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diário de campo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
SOFIA CÉLIA PEREIRA, RU: 1916839
PORTFÓLIO
UTA GESTÃO ESCOLAR
MÓDULO A – FASE I
JUIZ DE FORA
2018
OS DEAFIOS DA INCLUSIVA NA REDE ESTADUAL DE MINAS GERAIS
INTRODUÇÃO
O presente diário de campo foi realizado na Escola Estadual “Dr. Alfredo Castelo Branco”, situada a Rua Oswaldo Lopes, 15, São José, Além Paraíba/MG. As observações foram feitas entre os dias 12 e 14 de março de 2018, acompanhando o trabalho dos profissionais do Atendimento Educacional Especializado e Sala de Recursos.
 # Condições de Acessibilidade
A escola observada é a única do município a possuir rampas de acesso, as portas são amplas o suficiente para passar uma cadeira de rodas, os banheiros destinados aos alunos e professores são adaptados para cadeirantes.
De acordo com o portal da Secretaria Estado de Educação todos os projetos para a construção de novas escolas contam com recurso de acessibilidade. Seria coerente que as escolas existentes passem por intervenções arquitetônicas, uma vez que a acessibilidade é pressuposto para inclusão.
# Formação Docente
A formação continuada dos professores ocorre sempre em Belo Horizonte e é voltada aos projetos: Telessala, Educação Integral e Integrada.
Ao corpo docente do ensino regular foram ofertados em 2014, os seguintes cursos- os professores do Ensino Médio participaram do Pacto Pelo Fortalecimento do Ensino Médio, e as professoras do 1º ao 5º ano do Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).
De acordo com as observações foi possível constar que a dificuldade do professor consiste na falta de preparo, pois desconhecem as necessidades dos alunos, que acabam sendo deixados de lado principalmente no caso de surdez. 
Um dos desafios da educação inclusiva esbarra na formação dos professores, principalmente na rede pública. Segundo com Priétro (2006), o aumento do acesso de alunos portadores de necessidades especiais no ensino regular, constatado na última década do século XX, requer investimentos de diversas naturezas para que permanência desses educandos seja assegurada. A valorização do educador é crucial para a concretização da escola inclusiva. Para Veiga (2014) a formação docente é: 
O desenvolvimento pessoal e profissional depende muito do contexto em que exercemos nossa atividade. Todo professor deve ver a escola como o lugar onde ensina, mas onde aprende. A atualização e a produção de novas práticas de ensino só surgem de uma reflexão entre os colegas. Essa reflexão partilhada tem lugar na escola e nasce do esforço de encontrar respostas para problemas educativos (VEIGA, 2014, p.27)
# Os Desafios da Escola para Aplicar a Lei
O maior desafio que a escola enfrenta consiste na contratação dos profissionais que atuam no Atendimento Educacional Especializado, Sala de Recursos e Interpretes de Libras; pois o ano letivo inicia-se em fevereiro e a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais autoriza as designações em março.
Esses profissionais são contratados até 31 de dezembro e sua permanência na escola no próximo ano letivo é incerta, essa situação é ruim para a escola e também para os alunos portadores de Necessidades Especiais.
O quadro de profissionais que atuam neste segmento não está completo a escola oferta anualmente três vagas para Interprete de Libras, mas apenas duas são ocupadas, ficando dois alunos sem este atendimento; em virtude da ausência de profissionais especializados no município.
# A inclusão dos Alunos Portadores de Necessidades Especiais
O Projeto Político Pedagógico da escola está em consonância com inciso III do artigo 28 da Lei Brasileira de Inclusão, neste documento consta a oferta de: Atendimento Educacional Especializado, Interpretes de Libras e Sala de Recurso. 
A escola conta com dois professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado, cada um é responsável por três alunos. A sala de recursos atende a seis alunos que tem direito a três horas semanal de atendimento individualizado. Esta sala funciona em dois turnos (manhã/tarde) os alunos possuem as seguintes deficiências: Auditiva, Motora, Surdez, Déficit Comportamental, Bipolaridade e Síndrome de Asperger.
A escola conta dois Interpretes de Libras cada um fica responsável por dois alunos, mas infelizmente há dois alunos sem este atendimento.
Pelas observações feitas à escola é uma exceção e consegui aplicar a lei, posui condições de acessibilidade e sistemas de software (teclados e mouses diferenciados). Apesar de não contar com todos os recursos a escola conta com bastante material de apoio. Porém a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerias deve investir na capacitação do corpo docente, para que possam está aptos a atender as necessidades dos alunos.
Referências Bibliográficas
___ Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência N° 13.146, de 6 de julho de 2015.
____Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.
Texto disponível em: HTTPS://www.educacao.mg.br/ajuda/pge/16998-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva. Acesso em :15 de março de 2018
PEREIRA, Sofia Célia. Os Desafios da Educação Inclusiva nos Anos Iniciais da Rede Pública de Minas Gerais, Juiz de Fora, 2017 
PIETRO, R.G. Atendimento escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: um olhar sobre as políticas públicas de educação no Brasil, São Paulo, Samus, 2006 Texto disponível no site http://cappf.org.br/tiki-download_wiki_attachment.php?attId=396. Acesso em: 05 de marco de 2018
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. SP. Ed. Papirus, 2015

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