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APELAÇÃO - DION ALIF CRUZ DE SOUZA - SEMANA 11 - PROFESSORA GABRIELLA WANDERLEY

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PRÁTICA CIVIL 4 – PROFESSORA GABRIELLA WANDERLEY
NOME: DION ALIF CRUZ DE SOUZA. MATRÍCULA: 201510756868
RECURSO DE APELAÇÃO – CASO CONCRETO SEMANA 11
Antônio Augusto, ao se mudar para seu novo apartamento, recém-comprado, adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu, requerendo:
 (i) a substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado; 
(ii) indenização de aproximadamente trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos demais aparelhos danificados; e
 (iii) indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter sido solucionada em tempo razoável, motivo pelo qual a família ficou, durante algum tempo, sem usar a TV. 
O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguída, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. A sentença não transitou em julgado. Na qualidade de advogado(a) do autor da ação, indique o meio processual adequado à tutela do seu direito, elaborando a peça processual cabível no caso, excluindo-se a hipótese de embargos de declaração, indicando os seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente
RESPOSTA ABAIXO
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA DA CIDADE-ESTADO
Processo nº (...)
Antônio Augusto, Já devidamente qualificado nos atos, conforme ação que move em face da Max S.A e loja de eletrodomésticos S.A, por intermédio de seu advogado, que este subscreve, conforme procuração em anexo, com endereço eletrônico em Cidade-Estado, para fins do artigo 77 inciso V CPC, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
Com fundamento no artigo 1.009 e seguintes do Código de Processo Civil, assim como os demais artigos pertinentes a matéria, buscando com isto a modificação da sentença proferida nos autos desta lide, conforme razões de fato e de direitos expostas a seguir.
Requer ainda que, após o cumprimento das formalidades exigidas e preenchidas neste pleito, a intimação da parte apelada para ofertar as contrarrazões. 
Posto isto, busca que seu apelo seja recebido em duplo efeito e remetido ao Juízo Ad Quem, Tribunal de Justiça da Estado de XX, ato contínuo segue na oportunidade, as sentenças proferidas nas folhas XX. 
Nestes termos, pede deferimento
Local, Data
Advogado OAB UF (...)
AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO ESTADO – XX
RAZÕES DE APELAÇÃO 
Processo nº (...)
Recorrente: Antônio Augusto, estado civil, portador de carteira de identidade nº (...), inscrito no CPF nº (...), endereço eletrônico, residente e domiciliado em Cidade-Estado;
Recorrido: Max TV S.A. e Loja de Eletrodomésticos LTDA, Pessoas Jurídicas de Direito Privado Com CNPJ respectivamente, nº (...) e nº (...), com endereço respectivamente em Cidade-Estado e Cidade Estado;
Insignes Desembargadores, 
1. TEMPESTIVIDADE
Inicialmente, gostaria de salientar, que o presente Recurso Ordinário se encontra tempestivo, uma vez que a notificação para ciência da decisão foi postada em (...), recebida em (...) iniciou-se o prazo em (...) vencendo após seus 15 dias em (...), data em que está sendo protocolado o presente apelo.
2. DOS FATOS
Egrégio Tribunal, o recorrente mudou-se de apartamento, momento este que adquiriu, em 20.10.2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma Televisão LED, com sessenta polegadas, acesso a internet e outras dispositivos e aplicativos para melhor conforto, em um preço justo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). A Compra foi realizada na loja Eletrodomésticos LTDA, da marca da Fornecedora MAX TV S.A., ambos em polo passivo desta demanda. 
	Entretanto, após seus primeiros 30 dias de funcionamento, a empresa apresentou um defeito de superaquecimento que levou a uma explosão da sua fonte de energia, além de trazer danos irreparáveis aos aparelhos domésticos que estavam ligados ao televisor. 
	O Recorrente foi a loja e lhes apresentou a reclamação, conforme protocolo que segue em anexo, não logrando êxito e sendo surpreendido com tamanha inércia e desinteresse por parte de ambas. Para se ter uma ideia a reclamação foi feita na data de 25.11.2015, e os mesmos permaneceram inertes até a data que foi protocolada a ação que segue em anexo e é objeto deste recurso, em 10.03.2016, oportunidade em que foi apresentada perante o Juízo os fatos e os fundamentos que trago a este Juízo. 
A Ação foi proposta perante Vara Civil em face da Fábrica de aparelho e da loja em que foi adquirido o televisor, requerendo no mérito, a indenização por danos materiais sofridos, em um calculo levantado por perito no valor de R$ 35.000,00 mil reais, onde aponta as causas dos danos suportados nos eletrodomésticos, documentação também segue em anexo. 
Todavia, o Juiz da presente ação, acolheu uma preliminar de ilegitimidade passiva arguida na contestação pela loja, sendo assim a mesma foi excluída do polo passivo, fundamentado no artigo 12 e 13 do CDC.
Além disto, foi arguido também prejudicial de mérito pelo outro polo passivo, o fornecedor, alegando decadência, com fundamento no artigo 26 inciso II, também do CDC (código de defesa do consumidor), apontando os 90 dias decadenciais que transcorreram da data de surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. 
Apesar do reconhecimento e do respeitável senso de Justiça do Juízo de primeira instância, verifica-se aqui uma inconstância na sentença que contraria a lei vigente para o caso em comento, visto que tal decisão não merece prosperar. Diante do exposto, segue a seguir a fundamentação aplicável ao caso, demonstrado os motivos pelos quais a decisão não merece prosperar. 
3. DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
3.1. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Eméritos Desembargadores, a sentença acolheu uma preliminar contraria a legislação vigente em relação a responsabilidade de uma das partes do polo passivo. A Decisão em questão carece certamente de reforma. Conforme legislação do próprio Código de defesa do consumidor, no artigo 18, temos que os fornecedores de produtos de consumo, como é o caso do televisor, independentes se estes são duráveis ou não duráveis, respondem solidariamente pelos vícios de qualidade e quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como aqueles decorrentes da disparidades, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor, inclusive, exigir a substituição das partes viciadas. 
Seguindo esta linha, é notório o reconhecimento da solidariedade geral entre todos os fornecedores da produção em cadeia e da distribuição em cadeia, vez que o CDC adota uma concepção que abrange o conceito de fornecedor, não se limitando a um. 
Somado a isto, o artigo 3 do CDC, também discorre sobre o conceito, senão vejamos:
Art. 3° CDC: Fornecedoré toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Logo, verificamos a responsabilidade por vício do produto atinge em cheio ambos de maneira solidária, assim nos aponta o Código de defesa do consumidor. 
3.2. DA DECADÊNCIA
Além da responsabilidade Solidária, verifica-se também que a legislação vigente segue em sentido contrária no que tange a decisão proferida a cerca da decadência. Isto porque temos que o artigo 26, parágrafo 2 do CDC sinaliza que a contagem do prazo é interrompida com a reclamação formulada pelo consumidor perante o fornecedor do produto e do serviço, até a resposta negativa do correspondente, fato que não ocorreu. Vejamos o artigo 26 e º2 CDC, in verbis: 
 “Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;”
	Além disso, no tocante aos demais pedidos, a responsabilidade tratada aqui é por fato do produto, e não por vício, haja vista que os danos sofridos pelo autor da ação atrai a incidência do artigo 12 e 27 do CDC, de forma que não há a decadência para a pretensão, mas o prazo quinquenal previsto nos dispositivos supracitados. 
Assim, é tempestiva a reclamação trabalhista apresentada pela parte recorrente, visto que não incide o fenômeno da decadência em seu pedido. 
4. DOS PEDIDOS
Diante dos fatos e do direito acima expostos, requer o recorrente que esta Egrégia Turma, conheça do Recurso Ordinário ora interposto e lhe dê provimento:
1. Que seja julgado procedente o recurso interpôs com a consequente reforma dos fatos controversos apontados e fundamentos em legislação atual, com a reforma da sentença proferida pelo Juízo ad Quo, como o afastamento do acolhimento de decadência por se trata de responsabilidade pelo fato do produto, e alternativamente a interrupção da prazo decadencial, conforme artigos 12, 27 e 26 § 2 respectivamente;
2. A Inclusão do comerciante, no polo passivo, conforme art. 18 CDC;
3. A Intimação dos apelados para apresentar as contrarrazões;
4. Juntada das guias de preparo;
5. PROVAS
Requer e protesta, por todos os meios admissíveis e moralmente legítimos em conformidade com art. 369 CPC, em especial a prova documental, e o depoimento das partes. 
Nestes Termos, Pede Deferimento
Local, Data.
Advogado OAB UF nº (...)

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