PEÇA PRÁTICA EXECUÇÃO DE ALIMENTOS SEMANA 03

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Geovane Fonteles OAB/UF 00.000 
Consultoria e Assessoria Jurídica 
Telefones: (00) 0 0000-0000 / E-mail: advgeovanifonteles@hotmail.com 
Avenida (...), bairro (...), Cidade (...) do Estado do (...) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO TERMO 
JUDICIÁRIO DE PAÇO DO LUMIAR DA COMARCA DA ILHA DE SÃO LUÍS 
DO MARANHÃO 
 
 
 
 
 
 GABRIEL CARDOSO DE SOUSA, brasileiro, menor neste ato 
devidamente representando por sua genitora a Sra. MARIA CARDOSO, 
brasileira, divorciada, profissão, carteira de identidade n° XXXX, 
inscrito no CPF sob o n° XXXX, endereço eletrônico (... @hotmail.com), 
residente e domiciliada à Rua..., n° ..., bairro..., na Cidade de Paço do 
Lumiar, Estado do Maranhão, por meio de seu advogado com endereço 
profissional na (...) bairro (...), na Cidade de (...), Estado do (...), infra 
assinado com procuração (fls.:...) e por inteligências dos artigos 5ª, LXVII 
da CF/88, 911, 784, IV do Código de Processo Civil e artigo 1.703 Código 
Civil, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência, oferecer a 
presente; 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
 
Em face de PEDRO DE SOUSA, brasileiro, divorciado, servidor 
público estadual, carteira de identidade n° XXXX, inscrito no CPF sob o 
n° XXXX, residente e domiciliado à Rua..., n° ..., bairro..., na Cidade de 
Paço do Lumiar, do Estado do Maranhão, pelos fatos e fundamentos a 
seguir expostos: 
 
I. DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
O exequente e sua genitora não possuem condições financeiras 
para arcar com custas processuais e honorárias advocatícias, sem 
prejuízo do sustento próprio e da família, fazendo jus, portanto, ao 
benefício da Assistência Judiciária Gratuita, conforme inciso LXXIV do 
art. 5º da Constituição Federal e artigo 98 caput do NCPC. 
 
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II. DOS FATOS 
 
Conforme acordo extrajudicial sob o número (......./2017) 
celebrado entre a Sra. Maria Cardoso e o Sr. Pedro de Sousa em 
_____/09/2017, referendado pelo representante do Ministério Público 
na pessoa do Parquet (.......) matrícula .......... MP/MA, da Comarca da 
Cidade de Paço do Lumiar, Estado do Maranhão, com fito do pagamento 
das prestações da pensão alimentícia em favor do menor Gabriel de 
Sousa Cardoso de 03 anos de idade. 
 
(cópia do acordo, bem como certidão de nascimento, anexado nas 
fls: (...) a (....). 
 
Ficou estabelecido, que o executado pagaria a título de pensão 
alimentícia ao menor Gabriel de Sousa Cardoso, o equivalente a 1/3 
com base no salário mínimo vigente no país, devendo ser depositado 
no 5º (quinto) dia útil do corrente mês em conta bancária de 
titularidade da genitora a Sra. Maria Cardoso, Banco do Brasil: 
Agência......./Conta Corrente ........, CPF: (...). 
 
Contudo, o executado pagou apenas referente à prestação do 
mês de setembro de 2017, ficando em débito outubro, novembro e 
dezembro de 2017, haja vista, o executado é servidor público estadual 
lotado no Tribunal de Justiça do Maranhão. 
 
 
 
QUADRO SINÓTICO DAS PRESTAÇÕES EM ABERTO: 
 
 
VALOR BASE: R$ 954,00 - 1/3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eis os fatos necessários. 
 
OUTUBRO/2017 R$ 318,00 
NOVEMBRO/2017 R$ 318,00 
DEZEMBRO/2017 R$ 318,00 
TOTAL DA DÍVIDA R$ 954,00 
 
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III. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
 
À luz da Carta Magna brasileira, positivado no artigo 5º, LXVII 
contempla, que não haverá prisão civil por dívida, salvo em questão não 
justificável da não prestação da devida pensão alimentícia. 
Neste diapasão, Ordenamento Jurídico Pátrio tutela acima de 
tudo a Dignidade da Pessoa Humana, sendo esse um dos fundamentos 
contemplados pela República Federativa do Brasil, bem como, visando à 
necessidade da prestação de alimentos, cabendo ônus aos genitores na 
proporção de seus recursos. 
No mesmo seguimento, toda questão gira em torno de um acordo 
não cumprido referenciado pelo Ministério Público, conforme artigo 
784, IV do NCPC, trata-se de título extrajudicial, passível de execução, 
por tal definição és a presente demanda judicial. 
 
III. I – DA PRISÃO CIVIL 
 
Alimentos é direito personalíssimo do alimentado, não podendo 
de forma alguma renunciá-los, conforme aduz a doutrina consolidada 
no campo jurídico pátrio. 
 Para corroborar tal posicionamento, o artigo 911 do NCPC 
versa sobre o procedimento da citação do executado, para pagamento 
das parcelas anteriores ao início da execução e das que se venceram no 
decorrer do processo no prazo de 03 (três) dias, perfazendo a 
comprovação positiva do pagamento e por outro lado, a possibilidade 
negativa. 
Como medida extrema de proteção da vida do alimentado, a 
decretação da prisão civil do devedor de alimentos, não se trata de 
pena e sim de um mecanismo coercitivo, pois na maioria dos casos o 
adimplemento acontece, prisão essa que poderá durar de um a três 
meses, sob o regime fechado, conforme artigo 528, § 3º, §4º e §7º do 
NCPC. 
 
 
 
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IV. DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto requer: 
 
I. Citação do Executado para que, em 03 (três) dias, pague a 
quantia de R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais), 
mais as prestações que se vencerem no curso do processo, 
provando que o fez, caso não comprove a impossibilidade 
absoluta de fazê-lo, sob pena de ser decretada sua prisão civil nos 
termos do artigo 528, §1º e §3º, NCPC; 
 
II. Intimação do ilustre representante do Ministério Público, para 
que acompanhe a presente demanda até seus ulteriores termos, 
em razão desta ação envolver interesses de menor; 
 
III. Concessão do benefício da Justiça Gratuita, sobretudo porque, os 
menor/genitora não possui respaldo remuneratório para 
pagamento de eventuais custas que venham advir no curso do 
presente feito, sem prejuízo do seu sustento próprio e o de sua 
família, nos termos do artigo 5º, LXXIV da CF/88 e artigo 98 
caput do NCPC; 
IV. Que seja oficiado o Departamento Pessoal do Tribunal de Justiça 
do Estado do Maranhão, para que seja descontado diretamente 
da folha de pagamento do devedor o valor devido a título de 
alimentos, tanto vencidos quanto vincendos, evitando novos 
inadimplementos nos termos do artigo 529 do NCPC; 
 
V. Condenação do Executado ao pagamento das custas processuais 
e honorários advocatícios, no importe de 20% (vinte por cento) do 
valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, § 1 º, 
do Código de Processo Civil/2015). 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais). 
 
Termos em que 
Pede e aguarda deferimento 
 
CIDADE/UF, DATA/MÊS/ANO. 
ADVOGADO 
OAB/UF