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Direito penal Adm. pública Condescendência criminosa Art. 320: sumaríssimo → pena inferior a 2 anos → Crime ligado ao poder disciplinar da adm. Publica → sujeito ativo: FP, superior hierárquico → núcleos do tipo: * deixar de responsabilizar (crime omissivo próprio) subordinado que cometeu infração no exercício do cargo. * não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente quando lhe falte competência (responsabilizar o subordinado) crime omissivo próprio → elemento subjetivo do tipo: crime doloso, movido pelo sentimento de indulgência. Advocacia administrativa Art. 321: sumaríssimo → visa coibir desvio de função/ finalidade por parte do funcionário público. O FP age como se fosse advogado particular. → núcleo do tipo: patrocinar (defender, tutelar, pleitear) interesse privado perante a adm. Publica valendo-se da qualidade de FP → crime comissivo → interesse ilegítimo = crime qualificado Violência arbitraria art. 322 → Crime revogado tacitamente pela lei de abuso de autoridade (Lei 4898/65) Abandono de função art. 323 → o nome do crime está errado, haja vista que o que configura o crime é o abandono de cargo público → núcleo do tipo: abandonar (largar, deixar ao desamparo) cargo público fora dos casos permitidos em lei. → norma penal em branco. → doutrina majoritária: crime omissivo próprio sob protestos → consumação: nos estatutos dos Fps, assim como na clt, o prazo para caracterizar o abandono de cargo é de 30 dias, só que o código penal não seguiu essas regras. Sendo o prazo então Juridicamente relevante apto a ensejar prejuízo publico → crime formal, pois basta o abandono → qualificadoras: se do fato resulta prejuízo público. * se o fato ocorre em faixa de fronteira (presume-se que faixa de fronteira, em tese, a possiblidade de prejuízo público seja maior). Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. Art. 324 → o crime deve ser bipartido. → núcleos do tipo: entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais * continuar a exercer a função pública sem autorização depois de saber que foi oficialmente exonerado, substituído, removido ou suspenso. → crime comissivo/ norma penal em branco homogênea → o marco inicial para a pratica do crime é a nomeação. Violação de sigilo funcional art. 325 Por qual crime responde FP que revela conteúdo sigiloso de concurso público? fraudes incertames de interesse público. Art. 311 – a Por qual crimes responde o advogado/ psicólogo que revela conteúdo sigiloso de cliente/ paciente? Violação de segredo profissional. 154 → núcleo do tipo: facilitar a revelação → figuras equiparadas: permitir ou facilitar mediante empréstimo de senha acesso de pessoas não autorizadas ao sistema de informações Continuação 28/03/2018 → consumação: crime formal, basta facilitar revelação ou é crime material, preciso do resultado? Com a simples realização da conduta (crime formal, resultado cortado ou consumação antecipada). A prova de que o crime é formal é que o parágrafo segundo traz como qualificadora a circunstância de dano à Adm. publica ou a outrem Generalidades dos crimes contra adm. Publica: Progressão de regimes: a reparação do dano ou a devolução do ilícito é requisito especial para a progressão de regime nos crimes contra a adm. Publica. Art. 33, parágrafo 4º, CP Efeitos da condenação: a perda do cargo função pública ou mandato eletivo constitui efeito extra penal e não automático da sentença penal condenatória quando: → a pena prisional aplicada for igual ou superior a 1 ano nos crimes praticados com violação do dever funcional. → quando a pena prisional aplicada for superior a 4 anos nos demais casos. Art. 92, inciso I, CP – efeito não automático Extraterritorialidade incondicionada: Art. 7º, inciso I, alínea c, CP. Ficam sujeitos a lei penal brasileira embora cometidos no estrangeiro os crimes contra a adm. Publica por quem está a seu serviço. Penas idênticas = detratação Procedimento especial: os crimes funcionais estão sujeitos a rito (procedimento) especial nos arts. 513 e seguintes do CPP. A diferença é que nesse rito existe a notificação previa do acusado. Improbidade administrativa: diploma legal – lei 8429/92 c/c Art. 37, parágrafos 4º e 5º CF → natureza da ação: natureza cível. Nome da ação: ACPIA → legitimidade ativa: MP ou pessoa jurídica interessada → legitimidade passiva: qualquer agente público, bem como o particular beneficiado pelo ato → espécies de ato de improbidade: Ato que importa enriquecimento ilícito Ato que importa prejuízo ao erário Ato que viola princípio administrativo Sanções: → perda da função publica → obrigação de reparar o dano → suspensão dos direitos políticos → multa civil → indisponibilidade dos bens → proibição de contratar o poder público ou de receber benefícios creditícios. Continuação 04/04/2018 Cap. II: crimes praticados por particular contra a adm. em geral – art. 328 a 337-a → usurpação de função pública – art. 328: * Particular começa a exercer indevidamente a função pública, sem ter sido nomeado ou aprovado em um concurso Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum), inclusive o FP, desde que a função usurpada não esteja entre as atribuições do cargo que ocupa. Núcleo do tipo: usurpar = tomar para si, assumir o exercício de função pública. Trata-se de crime comissivo Procedimento ordinário Obs.: cumpre não confundir o art. 324, primeira parte com o art. 328. Este é crime praticado por particular. Aquele é crime praticado por FP. No art. 324 o agente já foi nomeado pelo Estado, enquanto que no art. 328 não existe a nomeação. Qualificadora: ocorre quando o agente aufere vantagem, seja patrimonial ou não. → resistência – art. 329: Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum) Núcleo do tipo: opor-se = criar obstáculos, resistir a execução de ato legal mediante violência ou ameaça. Resistência passiva: ex.: mandado de prisão expedido contra um terceiro, os policiais se dirigem a residência do executado para o cumprimento do mandado e o executado, se agarra em uma arvore, sem tocar nas pessoas. A RESISTENCIA PASSIVA NÃO CONFIGURA O CRIME (SE JOGAR NO CHÃO, SE ABRAÇAR NA ARVORE). Precisa de grave ameaça para configurar o crime: não, basta a ameaça O sujeito ativo pode ser pessoa alheia a execução do ato legal, como o pai que resiste a prisão legal do filho mediante violência O particular apenas comete o crime caso ele se oponha ao ato legal, material ou formal (emanado de uma autoridade competente) ex.: mandado de prisão expedido pelo juiz para que seja cumprido as 2 da manhã, o executado resiste, configura-se o crime: Não, pois o ato é ilegal, pois durante a noite, em princípio a casa é inviolável. Contra quem a violência pode ser empregada: FP competente ou contra eventual pessoa que esteja ajudando o FP a cumprir o ato. Exemplos: 1) mandado de despejo 2) mandado de reintegração de posse 3) mandado de prisão Qualificadora: quando o ato, em razão da resistência, não se executa. O parágrafo segundo permite o bis in idem, ou seja o agente responder também pelo crime de lesão corporal. Ex.: particular chuta o policial militar, causando lesão corporal, o deixando incapacitado por mais de 30 dias de função. O particular vai responder por LC e resistência. → desobediência - art. 330: Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum) O FP pode cometer desobediência? → Primeira corrente: não, pois o crime está inserido no cap. Dos crimes praticados por particular. → Segunda corrente: pode, desde que a ordem recebida não se refira a suas funções, pois em tal hipótese poderá configurar o crime de prevaricação → terceira corrente: pode no exercício da função, desde que se trate de mandado de segurança (art. 26 da lei 12016/09) Núcleo do tipo: desobedecer = descumprir, desrespeitar, não atender. A desobediência é um crime comissivo ou omissivo próprio? Depende do conteúdo da ordemdirigida ao particular. →Não fazer = comissivo →fazer = omissivo próprio Crime residual, somente se configura se não houver um outro tipo de sanção extrapenal para o seu não cumprimento Continuação 18/04/2018 → desacato – art. 331: sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum) → funcionário público pode praticar desacato? 1º corrente: diz que não, já que está no capitulo de crimes praticados por particular 2º corrente: Só pode praticar desacato se for subordinado (fere a isonomia) 3º corrente: Pode em qualquer situação (praticado por qualquer pessoa, inclusive o FP Núcleo do tipo: desacatar, desrespeitar, menosprezar o FP no exercício da função ou em razão dela. O crime é de forma livre: pode ser praticado por várias formas, variadas maneiras, por meio de gestos, por meio de palavras, por meio de escrito, etc. Crime comissivo: praticado mediante “o fazer” Há duas espécies de desacato: 1º → no exercício da função: qualquer desrespeito ao FP configura o crime, haja ou não nexo causal com o exercício da função. 2º → em razão da função: o FP não está trabalhando mas a ofensa guarda relação com a função pública por ele desempenhada. OBS: para a caracterização do desacato é indispensável que a ofensa seja proferida na presença do FP → Tráfico de influência – art. 332: também chamado de venda de fumaça, bazofia ilusória O crime guarda a relação com o crime de exploração de prestigio (357 CP) O crime em tese envolve um triangulo de pessoas. Regra: o sujeito ativo que solicita vantagem de uma pessoa a pretexto de influir em ato praticado por FP. Venda de fumaça? Na verdade o terceiro sujeito nem sabe o que está acontecendo, nem imagina que alguém está solicitando vantagem de outrem. 332 ≠ 357: no 357 os destinatários, supostos destinatários da influência são pessoas ligadas a justiça Núcleos do tipo: o crime é de conduta múltipla. → solicitar → exigir “ → cobrar “ → obter vantagem ou promessa de vantagem, que não precisa ser necessariamente econômica, a pretexto de influir em ato praticado por FP CONTINUAÇÃO 18/05/18 Art. 343: este crime não tem nome, porem a doutrina o batiza de suborno ou corrupção ativa em falso testemunho Obs2: constitui uma exceção a teoria monista no concurso de pessoas. Obs3: esse crime é comum, ou seja, qualquer pessoa pode pratica-lo. Obs4: as mesmas circunstâncias que majoram a pena no 342, majoram a pena no 343. → a retratação do agente não influi no 343 Coação no curso do processo – 344: ameaça direcionado a determinadas pessoas ligadas a justiça *sujeito ativo: qualquer pessoa, crime comum. *núcleo do tipo: usar = empregar violência ou grave ameaça contra autoridade (delegado, promotor, juiz), parte (autor, réu), ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo (testemunha, escrevente) *crime comissivo *elemento subjetivo do tipo: dolo acrescido do fim especial de favorecer interesse próprio ou alheio *bis in idem: se o agente emprega violência reponde também por lesão corporal em razão da ressalva do preceito secundário da norma penal *cabe substituição da pena de prisão por restritiva de direito? → não cabe, pois se trata de crime cometido com violência ou grave ameaça. Exercício arbitrário das próprias razões – 345: *autodefesa em regra não é admitida no direito pátrio sob pena do crime do art. 345 do CP *sujeito ativo: crime comum, qualquer pessoa pode pratica-lo *núcleo do tipo: fazer justiça pelas próprias mãos *crime comissivo
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