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MODELO PROJETO TCC - EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA

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UNIVERSIDADE PROF. JOSÉ DE SOUZA HERDY - UNIGRANRIO
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
WANDERSON BRUNO PORTO PEREIRA
ATIVISMO JUDICIAL: A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA FRENTE AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
DUQUE DE CAXIAS
2018
WANDERSON BRUNO PORTO PEREIRA
ATIVISMO JUDICIAL: A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA FRENTE AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso/TCC (Artigo Científico) apresentado ao curso de Graduação em Direito como parte dos requisitos parciais para obtenção de grau de bacharel em Direito, sob orientação do Prof. Hailton Pinheiro.
DUQUE DE CAXIAS
2018
TEMA DELIMITADO
Ativismo Judicial: A Execução Provisória da Pena Frente ao Princípio da Presunção de Inocência.
PROBLEMÁTICA
Com o atual posicionamento do STF o princípio da presunção de inocência está sendo violado ou a interpretação do texto constitucional é necessária para garantia do direito à segurança.
SUMÁRIO (PROJETO)
1 INTRODUÇÃO…………………….…………………………………….………… 1
2 JUSTIFICATIVA…………………..………………………………………………. 3
3 OBJETIVOS…………………….……………………………………………….… 5
3.1 Objetivos Gerais........……….………………………………………….………. 5
3.2 Objetivos Específicos............………………………………………….………. 5
4 BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………… 6
1 INTRODUÇÃO
 A Constituição Federal de 1988, denominada por Ulysses Guimarães de Constituição Cidadã, consagrou diversos princípios necessários à manutenção do Estado Democrático de Direito, dentre eles, um dos princípios basilares do direito processual penal brasileiro, a presunção de inocência, fundamentada no art.5°, inciso LVII da Carta Maior, que dispõe: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.[2: BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 28 de maio de 2018.]
 O princípio supramencionado retrata a evolução do direito processual penal quando observamos os sistemas adotados no país. Inicialmente, a partir do período colonial, o processo penal adotava o sistema inquisitório, que predominou historicamente em países de maior repressão, caracterizados pelo totalitarismo e autoritarismo e, somente mais tarde, o Brasil passou a adotar, apesar das divergências doutrinárias, as características do sistema acusatório. De acordo com Fernando Capez no Brasil predomina o sistema processual penal acusatório e ressalta:[3: CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 15ª Ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 45.]
"O sistema acusatório pressupõe as seguintes garantias constitucionais: da tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV), do devido processo legal (art. 5º, LIV), da garantia do acesso à justiça (art. 5º, LXXIV), da garantia do juiz natural (art. 5º, XXXVII e LIII), do tratamento paritário das partes (art. 5º, caput e I), da ampla defesa (art. 5º, LV, LVI e LXII), da publicidade dos atos processuais e motivação dos atos decisórios (art. 93, IX) e da presunção da inocência (art. 5º, LVII)”.
A execução provisória da pena, também conhecida por prisão em segunda instância, foi assunto de algumas decisões da Corte Maior. Mesmo após o advento da Constituição Federal de 1988 e a consagração do princípio da presunção de inocência em seu texto, o STF tinha o entendimento de que era cabível a prisão após a decisão condenatória em segundo grau de jurisdição, ainda que ausentes os requisitos da prisão cautelar.
Todavia, no ano de 2009, no julgamento do Habeas Corpus n° 84.078-7/MG o STF alterou o seu entendimento no sentido de que a prisão antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória era inconstitucional.
Em 17 de fevereiro de 2016 o Pretório Excelso novamente voltou a tratar do tema, e no julgamento do Habeas Corpus n° 126.292/SP decidiu que era cabível a prisão do réu após a decisão condenatória em tribunal de apelação, levantando novos debates sobre o tema.
O STF ao longo dos anos tem ganhado cada vez mais o protagonismo no ordenamento jurídico diante das suas decisões em vários ramos do Direito. Essa patente atuação é conhecida no mundo jurídico por ativismo judicial. Nesse sentido, Elival da Silva Ramos conceitua o fenômeno jurídico:[4: RAMOS, Elival da Silva. Ativismo judicial: parâmetros dogmáticos. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 116-117.]
“Por ativismo judicial deve-se entender o exercício da função jurisdicional para além dos limites impostos pelo próprio ordenamento que incumbe, institucionalmente, ao Poder judiciário fazer atuar, resolvendo litígios de feições subjetivas (conflitos de interesse) e controvérsias jurídicas de natureza objetiva (conflito normativo). Há, como visto, uma sinalização claramente negativa no tocante às práticas ativistas, por importarem na desnaturação da atividade típica do Poder Judiciário, em detrimento dos demais Poderes”.
Assim, observando o conceito trazido pelo respeitável doutrinador, é notório que o tema “execução provisória da pena”, é, também, consequência do fenômeno conhecido por ativismo judicial. Dessa forma, a presente pesquisa será desenvolvida em três capítulos, a saber: o primeiro abordará o ativismo judicial, verificando seus aspectos históricos e conceitos doutrinários; seguidamente, no segundo capítulo, será abordado o princípio da não-culpabilidade, analisando sua evolução e a atual aplicação no ordenamento jurídico; por fim, no terceiro capítulo, adentraremos no ponto principal do respectivo trabalho, analisando as espécies de prisão cautelar e os julgados do Supremo Tribunal Federal referente à prisão em segunda instância. 
2 JUSTIFICATIVA
O Brasil encontra-se na época das mídias sociais, da tecnologia e da globalização, por consequência, cada vez mais a informação se torna acessível ao cidadão, este, por sua vez, tem a maior compreensão dos seus direitos e entende que deve buscar o judiciário para o exercício desses direitos.
Assim, a jurisprudência tem evoluído cada vez mais no Brasil, de tal forma que no direito contemporâneo passou a ser essencial na vida da sociedade, considerando que a legislação, muitas vezes é dúbia e o Poder Legislativo, por sua vez, não consegue acompanhar a evolução da sociedade e mostra-se cada vez mais inerte frente aos avanços sociais e culturais.
A Constituição Federal de 1988 outorgou ao STF a guarda do seu texto normativo, assim à Corte Maior cabe interpretar a lei ou outro ato normativo e dizer se está em conformidade com a Carta Magna. No entanto, surgem alguns problemas quando o Pretório Excelso faz interpretação do próprio texto constitucional e vincula o seu juízo de valor a toda sociedade.
Como já observado, a Carta Magna positivou o princípio da presunção de inocência em seu texto normativo e, da leitura seca do texto constitucional em seu art.5°, LVII, depreende-se que somente após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória poderá o réu ser preso.
Obviamente é uma interpretação lógica da leitura do texto. Todavia, de acordo com o dicionário Michaelis, interpretar é “dar determinado sentido a”, dessa forma a interpretação é uma análise subjetiva e que pode ter diferentes significados para variadas pessoas.
Considerando que o princípio da presunção de inocência é uma garantia fundamental no direito processual penal, fruto de dura e longa evolução histórica do direito, a maior parte da doutrina, e até mesmo a própria jurisprudência, tem demonstrado preocupação quanto a esse tema.
Nessa linha, o Presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), André Kehdi diz:[5: DE VASCONCELLOS, M.; LUCHETE, F.; GRILLO, B. Onda punitivista. Para advogados, STF curvou-se à opinião pública ao antecipar cumprimento de pena. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-fev-17/advogados-stf-curvou-opiniao-publica-antecipar-pena.Acesso em: 29 de maio de 2018.]
“Todos os países que são grandes encarceradores estão reduzindo a população presa, mas o Brasil marcha na contramão da história, determinando que a pena seja cumprida antes de o Estado definir os limites da punição, atropelando o devido processo legal”.
Para a doutrina majoritária, permitir a prisão após a condenação em tribunal de apelação é um posicionamento teratológico, consoante a isso é importante destacar a fala de Guilherme San Juan Araújo:[6: Ibidem.]
“A decisão do STF está em dissonância com a carta garantista de 1988, ao passo que viola o princípio da presunção de inocência, tão duramente conquistado. Importante que lembremos que não são poucos os casos em que o Superior Tribunal de Justiça e o STF reformam total ou parcialmente decisões penais condenatórias. O prejuízo que será trazido com o novo marco será irreparável nesses casos.”
Todavia, para os que são favoráveis à execução provisória da pena, os argumentos envolvem aspectos práticos do direito processual penal. Dentre eles, está a realidade socioeconômica do país, onde notoriamente quem possui mais recursos financeiros consegue manter ótimos advogados e, consequentemente, há o uso abusivo e procrastinatório do direito de recorrer para que se possa evitar o trânsito em julgado. Em seu voto, o Ministro Luís Roberto Barroso cita que:[7: Voto do Ministro Luís Roberto Barroso no julgamento do HC 126.292/SP, p.46. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=10964246. Acesso em: 31/05/2018.]
“No conhecido caso “Pimenta Neves”, referente a crime de homicídio qualificado ocorrido em 20.08.2000, o trânsito em julgado somente ocorreu em 17.11.2011, mais de 11 anos após a prática do fato. Já no caso Natan Donadon, por fatos ocorridos entre 1995 e 1998, o ex Deputado Federal foi condenado por formação de quadrilha e peculato a 13 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão. Porém, a condenação somente transitou em julgado em 21.10.2014, ou seja, mais de 19 anos depois. Em caso igualmente grave, envolvendo o superfaturamento da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo, o ex-senador Luiz Estêvão foi condenado em 2006 a 31 anos de reclusão, por crime ocorrido em 1992. Diante da interposição de 34 recursos, a execução da sanção só veio a ocorrer agora em 2016, às vésperas da prescrição, quando já transcorridos mais de 23 anos da data dos fatos.”
Dessa forma, é evidente que há um impasse quanto à análise do texto constitucional e a realidade processual do país.
3 OBJETIVO
3.1 OBJETIVOS GERAIS 
Analisar a execução provisória da pena confrontando-a com o princípio da presunção de inocência. 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Entender o conceito de ativismo judicial, analisar os aspectos do princípio da não-culpabilidade e os diferentes julgados do STF quanto à execução provisória da pena.
4 BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 28 de maio de 2018. 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Habeas Corpus nº 126292, do Tribunal Pleno. Paciente: Marcio Rodrigues Dantas. Impetrante:... Coator: relator do HC Nº 313.021 do Superior Tribunal de Justiça. Relator (a): Min. Teori Zavascki, 17 fev. 2016. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=10964246. Acesso em: 31 de maio de 2018.
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 15ª Ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2008. 
DE VASCONCELLOS, M.; LUCHETE, F.; GRILLO, B. Onda punitivista. Para advogados, STF curvou-se à opinião pública ao antecipar cumprimento de pena. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-fev-17/advogados-stf-curvou-opiniao-publica-antecipar-pena. Acesso em: 29 de maio de 2018.
RAMOS, Elival da Silva. Ativismo judicial: parâmetros dogmáticos. São Paulo: Saraiva, 2010.

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