distribuição de dados da linha de amplificadores Antes da implantação do Projeto Seis Sigma. ......................................................................................... 27 Gráfico 2 – Diagrama de Pareto. .............................................................................................. 27 Gráfico 3 – Histograma de distribuição de dados da linha de amplificadores Depois da implantação do Projeto Seis Sigma. .........................................................................................30 Gráfico 4 – Tempo gasto para produção de um Amplificador (Antes X Depois). .................... 30 11 1 Introdução Com o aumento da globalização, a capacidade de adaptação às mudanças, os preços adequados e o atendimento às necessidades dos clientes são fatores determinantes para o crescimento. Utiliza-se a gestão da qualidade a fim de melhorar os processos e alcançar melhores resultados. A qualidade nos processos é de extrema importância para que a competitividade entre as indústrias possa existir. De acordo Falconi (1992), um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, segura e no tempo certo às necessidades do cliente. A metodologia do Seis Sigma é bastante adotada por grandes empresas, pois apresenta muitos benefícios a qualquer tipo de organização. Trata-se de uma metodologia robusta e permite a ostentação de resultados bem significativos na conquista pelo espaço no mercado. Seu principal foco está na melhoria de processos através de análises estatísticas e tem como objetivo final proporcionar ganhos financeiros para empresas, sejam eles através de custos evitados ou do próprio aumento de eficiência produtiva. Quanto maior a variabilidade do processo, maior é a ineficiência do sistema, à medida que ilustra a concentração de esforços em atividade que não agregam valor ao objetivo final, retrabalhos, desperdícios ou ineficácias, fatores estes que impactam negativamente na previsibilidade e confiabilidade do sistema produtivo, pontos chave da competitividade, e na política de crescimento e melhoria contínua (VELOSO, 2007). De acordo Carvalho (2005), com uma metodologia disciplinada, o Seis Sigma utiliza ferramentas estatísticas clássicas, organizadas em um método de solução de problemas, denominado DMAIC, que passa por cinco fases: “Define” (Definir – D), “Measure” (Medir – M), “Analyze” (Analisar – A), “Improve” (Melhorar – I) e “Control” (Controlar – C). Logo, percebe-se que o método DMAIC além de estar inserido na metodologia Six Sigma é um dos métodos de solução de problemas e desenvolvimento de projetos de melhoria que pode ser aplicado no âmbito organizacional. 1.1 Objetivo Este trabalho tem como objetivo, implantar a metodologia DMAIC em uma linha de produção de amplificadores para carros, com o intuito de aumentar a produtividade e reduzir os desperdícios de tempo que são gerados pelo manuseio dos operadores. 12 2 Revisão Bibliográfica 2.1 Qualidade A qualidade tem sido um tópico bastante abordado e estudado nas atividades industriais e de serviços ao longo dos anos. Tornou-se um fator de preocupação das empresas, temas de dissertações e objeto de desenvolvimento de técnicas e ferramentas. Existem várias definições de qualidade e derivações e suas respectivas definições, como qualidade do trabalho, do produto, do processo, de vida, etc. Para Pearson (2011), qualidade está diretamente ligada a três fatores conforme ilustra a Figura 1: Figura 1 - Fatores de importância para a qualidade. Fonte: Própria “Em outras palavras: fazer melhor, com menos custos, entregando ao cliente produtos que correspondam a suas expectativas ou as superem. Além disso, existe uma premissa que norteia tudo o que se tem pensado em qualidade: a premissa do relacionamento ético ente todos os elementos envolvidos na fabricação e venda de um produto ou na prestação de um serviço.” (PEARSON, 2011, p. 4). De acordo Pearson (2011), a qualidade não gera custos, ao contrário , ela o diminui por reduzir drasticamente a quantidade de erros nos processos, a qualidade total faz as empresas gastarem menos e produzirem mais. “Na organização moderna, a qualidade deixou de ser um modismo para ser uma necessidade que distingue uma empresa de outra, criando um diferencial competitivo que a mantém e faz crescer. Com a aplicação das técnicas esse diferencial competitivo se instala na organização.” (SELEME R. e STADlER H., 2013). 2.2 Ferramentas da Qualidade Dentre as diversas ferramentas utilizadas podemos destacar o método PDCA, para planejamento dentro do processo produtivo, 5s como ferramenta indispensável para Qualidade Redução de Custos Aumento da Produtividade Satisfação dos Clientes 13 padronizar um ambiente propício ao desenvolvimento de boas práticas da qualidade e o diagrama de Pareto, que possibilita a análise e diagnóstico de problemas. As ferramentas da qualidade são indispensáveis nas empresas, pois a partir delas é possível a detecção, análise, monitoramento e solução de problemas. 1.1.1 5s A ferramenta 5s teve origem no Japão na década de 50 e tem sido utilizado com frequência em diversas organizações, no qual se deve às iniciais das palavras: “Seiri” (senso de utilização), “Seiton” (senso de ordem), “Seiso” (senso de limpeza), “Seiketsu” (senso de saúde) e “Shitsuke” (senso de disciplina). Entretanto, o primeiro S determina o que é necessário permanecer no ambiente de trabalho, de objetos não mais utilizáveis aos colaboradores para ser descartado; evitando, assim, acúmulos de equipamentos que não agregam valor ao trabalho. Segundo Rodrigues (2010), o “Seiri” tem como meta o aperfeiçoar, a utilização de materiais, infraestrutura, equipamentos, espaço, etc. O objetivo é otimizar a alocação e utilização de móveis, equipamentos e materiais de trabalho em geral. É aconselhável que nos locais de trabalho estejam alocado apenas o necessário e como layout adequado para utilização eficaz. Para Seleme R. e Stadler H. (2013) o senso “Seiton” salienta que os equipamentos de produção devem estar no local certo para serem usados, evitando deslocamento do operador a outro lugar para pegar uma ferramenta que esteja precisando para o trabalho não perdendo tempo e não se movimentar sem necessidade. “O objetivo e meta do SEISO definem-se como deixar sempre limpos, ou em condições favoráveis para o uso, os recursos físicos, móveis e equipamentos utilizados. Definir calendário para limpeza e manutenção de equipamentos, ferramentas e estruturas.” (RODRIGUES, 2010). O terceiro senso também conhecido como senso de limpeza, proporciona uma melhor organização do ambiente, com um melhor fluxo das atividades diárias, em decorrência de uma programação de limpeza, que varia de acordo com a necessidade de cada atividade. De acordo com Seleme R. e Stadler H. (2013), o quarto e quinto senso estão relacionados à arrumação e higiene e a disciplina respectivamente: o “Seiketsu” implica busca de melhor organização e da mais eficiente limpeza, nos dois sentidos descritos nos Ss anteriores. O “Shitsuke” é o senso que consolida os outros quatro, proporcionando assim um ganho permanente à organização, já que o pensamento bem ordenado e bem estruturado está a favor da empresa. 14 Arrumação, higiene e disciplina são indispensáveis à indústria, sendo assim, tais sensos almeja por meio de uma prática contínua de organização, limpeza e padronização, estruturarem o funcionário para que cada método ensinado através dos sensos venha ser uma prática contínua dentro de seu ambiente de trabalho, e posteriormente configure-se dentro da cultura organizacional. 1.1.2 PDCA A metodologia PDCA, tornou-se uma das ferramentas mais utilizadas pelas organizações. Sua criação se deu por volta da década de 50, no Japão, pelo engenheiro e físico americano Willian E. Deming, com a finalidade inicial de se tornar um modelo voltado para ação prática e criação de benefícios para o homem dentro de seu ambiente de trabalho. Segundo Rodrigues (2010), metodologia PDCA é uma ferramenta que busca monitorar com eficácia a gestão dos processos produtivos, através do diagnóstico das situações indesejáveis e da busca de soluções que devem ser precedidas de uma definição e de um planejamento adequado do processo analisado.” O ciclo do PDCA está dividido em quatrofases, como se pode observar na Figura 2: Figura 2 - As 4 etapas do Ciclo PDCA. Fonte: http://www.venki.com.br/blog/ciclo-pdca-conceito/ “O objetivo inicial é fazer um mapeamento dos problemas que estão ocorrendo dentro do processo, diagnosticando suas causas, para que por meio do planejamento adequado seja http://www.venki.com.br/blog/ciclo-pdca-conceito/ 15 possível buscar soluções eficazes para as causas encontradas.”(SELEME R. e STADlER H., 2013). Conforme os estudos dos autores a utilização desta ferramenta possibilita o monitorando e correção de todos os desvios que possa surgir dentro de um ambiente produtivo, com o objetivo de alcançar um melhor desempenho do processo, proporcionando maior padrão de qualidade a partir de uma metodologia prática e eficaz. 1.1.3 Seis Sigma e metodologia DMAIC A terminologia Seis Sigma vem da representação estatística de nível de variabilidade de um processo, ou adequação do processo a uma especificação. O Sigma é a letra utilizada para representar o desvio padrão de uma distribuição. A Figura 3 mostra que quanto menor for o desvio padrão de um processo, mais desvios padrões passam a ser aceitos dentro da especificação. Figura 3 - Desempenho do Processo seis Sigma Fonte: Donadel, 2008. “A implatação de Seis Sigma dá-se por meio de projetos de melhoria embasados em um método denominado DMAIC (define, measure, analyze, improve, control) semelhante PDCA.”(PEARSON, 2011, p. 152). A figura 4 representa o sistema DMAIC e uma breve explicação sobre cada etapa. Segundo Pearson (2011), em cada uma das etapas DMAIC podem ser empregadas ferramentas estatísticas diferentes, conforme as necessidades e peculiaridades do processo em análise. Histogramas, diagramas de causa-efeito, gráficos de controle e FMEAs, entre outras ferramentas, ajudam enormemente na implantação do Seis Sigma. 16 Figura 4 - Representação Gráfica DMAIC. Fonte: Pearson, 2011. “Vale lembrar também que o Seis Sigma demanda considerável; investimento inicial, especialmente no treinamento de pessoas e na readequação de processos. Mas os ganhos financeiros decorrentes de sua implementação superam de maneira significativa tais investimentos, o que explica a ampla aceitação do programa em empresas de diferentes segmentos.”(PEARSON, 2011, p. 154). O Seis Sigma disponibiliza uma moldura que utiliza uma ampla caixa de ferramentas com uma robusta estrutura de gerenciamento. Esse roteiro de metodologia de resolução de problemas é conhecido como DMAIC, das iniciais Definir, Medir, Analisar, Implantar e Controlar, respectivamente. A Tabela 1 apresenta uma breve explicação sobre cada etapa, ação, objetivo e ferramenta utilizada. 17 Tabela 1 - Etapas do DMAIC: ação, objetivos e ferramentas. Fonte: Adaptado de Werkema, 2004. Etapa Ação Objetivos Ferramentas Define (Definir) Descrever o problema e avaliar seu impacto sobre os clientes, estratégia e resultados financeiros da empresa; Selecionar projetos que serão utilizados na busca de solução dos problemas; Definir as metas que devem ser alcançadas. Definir o escopo do projeto: importância, equipe, cronograma… Termo de Abertura (Project Charter); Gráficos de Controle; Análise de séries temporais; VOC (Voz do Cliente); Análises econômicas. Measure (Medir) Definir quais as características do projeto que deverão ser monitoradas, de que forma os dados serão obtidos e registrados e quais as especificações do projeto. Determinar o foco do problema, verificar a confiabilidade dos dados e coletar dados. Coleta de Dados; Estratificação; Amostragem; Folha de verificação; Diagrama de Pareto; Histograma; Índice de capacidade. Analyze (Analisar) Analisar os dados e os processos envolvidos; Determinar as causas que contribuem para o baixo desempenho do processo. Analisar o processo para determinar as causas potenciais do problema. Fluxograma; Mapa do processo/produto; FMEA (Failure Mode and Effects Analysis); Brainstorming; Diagrama de Causa e Efeito; Planejamento de Experimentos. Improve (Aperfeiçoar) Gerar ideias a respeito das soluções potenciais para a eliminação das causas dos problemas detectados na etapa anterior. Testar estas soluções a fim de verificar se a solução escolhida pode ser implantada em larga escala. Identificar e avaliar as soluções prioritárias e aperfeiçoá-las. Brainstorming; Diagrama de Causa e Efeito; FMEA; Teste de mercado; Stakeholder Analysis; Simulação; 5W2H; PERT (Program Evaluation and Review) / CPM (Critical Path Method). Control (Controlar) Aplicar a solução da quarta etapa em larga escala e controlar o desempenho do processo ao longo do tempo; Padronizar as alterações realizadas no processo com a adoção das soluções; Definir um plano de ações corretivas caso surjam problemas no processo. Garantir que o alcance da meta seja mantido em longo prazo e padronizar as alterações. Cartas de controle; Histograma; Índice de capacidade; Manuais; Procedimento padrão; Relatório de Anomalias; Reuniões. 18 Esta e muitas outras metodologias de resolução de problemas são baseadas na mesma lógica do ciclo PDCA (Planeje, Execute, Verifique, Ações), introduzido por W. Edwards Deming. A Figura 5 mostra como ambos estão relacionados e como, de certa forma, o DMAIC refina o PDCA, organizando melhor as etapas: Figura 5 - Relação DMAIC – PDCA. Fonte: Wekerma , 2004. 2.3 Tipos de Layouts O rápido avanço tecnológico obrigou as empresas a melhorarem seus fluxos de produção para garantir maior rapidez no processamento de seus produtos. Tais melhorias serão essenciais para aproveitar o tempo de produção e satisfazer as necessidades dos clientes, sendo estes exigentes de produtos com melhor qualidade e velocidade de entrega. “As empresas, em função de suas características de produção, necessariamente não podem manter um único arranjo físico para seu funcionamento, uma vez que, para otimizar os recursos de produção e aumentar a produtividade, elas devem aproveitar o potencial de o).rganizar equipamentos e processos da forma mais adequada possível.” (SELEME, Robson; SELEME, Roberto; 2011, p. 26). Para Gaither (2002) planejar o layout da instalação significa planejar a localização de todas as máquinas, utilidades, estações de trabalho, áreas de atendimento ao cliente, áreas de armazenamento de materiais, corredores, banheiros, refeitórios, bebedouros, divisórios internos, escritórios e salas de computador, e ainda os padrões de fluxo de materiais e de pessoas que circulam nos prédios. E salienta também que o planejamento do layout das instalações deve ser visto como uma extensão natural da discussão a respeito do planejamento de processo. “O arranjo físico de uma operação é a maneira segundo a qual se encontram dispostos fisicamente os recursos que ocupam espaço dentro da instalação de uma operação. [...] 19 Decisões sobre arranjo físico não são tomados exclusivamente quando se projeta uma nova instalação, mas dadas as implicações que o arranjo físico pode ter no próprio desempenho da operação, as decisões reavaliadas e eventualmente refeitas sempre que ocorre uma mudança relevante de procedimentos ou de fluxos físico ou quando há uma expansão ou redução de área da instalação.”(CORRÊA Henrique; CORRÊA C. 2012). Portanto, para os autores, no arranjo físico de uma instituição estão todos os recursos que ocupam espaço fisicamente e a decisão sobre layout não são tomadas com exclusividade, para tanto é necessário, se for preciso analisar os ciclos de produção e se estiver fora de controle é fundamental reavaliar o mesmo para posicionar melhor aproveitamento do espaço. Há quatro tipos de layout com características especificas para cada tipo de produtoa ser montado. Sendo eles por tamanho, quantidade de materiais a serem processados com objetivos em minimizar os custos em processamento ao longo do processo de produção. “A decisão de arranjo físico é uma parte importante da estratégia da produção. Um projeto bem elaborado de arranjo físico será capaz de refletir e alavancar desempenhos competitivos desejáveis. Há, por exemplo, tipos de arranjo físico que favorecem a flexibilidade das operações, os fluxos múltiplos, a customização; já há outros que favorecem a eficiência dos fluxos e do uso dos recursos.” (CORRÊA Henrique; CORRÊA C. 2012). Para Henrique Corrêa et al. (2012) a decisão é uma estratégia para melhorar o fluxo de fabricação, pois é possível desenvolver vários tipos de layouts, sendo estes de acordo com sua utilização; uns de acordo com sua customização e outros para favorecer os fluxos de produção. Os quatro tipos de layouts têm características bastante distintas para serem usados de acordo com as condições para alavancarem diferentes desempenhos no processo. Para (LOBO 2010), os tipos de arranjo físico estão ligados à natureza do movimento existente na indústria, do produto, das maquinas ou dos operários. Mas para (CORRÊA H. e CORRÊA C., 2012) eles os classificam de duas maneiras, os clássicos que apresentam diferentes potenciais de contribuírem e alavancarem diferentes desempenhos em distintos critérios de desempenho, os layouts por processo, por produto e posicional; e os híbridos que procura aliar características de dois ou mais arranjos básicos, sendo mais usado o arranjo celular. O layout por processo, também chamado por funcional, tem por finalidade arranjar os recursos para processos similares, deixando cada recurso de acordo com suas características. As máquinas são fixas e a matérias-primas e operadores móveis. Geralmente eles são usados por encomendas e pequenas fábricas, onde existe má organização. 20 Exemplos desse arranjo físico são os hospitais, certas salas são de operações, outras de raios-X; nas de confecção com áreas para corte, outras para bordados, costuras e pinturas. Para (SELEME Robson e SELEME Roberto 2011) no layout linear devemos posicionar as máquinas e as estações de trabalho conforme as elaborações de produtos. Ou seja, máquinas e os operadores são posicionados em lugares fixo, mantendo a matéria-prima móvel. São usados em indústrias organizadas onde a produção é contínua. As características do arranjo em linha são mais adequadas a operações que processam grandes números de produtos parecidos, sendo adicionando valores aos produtos, por eles passarem em uma linha móvel e os colaboradores adicionarem componentes até o produto final. Mas os produtos podem apresentar problemas de qualidade já que são verificados apenas no final do processo depois de grande quantidade montadas. Dentre os exemplos desse tipo de arranjo físico estão: linha de montagem de automóvel, aparelhos televisores, indústrias de processo, de aço e de papel. Os tipos de layouts fixos têm por característica a matéria-prima posicionada de forma fixa, as máquinas e os operários móveis. Conforme Corrêa H. e Corrêa C.(2012) esse tipo de layout maximiza o grau de customização, dedicando-se a produtos únicos ou pequenas quantidades. Destaca-se nas suas características produtos e características únicas; quantidade de produção unitária e não é repetitivo, causando fadiga dos operários. São usados para grandes produções unitárias de grandes peças como: navios, construções civis, turbinas e aviões. O arranjo físico celular é a elaboração que aproveita características do layout funcional, adicionando outras flexibilidades, posicionado em um só local, as células. “O arranjo físico celular tenta aumentar as eficiências do geralmente ineficiente arranjo físico funcional, tentando, entretanto, não perder muito de sua desejável flexibilidade. Baseado num conceito às vezes chamado de tecnologia de grupo, recursos não similares são agrupados de forma que com eficiência consigam processar um grupo de itens que requeiram similares etapas de processamento.” (CORRÊA Henrique; CORRÊA C. 2012). Segundo os autores, o layout celular vai agrupar recursos de forma a favorecer a produção eliminando perda de tempo e espaço. Dentre suas características estão flexibilidade no tamanho dos lotes, diminuição do estoque, distância percorrida pelo fluxo se tornam bem menores e adoção por famílias de produtos. Podemos exemplificar esse tipo de layout caixas de som acústico, ventiladores, batedeiras, pertencentes a uma mesma família. No entanto, há diversas maneiras que devem ser adotadas para a flexibilidade e produtividade nos processos produtivos. Começando pelo uso dos equipamentos adequado 21 para a melhor operação possível; posterior, a automatização dos transportes, evitando esforços desnecessários dos operadores ao movimentar o deslocamento dos materiais, para se tiver um maior controle do layout da planta e controlar por computadores. 22 3 Estudo de Caso A empresa objeto deste estudo será chamada pelo nome Song da Amazônia por motivos de confidencialidade das informações aqui discutidas. A empresa Song Amazônia está no mercado há mais de cinquenta anos localizada no Pólo Industrial de Manaus. Nos últimos anos vem passando por uma grande reestruturação estratégica com o objetivo de tornar-se mais competitiva no mercado. Sua atuação é voltada para o seguimento automotivo, lifestyle e profissional. A divisão automotiva são os equipamentos de navegação e multimídia para uma experiência na direção altamente diferenciada. A divisão lifestyle são os áudios de marca para uma experiência no carro, em casa ou em eventos. Na divisão profissional a destinação são as soluções Premium para gravação, transmissão, turnês e som para instalação. A linha de produção de amplificadores automotivos funcionava de forma manual, com seis operadores, produzia-se em média 631 peças/dia. Foi analisado que antes não havia o controle do tempo da operação, quem determinava era o operador. Por não haver um sistema automatizado, havia movimento desnecessário dos operadores. O operador do posto 1, deslocava-se para buscar palete e alimentar a linha de produção, conforme Figura 6. Figura 6 - Produção em linha antes da automação. Fonte: Própria. Pode-se observar que esse modo de produção leva uma ineficiência na linha, pois estimula os funcionários executarem suas tarefas sem controle adequado do tempo, bem como o acarretamento de avaria nos produtos e componentes, porque os mesmos podem ser movimentados inadequadamente, sem um padrão a ser seguido pelos operadores e ocasionando defeito no final do processo. 23 4 Proposta Como proposta analisou-se a mudança de layout manual para automático, com utilização de engrenagens na linha de produção e aplicação da metodologia DMAIC para otimização do processo de produção dos amplificadores automotivos. As etapas do método DMAIC, bem como as técnicas e ferramentas utilizadas em cada etapa da realização do projeto de melhoria estão descritas na Tabela 2: Tabela 2 - Metodologia DMAIC proposta a empresa Song da Amazônia. Etapas Objetivo Atividades Ferramentas Perguntas D ef in iç ão 1 á 2 s e m an as -Definir um projeto Seis Sigma; -Definir novo Layout para linha de produção; -Aprovação para execução do projeto; -Estabelecer ganhos produtivos e financeiros. -Justificar para a organização o porquê de fazer o projeto; -Aquisiçãos dos materiais para alterção do layout; -Estabelecer a equipe do projeto; -Primeira reunião da equipe. -Fluxograma do Processo; -Diagrama de IPO; -Lista de verificação; -Histórico da produção ao longo do tempo. -Por que este projeto é importante para a empresa? -Quem são os membros da equipe? M ed iç ão 4 á 8 s em an as -Identificaras saídas do processo; -Validar o sistema de medição; -Listar potencias fontes de variação. -Segunda reunião da equipe; -Validar o sistema de medição; -Criar banco de dados contendo informações sobre a produção; -Realizar as análises estatísticas. -Histograma; -Pareto; -Gráfico de tendência. -Sistema de medição foi validado? -Os dados já exixtem ou serão coletados? A n ál is e 2 à 4 s e m an as -Encontrar os ponto que deverão ser atacados para reduzir tempo; - Fazer análise da medição -Diagrama de Causa e Efeito; -Pareto; -Diagrama de dispersão; -Análise de regressão. -Quais são as principais fontes de variação do processo? M el h o ri a 4 á 6 s em an as -Tomar as ações sobre o processo; -Confirmar que o processo melhorou -Validar os benefícios para a organização. -Montar o plano de ação; -Validar benefícios financeiros; -Montar novo Mapa de Processo sem atividades que não agregam valor. -Treinamentos; -5S; -DOE; -Plano de Ação; - Benchmarking; -Análise de regressão. -Quais as ações tomadas para melhorar o processo? -Qual o benefício previsto do projeto? -Qual o novo Mapa do Processo? C o n tr o le 2 à 4 s e m an as -Estabelecer os controles para manter as melhorias feitas no processo; -Monitorar o processo ao longo do tempo. -Estabelecer controles; -Validar com a equipe se há necessidade de ações adicionais; -Realizar alterações nos procedimentos e instruções de trabalho; -Formalizar o término do projeto. -Normas e procedimentos; -Auditoria; -5S; -Plano de controle; -Procedimento padrão de trabalho. -o que está sendo feito para garantir que as melhorias vão se manter ao longo do tempo? -Quais os próximos projetos a serem desenvolvidos? Fonte: Própria 24 Para mudança do Layout da linha manual para automática ulitizou-se como mão de obra os próprios funcionários da empresa, conforme dados da Tabela 3. Tabela 3 – Custos para automatização da linha de produção Item Atividades Objetivos Responsáveis Tempo Custos Materiais Mão de Obra 1 Orçamento Pesquisar materiais Compras 1 dias R$ 31.941,86 2 Execução do serviço Adaptar a linha manual ao automático Manutenção 15 das R$ 5.000,00 3 Padronizar Processo Engenharia 1 dia R$ 1.200,00 4 Treinamento Instrução dos operadores Engenharia e produção 2 horas R$ 3.500,00 5 Reuniões bimestrais Avaliação dos treinamentos Engenharia, Qualidade, Produção 2 horas R$ 4.000,00 TOTAL PARCIAL R$ 31.941,86 R$ 13.700,00 TOTAL GERAL R$ 45.641,86 Fonte: Própria A Figura 7 representa o layout atual implementado na empresa, ao qual o início do processo começa com o alimentador disponibilizando a matéria-prima nos suporte para cada operador utilizar conforme suas necessidades. Os colaboradores executam a montagem dos produtos e repassam aos próximos postos, fazendo as peças se locomoverem até o final do ciclo. Figura 7 – Novo layout da linha de produção. Fonte: Própria 25 5 Resultados Com a automatização e aplicação do método DMAIC na linha de produção de amplificadores automotivos, podem ser descritos os benefícios, como: aumento de produtividade, organização, eficiência no atendimento ao plano de produção, melhoria na qualidade e montagem dos produtos, padronização de processo e também evitando movimento desnecessário. Para isso, realizou-se um plano de ação com levantamento de custos em investimento dos materiais, execução do serviço para automatizar e padronizar a linha de produção. A engenharia qualificou os colaboradores ao novo processo e a qualidade fez alinhamentos bimestrais para analisar eficácia do treinamento. 5.1 Etapa de Definição Na etapa de definição foram executadas as seguintes atividades: seleção do projeto Seis Sigma, Fluxograma do processo, seleção da equipe de projeto, determinação do impacto financeiro, determinação da meta do projeto e a definição do escopo. Para descrever o processo da linha de amplificadres automotivos submetido ao processo de melhoria, utilizou-se o Fluxograma, conforme Figura 8. Figura 8 – Fluxograma do Processo da Linha de Montagem de Amplificadores Automotivos. Fonte: Própria Início pegar palete com placa e colocar peças Posicionar peças e componentes eletrônicos Realizar soldagem dos componentes Acabamento Fechamento do produto Inspeção: Produto testado ok? Corrigir defeito Embalagem Expedição Término ‘Nã o Sim 26 A equipe para atuar no projeto foi assim constituída: Coordenador: Gerente de produção; Líderes do projeto: Coordenador da engenharia, Coordenador de produção e Coordenador da qualidade; Especialistas do Processo: Supervisor de Produção, Analista da Qualidade e Operador. Durante a etapa do escopo do projeto, os membros da equipe reuniram-se para definir o projeto mais precisamente de forma que garantiu que o problema fosse melhorado dentro do prazo do projeto com previsão de 6 meses. 5.2 Etapa de Medição A segunda etapa deste projeto teve como objetivo identificar e mensurar as principais variáveis influentes no processo. A estratégia adotada para a determinação das variáveis a serem investigadas foi: a definição das variáveis principais, plano de coleta de dados e medição do desempenho do processo. Esta etapa iniciou em uma reunião com toda a equipe do projeto. Neste encontro foram identificadas e avaliadas todas as variáveis que poderiam influenciar no processo. A equipe técnica identificou três variáveis de entrada que poderiam influenciar no resultado do processo, que são: deslocamento para alimentar a linha com palete, falta de controle do tempo e automatização da linha. A equipe realizou as coletas de dados, afim de obter informações quanto ao desempenho antes da implementação do projeto, e para descatar as oportunidades do projeto e obtenção de resultados que ajudassem a análise preliminar. Observou-se que no Gráfico 1, a média está abaixa da Produção Alvo – PA, ou seja, toda a produção representada no histograma está deslocada à esquerda do gráfico, por isso há uma probabilidade da produção estar muito abaixo do PA, e por outro lado poucos produzidos acima da especificação. 27 Gráfico 1 – Histograma de distribuição de dados da linha de amplificadores Antes da implantação do Projeto Seis Sigma. Fonte: Própria O Diagrama de Pareto representado no Gráfico 2, mostra um índice elevado de atraso na produção proveniente do manuseio das peças no processo de montagem do amplificadores. No decorrer de dois meses de medição foram detectados 1801 problemas para a produção de 37.994 unidades, representando o índice de problemas de 4,74% do total produzido no referido período. Gráfico 2 – Diagrama de Pareto. Fonte: Própria 975 570 113 110 25 8 54,1% 85,8% 92,1% 98,2% 99,6% 100,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% 120,0% 0 200 400 600 800 1000 1200 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0 5 10 15 20 25 30 590,00 600,00 610,00 620,00 630,00 640,00 650,00 660,00 670,00 MÉDIA- 631,90 LIE - 640 PA - 650 LSE - 660 28 5.3 Etapa Analisar O objetivo desta etapa foi analisar, dentro do grupo das variáveis selecionadas na etapa Medir, os fatores que afetam no processo da linha de amplificadores e quantificar seus efeitos em relação a variável resposta. O estudo se baseou no conhecimento dos técnicos do processo e no uso das técnicas e ferramentas da qualidade. Nesta etapa utilizou-se o Diagrama de Causas e Efeitos, pois esta ferramenta permitiu a comunicação clara entre os envolvidos no problema, estruturando-o e organizando as possíveis causas. Na sessão de Brinstorming foram apresentadas as causas potenciais conforme Figura 9.Figura 9 – Diagrama de Causas e Efeitos. Fonte: Própria 5.4 Etapa Melhorar Nesta etapa teve como finalidade a validação e implementão das melhorias do processo. O objetivo da empresa era aumentar a produção de amplificadores e reduzir o disperdício de tempo. Na Figura 10 elaborou-se o Diagrama de árvore para melhor representação e a Tabela 4 apresenta o Plano de Ação 5W2H elaborada para o planejamento das ações. Matéria Prima Medição Máquina Alimentador de esteira manual Meio Ambiente Sujeira Baixa produtividade Mão de Obra Manuseio de peças Falta de treinamento dos operadores. Método Ausência de Padrão Ausência de folha de instruçãode operação Componentes eletrônicos com defeito Iluminação Inspeção Instrumento Qualidade das placas Motivação Temperatura Falta de manutenção nos equipamentos de solda 29 Figura 10 – Diagrama de Árvore de Decisão. Fonte: Própria Tabela 4 – Plano de Ação 5W2H O que? (what) Porque? (why) Quem? (who) Onde? (where) Quando? (when) Como? (How) Quanto? (How much) Aquisição dos materiais. Mudança de Layout e automatizaç ão da linha de produção. Equipe de suprimentos Buscar fornecedores locais. Mês de Abril 2017. Levantar materiais e buscar orçamentos. R$ 600,00 Mudança de Layout e alteração da linha de produção de manual para automático. Aumento da produtivida de e reduzir o manuseio das peças. Equipe de manutenção e Engenharia. Linha de produção dos amplificadores automotivos. Mês de Maio 2017. Adaptar da linha manual para automático R$ 41.541,86 Treinar e capacitar os colaboradores. Instruir e treinar os colaborador es as suas funções nos postos de execução das tarefas. Equipe de Qualidade, Engenharia e Produção. Sala de treinamento e na produção Mês de Maio 2017. Através de material impresso, recursos de mídia e aplicação prática. R$ 3.500,00 Fonte: Própria. Aumentar a produção dos amplificadores e reduzir o disperdício de tempo. Treinar os colaboradores. Aplicar práticas do Programa 5S na empresa. Realizar a mudança no Layout e aumotatizar a linha de Produção na entrada. META: Aumentar em 55% a produção dos amplificadores automotivos. 30 Após a implementação do Projeto Seis Sigma obteu-se os resultados representados no Histogrma de Distribuição de Dados do Gráfico 3. Pode-se observar o deslocamento do gráfico mais à direita da média e acima da Produção Alvo – 980 unidade (meta de aumento de 55%). Gráfico 3 – Histograma de distribuição de dados da linha de amplificadores Depois da implantação do Projeto Seis Sigma. Fonte: Própria. De acordo com dados coletados a cada 51 segundos produzia-se um produto (antes), mas depois da implantação da linha automatizada e utilização de ferramentas da qualidade, passou-se a produzir o mesmo produto em 33 segundos representado 54% de redução do tempo, conforme a Gráfico 4. Gráfico 4 – Tempo gasto para produção de um Amplificador (Antes X Depois). Fonte: Própria. 51 33 0 20 40 60 Antes Depois Tempo (segundos) 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0 10 20 30 40 50 60 940,00 950,00 960,00 970,00 980,00 990,00 1.000,00 1.010,00 M ÉD IA - 9 9 4 ,0 4 P A - 9 8 0 31 5.5 Etapa Controlar Nesta etapa faz-se uso de documentos produzidos pelo setor da qualidade na própria empresa. Os documentos estão divididos em: Procedimentos: é um método para executar alguma determinada tarefa de forma correta; Instrução de trabalho: é um documento para execução de atividades mais generalizadas; Ficha de Testes: documento em branco que deve ser preenchido no momento da execução do teste e deve indicar seu equipamento foi aprovado no teste; Relatórios: é um documento que descreve com detalhes as informações de uma atividade técnica realizada pelo corpo técnico ou a abertura de pendências encontradas no processo; Manual de qualidade: é o principal documento que descreve com detalhes o sistema da qualidade de uma organização ou empresa e também especificando a política, diretrizes, atribuições e responsabilidades que serão adotadas na execução das atividades. O controle da qualidade é um aspecto da gestão da qualidade. Enquanto algumas atividades de controle da qualidade e controle da qualidade estão inter-relacionadas, as duas são definidas de forma diferente. O Controle da qualidade foca mais no aspecto de inspeção da gestão qualidade. A inspeção é o processo de medição, exame e teste para avaliar uma ou mais características de um produto ou serviço e sua comparação com os requisitos especificados para determinar a conformidade. Produtos, processos e vários outros resultados podem ser inspecionados para garantir que o objeto que sai de uma linha de produção ou o serviço fornecido esteja correto e atenda às especificações. 32 6 Conclusão Conclui-se que a utilização da metodologia DMAIC foi importante para a adoção de uma abordagem científica estruturada na condução da melhoria, ficando confirmada a sua robustez e possibilitando a melhoria alcançar seus objetivos de uma forma organizada, multidisciplinar e econômica. O cenário atual tem se mostrado mais agressivo: a busca incessante pelo produto mais barato e de melhor qualidade têm sido uma das preocupações dos gestores. O DMAIC é uma metodologia do programa Seis Sigma que trabalha de forma semelhante ao ciclo PDCA, o qual é uma ferramenta de gestão com a função de controle e melhoria contínua dos processos. Definir, Medir, Agir, Melhorar e Controlar são as etapas do DMAIC, que foi estabelecida como uma ferramenta de benchmarking com o objetivo de melhoria contínua e satisfação dos consumidores. O trabalho também mostra um bom planejamento do layout industrial pode trazer resultados expressivos como : Melhoria da acuracidade e qualidade de estoque; Redução do deslocamento de materiais, produtos e pessoas; Utilização racional do espaço disponível; Viabilização de supervisão e obtenção da qualidade. O que ocorria antes da mudança de layout era mau arranjo físico, aumento de custos, falta de acesso aos equipamentos, problemas ergonômicos. Com o novo Layout contribui para um ambiente mais agradável, organizado e produtivo. 7 Referências CORRÊA, H.; CORRÊA, C. A. - Administração de produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica, São Paulo, 3. ed. Atlas, 2012. GAITHER, NORMAN; FRAZIER, Greg – Administração da produção e operações –8. ed. – Cenage Learning, 2002. PEARSON, E. B. - Gestão da qualidade, São Paulo, 2011. RODRIGUES, Marcos Vinícius – Ações para a qualidade: gestão estratégica e integrada para a melhoria do processo na busca da qualidade e competitividade – 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010. SELEME, R.; SELEME, R. B. - Automação da produção: uma abordagem gerencial, Curitiba, 2011.
Compartilhar