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FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO- PARTE II Emanuelle Santiago MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA MÚSCULO ESQUELÉTICO Corpo humano contêm + de 600 músculos esqueléticos, que constituem 40- 50% do peso corporal total. Funções: (1) Geração de força para locomoção e respiração; (2) Geração de força para a sustentação postural; (3) Produção de calor durante os períodos de estresse frio. POWERS, HOWLEY, 2014. (envolve todo músculo) (envolve a fibra) (envolve feixes) 1 2 3 (Contém 3 camadas de tecido conjuntivo) A FIBRA MUSCULAR É A CÉLULA DO MÚSCULO!!! CADA FIBRA CONTÉM INÚMERAS MIOFIBRILAS. UNIDADE CONTRÁTIL DO MÚSCULO: CONTÉM PTNS ACTINA E MIOSINA. ARMAZENA CÁLCIO (membrana plasmática) FIBRA MUSCULAR: ESTRUTURA MIOSINA MIOSINA MIOFIBRILA: ESTRUTURA Separa um sarcômero do outro Elementos contráteis básicos do músculo esquelético (contem actina e miosina). CONTRAÇÃO - RELAXAMENTO CONTRAÇÃO MUSCULAR Cada fibra muscular esquelética está conectada a um ramo de fibra nervosa oriundo de uma célula nervosa: NEURÔNIO MOTOR. Miofibrila recebem mensagem (impulso nervoso) dos neurônios motores p/ mover o corpo. POWERS, HOWLEY, 2014. CONTRAÇÃO MUSCULAR Impulso nervoso chega no neurônio motor Neurônio motor libera acetilcolina Acetilcolina se liga a receptores na membrana plasmática da fibra muscular causando abertura de canais de Na Grande qtd de Na adentra a fibra muscular Íos Na causam despolarização da fibra denominada potencial de ação (PA) PA faz com que Retículo sarcoplasmátic o libera Ca Íons Ca no citoplasma se liga a troponina que desloca a tropomiosina da actina deixando livre o sitio de ligação, permitindo a ligação da actina com miosina e a contração muscular. Para contrair ou relaxar o músculo ocorre gasto de energia na forma de ATP. POWERS, HOWLEY, 2014. POWERS, HOWLEY, 2014. CONTRAÇÃO MUSCULAR Quando miosina se liga a actina ocorre quebra de ATP Quebra de ATP em ADP + fosfato inorgânico (Pi) gera liberação de energia serve para impulsionar a inclinação da cabeça de miosina, permitindo o deslizamento do filamento fino sobre o filamento groso (CONTRAÇÃO) ENERGIA PARA CONTRAÇÃO: KENNEY et al., 2013. POWERS, HOWLEY, 2014. RELAXAMENTO MUSCULAR Cessado impulso nervoso Degradação acetilcolina pela enzima acetilcolenisterase Faz com que íons Ca sejam bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático Remoção do Ca da troponina faz com que tropomiosina se desloque cobrindo os sítios de ligação e relaxamento muscular Para contrair ou relaxar o músculo ocorre gasto de energia na forma de ATP. POWERS, HOWLEY, 2014. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES RÁPIDAS (TIPO IIa) RÁPIDAS (TIPO IIx) LENTAS (TIPO I) A quantidade de fibras de contração rápida ou lenta presente no músculo vai depender da atividade e da função que esse músculo desempenha no corpo. POWERS, HOWLEY, 2014. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES As fibras musculares podem ter um metabolismo energético predominante, ou seja, estar adaptada a seguir mais uma via que outra na obtenção de energia. Com isso, formam-se grupos diferentes de fibras musculares que são classificadas de acordo com seu funcionamento e estão relacionadas aos tipos de exercício. A maioria da população possui em média de 45 a 55% de fibras lentas e uma divisão homogênea das fibras rápidas. Contudo, atletas de elite em determinadas modalidades esportivas, possuem a predominância de uma fibra sobre a outra. FIBRAS LENTAS, AERÓBIAS, OXIDATIVAS OU VERMELHAS (TIPO I) Sistema de energia utilizado: AERÓBICO (obtenção de energia – ATP – através da respiração celular). • > vascularização (maior presença de capilares sanguíneos) • > qtd de mitocôndrias (organelas da respiração celular) e enzimas oxidativas • > qtd de mioglobinas (proteína que transporta o oxigênio nos músculos.) Por serem dependentes da disponibilidade oxigênio para geração de energia possuem: São menores (menor diâmetro) se comparadas às fibras musculares rápidas. POWERS, HOWLEY, 2014. Os neurônios que inervam essas fibras apresentam menor calibre: fibras de contração lenta. • Retículo sarcoplasmático menos desenvolvido (baixa capacidade de liberar íon Ca2+) e baixa atividade da enzima miosina ATPase, que são responsáveis basicamente pela velocidade de contração e relaxamento dos músculos. Velocidade de contração menor que as rápidas: • Menos actina e miosina por área de corte transversal e portanto < força. • Potência = força x velocidade de encurtamento ou contração. Baixa capacidade de gerar força e menor potência máxima: POWERS, HOWLEY, 2014. • Requerem menos ATP devido menor taxa de renovação de ATP nessas fibras. • Essa característica favorece a baixa fadigabilidade (maior resistência à fadiga) São mais eficientes • São mais recrutadas com maior freqüência durante eventos de resistência de baixa intensidade (p ex. corrida de maratona) e na maioria das atividades cotidianas, em que as necessidades de força muscular são baixas (caminhadas). Presentes em grande quantidade nos músculos responsáveis por sustentação e RESISTÊNCIA POWERS, HOWLEY, 2014. FIBRAS RÁPIDAS, ANAERÓBIAS, GLICOLÍTICAS OU BRANCAS (TIPO II) F i b r a s t i p o I I II a Fibras intermediárias ou glicolíticas oxidativas rápidas II x Fibras rápidas ou glicolíticas rápidas FIBRAS MUSCULARES RÁPIDAS (IIX) Sistema de energia utilizado: ANAERÓBICO (Fermentação láctica + Glicólise) • < vascularização (maior presença de capilares sanguíneos), • < qtd de mitocôndrias (organelas da respiração celular) e enzimas glicolíticas • < qtd de mioglobinas Por NÃO serem dependentes da disponibilidade oxigênio para geração de energia possuem: As moléculas de glicose são metabolizadas rapidamente: ATP + ácido lático ➡ Menos resistentes à fadiga POWERS, HOWLEY, 2014. Os neurônios que inervam essas fibras apresentam maior calibre: fibras de contração rápida. • Retículo sarcoplasmático mais desenvolvido (alta capacidade de manipular íon Ca2+) e alta atividade da enzima miosina ATPase. Velocidade de contração maior que as lentas e do tipo IIa: • Mais actina e miosina por área de corte transversal. • Potência = força x velocidade de encurtamento ou contração. Alta capacidade de gerar força e maior potência máxima do que as lentas e do tipo IIa: POWERS, HOWLEY, 2014. • Alta atividade da miosina ATPase ocasiona maior gasto energético. São menos eficientes • São mais usadas quando o indivíduo exerce atividades de curta duração e com alta intensidade. • Predomina em atividades anaeróbicas que exigem paradas bruscas, arranques com mudança de ritmo, saltos. Ex.: basquete, futebol, tiros de até 200 metros, musculação, corridas curtas (100 m), saltos (em altura ou distância), levantamento de peso, entre outros. Principal característica é a VELOCIDADE e FORÇA. POWERS, HOWLEY, 2014. FIBRAS MUSCULARES INTERMEDIÁRIAS (IIA) Possuem característica intermediárias entres fibras do tipo I e IIx, características transicionais. POWERS, HOWLEY, 2014. Miscrosopia: corte longitudinal de músculo esquelético. Usando técnica para marcação dos tipos de fibras musculares. As fibras escuras são do tipo rápida e as claras do tipo lenta. COMPOSIÇÃO DE FIBRAS MUSCULARES A maioria dos músculos tem como composição aproximadamente: - 50% de fibras do tipo I. - 25% de fibras do tipo IIa. - 25% de fibras do tipo IIx. A porcentagem exata de cada tipo de fibra varia entre os diversos músculos e indivíduos. Ex: atletade resistencia vai ter maior tipo de fibra I nas pernas. POWERS, HOWLEY, 2014. O treinamento físico regular pode modificar os tipos de fibras predominantes em um indivíduo !!! POWERS, HOWLEY, 2014. KENNEY et al., 2013. AGORA É COM VOCÊ!!! Temos um maratonista e um velocista. Então, explique quais os tipos de fibras musculares e metabolismo energético predominantes em ambos??? SELEÇÃO DO SUBSTRATO DURANTE O EXERCÍCIO UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATO NO EXERCÍCIO Vários fatores determinam o tipo de substrato utilizado pelo músculo durante o exercício: Intensidade Duração Efeito do tratamento Dieta POWERS, HOWLEY, 2014. UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATO NO EXERCÍCIO INTENSIDADE • Utiliza principalmente gordura como fonte de energia Exercícios de baixa intensidade • Utiliza principalmente CHOs como fonte de energia Exercícios de alta intensidade POWERS, HOWLEY, 2014. POWERS, HOWLEY, 2014. Com aumento da intensidade ocorre: - Recrutamento de fibras rápidas (CHOs como fonte de energia) - Altos níveis de adrenalina (aumenta glicogenólise muscular e com isso a glicólise muscular, que por sua vez gera lactato, que inibe metabolismo da gordura, diminuindo disponibilidade de gordura a ser usada como substrato). E AGORA ??? QUAL O MELHOR EXERCÍCIO PARA QUEIMAR GORDURA ???? UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATO NO EXERCÍCIO DURAÇÃO Durante o exercício prolongado (duração maior que 30 minutos) e de intensidade moderada (40-59% do VO2 max) ocorre um deslocamento gradual do uso maior de carboidratos para uma maior contribuição da gordura como combustível. Durante prolongamento do exercício (p. ex. duração superior a 2h) as reservas musculares e hepáticas de glicogênio podem atingir níveis baixíssimos. POWERS, HOWLEY, 2014. No início do exercício ambas fontes de lipídeos contribuem igualmente, mas a medida que a duração aumenta há aumento da contribuição dos AGL plasmáticos. POWERS, HOWLEY, 2014. PORQUE A MEDIDA QUE A DURAÇÃO AUMENTA OCORRE DESLOCAMENTO DO METABOLISMO DAS CARBOIDRATOS PARA O DE GORDURAS ???? ⬆Adrenalina, noradrenalina, cortisol e GH • ⬆Lipólise ➡ ⬆ disponibilidade de AGL para fornecimento de energia. • De modo geral, a lipólise é um processo lento e um aumento no metabolismo de gorduras ocorre somente após vários minutos de atividade física. ⬇ Insulina • Níveis sanguíneos de insulina reduzem durante exercício. • Insulina inibe a lipase e com isso lipólise: ⬇insulina ➡ ⬆ lipólise POWERS, HOWLEY, 2014. UTILIZAÇÃO DE SUBSTRATO NO EXERCÍCIO EFEITO DO TREINAMENTO Indivíduos submetidos ao treinamento de resistência usam mais mais gordura e menos CHO como fonte de energia do que indivíduos menos condicionados, durante exercício prolongado realizado a uma mesma intensidade. Treinamento: - Melhora sistemas cardiovasculares envolvidos na liberação de O2 - ↑ Mitocôndrias e enzimas envolvidas na síntese aeróbica de ATP = ↑ capacidade de metabolismo de ácido graxo. POWERS, HOWLEY, 2014. EXERCÍCIO 1. Explique as etapas da contração muscular. O processo exige gasto de energia? 2. Explique as etapas do relaxamento muscular. O processo exige gasto de energia? 3. Classifique os diferentes tipos de fibras quanto: sistema de energia utilizado (oxidativa ou glicolótica), nutrientes utilizados (carboidratos, proteínas e/ou lipídeos, justifique), velocidade de contração (lenta ou rápida , justifique), tamanho da fibra (fina, intermediária ou grossa), cor (vermelha ou branca, justifique), concentração de mioglobina (alta, alta/moderada ou baixa, justifique), concentração de mitocondrias (alta, alta/moderada ou baixa, justifique), resistência a fadiga (alta, alta/moderada ou baixa, justifique) 4. Porque as fibras II x predominam naqueles indivíduos exerce atividades de curta duração e com alta intensidade? 5. Porque as fibras lentas predominam naqueles indivíduos exerce atividades de longa duração e com baixa intensidade? 6. Um maratonista e um velocista tem quais tipo de fibra predominantes em seu corpo? 7. Qual substrato predomina nos exercício de alta e baixa intensidade? 8. Porque a medida que a intensidade do exercício aumenta ocorre maior uso de CHOs como fonte de energia? 9. Porque a medida que a duração do exercício aumenta ocorre maior uso de CHOs como fonte de energia?
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