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Oxigenioterapia Pulmões: Funções primordiais: -Troca gasosa; -Metaboliza alguns compostos (angiotensina I p/a angiotensina II); -Filtra materiais; -Reservatório de sangue. Pulmões: Funções primordiais: - BRADICINA ------- ATÉ 80% INATIVA - SEROTONINA ------- QUASE COMPLETAMENTE REMOVIDA - NOREPINEFRINA ----- ATÉ 30% REMOVIDA Histórico Descoberto em agosto de 1774 por Joseph Pristley caracterizado como um gás com as seguintes propriedades: Inodoro; Insípido; Transparente; Provedor de combustão. Conversão de nutrientes em energia intracelular. Histórico O oxigênio foi descoberto há mais de 200 anos e que é de vital importância para o ser humano. O seu uso como forma de tratamento médico em hospitais iniciou por volta de 1922, e na década de 50 já se prescrevia pequenos cilindros de oxigênio sob pressão para serem utilizados durante deambulação em portadores de DPOC grave; O seu uso diminuiu a mortalidade em pacientes com DPOC; (MACHADO, 2001). Ar atmosférico 20,84% Oxigênio; 78,62% Nitrogênio; 0,04 % Gás carbônico; 0,5% gases vestigiais ( Argônio ). Ventilação / respiração? Ventilação: Processo de entrada e saída de ar do sistema respiratório; Lei de Dalton Em uma mistura gasosa, cada gás exerce uma pressão proporcional a sua concentração. 760mmHg (1 ATM). A tensão de oxigênio inspirado é em torno de: 159mmHg. Lei de Fick: A quantidade de gás que se move através de uma lâmina de tecido é proporcional a área de lâmina mais inversamente proporcional a sua espessura. Transporte de Oxigênio Plasma; Cada 100ml de sangue dissolvem 0,3ml de O2. O2 CO2 RESPIRAÇÃO Relação PaO2/FiO2 Indice de oxigenação: PaO2/FIO2>400 mmHg – normal; PaO2/FIO2>300-400 mmHg – déficit de oxigenação,mas ainda não em níveis de insuficiência respiratória; • PaO2/FIO2<300 mmHg – insuficiência respiratória; • PaO2/FIO2<200 mmHg – insuficiência respiratória grave CARVALHO,CR, Serie brasileiras em terapia intensiva,volume 8, Atheneu, 2000. Oxigenação depende da: Pressão de Oxigênio do plasma ao redor das hemácias; Composição do ar inspirado; Frequência de ventilação alveolar; Eficiência da troca gasosa entre os pulmões e sangue. Hipoxemia Definição: Redução anormal da quantidade de oxigênio no sangue arterial, ocorrendo geralmente em função do funcionamento inadequado dos pulmões. Hipoxia: tissular Causas de hipoxemia Hipoventilação Shunt Desigualdade V/Q Difusão - comprometimento Tipos de Hipóxia Hipóxia: PaO2 baixa -Fisiológica: altitude; -Hipoventilação alveolar; -Capacidade de difusão diminuída; Tipos de Hipóxia Hipóxia anêmica: Redução da quantidade total de O2 ligado a hemoglobina. -Perda de sangue; -Monóxido de carbono impedindo a ligação Tipos de Hipóxia Hipóxia isquêmica: Causada pelo fluxo reduzido de sangue nos tecidos. -Falência cardíaca; -Choque; Tipos de Hipóxia Hipóxia histotóxica: Dificuldade das células em utilizar O2 devido a envenenamento. -Cianeto e outros venenos metabólicos. Causas freqüentes de Hipoxemia Diminuição da Pressão parcial arterial de oxigênio por diminuição da quantidade de O2 ofertada; Aumento do gasto cardíaco; Hipovolemia; Queda da hemoglobina; Quem necessita de oxigenioterapia? Como se deve administrar? Como deve ser feita a monitorização? Quais são os riscos ? 20,9 - O2 71,1 – outros gases Ar inspirado PaO2 normal – 80 a 100mmHg PaO2 ideal é medida de acordo com a idade: PaO2 ideal= 109 - 0,43 x idade (anos) Oxigenoterapia – Indicações: Segundo a “American Association for Respiratory Care” (AARC), as indicações básicas de oxigenoterapia são: ➢ PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente).; ➢ Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias; ➢ IAM; ➢ Intoxicação por gases (monóxido de carbono); ➢ Envenenamento por cianeto Monitorização da oxigenação Hemogasometria: PaO2 <80mmhG Saturação de O2: (SaPO2) 90 a 100% Oximetria de pulso • SpO2 e PaO2 97% - PaO2 em torno de 98 mmHg 90% - PaO2 em torno de 60 mmHg 80% - PaO2 em torno de 48 mmHg Curva da dissociação da hemoglobina abaixo de 90% de saturação a PaO2 cai rapidamente. Sinais clínicos da hipóxia Respiratórios: Taquipnéia; Dispnéia; Palidez; Cianose; Sinais clínicos da hipóxia Cardiovasculares Taquicardia ou bradicardia; Hipertensão arterial; Arritmias. Sinais clínicos da hipóxia Neurológicos Agitação; Desorientação; Cefaléia; Sonolência; Distúrbio de atenção; Confusão; Tempo de reação lenta; Desinteresse; Coma. Objetivos da oxigenioterapia Corrigir a hipoxemia aguda suspeita ou comprovada; Reduzir carga de trabalho que a hipoxemia impõe ao sistema cardiovascular. Toxidade Pulmonar pelo Oxigênio DEPRESSÃO DA VENTILAÇÃO; RETINOPATIA DA PREMATURIDADE; ATELECTASIA DE ABSORÇÃO; CUIDADOS: Exposição do paciente ao O2 a 100% a menos de 24 horas sempre que possível; FiO2 elevadas podem ser aceitáveis se puder ser diminuída a 70% em 2 dias a 50% ou menos em torno de 5 dias. 1 fase 12 a 24 horas; Traqueobrônquite, tosse seca, diminuição da capacidade vital, dor subesternal e redução da atividade ciliar. 2 fase 24 a 36 horas; Paresia, náuseas, redução acentuada da capacidade vital e bioquimicamente manifestar alterações de síntese proteica nas células endoteliais. 3 fase Entre 36 e 48 horas; Redução da complacência pulmonar, da capacidade de difusão e um aumento da diferença arterioalveolar de O2. 4 fase Entre 48 e 60 horas. Inativação do surfactante e edema alveolar com aumento de permeabilidade. * Acima desse tempo SARA. Administração: Baixo fluxo Fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de 8 l/min ou menos Cânula nasal ou óculos – Geralmente, utilizam-se fluxos a 8l/min. Cateter nasal – Este dispositivo deveria atingir a úvula; no entanto, sua inserção geralmente se faz às cegas até uma profundidade igual à distância entre o nariz e o lóbulo da orelha Máscara Facial – As máscaras faciais são os sistemas mais comumente utilizados. Existem três tipos de máscaras: a simples, a de reinalação parcial e a de não-reinalação. Alto fluxo Fluxo maiores que 60lpm.Estes dispositivos misturam ar e oxigênio para determinar uma concentração necessária através de sistemas de arrastamento de ar. • Sistemas de arrastamento: baixas concentrações e valores exatos. • Misturadores de ar: VM alto e altas concentrações de O2. Geradores de Fluxo – São recursos utilizados para gerarem alto fluxo através de arrastamento de ar. A fonte de oxigênio passa através de duas válvulas de agulha; uma propulsiona o jato, determinando a quantidade de ar arrastado e a outra fornece oxigênio suplementar para aumentar a FiO2. Este tipo de gerador é utilizado para se realizar ventilação não invasiva através de máscara facial siliconizada e é acoplado a uma fonte de 50 psig, fornecendo concentrações de O2 de 30% a 100% com fluxos até 100l/min. Máscara com Reservatório de Oxigênio Catéter nasal alto fluxo de Oxigênio Fluxômetros Umidificadores FIO2 1. Lpm – 24% 2. Lpm – 28% 3. Lpm – 32% 4. Lpm – 36% 5. Lpm – 40% Capacete – Capuz – Halo ou Hood • Aquecido e umidificado• Oferta de 7 a 15 L - mim PaO2 > 50 mmHg SpO2 > 87 % Prevenção de Hipoxemia Recomendação: A hiper-oxigenação (FIO2 = 100) deve ser utilizada previamente ao procedimento de aspiração traqueal para diminuir a hipoxemia induzida pela aspiração traqueal. Grau de Recomendação: A Comentário: A hiper-oxigenação com FiO2 de 100% associada à hiperinsuflação com VT 50% maior que o basal durante três a seis ciclos respiratórios foram as técnicas mais estudadas para prevenir a hipoxemia durante a aspiração. Lorente L, Lecuona M, Martin MM et al - Ventilator-associated pneumonia using a closed versus an open tracheal suction system. Crit Care Med, 2005;33:115-119 Oxigênio Gasoso => em cilindros. Oxigênio Líquido => reservatório criogênico de O2 líquido e mochila portátil.