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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CÍVEL DA COMARCA DE... DO ESTADO...
Processo nº...
ANTÔNIO AUGUSTO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do registro geral nº..., inscrito no CPF sob o nº..., residente e domiciliado na rua..., (endereço completo com CEP), endereço eletrônico, vem por meio de seu advogado, inconformado com a sentença de fls..., nos autos da AÇÃO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAL E MATERIAL, movida em face MAX TV S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede na rua..., bairro, cidade, estado, CEP:..., endereço eletrônico, neste ato, representada por..., nacionalidade, estado civil, profissão, portador do registro geral nº..., inscrito no CPF sob o nº... e LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede na rua..., bairro, cidade, estado, CEP..., endereço eletrônico, neste ato, representada por..., nacionalidade, estado civil, profissão, portador do registro geral nº..., inscrito no CPF sob o nº..., tempestivamente, após o devido preparo, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
para o Tribunal de Justiça do Estado do (a)..., apresentando as razões, em anexo.
Diante do exposto, requer que o presente recurso seja recebido nos efeitos previstos em lei, isto é, devolutivo e suspensivo.
Termos em que, pede deferimento.
Local e data
Advogado...
OAB/UF...
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: Antônio Augusto
Apelados: Max TV S.A. e Lojas de Eletrodomésticos
Ação: com pedido de indenização por dano moral e material
Processo nº:
Egrégio Tribunal,
Não merece prosperar a sentença proferida pelo juiz ad quo pelas razões a seguir expostas:
EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
	O apelante adquiriu no dia 20/10/2015, alguns equipamentos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED com 60 polegadas, com acesso à internet e outras funcionalidades que muito o atraíram no momento da compra, pelo preço R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em dia 25/11/2015, tanto o fabricante (Max TV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação perante a Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu.
	O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva argüida, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do pólo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no artigo 26, inciso II do Código de Defesa do Consumidor, considerando que decorreram mais de 90 (noventa) dias entre a data do surgimento do problema e a do ajuizamento da ação.
Nesse sentido, necessário se faz mencionar o entendimento da ilustre doutrinador Sérgio Cavalieri Filho: 
destaca que a inclusão do comerciante como responsável subsidiário foi para favorecer e reforçar a posição do consumidor, não para enfraquecê-lo. Importa dizer que a inclusão do comerciante não exclui o fornecedor; mas aumenta a cadeia de coobrigados, não a diminui. Mesmo no caso de produto impróprio, por sua má conservação entendemos, com a vênia dos respeitáveis entendimentos em contrário, que o fabricante ou produtor não fica excluído de indenizar.
Entretanto, se o comerciante efetuar o pagamento pelo dano sofrido poderá exercer direito de regresso contra os fornecedores de produtos responsáveis em primeiro plano, conforme prevê o parágrafo único do artigo 13 do Código de Defesa do Consumidor. (CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 10ª edição, rev. E ampl.. São Paulo: Atlas, 2012.
 
	Ao contrário do que apresentou na sentença, há solidariedade entre o varejista que efetuou a venda do produto e o fabricante em adquirir a propositura da ação em face de ambos, na qualidade de litisconsortes passivos, conforme a conveniência do autor. A responsabilidade solidária entre as Lojas de Eletrodomésticos Ltda. e a Max TV S.A. encontra fundamento nos artigos 7º, parágrafo único e no artigo 25, parágrafo 1º e no artigo 18º, todos do Código de Defesa do Consumidor, sendo que assevera este ultimo:
Artigo 18 – Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitando as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes vencidas.
	Pretende-se pedir o afastamento da decadência. No que concerne ao primeiro pedido, referente à substituição do produto, existe reclamação referente à substituição do produto conforme artigo 26, parágrafo 2º, inciso I do Código de Defesa do Consumidor, configurando causa obstativa da contagem do prazo decadencial. Assim, temos:
“Artigo 26 – O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
§ 2º - Obstam a decadência:
I – a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca”.
	Além disso, no tocante aos demais pedidos, trata-se de responsabilidade civil por fato do produto, não por vicio, haja vista os danos causados pelo autor da ação, a atrair a incidência dos artigos 12 e 27 do Código de Defesa do Consumidor, de modo que a pretensão autoral não se submete à decadência, mas no prazo prescricional de 5 (cinco) anos, estipulado no último dos dispositivos ora mencionados, em cuja tempestividade é inequívoca, dada a previsão, dada a previsão constante no artigo 27 do Código de Defesa do Consumidor, o qual assevera: 
“Artigo 27 – Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capitulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria”.
Nesse sentido temos uma decisão favorável do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
“RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO DISTRIBUIDOR. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. FABRICANTE IDENTIFICADO. Consoante exegese dos artigos 12 e 13 do CDC, a responsabilidade do comerciante/distribuidor por danos oriundos de acidente de consumo é subsidiária. Entendimento doutrinário e jurisprudencial. Caso em que, plenamente identificado o fabricante do produto, contra quem fora igualmente dirigida a demanda, o comerciante/distribuidor é parte ilegítima para responder à ação. Precedentes desta Corte. Processo extinto, sem resolução do mérito, com relação ao réu-comerciante/distribuidor. Art. 267, inc. VI e § 3º, do CDC. ELETRODOMÉSTICO COM DEFEITO. PROBLEMA INSOLUCIONÁVEL. SEM REPARAÇÃO DE PEÇAS. VÍCIO OCULTO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. APELAÇÃO DA RÉ IMPROVIDA E RECURSO DO AUTOR PROVIDO. UNÂNIME.” (Apelação Cível Nº 70063152086, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana, Julgado em 27/08/2015
PEDIDO DE NOVA DECISÃO
	Requer que o recurso seja conhecido e provido para reformar a sentença proferida pelo magistrado, julgando procedentes os pedidos produzidos na peça, por todo exposto requer a Vossa Excelência ainda que seja:
1 - Reformada a sentença anterior, para julgar procedentes os pedidos produzidos na peça vestibular,na hipótese de a causa encontrar-se madura para o julgamento, segundo o artigo 515, § 3º, do Código de Processo Civil;
2 - Incluso o nome do comerciante no pólo passivo, após o reconhecimento de sua legitimidade passiva; 
3 - Afastado o acolhimento de decadência, por se tratar de responsabilidade pelo fato do produto; 
4 - Intimados os apelados para apresentar contra-razões;
5 - Determinado o retorno dos autos ao juízo de primeira instância, para prosseguimento do feito.
Termos em que, pede deferimento
Local, data
Advogado...
OAB/UF...

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