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07/11/2014 1 Patologia Florestal I Prof. Érico Dianese � Sintomatologia? � Sintomas � Sintomas X Sinais � Alterações: ◦ No crescimento ◦ No desenvolvimento ◦ No metabolismo � Importânica para a fitovirologia ◦ Identificação inicial baseada em sintomas ◦ Conjunto de sintomas � Resultado da infecção viral 2 Decapsidação 3 Replicação 4 Acumulação 5 Translocação 1 Entrada do vírus Curta distância Longa distância Fisiológicas Histológicas Morfológicas Fisiológicas Histológicas Morfológicas � Sintomas locais ◦ No sítio de infecção ou próximos Clorótica Necrótica Anéis cloróticos BYMV–Chenopodium quinoa TMV–Nicotiana tabacum ToRSV–Nicotiana tabacum � Quando o vírus se espalha do sítio de inoculação para outras partes – sintomas sistêmicos 07/11/2014 2 � Difíceis de serem distinguidos ◦ Problemas causados por outros organismos ◦ Deficiências nutricionais ◦ Toxemias ◦ Etc... � Ocorrem em toda a planta ou nas folhas, ramos, frutos � Desvios de cor ◦ Amarelecimento de nervuras BegomovirusCucumber vein yellowing virus – CVYV � Desvios de cor ◦ Mosaico SqMV em cucurbitáceaBegomovirus em planta daninha � Desvios de cor ◦ Mosaico � Desvios de cor ◦ Mosaico Pepper yellow mosaic virus em pimenta e tomate 07/11/2014 3 � Desvios de cor ◦ Mosaico Bean golden mosaic virus � Desvios de cor ◦ Clorose � Onion yellow dwarf virus (OYDV) em cebola Clorose internerval � Desvios de cor ◦ Bronzeamento � Tomato spotted wilt virus (TSWV) em tomateiro � Desvios de cor ◦ Variegação � Tulip breaking virus 07/11/2014 4 � Desvios de cor ◦ Mancha anelar � Papaya ringspot virus � Desvios de cor ◦ Mosqueado Potato mop-top virus em batata Cherry rusty mottle virus � Desvios de cor ◦ Manchas cloróticas Apple chlorotic leafspot virus � Desvios de cor ◦ Anéis cloróticos � Deformações ◦ Nanismo � Begomovirus em tomate 07/11/2014 5 � Deformações ◦ Bolhosidades � Watermelon mosaic virus (WMV) em abobrinha e Cucumber mosaic virus (CMV) em pepino � Deformações ◦ Rugosidade � Tomato severe rugose virus (ToSRV) em tomate � Deformações ◦ Caneluras � Citrus tristeza virus (CTV) em citrus e Grapevine virus A (GVA) em videira � Deformações ◦ Enações � Saliência ou supercrescimento das nervuras � Pea enation mosaic virus (PEMV) em ervilha � Deformações ◦ Enrolamento foliar � Deformações ◦ Cordão de sapato � CMV e TMV em tomateiro 07/11/2014 6 � Deformações ◦ Lesões locais � Mudanças na forma e distribuição de organelas ◦ Cloroplastos ◦ Núcleo � Inclusões citoplasmáticas ◦ Cristalinas Protéicas Amorfas � Queda na fotossíntese ◦ Através da diminuição da quantidade e da eficiência da clorofila � Diminuição da área foliar � Diminuição na quantidade de substâncias reguladoras do crescimento (hormônios) ◦ Indução do aumento da ocorrência de substâncias inibidoras 07/11/2014 7 � Diminuição de nitrogênio solúvel ◦ Durante a síntese viral � Diminuição dos níveis de carboidratos ◦ Em doenças que causam mosaico � Aumento na respiração ◦ Imediatamente após a infecção viral ◦ Após o aumento inicial, pode ocorrer a redução para níveis abaixo do normal ou voltar ao normal (depende do vírus e da planta) � Deficiências nutricionais ◦ Clareamento de nervuras, clorose ou mosaico � Toxinas produzidas por insetos � Distúrbios de origem genética ◦ Mosaico � Toxemias causadas por inseticidas/herbicidas ◦ Clorose, deformação foliar � Alta temperatura ◦ Mosaico � Herbicidas ◦ Sintoma de cordão de sapato � Intenso movimento internacional de plantas e sementes � Introdução de novas viroses em populações nativas e cultivadas � Epidemias de vírus de plantas – consideradas raras – atualmente muito comuns – diversos fatores 07/11/2014 8 � Fatores que contribuem com a ocorrência de epidemias de viroses vegetais: ◦ Expansão rápida das atividades humanas em âmbito global ◦ Adoção de práticas culturais cada vez mais sofisticadas ◦ Aumento das monoculturas � Fatores que contribuem com a ocorrência de epidemias de viroses vegetais: ◦ Aumento nos níveis de risco a produtividade: � Viroses vindas da vegetação nativa � Introdução de insetos vetores em materiais importados � Através de sementes ou material vegetativo infectados � Parasitas obrigatórios intracelulares � Como impedir a replicação e o movimento sem prejudicar a planta? � Medidas preventivas Solanaceas Malvaceas Solanaceas Malvaceas Temperatura Umidade Solo Ventos Temperatura Umidade Solo Ventos Bactérias Fungos Vírus Nematóides Bactérias Fungos Vírus Nematóides � Princípios de Whetzel et al., 1925 ◦ Exclusão ◦ Erradicação ◦ Proteção ◦ Resistência ◦ Terapia ◦ Evasão 07/11/2014 9 � Exclusão ◦ Visa prevenir a entrada e estabelecimento de um patógeno em uma área indene ◦ Modo de aplicação: � Proibir, fiscalizar e interceptar plantas e/ou partes vegetais (quando necessário) � Essencialmente, visa impedir a entrada de patógenos de alto potencial destrutivo � Como? ◦ Medidas quarentenárias e legislações fitossanitárias promulgadas por órgãos governamentais, nacionais e internacionais � Sementes e mudas sadias � Inspecionar e certificar � Quarentena � Eliminar vetores � Erradicação ◦ Visa eliminar o patógeno de uma determinada área ◦ Viabilidade: � Depende – espectro de hospedeiros, capacidade de disseminação, custo � Eliminar plantas doentes � Eliminar hospedeiras alternativas � Roguing � Proteção ◦ Visa prevenir o contato do patógeno com o hospedeiro ◦ Como: � Fungicidas, bactericidas e inseticidas (controle de vetores) � Proteção ◦ Plantas resistentes � Baseia-se no desenvolvimento de plantas resistentes visando o seu cultivo em área infestada com o patógeno � Proteção ◦ Imunização � Tipos: � Imunização genética: variedades imunes, resistentes ou tolerantes � Imunização biológica: pré-imunização ou proteção cruzada � Uso de plantas resistentes (Horizontal ou Vertical) � Piramidização de genes 07/11/2014 10 � Terapia ◦ Visa restabelecer a sanidade de uma planta com a qual o patógeno já estabeleceu uma relação parasítica ◦ Como: � Eliminar o patógeno � Melhorar as condições de reação das plantas � Termoterapia � Evasão ◦ Visa a prevenção de doenças por meio de técnicas de fuga dirigidas contra o patógeno e/ou contra o ambiente favorável ao desenvolvimento da doença ◦ Principais medidas: � Escolher áreas geográficas � Escolher o local de plantio � Modificar práticas culturais � Tempo e Espaço evasão evasão exclusão erradicação terapia proteção imunização � Eliminar fontes de inóculo ◦ Gama de hospedeiras reduzida ◦ (erradicação) � Eliminar restos culturais ◦ BGMV e Bemisia tabaci (soja para Phaseolus) ◦ (erradicação) � Uso de material indexado ◦ Cultura de meristemas e termoterapia ◦ (exclusão e terapia) � Roguing ◦ (erradicação) � Escape ou fuga do vetor ◦ Antecipar ou adiar plantio ◦ Proteção das plantas por meio de telados ◦ (evasão) � Controle químico do vetor � (exclusão) � Plantas resistentes ◦ (exclusão) 07/11/2014 11 GRANDE DIVISÃO DO PONTO DE VISTA EPIDEMIOLÓGICO E DO CONTROLE HÁ VETOR NÃO HÁ VETOR CONCEITO DE VETOR RELAÇÃO NÃO CASUAL DISSEMINAÇÃO, INOCULAÇÃO, NÃO É PATÓGENO. O GRUPO DO INSETO VETOR HEMIPTERA THYSANOPTERA COLEOPTERA A INTER-RELAÇÃO VÍRUS VETOR PLANTA CIRCULATIVA NÃO CIRCULATIVA A FONTE DO VÍRUS EM RELAÇÃO À CULTURA INTERNA EXTERNA AS PLANTAS COLONIZADAS PELOS VETORES CULTURA OUTRAS � Controle deinsetos como pragas: ◦ Impedir a multiplicação de formas colonizantes para manter a população abaixo do nível de dano � Controle de um vetor de vírus: ◦ Matar as formas migrantes antes que inoculem plantas sadias � Formas aladas: ◦ Pousam nas plantas ◦ Fazem picadas ◦ Transmitem o vírus ◦ Se estabelecem (ou não) para se alimentar e formar uma colônia Inter-relação Brasil Mundo No Esp. % No Esp. % Circulativa 15 19,2 157 31,7 C. não propagativa 12 15,4 112 22,6 C. propagativa 3 3,8 45 9,1 Não circulativa 46 59,0 185 37,4 Não persistente 38 48,7 132 26,7 Semi persistente 8 10,3 53 10,7 Não definida 17 21,8 153 30,9 Total 78 (16%) 100,0 495 100,0 Tipos de inter-relações com os vetores e espécies de vírus (Adaptado de Costa, 1988;2002; Fajardo et al., 2001; van Regenmortel, 2000 ) RELATOS DA APLICAÇÃO DE INSETICIDAS PARA CONTROLE DE VETORES (Parring et al., 1999) INTER-RELAÇÃO POSITIVO NEGATIVO NÃO CIRCULATIVA 27 34 Não persistente 25 33 Afídeos 21 33 Cigarrinhas 4 Semi persistente 2 1 Afídeos 1 Cigarrinhas 2 CIRCULATIVA 87 14 Afídeos 43 8 Aleirodídeos 34 5 Cigarrinhas 10 1 T O T A L 114 48 07/11/2014 12 � Desenvolvimento de resistência � Ressurgimento de pragas ou desenvolvimento de pragas secundárias � Eliminação de inimigos naturais � Impacto nos humanos e em espécies não visadas � Resistência natural � Proteção cruzada � Resistência transgênica � Forma preferida para controle ◦ Exemplos de viroses no Brasil: � Mosaico da alface � Mosaico do tomateiro � Mosaico da cana � Mosaico do pimentão ◦ Muitos casos – resistência recessiva (mais duradoura) � Resistência adquirida por uma planta depois de ser infectada por uma estirpe atenuada ◦ Ex.: CTV � Uma planta previamente infectada por um vírus fica protegida contra a infecção e/ou expressão de sintomas do vírus desafiante ◦ Inoculação de proteção: primeira estirpe inoculada ◦ Inoculação de desafio (ou superinoculação): segunda estirpe inoculada em planta já infectada 07/11/2014 13 � Exemplos: ◦ Entumecimento da haste do cacaueiro ◦ Cocoa swollen shoot virus - cochonilha Planococcoides njalensis Planococcus citri (Dongo & Orisajo, 2007) � Exemplos: ◦ Endurecimento dos frutos do maracujazeiro ◦ Passionfruit woodiness virus - PWV C � Exemplos de sucesso no Brasil e no mundo ◦ Tristeza do citrus (Citrus tristeza virus – CTV) � Brasil, Austrália, Índia, Israel, Japão, África do Sul, EUA ◦ Mosaico amarelo das cucurbitáceas (Zucchini yellow mosaic virus – ZYMV) � Israel ◦ Mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus – CMV) � Japão PROTEÍNA Inibição da decapsidação viral e replicação Impedimento da Decapsidação SUPRESSORES VIRAIS DE SILENCIAMENTO CO-EVOLUÇÃO SILENCIAMENTO GÊNICO PÓS TRANSCRICIONAL 07/11/2014 14 � Transgenia para resistência ◦ A partir de genes derivados de plantas ou patógenos � Modificação de plantas com genes R ou moléculas elicitoras � Papaya ringspot virus - mamão expressando CP � Gene Sw-5 do tomateiro – resistência ampla a tospovírus � Em plantas transformadas de Nicothiana tabacum e N. benthamiana = mesmo efeito � Expressando a cópia funcional do gene Sw-5 – Sw-5b � Viróides ◦ De RNA fita simples circular – não produzem proteínas ◦ Cerca de 10 vezes menores que os vírus � Virusóides ◦ Só completam o ciclo infeccioso na presença de um vírus auxiliar
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