Buscar

Apostila Serviços Juridicos Ética

Prévia do material em texto

Curso Técnico em Serviços de Condomínio
ÉTICA E CIDADANIA (45 h) 
Profª Dra. Ceciane Portela Sousa
2016
Teresina
e-Tec Brasil
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
Equipe de Elaboração
Instituto Federal do Piauí
Coordenação Institucional
Ricardo Martins Ramos
Professor-autor
Édypo Rocha Moura 
Conceição de Maria dos Santos Moura
Projeto Gráfico
Eduardo Meneses e Fábio Brumana
Diagramação
Nilmar Pinheiro da Silva Morais 
Desing Institucional
Tatiana Araújo e Geraldo Gomes 
Ficha catalográfica
Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal do Piauí 
e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.
Amigo(a) estudante!
O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas para 
expansãoda Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos caminhos 
encontradospara que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiên-
cia é a modalidade adistância. No mundo inteiro são milhões os estudantes 
que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os 
matriculados em cursos regulares de Ensino Médio e Superior a distância, 
oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.
Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), 
hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de profes-
sores, em nível superior. 
Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do En-
sino Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta 
do Brasil (e-TecBrasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos 
grandes centros urbanose dos municípios do interior do País oportunidades 
para maior escolaridade, melhorescondições de inserção no mundo do tra-
balho e, dessa forma, com elevado potencialpara o desenvolvimento produ-
tivo regional.
O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Pro-
fissionale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) 
do Ministério daEducação, as universidades e escolas técnicas estaduais e 
federais.
O Programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das 
escolaspúblicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e, 
por outro lado,a adequação da infra-estrutura de escolas públicas estaduais 
e municipais.
Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de ade-
quaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram 
147 cursos técnicosde nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais. 
Apresentação e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades federa-
tivas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas10.000 vagas, em 
250 polos, até 2010.
Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para 
amais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos úl-
timos anos: aconstrução dos novos centros federais (CEFETs), a organização 
dos Institutos Federaisde Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi.
O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e par-
ticipaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação profis-
sional no País,valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados 
pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos tec-
nológicos disponíveis.
A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua 
formaçãoprofissional e na sua caminhada no curso a distância em que está 
matriculado(a).
Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.
Sumário
UNIDADE I
1. Técnicas de Relações Interpessoais ...................................................... 13
1.1 Comportamento................................................................................15
1.2 Empa tia............................................................................................16
1.3 Comunica ção...................................................................................17
1.4 Marketing Pessoal............................................................................. 18
1.5 Trabalho em Equipe.......................................................................... 21
1.6 Coopera ção..................................................................................... 21
1.7 Autono mia...................................................................................... 22
1.8 Lideran ça..........................................................................................23
1.9 Motivação........................................................................................24
1.10 Processo de Mudança..................................................................... 27
1.11 Analise de Problema e Tomada de Decisões (APTD)..........................27
UNIDADE II
2. Responsabilidade Social ......................................................................31
2.1 Humanização e Desumanização Trabalho...........................................34
UNIDADE III
3. Organizações e a Gestão de Pessoas ...................................................41
3.1 Direito do Trabalho e Legislação Trabalhista........................................41
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
UNIDADE IV 
4. Relações Sociais e de Trabalho ............................................................55
UNIDADE V
5. Código de Defesa do Consumidor........................................................57
UNIDADE VI
6 Ética, moral e Cidadania.......................................................................85
6.1 Ética Pessoal.....................................................................................88
6.2 Valores Morais...................................................................................89
6.3 Código de Ética Profissional...............................................................89
6.4 Importância da Ética na Formação do Profissional do Direito..............92
UNIDADE VII
7.Trabalho Voluntá rio.............................................................................95
8.Referências ..........................................................................................97
8
Esta apostila contém a disciplina Ética e Cidadania Organizacional. 
A efetivação da cidadania exige não só um repensar cultural de nossas per-
cepções sobre o certo e o errado, sobre os direitos de todo bom cidadão, 
mas também a aplicabilidade dos conceitos absorvidos por todos nós ao lon-
go das diversas fases da evolução de nossa civilização. Apesar das grandes 
diferenças que circundam nosso globo terrestre, temos sempre a verdadeira 
impressão de que, não se trata de apenas uma impressão, mas do compro-
misso de nós mesmos para com nosso próximo, e, para conosco.
Portanto, o objetivo deste trabalho é reconhecer a relevância desta temática 
e, não só vislumbrar o mundo real que apregoa a teoria humanista, mas, 
fortalecer cada vez mais nosso compromisso com a prática de bons pensa-
mentos e ações que muito contribuem ao alcance e aplicabilidade da ética e 
cidadania no nosso dia a dia pessoal e organizacional. 
“O poder de ser um ser humano não está na sua musculatura, mas na sua 
inteligência”.
“Os fracos usam a força, os fortes usam a sabedoria.”
Augusto Cury.
 Um grande abraço!
 Prof.ª Ceciane Portela.
Palavra do professor-autor
9e-Tec Brasil e-Tec Brasil
10
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.
A disciplina de Ética e Cidadania Organizacional tem uma carga horária de 
45 horas-aulas.Serão 07 unidades nas quais são apresentados temas impor-
tantes voltados para esta disciplina. Todas as unidades conterão conceitos, 
objetivos, dicas de leitura, citações, textos,resumos e atividades de apren-
dizagem. 
11 e-Tec Brasil
10 13
UNIDADE 1
1. TÉCNICAS DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS: 
O mundo foi concebido em sete dias, veio à natureza, os animais e, por fim, 
o ser humano primitivo. O homem, a mulher ainda nos primórdios com o 
tempo aprendeu a conviver e, com o tempo a interagir com a natureza. Este 
mesmo homem, ainda rude em sua comunicação, conviveu à sua maneira e, 
das concepções da natureza foi evoluindo e, a cada novo estágio aprendeu 
a conviver com o próximo e em grupo. Os séculos se passaram, a mente 
humana evoluiu, surgiram ali a cada ano, uma nova concepção de vida. Até 
que, passado o período primitivo, o homem conheceu a escrita e, foi este o 
marco da passagem da era primitiva para a era moderna, o período industrial 
trouxe modernidade. As tecnologias são tão antigas quanto à descoberta do 
fogo. Os grandes pensadores da antiguidade nos iluminaram e conceberam 
as grandes teorias que até hoje nos influenciam. As teorias sistêmicas, tec-
nológicas, humanistas, comportamentais. O homem conhece a si próprio e 
passa a conhecer seu próximo. Os grandes sábios e pensadores concebem o 
pensar, o agir. O homem que pensa que convive em sociedade, que planeja 
que deseja crescer. A modernidade que cria o lado moderno e tentador é 
a mesma que o induz às suas atitudes. Atitudes às vezes pontuais, outras 
débeis. Surge o trabalho que com o tempo acompanha o ritmo da moder-
nidade, da tecnologia e do pensar. As teorias administrativas, os estudiosos 
das interações homem x natureza x homem x trabalho x harmonia com seus 
conceitos de vida e de convivência. As ciências e as técnicas surgem para 
melhor nos amparar na vida em comunidade. Para o rico aprendizado e 
Objetivos:
Compreender as técnicas de Relações Interpessoais.
Conhecer conceitos e a importância de aplicá-los na 
sociedade e no ambiente de trabalho.
Construir o conhecimento básico e seus reflexos no 
dia a dia.
e-Tec Brasil
14 15
exercício das relações do homem para com ele mesmo (conhece-te como a 
ti mesmo – Sócrates) e, é através deste conhecimento interior que passamos 
a conhecer nossos pensamentos mais intimistas e, desta forma, passamos 
a conhecer que o universo tanto nos proporciona, quanto conspira a favor 
e/ou contra nós mesmos. Compreender nossa missão como seres huma-
nos nesta galáxia, pode nos proporcionar grandes momentos de reflexão e 
aprendizado do mundo em que vivemos da maneira como escolhemos viver 
e, a apreciar as escolhas e vidas dos nossos próximos. É quando amadurece-
mos, quando nos permitimos pensar e repensar todos os dias.
A antropologia estuda o homem em seus aspectos e evolução física, a so-
ciologia estuda o homem imerso num meio social, a filosofia em busca da 
sabedoria, e a psicologia o estudo do comportamento do homem, desta 
forma, todos estes segmentos vão de encontro ao ponto básico do homem 
que convive em sociedade dando, seu primeiro passo, a busca por seu co-
nhecimento interior, da relação que ele tem consigo mesmo e, que, quei-
ramos ou não nos proporcionam manancial de aprendizado contínuo. É o 
que podemos conceber como relações interpessoais. A grande felicidade 
que todos procuramos não está por aí, não tem receituário adequado, ela 
é nossa, está em nosso íntimo e, pode ser despertada conhecendo nosso 
próprio eu, quando me conheço, posso vislumbrar minha individualidade e 
minha coletividade. Posso entender meu eu, minha vida e, posso ver meu 
próximo. Bom mesmo é quando conseguimos entender nosso self. Fácil visu-
alizar nosso lado bom, difícil compreender que temos outro lado difícil e que 
necessita ser trabalhado para viver em harmonia conosco e com o próximo. 
São tantos os sentimentos que nos circundam e que podem ser evitados, 
tais como nossas celeumas modernas: as frustrações, as instabilidades emo-
cionais, ansiedades, depressões e tantas outras más sensações que corroem 
nosso eu e, consequentemente estragam nossa convivência com o próximo.
Com o estudo das relações interpessoais todos saem ganhando, o homem 
que aprende a conviver consigo, o próximo que passa a aprender e nos co-
nhecer melhor e, levando para nosso ambiente de trabalho saúde e bem es-
tar coletivo organizacional. A produtividade agradece e todos saem lucrando 
e esbanjando felicidade.
“Relacionar-se é uma via de mão dupla. Doar e receber. Ação e Reação”. 
Autoria própria.
1.1 COMPORTAMENTO:
Partindo do princípio de que o homem passa a se conhecer melhor, e passa 
automaticamente a conhecer seu próximo seja no ambiente doméstico, so-
cial ou mesmo no trabalho, entende melhor as relações que o envolvem no 
dia a dia de suas atividades. Seu comportamento refletirá sua maturidade 
emocional e cultural e denotarão suas condições de evolução como ser. Seu 
comportamento será viga de sustentação de seu mundo pessoal e profissio-
nal. O homem primitivo se organizava em tribos, o homem contemporâneo 
em comunidades e, estas comunidades são organizações que, sejam elas 
pessoais ou profissionais, tanto adornam quanto sugerem e exigem padrões 
de conduta.
 O comportamento do homem passa a ser objeto de estudo onde indivídu-
os e grupos nos mais variados sistemas organizacionais, como o trabalho, 
objeto foco das atuações profissionais, pedem uma série de pré-requisitos 
extremamente relevantes ao fiel cumprimento de suas atividades e se refle-
tem em outros segmentos tais como, a empatia, comunicação, motivação 
pessoal, trabalho em equipe, cooperação, liderança, motivação, mudança e 
tomadas de decisões. Importa, neste contexto, considerar fatores relevantes 
como as etnias, sexos, idades, crenças, habitat, etc. No ambiente de trabalho 
importa cuidar para que os comportamentos das pessoas agreguem o má-
ximo possível no intuito de beneficiar boa convivência e harmonia. Onde há 
paz organizacional, há sucesso.
As organizações cuidam para que sua estrutura trabalhe em equipe e que 
sua dinâmica favoreça o bem estar da organização. Esta preocupação e ocu-
pação é destinada ao gestor que, via de regra deve ser dotado de espírito 
de liderança e que tenha dentre outras habilidades o espírito de equipe e 
um excelente espírito apaziguador e empreendedor. A organização é um 
sistema cooperativo racional, ela somente pode alcançar seus objetivos se 
as pessoas que a compõe coordenarem seus esforços a fim de alcançar algo 
que individualmente jamais conseguiriam.
Uma vez composta de pessoas com diferentes habilidades, cabe a cada uma 
dessas performances contribuírem para o trabalho. Há pessoas que têm ini-
ciativas, outras que necessitam de direcionamento. Há aquelas que travam o 
sistema, como aquelas que desarmam e avançam. Há aquelas que sabem se 
comunicar e aquelas introspectivas, aquelas que têm autonomia e usam de 
forma positiva (líder) e, aquelas que a fazem de maneira negativa, há os to-
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
16 17
madores de decisões enfim, dentre estes e outros tipos de comportamentos 
que, uma vez bem conduzidos, gerarão gestões de sucesso.
Já falamos de pessoas, mas as organizações que reúnem grupos de pessoas 
com perfis tão diversos precisam estar devidamente amparadas e focadas 
nas normas culturais e filosóficas que regem cada tipo de empresa. E, dentro 
das organizações, é o setor de gestão de pessoas, o gerenciador do capital 
intelectual humano da empresa. Trata-se de não só acompanhar e liderar 
pessoas, mas gerenciar talentos e alinhar o máximo possível cada habilidade 
ao que pede a cultura organizacional. 
1.2 EMPATIA: 
No comportamento humano, no trabalho, são muitos fatores a considerar. A 
empatia também agrega e muito na produtividade. A energia que circula na 
natureza se reflete emtodos os segmentos. A magia que há entre as pessoas 
quando há harmonia favorecem quaisquer tipos de atitudes e sentimentos 
transformando o ambiente de trabalho rico, favorável e empreendedor.
Bons sentimentos facilitam, desarmam e confortam. O mundo precisa de 
mais pessoas empáticas, que compreendam que vivenciem a necessidade do 
outro. É troca, é parceria, pois sua energia transforma as pessoas, as deixam 
mais inteligentes reflexivas. Quando pensamos em energia, logo pensamos 
numa rede elétrica, mas a energia é muito mais poderosa. Está em todos os 
cantos do planeta. A física quântica comprova. A medicina aprova e nossos 
atos comprovam que um ser enérgico de bons pensamentos e ações fazem 
fluir tudo de bom ao seu redor. O mesmo se passa quando, numa organi-
zação, conseguimos reunir bons fluidos pensantes, bons fluídos humanos. 
A empatia é tão poderosa que faculta ao homem a capacidade de sentir, de 
compartilhar o outro. O exercício da empatia é essencial. Se colocar no lugar 
do outro, sentir o sentimento alheio. São muitos os benefícios pessoais e in-
terpessoais da empatia e, que repercutirão no sucesso pessoal e profissional. 
Onde só há vantagens quando o homem consegue viver consigo e com seu 
próximo, quando consegue se tornar um ser mais adaptável às adversidades 
da vida.
As empatias podem repercutir no homem duas formas de ser e agir: a sim-
patia e a antipatia. E, neste contexto, voltamos a falar no poder da energia 
que tanto atrai quanto repele sentimentos, pensamentos e ações. Enquan-
to, a empatia é a capacidade de identificar-se totalmente com outro, onde 
se estabelece um elo entre as partes; A simpatia que tudo atrai, favorece e 
simplifica, tem sua origem na maneira como o homem fora criado, na boa 
condução de sua educação, vem de longas datas, da mesma forma que a 
antipatia pode ser plantada em nossas fases anteriores da vida e, dela de-
penderá toda nossa trajetória no porvir.
“A capacidade de compreender, de forma acurada, bem como de compar-
tilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, 
expressando este entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta 
compreendida e validada” (Falcone & Cols, 2012.).
1.3 COMUNICAÇÃO:
A comunicação é um dos pontos cruciais na vida do homem (profissional, 
sobretudo). A comunicação sempre existiu e sempre será extremamente re-
levante. Antes feita através de gestos e/ou sinais. Os primeiros ruídos huma-
nos, as primeiras comunicações verbais e não verbais (das cavernas) fidelizou 
em nós a capacidade de tornar comum, de expor nossos pensamentos e 
ações. O corpo fala e como fala. Todos os seres vivos se comunicam. A velha 
e boa conhecida teoria sistêmica tão prontamente exposta pelo biólogo Von 
Bertalanffy demonstra que os dados emitidos, precisam se transformar em 
informações úteis para tomada de decisões, precisam ser processadas, de-
codificadas e compreendidas. Desta feita, o sistema poderá retroalimentar-
-se e assim cumprir o fim para qual fora predestinado, informar, comunicar. 
Comunicar é uma arte de bem enviar e receber mensagens.
Necessário haver o emissor, o receptor, a mensagem e outras variáveis que 
influenciarão no resultado exitoso da comunicação, tais como: o tempo, es-
paço, local, cultura, de cada indivíduo ou organizações. A dificuldade de se 
expressar é um problema recorrente entre profissionais e um dos principais 
obstáculos que as empresas enfrentam para obter resultados. A inabilidade 
de comunicação leva à má compreensão de objetivos, que leva ao esforço 
inútil e sem foco. A informação mal transmitida e mal digerida causa con-
flitos nas equipes, o que, além de improdutivo, é desgastante para todos os 
envolvidos.
O homem já nasce em comunicação com o próximo. O choro da criança já 
diz a que veio. Este ser cresce e, seu meio facilitará ou não neste processo. 
Posteriormente, suas educações formais e informais definirão que tipo de 
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
maiores palestrantes sobre marketing pessoal nos alerta:
1. Lembre-se que seu marketing pessoal tem o poder de transformar seu 
talento em oportunidades. Um gênio sem marketing pessoal é um gênio 
desconhecido.
2. Se você está começando uma carreira ou uma nova etapa, demonstre 
toda a sua disposição para aprender com todas as pessoas e situações. Deixe 
sempre bem claro o quanto é importante para você aprender com as pessoas 
e com a empresa.
3. Descubra o ponto mais marcante da sua personalidade, sua maneira de se 
comunicar, sua alegria, seu bom senso, etc. Foque a “divulgação” deste seu 
ponto marcante, ele será para você o que uma marca é para uma empresa. 
Com o tempo, a sua “marca pessoal” ficará conhecida e desejada por este e 
por outros atributos que o tempo vai mostrar.
4. “Dress to impress” esta expressão do mercado corporativo americano 
possui o seguinte significado: “vista-se para ser visto”. Sem exageros, sem 
extravagância, com discrição, mas desenvolvendo um estilo pessoal facil-
mente reconhecível. Estilo é tudo! Vista-se de maneira que a sua presença 
seja agradável aos olhos. Como seres humanos são atraídos pela beleza. Não 
há nada errado em ser bela desde que você não reduza apenas à beleza as 
suas potencialidades diante da vida.
5. Mostre o seu lado “solucionador de problemas”. “Sempre que surgir 
uma dificuldade ou um problema dentro da equipe a que você pertence, 
pergunte-se: “o que eu posso fazer por isso?”. Sempre que você ajudar a 
resolver um problema você estará inserindo sua marca pessoal na lembrança 
das pessoas.
6. Entregue sempre um resultado superior ao esperado. Dedique-se a superar 
as expectativas das pessoas. Sempre que algo lhe for solicitado pergunte-se: 
“Qual é a melhor maneira pela qual eu posso realizar o que me foi pedido?”. 
“Eu posso superar as expectativas com respeito ao meu desempenho e o 
cumprimento da tarefa?”. Realize com qualidade ampliada, procure sempre 
olhar além da solicitação.
7. Onde a maioria das pessoas fica parada por falta de recursos, IMPROVISE. 
Use sua criatividade para, diante de poucos recursos, desenvolver a melhor 
18 19
comunicadores serão. E, uma vez profissionais, serão suas habilidades, leitu-
ras e imersões culturais que erradicarão de vez seus status de maus comuni-
cadores. Quem muito lê, muito reflete, e muito fala. 
Algumas profissões facilitam na formação comunicativa do futuro profis-
sional, mas cabe a ela, a grande estrela, as HUMANIDADES que, de fato 
viabilizarão na formação deste futuro profissional. Profissional este que, para 
se comunicar antes é necessário entender seu “eu”, o próximo, o meio, a 
cultura, o tempo. 
Organizacionalmente, as informações precisam correr de forma simples e 
pontual. Uma vez mal direcionadas podem gerar transtornos e conflitos que, 
precisarão ser manejados e, trazer atrasos e causar danos à empresa das 
mais diversas ordens, além disso, não é exatamente saudável conviver num 
ambiente sem sinergia e comunicação fluente. Isso, porque até aqui nos 
referimos apenas ao clima organizacional interno (entre os colaboradores de 
uma empresa). Imagine, se pensarmos como os clientes perceberiam e sen-
tiriam desordens e climas tensos? Profissionais pró-ativos, de decisão firme e 
fácil, pessoas que expressem suas opiniões dando um feedback mais eficaz 
e construtivo à empresa, profissionais que gerem confiança, transparência e 
harmonia, de forma empática são sempre bem requisitados numa empresa.
1.4 MARKETING PESSOAL.
Se nos conhecemos bem e ao próximo, se trabalhamos nossa empatia e, 
de forma plural nossa simpatia, se já conseguimos nos comunicar com su-
cesso, porque não anunciar aos quatro cantos que, somos seres humanos 
e profissionaisrelativamente bem alinhados? Sim, já podemos usar de uma 
das ferramentas administrativas entender que o marketing como sendo um 
conjunto de meios e estratégias bem planejadas de anunciar e fortalecer 
determinados produtos e serviços. Se, ao executar nossas tarefas, colocamos 
em pauta, nossa imagem, nossa capacidade, desenvoltura e pró-atividade, 
podemos projetar também nossa imagem no mercado de trabalho.
É certo que, uma imagem profissional ilibada não se constrói em um único 
dia, é fruto de persistências, esmero, dedicação e honestidade. Portanto, o 
marketing pessoal é uma ferramenta extremamente eficaz para o alcance 
do sucesso social e profissional. O melhor é que, além de beneficiar quem 
o pratica, ele também proporciona bem estar para os que estão próximos. 
Observe as 10 dicas importantes de Carlos Hilsdorf, economista e um dos 
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
20 21
solução possível frente a um desafio. As pessoas mais bem colocadas no 
mundo dos negócios ousaram improvisar muitas vezes.
8. Construa várias networks. Dedique-se a formar diferentes redes de rela-
cionamentos dentro e fora da empresa. Através dos relacionamentos conhe-
cemos e somos conhecidos, reconhecemos e somos reconhecidos e, princi-
palmente, compartilhamos interesses comuns. Identifique quais são as áreas 
de interesse que aproximam você de outras pessoas: música, literatura, cine-
ma, hobbies, esportes, competência técnica, etc. Aproxime-se das pessoas, 
construa relacionamentos de longo prazo.
9. Cultive sua ética e sua honestidade de forma inabalável. A vida testa você! 
Caminhos não éticos são atalhos que conduzem a abismos! Uma atitude 
não ética acaba com o seu maior patrimônio: sua integridade. “Quando a 
falta de ética passa a fazer parte da marca pessoal de alguém, esta pessoa 
somente será usada por outras igualmentes não éticas até o momento em 
que for conveniente abandoná-la e deixá-la pagar a conta”. Não ceda!
10. Vivemos em uma era de muita competitividade e muita pressão, por 
isso resistência física, mental e emocional são fundamentais. Isto significa: 
cuide do corpo, da mente e do espírito. Fortaleça-se nos três níveis, assim 
quando as pessoas estiverem fisicamente esgotadas você ainda terá fôlego 
extra - ponto para o seu marketing pessoal. Quando elas estiverem cansadas 
demais para pensar em soluções você ainda terá criatividade de sobra para 
dar ideias – mais 1 ponto para o seu marketing pessoal. E, quando as pes-
soas estiverem com raiva ou depressão, você manterá a paz e a vontade de 
viver – ponto para a vida, e para o seu marketing pessoal, também.
Portanto, o marketing pessoal é uma ferramenta extremamente eficaz para 
o alcance do sucesso social e profissional. E o melhor é que, além de bene-
ficiar quem o pratica, ele também proporciona bem estar para os que estão 
próximos. 
1.5. TRABALHO EM EQUIPE:
A velha máxima “o homem não vive sozinho” retrata com fidelidade a figura 
do velho e bom trabalho em equipe como sendo uma ferramenta extreman-
te relevante no contexto organizacional. União de experiências, tendências 
e conhecimentos não só reconhece as habilidades de cada ser, de cada co-
laborador, mas também as valoriza como força motriz no meio competitivo 
e holístico em que vivemos. O trabalho em equipe possibilita a troca de 
conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos comparti-
lhados, uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para 
conhecer outros indivíduos e aprender novas tarefas.
Um somatório de esforços sempre atingirá bons frutos e promoverá maior 
interação entre os profissionais nas organizações. Para tanto, a força tarefa 
do líder, certamente será de suma importância na composição das equipes 
de trabalho. Esta nomenclatura induz ao termo parceria, cumplicidade e boa 
convivência quando, obviamente, no grupo de trabalho pede confiança, 
amizade, boa comunicação e sinergia. Além, é claro de ser bem mais agra-
dável e fácil do que trabalhar em carreira solo. 
Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica 
essencial para profissionais que deixam de lado sua individualidade e passam 
a pensar coletivamente.
Procurar desenvolver suas habilidades em equipe e se destacar e dar espaço 
para a liderança. Empresas valorizam profissionais capazes de gerir e motivar 
os colaboradores, buscando sempre o desenvolvimento da equipe e os me-
lhores resultados.
1.6. COOPERAÇÃO:
Falar em trabalho em equipe, nos reporta a um termo muito próximo que se 
chama cooperação ou seria colaboração? São duas terminologias em que os 
meios justificam os fins. Se tivermos um grupo de profissionais trabalhando 
em conjunto em total envolvimento, podemos dizer que tem cooperação 
entre pessoas e, se a organização proporciona ferramentas de trabalho, se 
envolvemos processos e ambiente físico, a isto, chama-se de colaboração. 
Ideal quando há esta combinação, pois, o esforço combinado de uma equi-
pe que funciona bem em conjunto realiza muito mais do que o esforço total 
que todos os indivíduos teriam realizado se estivessem trabalhando sozinhos 
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
22 23
e, desamparados de todas as naturezas. 
Essa é uma das razões pelas quais muitas das funções de negócios são me-
lhoradas pela interação criativa de pessoas cooperando umas com as outras. 
Os indivíduos podem aprender uns com os outros, consultar uns aos outros 
sobre problemas e entrar em acordos para decidir qual a melhor maneira de 
atingir seus objetivos. 
Nós, seres humanos, só conseguimos ser bem-sucedidos na luta pela so-
brevivência, em grande parte, devido aos resultados da nossa ação enquan-
to grupo, ou seja, da nossa ação cooperativa. Existem várias teorias sobre 
os fatores que motivam as pessoas a cooperar. Algumas hipóteses recentes 
apontam para existência, na maioria de nós, consciência social e moral que 
nos impede a agir de acordo com aquilo que é considerado justo. Temos a 
capacidade de nos preocuparmos com os outros e cooperamos de forma 
especial, que não está presente na maioria dos outros animais: cooperamos 
com desconhecidos e não apenas com a nossa família; estabelecemos laços 
íntimos de amizade com pessoas que não nos são geneticamente próximos 
e fazemos sacrifícios por elas. Por quê? A resposta é muito simples: porque 
isso nos faz sentir bem.
“Cooperar é dar com generosidade, e também receber com gratidão. Na en-
trante nova era as corretas relações humanas e a cooperação mundial para 
o bem de toda a humanidade será a nota dominante”.
Extraído O Princípio de Cooperação.
1.7 AUTONOMIA. 
Apesar de viver em comunidade, o homem é dotado de livre arbítrio, o pro-
fissional, mesmo liderado, trabalha em equipe e cooperativas, por outro lado 
também tem autonomia, independência, liberdade. Esta autonomia tam-
bém vem acompanhada de passe livre para a autossuficiência. 
A autonomia requer postura e maturidade e, pode proporcionar ao profis-
sional mais desprendido maior produtividade. Vale ressaltar que, nem todo 
profissional tem esta autonomia e desenvolve-se melhor quando direciona-
do ou liderado. Investir nesse processo proporciona ganhos como: assumir o 
próprio desenvolvimento, ser o sujeito da sua própria história, consolidar a 
capacidade de realização e promover a autorrealização. 
“Por isso, em vez de declarar sua independência, no sentido de agir isolada-
mente, declare sua autonomia.”
Isabella Gonçalves.
1.8 LIDERANÇA. 
Quando se fala de um profissional que conhece a si e ao próximo, que é 
simpático, comunicativo, sabe se projetar no meio em que vive de forma 
serena, que sabe o valor do trabalho em equipe e cooperação no trabalho, 
que sabe ser autônomo com maturidadee independência, sabe ser simples 
e ser plural e, que tem equilíbrio emocional dentre estas outras habilidades, 
podemos dizer que encontramos aí um líder. Liderança é a competência 
capaz de gerar as demais que são obrigatórias no processo de gestão da 
mudança. Liderar é exercer influência e ter influência. Sem esta competência 
muito pouco, ou mesmo nada, será feito para se chegar à outra margem da 
mudança. A Liderança não pode estar concentrada somente numa pessoa 
ou num pequeno grupo. Precisa estar diluída em toda a equipe que partici-
pará do processo de transformação. 
A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no 
papel de líder, sem possuir forçosamente um cargo de liderança. A liderança 
pode surgir sem que necessariamente o líder tenha um currículo invejável. 
A liderança vem de dentro, vem da alma muito embora, em algumas vezes 
ocorra por forças extrínsecas, formal, genética ou ditadoras ou ainda parti-
dárias.
O líder tem a função de unir os elementos do grupo, para que juntos possam 
alcançar os objetivos do grupo. A liderança está relacionada com a motiva-
ção, porque um líder eficaz sabe como motivar os elementos do seu grupo 
ou equipe.
A liderança positiva é essencial para o trabalho em equipe. Hoje, não se 
trata apenas de liderar pessoas, mas produzir resultados positivos através do 
desempenho acima da média. Esta liderança precisa entender que o foco 
deve estar intrincado na sua alma, onde ele consegue ver soluções e novas 
perspectivas, que aja com determinação, honestidade e coragem, que seu 
ambiente de trabalho seja revestido em energias positivas e, que saiba en-
tender às pessoas.
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
Por sua vez, líderes ineficazes, maus gerenciadores, pouco comunicativos, 
temperamentais, incompetentes, inacessíveis, vaidosos, descomprometidos 
dentre outras péssimas referências que geram poucos resultados. Este é o 
perfil da liderança negativa ou indesejável. São gestões estagnadas por inap-
tidão e sem resultados satisfatórios. Seus liderados vivem desestimulados e, 
via de regra são pouco valorizados.
“Um bom líder sabe ser carismático e íntegro, ouvir e motivar os outros, 
compartilhar experiências e tomar decisões. Ele conquista o respeito dos li-
derados por seus exemplos, e é dono de virtudes distintas que o ajudam a 
encarar desafios de forma otimista e criativa. É justamente esse tipo de líder, 
capaz de ensinar, delegar, acompanhar, inspirar e mobilizar os colaboradores 
que as empresas procuram.”
José Roberto Marques.
1.9 MOTIVAÇÃO: 
Porque será que precisamos ser sempre impulsionados? A motivação às ve-
zes de ordem interna, outras de ordem externa, sempre nos questionando 
em que ponto vale a pena investir, mudar, adaptar, ajustar. A motivação nos 
serve de amparo para que não paremos no tempo e espaço. Precisamos mui-
tas vezes de direção, de norte. E, a estes direcionamentos que nos amparam 
e fortificam como profissionais, necessitamos estar sempre antenados, bus-
cando novos horizontes, novos caminhos a fim de que não esmoreçamos no 
meio do caminho. Onde buscá-la?
Para a manutenção de nossa motivação é necessário sentir que estamos no 
rumo certo, que podemos criar e inovar, sair da rotina, para reavaliar suas 
atividades. O processo de educação continuada auxilia em muito na melhora 
da autoestima do profissional, pois proporcionam novos horizontes, novas 
perspectivas e dosa a rotina. Ah, triste rotina que tira a alegria e o prazer 
pelo trabalho.
Uma boa leitura para reflexão:
“Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre 
dar a mão e acorrentar uma alma”. E você aprende que amar não significa 
apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a 
aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E 
24 25
começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a 
graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do 
amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair 
em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por 
muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algu-
mas pessoas simplesmente não se importam. E aceita que não importa quão 
boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-
-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para construir confiança e apenas segundos 
para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se 
arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas 
distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você 
tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os 
amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qual-
quer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pes-
soas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito 
depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com 
palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influências sobre nós, 
mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não 
se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Desco-
bre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que, quer ser, e que o 
tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você 
não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser fle-
xível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão 
delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
26 27
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, en-
frentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, 
a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas 
que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que 
se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários 
vocês celebraram.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, 
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse 
nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas 
isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o 
ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o 
ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas sim-
plesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas 
vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga você será em algum 
momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o 
mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo... depois de algum tempo você aprende a diferença, 
a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende 
que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa 
segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, 
não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida 
e olhos adiante, coma graça de um adulto e não com a tristeza de uma 
criança.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plan-
te seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga 
flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que 
pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que 
realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!” 
Texto. O Aprendizado - Um dia você aprende de William Shakespeare.
 1.10. PROCESSO DE MUDANÇA: 
Um antigo e bom professor disse em certa ocasião que as mudanças são be-
néficas e, é um verbo que se conjuga sempre. Daí virá às motivações, meras 
motivações que farão grande diferença.
Todos precisam de um motivo para mudar. Para aprender e reaprender. E, 
neste sentido, a motivação é um impulso que faz com que as pessoas ajam 
para atingir seus objetivos, suas metas. É o que faz com que os indivíduos 
dêem o melhor de si, façam o possível para conquistar o que almejam. É um 
elemento essencial para o desenvolvimento do ser humano. Sem mudanças 
é muito mais difícil cumprir algumas tarefas. 
Atualmente, o mundo caracteriza-se por um ambiente em constante mudan-
ça, o mundo gira muito rápido, a tecnologia evolui sendo que esse ambiente 
que envolve as organizações é extremamente dinâmico, pois está frequente-
mente em mutação, adaptando-se às exigências do mercado e exigindo das 
organizações uma elevada capacidade de adaptação. 
1.11. ANÁLISE DE PROBLEMA E TOMADA DE DECISÕES:
Em uma organização os problemas surgem paulatinamente e o gestor, como 
tomador de decisões, precisa observar atentamente como gerenciar todas 
as fases. Importa, neste contexto analisar os fatores de risco para que as 
decisões sejam tomadas a fim de alcançar seus objetivos. Para a maioria dos 
setores operacionais e informacionais que servirão de suporte ao tomador 
de decisões.
Não se concebe um gestor ou tomador de decisões que não se planeje, que 
não saiba para onde seguirá seu curso. Há inúmeros fatores envolvidos no 
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
28 29
processo de tomada de decisões, porém podemos destacar alguns que são 
os principais no desenvolvimento deste processo. Um dos principais é plane-
jar e direcionar suas decisões, organizar, ampliar e também direcionar suas 
ideias.
As crises e ameaças vêm acompanhadas de oportunidades e eixos de mu-
danças e, cabe ao líder sensibilidade e julgamento de como proceder técni-
co e humanamente. Há de se observar as hierarquias a serem seguidas de 
lideranças.
Existem algumas características que envolvem os processos decisórios e cria-
tivos. Pois, para se obter um resultado se faz uso de vários processos. Há 
diferença entre processo decisório e processo criativo, pois o processo cria-
tivo é a elaboração de ideias que resultarão em produtos. Enquanto o pro-
cesso decisório envolve uma série de fatores e procedimentos para definir 
esse “produto”. A fim de otimizar as atividades decisórias, esta metodologia 
abrevia os caminhos para mudanças.
Para a TSH Consulting, o APTD é composto de quatro metodologias:
Análise de Falhas – AF: É um processo que auxilia na busca da causa de um 
problema, questionando-o de uma forma estruturada, testando a possível 
causa e verificando se ela é verdadeira, antes de tomar qualquer tipo de 
ação. Também é abordada a diferença entre “causa / efeito” e as suas res-
pectivas ações.
Análise de Prioridade – AP: É um processo que, utilizado em grupo, auxilia 
na busca pelo consenso sobre quais situações ou problemas deverão ser 
abordados primeiro. É uma ferramenta de gerenciamento de prioridades e 
responsabilidades.
Análise de Risco (APP) – AR: É um processo que auxilia no gerenciamento de 
problemas potenciais que podem surgir ao implantar ou executar ações de 
um plano, de um projeto, um reparo ou de uma mudança.
Análise de Decisão – AD: É um processo que auxilia na análise dos benefícios 
e riscos da decisão, avaliando as expectativas de resultados e o que pode dar 
errado. Muito utilizado quando nos deparamos com muitas alternativas ou 
quando há grande risco envolvido na decisão.
Resumo:
Bom, chegamos ao final do nosso primeiro capítulo, passando pelos assuntos 
mais relevantes no contexto geral deste tema tão abrangente. As relações 
interpessoais, e temas correlatos tão relevantes quando o assunto gira em 
torno do homem que vive em comunidade, em sociedade e em seu ambien-
te de trabalho. Foi possível verificar que todos saem ganhando, a empresa 
em forma de produtividade e os colaboradores em forma de autoconheci-
mento o que agrega valor em sua carreira e em sua relação com a família e a 
sociedade. Em síntese quando olhamos para dentro e despertamos a compe-
tência do autoconhecimento conseguimos abrir nossos olhos para observar 
os relacionamentos externos no ambiente de trabalho e na vida pessoal. Os 
relacionamentos externos refletem diretamente nosso estado interior, se as 
pessoas com quem convivemos não condizem com os objetivos pessoais e 
profissionais é hora de repensar suas relações, olhar para dentro, analisar o 
que você quer do futuro e iniciar o processo de mudanças internas.
Sugestão de Leitura: Para se aprofundar no assunto sugiro a leitura dos li-
vros do escritor norte americano Dale Carnegie, considerado um dos maio-
res especialistas nas áreas de relacionamento interpessoal, foi consultor de 
grandes líderes e palestrante internacional. Entre vários livros dois deles são 
essenciais e se tornaram best-sellers: Como Fazer Amigos e Influenciar Pes-
soas e Como Evitar Preocupações e Começar a Viver.
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
30 31
2 RESPONSABILIDADE SOCIAL.
As empresas possuem um grande poder sobre as mudanças sociais bem 
como, das ambientais (benéficas ou maléficas). Hoje, muitas entidades são 
responsáveis pelas catástrofes sociais e ambientais no planeta. No entanto, 
com a implantação da consciência socioambiental pode ser revertida e por 
consequência trazer soluções plausíveis e operacionais para a comunidade 
como um todo. Os diversos setores da sociedade estão prestando gradati-
vamente mais atenção na atuação das organizações. 
Na questão organizacional não é diferente, os usuários estão requerendo 
cada vez mais informações sobre a gestão. E como visto, são vários os 
segmentos que tratam da transmissão de informações referentes à gerên-
cia socioambiental. Neste contexto, as entidades estão buscando inserir 
a chamada, responsabilidade social nas suas atividades. Responsabilidade 
social é um conjunto de ações adotadas por empresas com o intuito de 
promover o bem estar social.
Nas empresas brasileiras essa política ainda está em desenvolvimento. Em 
muitos casos, as ações sociais são aplicadas por imposição da fiscalização 
e/ou pressão da comunidade. A responsabilidade social ambiental é uma 
via de pensamento que busca o desenvolvimento de maneira sustentável, 
pois é viável, embora pouco difundida.
Frear o desenvolvimento não é uma possibilidade, a palavra é: aliar. Aliar o 
desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. O crescimento 
Objetivos:
Desenvolver uma compreensão abrangente dos di-
ferentes termos usados para referir a Responsabili-
dade Social. 
Compreender a importância da Humanização no 
Trabalho.
Conhecer os motivos da Desumanização no Traba-
lho. 
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
econômico é de grande valia para a sociedade, não apenas para as socie-
dades empresarias, pois propicia maior qualidade de vida. E ao mesmo 
tempo a preservação do meio ambiente garante a continuidade da vida no 
planeta.
Uma entidade responsável socialmente tem como finalidade coligar pro-
gresso e sustentabilidade.Duas visões antagônicas que podem comple-
tar uma a outra. Uma empresa que aplica a responsabilidade social tem 
políticas de preocupação com seus funcionários, fornecedores, clientes, 
etc.; fato que consequentemente induz a disseminação da cultura social 
da empresa. 
Por exemplo, um funcionário que trabalha em uma empresa com política 
de responsabilidade social leva para a família os hábitos e conceitos adqui-
ridos no trabalho. Responsabilidade social é quando empresas, de forma 
voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o 
bem estar dos seus públicos interno e externo. É uma prática voluntária, 
pois, não deve ser confundida exclusivamente por ações compulsórias im-
postas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, 
por exemplo). 
Moralmente, considera-se uma empresa ou organização social quando esta 
tem como metas básicas ao menos os princípios éticos e morais. A transpa-
rência também contribui de sobremaneira. Até, contabilmente falando, as 
empresas já estão totalmente voltadas a este contexto metas compatíveis 
com o desenvolvimento sustentável da sociedade para a preservação de re-
cursos ambientais e culturais. A conscientização da importância do tema é 
fundamental para a convivência em sociedade. E essa percepção e cultura 
devem ser difundidas em todas as classes sociais e todas as faixas etárias, 
por tratar-se de um assunto que diz respeito a todos os seres humanos. 
 
Quando falamos de responsabilidade social não estamos falando necessa-
riamente de filantropia empresarial de humanitarismo. As empresas vêm 
mudando seu caráter individual pela visão do coletivo e, isso também pode 
atribuir à cidadania que se incorpora cada vez mais na cultura das orga-
nizações, na convicção íntima de que se deva contribuir para o bem-estar 
da sociedade. Segundo Fabiane Lopes Bueno Netto Bessa (2006, p. 141), a 
responsabilidade social diz respeito ao: 
“Agir em conformidade com o direito, com a função social da empresa 
32
e com os princípios de direito privado, sempre orientados pelo princípio 
da boa-fé. E isso em toda e qualquer etapa do negócio. As balizas da 
livre-iniciativa – e, portanto, da responsabilidade social – encontram-se no 
ordenamento jurídico e variam conforme a extensão do interesse público 
envolvido.”
Trata-se na verdade de entender que os lucros são importantes para a em-
presa, mas a responsabilidade pelo bem comum e pela natureza também 
assegurará a perpetuidade de suas atividades. As empresas entenderam 
finalmente que mesmo privadas tem enorme responsabilidade com o so-
cial e, também ambiental. Devemos entender que as empresas também 
podem contribuir, melhorando os hábitos e costumes da comunidade e, 
mantendo-se desta forma, mais próximos do bem comum.
Uma organização voltada para o desenvolvimento sustentável planeia nos 
seus negócios um horizonte multidimensional, que engloba e asseguram 
os direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais, na 
medida em que todos fazem parte de um sistema de obtenção de uma 
economia solidária. 
A responsabilidade social de uma empresa melhora a sua comunicação 
com a sociedade por uma simples razão: a partir do momento em que a 
empresa está convencida do seu papel social e se orienta para a melhoria 
contínua dessa sociedade, este esforço resulta num constante fortaleci-
mento, que aumenta e reforça o seu conceito junto à comunidade. Com 
a degradação desenfreada da natureza a humanidade “colhe frutos” da 
desorganização humana. No entanto, o desenvolvimento trouxe qualidade 
de vida para a população e descarta-lo não é alternativa. A busca é pelo 
equilíbrio, como aliar. A responsabilidade social para ser alcançada deve 
ser transparente e comprometida com o objetivo de promover o bem estar 
social.
Figura2: Pirâmide da Responsabilidade Social Corporativa.
33e-Tec Brasil e-Tec Brasil
www.slideshare.net
2.1. HUMANIZAÇÃO NO TRABALHO.
As organizações possuem sistematicamente uma maneira toda própria 
com papéis previamente estabelecidos decorrentes de um processo sinér-
gico que as mantêm junto ao meio cultural e de trabalho como sistemas 
abertos em relação aos contextos estruturais, sociais e de produção, onde 
podemos identificar comunicação exitosa pré-requisito para o desempe-
nho de suas atividades.
Dependem destes, os níveis de energias dissimuladas pelo sistema deline-
ando o quadro geral da organização sob o sistema produtivo e sob seus 
valores. A consequência desta era de inovações leva-nos constantemente 
às possíveis tendências e desenvolvimentos alternativos, delimitando e par-
tindo para uma perspectiva mais social e visionária, o ser humano por si 
só responde a árdua tarefa de ser produto de transformações biológicas e 
históricas como seres reflexivos, cuja evolução está atrelada e subordinada 
às demais modificações da espécie e das diversas culturas, ou seja, não 
só nos referenciamos ao indivíduo biológico, mas também ao social que, 
neste contexto deve ser considerado ponto de partida de reflexões quanto 
a sua unicidade num mundo de diversos outros indivíduos e que, por isso 
não atravessa apenas acontecimentos biológicos, mas também histórico-
34
-sociais, cujas influências da linguagem, habitat, valores e relações provo-
cam fortes efeitos sob as relações sociais e de trabalho.
Os conceitos de empregabilidade eram mais bem delineados, definidos 
e seguros, entretanto, diante da dinamicidade, tudo muda toda hora, as 
atividades formais, mais seguras e “estáveis” e, aquelas consideradas mais 
frágeis e suscetíveis as “informais”. 
O trabalho informal tem em comum não só a precariedade da empregabili-
dade, como a instabilidade e remuneração, além de diminuídas dos direitos 
sociais, proteção e desrespeitarem também às normas do trabalho. Outro 
problema inquietante advém de quando um grande número de pessoas 
excluídas, passarem a viver junto à ilegalidade repercutindo socialmente no 
avanço da produtividade da nação e desequilíbrio de comunidades inteiras.
Sempre haverá um pouco de injustiça, sempre existirão tarefas pouco agra-
dáveis e difíceis. O processo de gerenciamento de uma empresa é vital 
para atingir objetivos na organização, por este motivo, as pessoas precisam 
estar em sintonia com o mercado de trabalho. Para (Ron Garland, 1993, 
p.25) “o mau gerenciamento gera moral baixo (...) bem como qualidade 
pobre, baixa produtividade e conflitos desnecessários”.
Outras variáveis e fortes influências e transformações trazem sob o âmbito 
social e individual é no mínimo reconhecer que tais ocorrências incidirão 
também sob o psíquico do ser humano. Além disso, sabe-se que, exis-
tem em nosso organismo diversas substâncias que nos prepara e posiciona 
as mais diversas situações: perigo, tranquilidade, prazer, entusiasmo, etc. 
Uma vez bem dosadas podem conduzir-nos a ocorrência preferencialmen-
te de bem estar físico e psicológico para inicialmente sentir o bem estar 
como ser humano para em seguida realizar-se profissionalmente. 
De qualquer forma, todo ambiente de trabalho deve ser dotado de segu-
rança e flexibilidades onde as pessoas sintam-se à vontade para se expres-
sar sem receios de serem censuradas. As empresas hoje buscam ambientes 
saudáveis e espiritualizados. Ambientes humanos onde haja condições fa-
voráveis de trabalho. As organizações preocupam-se mais em manter não 
só sua majestade, o cliente, mas seus colaboradores mais satisfeitos.
Todos devem falar a mesma língua e não se pode deixar de considerar que 
as humanidades hoje são extremamente valorizadas e aplicadas ao am-
35e-Tec Brasil e-Tec Brasil
biente de trabalho contemporâneo. Não dá para nãoser diferente. Estas 
são as organizações inteligentes e modernas.
Parte do texto de Luisa Galvão Lessa, que é Professora e Pesquisadora Na-
cional Sênior – CAPES e mostra de maneira bem objetiva e clara o que é a 
Humanização no Trabalho:
“O convívio harmônico, ético, respeitável, responsável, entre as pessoas, 
sempre foi um desafio para a humanidade”. Mas, durante algum tem-
po, essa interação passou sem ser muito notada, em função de algumas 
condutas relacionadas à individualidade, à centralização do poder e à va-
lorização dos produtos em vez das pessoas. Hoje, compreende-se que a 
natureza verdadeiramente humana das organizações, empresas, setores 
públicos ou privados, é construir essas relações em função das pessoas e 
não das técnicas. Discutir a humanização no ambiente de trabalho é im-
postergável, porque a efetiva vivência num ambiente organizacional trará 
grandes benefícios para os indivíduos, às empresas e a sociedade em geral.
O mundo do trabalho não tolera mais pessoas arrogantes, centralizadoras, 
vaidosas, que não sabem criar um clima harmônico e próspero na intrin-
cada teia de relacionamentos que integra a vida do ser humano, tornando 
inevitável à necessidade da discussão sobre ética. Isso porque a dimensão 
ética começa quando entra em cena o outro. E toda lei, moral ou jurídica, 
regula as relações interpessoais. “Fere as letras da lei pessoa que impõe 
aos outros, a seu bel-prazer, condutas para perseguir, diminuir o próximo, 
humilhá-lo, amedrontá-lo no seu ambiente de trabalho.”
Não dá para não ser humano nem no dia a dia, nem tampouco no tra-
balho. Para onde vai o sentido da vida, se não houver harmonia e huma-
nização entre os homens? Antes de falar em humanização no trabalho 
é preciso falar de oportunidade de trabalho. O homem na informalida-
de torna-se um excluído, dissociado, desprivilegiado, o homem produtivo 
precisa desenvolver seu potencial, viver, participar ativamente, produzir e 
então poder viver dignamente. 
Para aqueles privilegiados por estar no mercado de trabalho, precisa de 
ambiente humano, precisa ser reconhecido pela sua atuação, necessita de 
respeito para que possa crescer e enfrentar os desafios do dia a dia. As 
organizações precisam apoiar capacitar, e, sobretudo compreender que 
somos todos inocentes, somos todos ignorantes, que necessitamos estar 
36
inseridos no mundo humano do trabalho.
Resumo. 
Chegamos ao fim da UNIDADE II, vimos que a responsabilidade social hoje 
é extremamente imprescindível junto às organizações de ponta. Que tem 
dentre outras particularidades, além de recursos financeiros, logísticos e 
tecnológicos o dom de gerenciar ambiente de trabalho humano e sau-
dável. Desenvolver a humanização interna é hoje vantagem competitiva 
e garantia de continuidade junto ao mercado. Valorizar seu maior e mais 
valioso capital: o humano que trabalha e produz é o caminho seguro para 
a organização.
37e-Tec Brasil e-Tec Brasil
Atividade de Aprendizagem. 
1. O que é a Responsabilidade Social? 
2. Quais são as responsabilidades de uma empresa?
3. Qual a diferença entre Responsabilidade Social e Filantropia?
4. Analise as proposições abaixo:
I - A responsabilidade social é um fenômeno restrito à esfera das organi-
zações privadas. 
II - Somente uma gestão voltada para o trinômio "social, ambiental e lucra-
tividade" alcançará seus objetivos de sustentabilidade. 
III - Os investimentos nas áreas social e ambiental visam obter uma imagem 
que seja, no mínimo, simpática ao público.
IV - A sobrevivência das organizações está ligada à sua responsabilidade 
social. 
Estão corretas apenas as proposições: 
a) II e IV,
b) I, II e IV,
c) II, III e IV, 
d) I e III e) I e II. 
5. Organizações que não investem no social e ambiental, nos dias de hoje, 
tendem a: 
 a) obter maiores lucros, 
b) desaparecer do mercado,
c) fidelizar seus clientes com grande facilidade, 
38
 d) Ser valorizada por seus públicos interno e externo,
 e) ter uma boa imagem junto ao público.
6. Qual a importância de Humanização no Trabalho?
7. Cite situações Desumanas de Trabalho: 
39e-Tec Brasil e-Tec Brasil
40
UNIDADE III
3- AS ORGANIZAÇÕES E A GESTÃO DE PESSOAS. 
Mas, todo este preparo, toda reflexão em torno do “eu” interior, das 
quimeras do ser humano, das nuances psicológicas e habilidades do ser 
produtivo, das reponsabilidades humanas e sociais do homem e das or-
ganizações pra tratar com um pouco mais de zelo as organizações empre-
sariais onde, de perto há de se discutir das relações de empresabilidade e 
empregabilidade. Afinal, um dos maiores desafios das empresas tem sido 
ao longo dos tempos atrair e reter talentos. Falamos anteriormente em 
responsabilidade social e, é exatamente aí onde reside a empresabilidade, 
como sendo a organização de um fornecedor de postos de trabalho àque-
les que estejam aptos, capacitados e potencialmente empregáveis – eis aí o 
conceito de empregabilidade – um profissional ético que tenha condições 
de se desenvolver, de produzir e de se relacionar com qualidade dentro da 
empresa.
As empresas modernas, também exigem profissionais modernos e, tam-
bém apostam na qualidade de vida no trabalho de seus empregados. E, 
esta preocupação deve ser não só do gestor, mas fruto de parceria com 
o gestor de pessoas também. Na totalidade das várias modalidades de 
empresas formais, as pequenas e microempresas não dispõem de setor de 
recursos humanos em sua estrutura e organograma. Esta atividade, via de 
regra, fica a cargo das empresas contábeis, normalmente, terceirizadas. As 
grandes empresas em que já se justifica a existência do setor de recursos 
humanos, ou mesmo tantas outras denominações existentes, seja setor de 
pessoal, departamento de pessoal ou ainda de gestão de pessoas. Enfim, 
41
Objetivos:
Compreender conceitos e a história da Gestão de 
Pessoas e suas nuances.
Conhecer conceitos, importância do Direito do Tra-
balho e da Legislação Trabalhista.
e-Tec Brasil e-Tec Brasil
segmento dentro das organizações responsáveis não só pela garantia dos 
direitos dos trabalhadores, mas igualmente responsável pela humanização 
e qualidade de vida do empregado em suas dependências. 
Setor que deveria igualmente instruir seus colaboradores de tudo o que 
se torna não só suas obrigações, mas também seus direitos. Mostrar e 
demonstrar sua obrigação fácil, prático e indispensável, entretanto, divul-
gar e conscientizá-los é menos usual. Que por muito tempo e, em alguns 
casos, até hoje priorizavam dentre suas funções aquelas envolvidas a con-
tratação e controle da jornada de trabalho a fim de “contabilizar” faltas x 
descontos x pagamentos. Mas, um setor tão importante não poderia tratar 
apenas destes pontos, há muito mais envolvendo o trabalho humano. Pas-
sa então, a denominar-se gestão de pessoas, a gerenciar e influenciar na 
questão da produtividade da empresa.
E, sem falar que há ainda a figura excêntrica do líder como gestor de pes-
soas, um profissional cujos papéis, habilidades e responsabilidades e inte-
gridade devem ser de ponta, por se tratar de uma pessoa que se encontra à 
frente de outras pessoas. Um profissional que além de muito humano seja 
dotado de tantas outras habilidades, que seja capaz de gerenciar o maior 
patrimônio de uma empresa: o capital intelectual humano. Que entenda 
que suas funções vão bem mais além de recrutar e selecionar talentos e 
“contabilizar suas ausências ou horas produtivas, mas que tenha, segundo 
França (2008”. p.3) capaz de lidar com as novas tecnologias, reduções ou 
novas posições na empresa, treinamento e desenvolvimento, remuneração 
e benefícios, banco de talentos, segurança,saúde e qualidade de vida, 
comunicação com os empregados, engenharia de produção e ergonomia, 
sistemas de gestão da qualidade, inovação tecnológica, desenvolvimento 
sustentável ou marketing social, e, competência integrada aos aspectos 
socioeconômicos e pessoais.
Além destas habilidades, um profissional que esteja familiarizado com o 
amparo legal que circunda todo este gerenciamento, a legislação trabalhis-
ta – esta que é tão relevante para tantos outros tipos de profissionais tais 
como os contadores, advogados, empresários e, sobretudo aos emprega-
dos. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a joia, a cereja do bolo 
do bom brasileiro que tem por privilégio ter um ministério de cuidar e zelar 
pelas suas relações de trabalho.
Para o autor da CLT – Atualizada e anotada, a mesma surgiu pelo Decreto-
42
-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente 
Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil. 
Ressalta ainda que, seu principal objetivo é a regulamentação das relações 
individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, não só ampara as relações de 
trabalho urbano quanto o rural cuja maior preocupação é a de salvaguardar 
os direitos do homem produtivo, do homem que trabalha, muito embora 
a maioria dos trabalhadores brasileiros desconheça-na na sua totalidade.
Não há como contemplar todas as qualidades e benefícios destas leis, mas 
em princípio alguns pontos merecem nossa melhor atenção e, para um 
trabalho formal, há de se celebrar um acordo, está na lei e não há como 
remediar, mas, este contrato de trabalho (artigo 442) é o acordo, tácito 
ou expresso, celebrado entre o empregador (artigo 2º, CLT) e empregado 
(artigo 3º, CLT), correspondente à relação de emprego. Não possui ne-
cessariamente uma forma para ser realizado, podendo ser por escrito ou 
verbalmente (artigo 443, CLT). 
Para a ocorrência do vínculo empregatício, ensejador dos vários direitos 
trabalhistas, o contrato de trabalho deverá ter os seguintes requisitos: 
a) continuidade; 
b) subordinação; 
c) onerosidade; 
d) pessoalidade; 
e) alteridade. 
 A continuidade é a não eventualidade do serviço, isto é, o empregado 
deve comparecer à empresa repetidamente, por força do contrato de tra-
balho. Para a caracterização do vínculo exige-se a subordinação do em-
pregado ao empregador, ou seja, o empregado deve cumprir ordens e 
ser subordinado economicamente, mediante remuneração. A onerosidade 
relaciona-se com a contraprestação pecuniária fornecida pelo empregador 
ao empregado, em virtude do contrato de trabalho. Pessoalidade é outro 
requisito inerente ao contrato de trabalho, pois este é personalíssimo, isto 
43e-Tec Brasil e-Tec Brasil
é, o empregado não pode fazer-se substituir por outra pessoa. 
Por último, o vínculo empregatício para ser caracterizado deve ter alterida-
de, que consiste na prestação de serviço por conta e risco do empregador. 
Trata-se de uma proteção ao empregado, visto que este até pode participar 
dos lucros da empresa, porém, não pode participar dos prejuízos. 
Tipos de Contratos de Trabalho: O contrato de trabalho pode ser: 
→ Por prazo determinado (artigo 443, §1º, CLT): aquele cuja vigência de-
pende de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou 
ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproxi-
mada. O prazo máximo do contrato de trabalho por prazo determinado é 
de 2 (dois) anos. A CLT elenca as hipóteses em que será válido o contrato 
de trabalho por prazo determinado quando o contrato de trabalho tiver 
como objeto serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeter-
minação do prazo; quando se tratar de atividades empresariais de caráter 
transitório; quando se tratar de contrato de experiência. O contrato de 
experiência que é aquele em que o empregador verificará se o empregado 
está apto para exercer as funções a qual foi contratado. O contrato de ex-
periência não poderá exceder 90 (noventa) dias. 
→ Por prazo indeterminado.
Rescisão do Contrato de Trabalho (artigo 477, CLT): A cessação do con-
trato de trabalho é o término do vínculo empregatício, com a extinção 
das obrigações para os contratantes. Esta cessação pode se dar de vários 
modos, quais sejam: 
1 - Dispensa do empregado sem justa causa: ocorre quando o empregador 
simplesmente dispensa o empregado, sem justo motivo; 
2 - Dispensa do empregado com justa causa: ocorre quando o empregador 
dispensa o empregado em virtude da ocorrência de alguma das hipóteses 
elencadas no artigo 482, CLT; 
3 - Pedido de Demissão do empregado: ocorre quando o próprio emprega-
do deseja rescindir o contrato sem justo motivo; 
44
4 - Rescisão indireta: ocorre quando, em face da incidência de alguma das 
hipóteses elencadas no artigo 483, CLT, o empregado pode considerar res-
cindido o contrato, pleiteando a devida indenização; 
5 - Rescisão automática: ocorre com os contratos de trabalho por prazo 
determinado findo o seu prazo; 
6- Rescisão por culpa recíproca - artigo 484, CLT: configura-se a culpa re-
cíproca com a ocorrência dos seguintes elementos: a) a existência de duas 
justas causas; uma do empregado e outra do empregador; as duas graves 
e suficientes para por si só serem causa da rescisão; b) duas relações de 
causa e efeito; a segunda falta, que é causa da rescisão do contrato, é por 
sua vez efeito da culpa cometida pela outra parte; c) contemporaneidade 
d) proporcionalidade entre as faltas. Exemplo: troca de ofensas entre em-
pregador e empregado. 
 Direitos Básicos do Trabalhador Regidos pela CLT:
 1 - Férias (artigo 129 e segs. CLT) - é um direito constitucional do traba-
lhador (artigo 7ºXVII, CF), pelo qual após cada período de 12 meses de vi-
gência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias. As férias 
deverão ser concedidas em um só período, nos 12 meses subsequentes à 
data em que o empregado tiver adquirido o direito. (Art. 134, CLT). A re-
muneração das férias compreende um salário mensal do empregado, mais 
um terço daquele. Caso haja horas extras habitualmente prestadas, serão 
incluídas na remuneração das férias (súmula. 151 TST). Caso as férias não 
sejam concedidas nos 12 meses subsequentes, serão consideradas férias 
vencidas, e, por isso, a remuneração respectiva deverá ser paga em dobro.
 1. I - Férias Proporcionais (artigo 146, parágrafo único, CLT) - são as férias 
que não completaram o período aquisitivo de 12 meses, posto que serão 
remuneradas na proporção de 1/12 avos por mês de serviço ou fração su-
perior a 14 dias. O empregado com mais de um ano de serviço tem direito 
às férias proporcionais, salvo se despedido por justa causa. Mesmo tendo 
pedido demissão, o empregado que tem mais de um ano de serviço terá 
direito à remuneração das férias proporcionais. 
2 - Aviso Prévio (artigo 487, CLT) - é a quantia devida no caso de qualquer 
das partes do contrato de trabalho por prazo indeterminado rescindi-lo, 
sem a antecedência mínima de trinta dias. Caso não haja esta antecedên-
45e-Tec Brasil e-Tec Brasil
cia, o empregado terá direito à percepção do salário correspondente ao 
prazo acima e o empregador terá o direito de descontar do empregado o 
salário correspondente ao mesmo prazo. 
 3 - 13º Salário - é um direito constitucional do trabalhador (artigo 7º, VIII, 
CF) que consiste num salário mensal do empregado. 13º salário proporcio-
nal - será devido ao trabalhador que seja dispensado sem justa causa. 
4 - FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (artigo 7º, III, CF) - tra-
ta-se de um direito constitucional, consistente num fundo cujo beneficiárioé o trabalhador e que é formado por depósitos mensais no valor de 8% 
incidentes sobre a sua remuneração (isto é, incluindo as horas extras, co-
missões e gorjetas habitualmente recebidas). Estes depósitos poderão ser 
levantados nas seguintes hipóteses: a. por despedimento sem justa causa, 
inclusive indireta, culpa recíproca ou rescisão do contrato por fechamento 
do estabelecimento, supressão da atividade, falecimento do empregador 
ou pagamento de prestações do Sistema Financeiro da Habitação, extinção 
do contrato a termo; b. por aposentadoria, falecimento do empregado; c. 
quando o empregado tenha contraído AIDS (lei n.7670/88, art.1º, II e Circ.
CEF/Defus/Diarp 5/91). 
 4.1 - Multa do FGTS - tem caráter indenizatório, visto que visa proteger o 
emprego do trabalhador. Assim, na hipótese de despedimento sem justa 
causa, ainda que indireto, o empregador deverá depositar na conta vincu-
lada do empregado 40% de todos os depósitos efetuados e devidamente 
corrigidos. No caso de culpa recíproca ou força maior, a multa será de 
20%. 
5 - Horas extras (artigo 59, CLT) - são consideradas horas extras aquelas 
que ultrapassem a jornada de trabalho normal do empregado e as que são 
trabalhadas em dia útil quando o empregado não tem obrigação de fazê-
-lo. A remuneração das horas extras será, no mínimo, cinquenta por cento 
a mais do que a hora normal; assim preceituou a Constituição Federal 
de 1988, em seu artigo 7º, XVI. A integração da remuneração das horas 
extras habituais para o cálculo de férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS é 
pacífica. 
6 - Adicional Noturno (artigo 7º, IX, CF e artigo 73, CLT) - é o acréscimo 
incidente sobre a hora de trabalho em virtude de ser laborada entre as 22 
horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte. Este acréscimo será de, no 
46
mínimo, 20% sobre a hora diurna. A percentagem legal integra-se nos 
cálculos para todos os fins (férias, 13º salário, indenização, FGTS, etc.).
 7 - Adicional de Insalubridade e de Periculosidade - (artigo 7º, XXIII, e arti-
go 189 e segs. CLT) - Adicional de Insalubridade - é o acréscimo concedido 
ao trabalhador que esteja exposto a agentes nocivos à saúde durante sua 
jornada de trabalho. Este acréscimo será de 40%, 20% e 10% do salário 
mínimo da região, segundo a classificação da insalubridade nos graus má-
ximos, médio e mínimo. Adicional de Periculosidade - é o acréscimo conce-
dido ao trabalhador que mantenha contato permanente com inflamáveis 
ou explosivos em condições de risco acentuado. Este acréscimo será de 
30% sobre o salário sem os reflexos resultantes de gratificações, prêmios 
ou participações nos lucros da empresa.
Fonte: CLT – Atualizada e Anotada.
3.1. DIREITO DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.
Como dissemos, entre o trabalho e o trabalhador são muitos os quesitos 
a considerar, legalmente, a legislação trabalhista ampara seus interesses 
dentro do direito do trabalho, cujas normas, sabemos são regidas pela CLT 
e a constituição federal de 1988. Para muitos estudiosos deriva do direito 
privado por tratar neste item de relações de trabalho sejam individuais ou 
coletivas do próprio segmento organizacional privado. Para outros autores 
lhe atribuem o caráter público pelas interveniências de suas normas públi-
cas. Como a maioria, as leis visam melhoria no seu âmbito, a força do tra-
balho na ordem socioeconômica, na modernização da legislação que se faz 
necessária além de, ter caráter civilizatório e democrático. Selecionamos da 
jurisprudência alguns tópicos gerais e importantes:
 
Negociações coletivas - O direito do trabalho reconhece o chamado prin-
cípio da autonomia coletiva, onde os trabalhadores, empregadores e suas 
entidades representativas podem elaborar normas jurídicas que o estado 
reconhece como legítimas. Essas normas surgem das negociações coletivas, 
que é um procedimento desenvolvido entre os sindicatos de trabalhadores 
e patrões. Ao final das negociações, formaliza-se um documento escrito 
que pode ser denominado: acordo coletivo de trabalho, se a negociação 
se operou no âmbito de uma empresa; convenção coletiva de trabalho se 
abrangeu uma categoria; contrato coletivo de trabalho, se o âmbito for 
nacional ou Interprofissional. Porém, existindo lei proibitiva, as convenções 
e acordos coletivos não poderão contrariar-lhe o sentido.
47e-Tec Brasil e-Tec Brasil
Acordo coletivo - São pactos celebrados entre uma ou mais de uma em-
presa e síndicato da categoria profissional a respeito das condições de tra-
balho no âmbito da empresa ou empresas. O sindicato dos trabalhadores 
exerce o monopólio da negociação coletiva, mesmo se a parte patronal 
consistir de uma só empresa, negociando diretamente. Em quaisquer ne-
gociações coletivas é obrigatória a representação dos trabalhadores pelo 
seu respectivo sindicato. No caso de acordos coletivos, as empresas podem 
negociar diretamente com o sindicato dos trabalhadores, não sendo obri-
gatória à presença do sindicato patronal.
Convenções coletivas de trabalho - São pactos que abrangem toda uma 
categoria na base territorial dos sindicatos (dois ou mais) participantes. Na 
convenção coletiva devem estar presentes os sindicatos patronais e dos 
trabalhadores. Se frustrada a negociação, o conflito será resolvido por ar-
bitragem, por pessoa escolhida entre as partes, ou pelo estado, mediante 
processo judicial, conhecido como dissídio coletivo. A convenção coleti-
va possui cláusulas obrigacionais (que obrigam os sindicatos, como uma 
multa ao sindicato que descumpra uma condição) e cláusulas normativas 
(que abrangem empregadores e empregados, como aumento salarial). A 
convenção coletiva tem natureza de norma jurídica, aplicando-se a todos 
os empregadores e empregados (filiados ou não ao sindicato) dentro da 
base territorial onde os sindicatos atuam. A CLT dispõe expressamente que 
qualquer disposição do contrato individual que contrarie norma de con-
venção coletiva ou acordo coletivo será válida. O prazo de eficácia das 
cláusulas da convenção coletiva é o que nelas tenha sido previsto, desde 
que não seja superior a 2 (dois) anos. Os efeitos das cláusulas cessam com 
o término da vigência da convenção coletiva que as estipulou. É possível a 
coexistência de convenção coletiva e acordo coletivo celebrado no âmbito 
de uma empresa, hipótese em que prevalecerão as normas mais favoráveis 
ao trabalhador. Para os outros integrantes da categoria, empregados de 
empresas não participantes do acordo, mas submetidas à convenção, evi-
dentemente terá eficácia à regra da convenção. Essa regra só vale no que 
diz respeito aos salários, pois a CF permite redução salarial mediante acor-
do ou convenção coletiva. Se existe um acordo coletivo estabelecendo um 
piso salarial, e vem uma convenção reduzindo esse piso, haverá a redução 
salarial de acordo com a regra da convenção.
Procedimentos para negociação coletiva realização de assembleia do sin-
dicato dos trabalhadores para decidir e autorizar o início das negociações:
48
• Discussões entre representantes dos sindicatos patronais e dos tra-
balhadores (em convenção coletiva) ou entre sindicato dos trabalhadores e 
empregador (em acordo coletivo);
• Possibilidade de mediação da DRT;
• Redação de documento contendo as cláusulas ajustadas;
• Realização de assembléia para aprovação do ajuste;
• Depósito do documento redigido na DRT;
• Publicidade da negociação e início da vigência de até 2 (dois) anos, 
podendo ser prorrogada, revisada ou denunciada (necessitando de consen-
timento das duas partes para renúncia); 
• Não havendo acordo ou arbitragem restará às partes a instauração 
de dissídio coletivo perante a justiça do trabalho.

Continue navegando