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Curso Técnico em Serviços de Condomínio ÉTICA E CIDADANIA (45 h) Profª Dra. Ceciane Portela Sousa 2016 Teresina e-Tec Brasil Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância Equipe de Elaboração Instituto Federal do Piauí Coordenação Institucional Ricardo Martins Ramos Professor-autor Édypo Rocha Moura Conceição de Maria dos Santos Moura Projeto Gráfico Eduardo Meneses e Fábio Brumana Diagramação Nilmar Pinheiro da Silva Morais Desing Institucional Tatiana Araújo e Geraldo Gomes Ficha catalográfica Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal do Piauí e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil. Amigo(a) estudante! O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas para expansãoda Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos caminhos encontradospara que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiên- cia é a modalidade adistância. No mundo inteiro são milhões os estudantes que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os matriculados em cursos regulares de Ensino Médio e Superior a distância, oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino. Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de profes- sores, em nível superior. Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do En- sino Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-TecBrasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos grandes centros urbanose dos municípios do interior do País oportunidades para maior escolaridade, melhorescondições de inserção no mundo do tra- balho e, dessa forma, com elevado potencialpara o desenvolvimento produ- tivo regional. O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Pro- fissionale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) do Ministério daEducação, as universidades e escolas técnicas estaduais e federais. O Programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das escolaspúblicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e, por outro lado,a adequação da infra-estrutura de escolas públicas estaduais e municipais. Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de ade- quaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram 147 cursos técnicosde nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais. Apresentação e-Tec Brasil e-Tec Brasil O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades federa- tivas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas10.000 vagas, em 250 polos, até 2010. Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para amais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos úl- timos anos: aconstrução dos novos centros federais (CEFETs), a organização dos Institutos Federaisde Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi. O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e par- ticipaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação profis- sional no País,valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos tec- nológicos disponíveis. A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua formaçãoprofissional e na sua caminhada no curso a distância em que está matriculado(a). Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008. Sumário UNIDADE I 1. Técnicas de Relações Interpessoais ...................................................... 13 1.1 Comportamento................................................................................15 1.2 Empa tia............................................................................................16 1.3 Comunica ção...................................................................................17 1.4 Marketing Pessoal............................................................................. 18 1.5 Trabalho em Equipe.......................................................................... 21 1.6 Coopera ção..................................................................................... 21 1.7 Autono mia...................................................................................... 22 1.8 Lideran ça..........................................................................................23 1.9 Motivação........................................................................................24 1.10 Processo de Mudança..................................................................... 27 1.11 Analise de Problema e Tomada de Decisões (APTD)..........................27 UNIDADE II 2. Responsabilidade Social ......................................................................31 2.1 Humanização e Desumanização Trabalho...........................................34 UNIDADE III 3. Organizações e a Gestão de Pessoas ...................................................41 3.1 Direito do Trabalho e Legislação Trabalhista........................................41 e-Tec Brasil e-Tec Brasil UNIDADE IV 4. Relações Sociais e de Trabalho ............................................................55 UNIDADE V 5. Código de Defesa do Consumidor........................................................57 UNIDADE VI 6 Ética, moral e Cidadania.......................................................................85 6.1 Ética Pessoal.....................................................................................88 6.2 Valores Morais...................................................................................89 6.3 Código de Ética Profissional...............................................................89 6.4 Importância da Ética na Formação do Profissional do Direito..............92 UNIDADE VII 7.Trabalho Voluntá rio.............................................................................95 8.Referências ..........................................................................................97 8 Esta apostila contém a disciplina Ética e Cidadania Organizacional. A efetivação da cidadania exige não só um repensar cultural de nossas per- cepções sobre o certo e o errado, sobre os direitos de todo bom cidadão, mas também a aplicabilidade dos conceitos absorvidos por todos nós ao lon- go das diversas fases da evolução de nossa civilização. Apesar das grandes diferenças que circundam nosso globo terrestre, temos sempre a verdadeira impressão de que, não se trata de apenas uma impressão, mas do compro- misso de nós mesmos para com nosso próximo, e, para conosco. Portanto, o objetivo deste trabalho é reconhecer a relevância desta temática e, não só vislumbrar o mundo real que apregoa a teoria humanista, mas, fortalecer cada vez mais nosso compromisso com a prática de bons pensa- mentos e ações que muito contribuem ao alcance e aplicabilidade da ética e cidadania no nosso dia a dia pessoal e organizacional. “O poder de ser um ser humano não está na sua musculatura, mas na sua inteligência”. “Os fracos usam a força, os fortes usam a sabedoria.” Augusto Cury. Um grande abraço! Prof.ª Ceciane Portela. Palavra do professor-autor 9e-Tec Brasil e-Tec Brasil 10 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. A disciplina de Ética e Cidadania Organizacional tem uma carga horária de 45 horas-aulas.Serão 07 unidades nas quais são apresentados temas impor- tantes voltados para esta disciplina. Todas as unidades conterão conceitos, objetivos, dicas de leitura, citações, textos,resumos e atividades de apren- dizagem. 11 e-Tec Brasil 10 13 UNIDADE 1 1. TÉCNICAS DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS: O mundo foi concebido em sete dias, veio à natureza, os animais e, por fim, o ser humano primitivo. O homem, a mulher ainda nos primórdios com o tempo aprendeu a conviver e, com o tempo a interagir com a natureza. Este mesmo homem, ainda rude em sua comunicação, conviveu à sua maneira e, das concepções da natureza foi evoluindo e, a cada novo estágio aprendeu a conviver com o próximo e em grupo. Os séculos se passaram, a mente humana evoluiu, surgiram ali a cada ano, uma nova concepção de vida. Até que, passado o período primitivo, o homem conheceu a escrita e, foi este o marco da passagem da era primitiva para a era moderna, o período industrial trouxe modernidade. As tecnologias são tão antigas quanto à descoberta do fogo. Os grandes pensadores da antiguidade nos iluminaram e conceberam as grandes teorias que até hoje nos influenciam. As teorias sistêmicas, tec- nológicas, humanistas, comportamentais. O homem conhece a si próprio e passa a conhecer seu próximo. Os grandes sábios e pensadores concebem o pensar, o agir. O homem que pensa que convive em sociedade, que planeja que deseja crescer. A modernidade que cria o lado moderno e tentador é a mesma que o induz às suas atitudes. Atitudes às vezes pontuais, outras débeis. Surge o trabalho que com o tempo acompanha o ritmo da moder- nidade, da tecnologia e do pensar. As teorias administrativas, os estudiosos das interações homem x natureza x homem x trabalho x harmonia com seus conceitos de vida e de convivência. As ciências e as técnicas surgem para melhor nos amparar na vida em comunidade. Para o rico aprendizado e Objetivos: Compreender as técnicas de Relações Interpessoais. Conhecer conceitos e a importância de aplicá-los na sociedade e no ambiente de trabalho. Construir o conhecimento básico e seus reflexos no dia a dia. e-Tec Brasil 14 15 exercício das relações do homem para com ele mesmo (conhece-te como a ti mesmo – Sócrates) e, é através deste conhecimento interior que passamos a conhecer nossos pensamentos mais intimistas e, desta forma, passamos a conhecer que o universo tanto nos proporciona, quanto conspira a favor e/ou contra nós mesmos. Compreender nossa missão como seres huma- nos nesta galáxia, pode nos proporcionar grandes momentos de reflexão e aprendizado do mundo em que vivemos da maneira como escolhemos viver e, a apreciar as escolhas e vidas dos nossos próximos. É quando amadurece- mos, quando nos permitimos pensar e repensar todos os dias. A antropologia estuda o homem em seus aspectos e evolução física, a so- ciologia estuda o homem imerso num meio social, a filosofia em busca da sabedoria, e a psicologia o estudo do comportamento do homem, desta forma, todos estes segmentos vão de encontro ao ponto básico do homem que convive em sociedade dando, seu primeiro passo, a busca por seu co- nhecimento interior, da relação que ele tem consigo mesmo e, que, quei- ramos ou não nos proporcionam manancial de aprendizado contínuo. É o que podemos conceber como relações interpessoais. A grande felicidade que todos procuramos não está por aí, não tem receituário adequado, ela é nossa, está em nosso íntimo e, pode ser despertada conhecendo nosso próprio eu, quando me conheço, posso vislumbrar minha individualidade e minha coletividade. Posso entender meu eu, minha vida e, posso ver meu próximo. Bom mesmo é quando conseguimos entender nosso self. Fácil visu- alizar nosso lado bom, difícil compreender que temos outro lado difícil e que necessita ser trabalhado para viver em harmonia conosco e com o próximo. São tantos os sentimentos que nos circundam e que podem ser evitados, tais como nossas celeumas modernas: as frustrações, as instabilidades emo- cionais, ansiedades, depressões e tantas outras más sensações que corroem nosso eu e, consequentemente estragam nossa convivência com o próximo. Com o estudo das relações interpessoais todos saem ganhando, o homem que aprende a conviver consigo, o próximo que passa a aprender e nos co- nhecer melhor e, levando para nosso ambiente de trabalho saúde e bem es- tar coletivo organizacional. A produtividade agradece e todos saem lucrando e esbanjando felicidade. “Relacionar-se é uma via de mão dupla. Doar e receber. Ação e Reação”. Autoria própria. 1.1 COMPORTAMENTO: Partindo do princípio de que o homem passa a se conhecer melhor, e passa automaticamente a conhecer seu próximo seja no ambiente doméstico, so- cial ou mesmo no trabalho, entende melhor as relações que o envolvem no dia a dia de suas atividades. Seu comportamento refletirá sua maturidade emocional e cultural e denotarão suas condições de evolução como ser. Seu comportamento será viga de sustentação de seu mundo pessoal e profissio- nal. O homem primitivo se organizava em tribos, o homem contemporâneo em comunidades e, estas comunidades são organizações que, sejam elas pessoais ou profissionais, tanto adornam quanto sugerem e exigem padrões de conduta. O comportamento do homem passa a ser objeto de estudo onde indivídu- os e grupos nos mais variados sistemas organizacionais, como o trabalho, objeto foco das atuações profissionais, pedem uma série de pré-requisitos extremamente relevantes ao fiel cumprimento de suas atividades e se refle- tem em outros segmentos tais como, a empatia, comunicação, motivação pessoal, trabalho em equipe, cooperação, liderança, motivação, mudança e tomadas de decisões. Importa, neste contexto, considerar fatores relevantes como as etnias, sexos, idades, crenças, habitat, etc. No ambiente de trabalho importa cuidar para que os comportamentos das pessoas agreguem o má- ximo possível no intuito de beneficiar boa convivência e harmonia. Onde há paz organizacional, há sucesso. As organizações cuidam para que sua estrutura trabalhe em equipe e que sua dinâmica favoreça o bem estar da organização. Esta preocupação e ocu- pação é destinada ao gestor que, via de regra deve ser dotado de espírito de liderança e que tenha dentre outras habilidades o espírito de equipe e um excelente espírito apaziguador e empreendedor. A organização é um sistema cooperativo racional, ela somente pode alcançar seus objetivos se as pessoas que a compõe coordenarem seus esforços a fim de alcançar algo que individualmente jamais conseguiriam. Uma vez composta de pessoas com diferentes habilidades, cabe a cada uma dessas performances contribuírem para o trabalho. Há pessoas que têm ini- ciativas, outras que necessitam de direcionamento. Há aquelas que travam o sistema, como aquelas que desarmam e avançam. Há aquelas que sabem se comunicar e aquelas introspectivas, aquelas que têm autonomia e usam de forma positiva (líder) e, aquelas que a fazem de maneira negativa, há os to- e-Tec Brasil e-Tec Brasil 16 17 madores de decisões enfim, dentre estes e outros tipos de comportamentos que, uma vez bem conduzidos, gerarão gestões de sucesso. Já falamos de pessoas, mas as organizações que reúnem grupos de pessoas com perfis tão diversos precisam estar devidamente amparadas e focadas nas normas culturais e filosóficas que regem cada tipo de empresa. E, dentro das organizações, é o setor de gestão de pessoas, o gerenciador do capital intelectual humano da empresa. Trata-se de não só acompanhar e liderar pessoas, mas gerenciar talentos e alinhar o máximo possível cada habilidade ao que pede a cultura organizacional. 1.2 EMPATIA: No comportamento humano, no trabalho, são muitos fatores a considerar. A empatia também agrega e muito na produtividade. A energia que circula na natureza se reflete emtodos os segmentos. A magia que há entre as pessoas quando há harmonia favorecem quaisquer tipos de atitudes e sentimentos transformando o ambiente de trabalho rico, favorável e empreendedor. Bons sentimentos facilitam, desarmam e confortam. O mundo precisa de mais pessoas empáticas, que compreendam que vivenciem a necessidade do outro. É troca, é parceria, pois sua energia transforma as pessoas, as deixam mais inteligentes reflexivas. Quando pensamos em energia, logo pensamos numa rede elétrica, mas a energia é muito mais poderosa. Está em todos os cantos do planeta. A física quântica comprova. A medicina aprova e nossos atos comprovam que um ser enérgico de bons pensamentos e ações fazem fluir tudo de bom ao seu redor. O mesmo se passa quando, numa organi- zação, conseguimos reunir bons fluidos pensantes, bons fluídos humanos. A empatia é tão poderosa que faculta ao homem a capacidade de sentir, de compartilhar o outro. O exercício da empatia é essencial. Se colocar no lugar do outro, sentir o sentimento alheio. São muitos os benefícios pessoais e in- terpessoais da empatia e, que repercutirão no sucesso pessoal e profissional. Onde só há vantagens quando o homem consegue viver consigo e com seu próximo, quando consegue se tornar um ser mais adaptável às adversidades da vida. As empatias podem repercutir no homem duas formas de ser e agir: a sim- patia e a antipatia. E, neste contexto, voltamos a falar no poder da energia que tanto atrai quanto repele sentimentos, pensamentos e ações. Enquan- to, a empatia é a capacidade de identificar-se totalmente com outro, onde se estabelece um elo entre as partes; A simpatia que tudo atrai, favorece e simplifica, tem sua origem na maneira como o homem fora criado, na boa condução de sua educação, vem de longas datas, da mesma forma que a antipatia pode ser plantada em nossas fases anteriores da vida e, dela de- penderá toda nossa trajetória no porvir. “A capacidade de compreender, de forma acurada, bem como de compar- tilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, expressando este entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e validada” (Falcone & Cols, 2012.). 1.3 COMUNICAÇÃO: A comunicação é um dos pontos cruciais na vida do homem (profissional, sobretudo). A comunicação sempre existiu e sempre será extremamente re- levante. Antes feita através de gestos e/ou sinais. Os primeiros ruídos huma- nos, as primeiras comunicações verbais e não verbais (das cavernas) fidelizou em nós a capacidade de tornar comum, de expor nossos pensamentos e ações. O corpo fala e como fala. Todos os seres vivos se comunicam. A velha e boa conhecida teoria sistêmica tão prontamente exposta pelo biólogo Von Bertalanffy demonstra que os dados emitidos, precisam se transformar em informações úteis para tomada de decisões, precisam ser processadas, de- codificadas e compreendidas. Desta feita, o sistema poderá retroalimentar- -se e assim cumprir o fim para qual fora predestinado, informar, comunicar. Comunicar é uma arte de bem enviar e receber mensagens. Necessário haver o emissor, o receptor, a mensagem e outras variáveis que influenciarão no resultado exitoso da comunicação, tais como: o tempo, es- paço, local, cultura, de cada indivíduo ou organizações. A dificuldade de se expressar é um problema recorrente entre profissionais e um dos principais obstáculos que as empresas enfrentam para obter resultados. A inabilidade de comunicação leva à má compreensão de objetivos, que leva ao esforço inútil e sem foco. A informação mal transmitida e mal digerida causa con- flitos nas equipes, o que, além de improdutivo, é desgastante para todos os envolvidos. O homem já nasce em comunicação com o próximo. O choro da criança já diz a que veio. Este ser cresce e, seu meio facilitará ou não neste processo. Posteriormente, suas educações formais e informais definirão que tipo de e-Tec Brasil e-Tec Brasil maiores palestrantes sobre marketing pessoal nos alerta: 1. Lembre-se que seu marketing pessoal tem o poder de transformar seu talento em oportunidades. Um gênio sem marketing pessoal é um gênio desconhecido. 2. Se você está começando uma carreira ou uma nova etapa, demonstre toda a sua disposição para aprender com todas as pessoas e situações. Deixe sempre bem claro o quanto é importante para você aprender com as pessoas e com a empresa. 3. Descubra o ponto mais marcante da sua personalidade, sua maneira de se comunicar, sua alegria, seu bom senso, etc. Foque a “divulgação” deste seu ponto marcante, ele será para você o que uma marca é para uma empresa. Com o tempo, a sua “marca pessoal” ficará conhecida e desejada por este e por outros atributos que o tempo vai mostrar. 4. “Dress to impress” esta expressão do mercado corporativo americano possui o seguinte significado: “vista-se para ser visto”. Sem exageros, sem extravagância, com discrição, mas desenvolvendo um estilo pessoal facil- mente reconhecível. Estilo é tudo! Vista-se de maneira que a sua presença seja agradável aos olhos. Como seres humanos são atraídos pela beleza. Não há nada errado em ser bela desde que você não reduza apenas à beleza as suas potencialidades diante da vida. 5. Mostre o seu lado “solucionador de problemas”. “Sempre que surgir uma dificuldade ou um problema dentro da equipe a que você pertence, pergunte-se: “o que eu posso fazer por isso?”. Sempre que você ajudar a resolver um problema você estará inserindo sua marca pessoal na lembrança das pessoas. 6. Entregue sempre um resultado superior ao esperado. Dedique-se a superar as expectativas das pessoas. Sempre que algo lhe for solicitado pergunte-se: “Qual é a melhor maneira pela qual eu posso realizar o que me foi pedido?”. “Eu posso superar as expectativas com respeito ao meu desempenho e o cumprimento da tarefa?”. Realize com qualidade ampliada, procure sempre olhar além da solicitação. 7. Onde a maioria das pessoas fica parada por falta de recursos, IMPROVISE. Use sua criatividade para, diante de poucos recursos, desenvolver a melhor 18 19 comunicadores serão. E, uma vez profissionais, serão suas habilidades, leitu- ras e imersões culturais que erradicarão de vez seus status de maus comuni- cadores. Quem muito lê, muito reflete, e muito fala. Algumas profissões facilitam na formação comunicativa do futuro profis- sional, mas cabe a ela, a grande estrela, as HUMANIDADES que, de fato viabilizarão na formação deste futuro profissional. Profissional este que, para se comunicar antes é necessário entender seu “eu”, o próximo, o meio, a cultura, o tempo. Organizacionalmente, as informações precisam correr de forma simples e pontual. Uma vez mal direcionadas podem gerar transtornos e conflitos que, precisarão ser manejados e, trazer atrasos e causar danos à empresa das mais diversas ordens, além disso, não é exatamente saudável conviver num ambiente sem sinergia e comunicação fluente. Isso, porque até aqui nos referimos apenas ao clima organizacional interno (entre os colaboradores de uma empresa). Imagine, se pensarmos como os clientes perceberiam e sen- tiriam desordens e climas tensos? Profissionais pró-ativos, de decisão firme e fácil, pessoas que expressem suas opiniões dando um feedback mais eficaz e construtivo à empresa, profissionais que gerem confiança, transparência e harmonia, de forma empática são sempre bem requisitados numa empresa. 1.4 MARKETING PESSOAL. Se nos conhecemos bem e ao próximo, se trabalhamos nossa empatia e, de forma plural nossa simpatia, se já conseguimos nos comunicar com su- cesso, porque não anunciar aos quatro cantos que, somos seres humanos e profissionaisrelativamente bem alinhados? Sim, já podemos usar de uma das ferramentas administrativas entender que o marketing como sendo um conjunto de meios e estratégias bem planejadas de anunciar e fortalecer determinados produtos e serviços. Se, ao executar nossas tarefas, colocamos em pauta, nossa imagem, nossa capacidade, desenvoltura e pró-atividade, podemos projetar também nossa imagem no mercado de trabalho. É certo que, uma imagem profissional ilibada não se constrói em um único dia, é fruto de persistências, esmero, dedicação e honestidade. Portanto, o marketing pessoal é uma ferramenta extremamente eficaz para o alcance do sucesso social e profissional. O melhor é que, além de beneficiar quem o pratica, ele também proporciona bem estar para os que estão próximos. Observe as 10 dicas importantes de Carlos Hilsdorf, economista e um dos e-Tec Brasil e-Tec Brasil 20 21 solução possível frente a um desafio. As pessoas mais bem colocadas no mundo dos negócios ousaram improvisar muitas vezes. 8. Construa várias networks. Dedique-se a formar diferentes redes de rela- cionamentos dentro e fora da empresa. Através dos relacionamentos conhe- cemos e somos conhecidos, reconhecemos e somos reconhecidos e, princi- palmente, compartilhamos interesses comuns. Identifique quais são as áreas de interesse que aproximam você de outras pessoas: música, literatura, cine- ma, hobbies, esportes, competência técnica, etc. Aproxime-se das pessoas, construa relacionamentos de longo prazo. 9. Cultive sua ética e sua honestidade de forma inabalável. A vida testa você! Caminhos não éticos são atalhos que conduzem a abismos! Uma atitude não ética acaba com o seu maior patrimônio: sua integridade. “Quando a falta de ética passa a fazer parte da marca pessoal de alguém, esta pessoa somente será usada por outras igualmentes não éticas até o momento em que for conveniente abandoná-la e deixá-la pagar a conta”. Não ceda! 10. Vivemos em uma era de muita competitividade e muita pressão, por isso resistência física, mental e emocional são fundamentais. Isto significa: cuide do corpo, da mente e do espírito. Fortaleça-se nos três níveis, assim quando as pessoas estiverem fisicamente esgotadas você ainda terá fôlego extra - ponto para o seu marketing pessoal. Quando elas estiverem cansadas demais para pensar em soluções você ainda terá criatividade de sobra para dar ideias – mais 1 ponto para o seu marketing pessoal. E, quando as pes- soas estiverem com raiva ou depressão, você manterá a paz e a vontade de viver – ponto para a vida, e para o seu marketing pessoal, também. Portanto, o marketing pessoal é uma ferramenta extremamente eficaz para o alcance do sucesso social e profissional. E o melhor é que, além de bene- ficiar quem o pratica, ele também proporciona bem estar para os que estão próximos. 1.5. TRABALHO EM EQUIPE: A velha máxima “o homem não vive sozinho” retrata com fidelidade a figura do velho e bom trabalho em equipe como sendo uma ferramenta extreman- te relevante no contexto organizacional. União de experiências, tendências e conhecimentos não só reconhece as habilidades de cada ser, de cada co- laborador, mas também as valoriza como força motriz no meio competitivo e holístico em que vivemos. O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos comparti- lhados, uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para conhecer outros indivíduos e aprender novas tarefas. Um somatório de esforços sempre atingirá bons frutos e promoverá maior interação entre os profissionais nas organizações. Para tanto, a força tarefa do líder, certamente será de suma importância na composição das equipes de trabalho. Esta nomenclatura induz ao termo parceria, cumplicidade e boa convivência quando, obviamente, no grupo de trabalho pede confiança, amizade, boa comunicação e sinergia. Além, é claro de ser bem mais agra- dável e fácil do que trabalhar em carreira solo. Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica essencial para profissionais que deixam de lado sua individualidade e passam a pensar coletivamente. Procurar desenvolver suas habilidades em equipe e se destacar e dar espaço para a liderança. Empresas valorizam profissionais capazes de gerir e motivar os colaboradores, buscando sempre o desenvolvimento da equipe e os me- lhores resultados. 1.6. COOPERAÇÃO: Falar em trabalho em equipe, nos reporta a um termo muito próximo que se chama cooperação ou seria colaboração? São duas terminologias em que os meios justificam os fins. Se tivermos um grupo de profissionais trabalhando em conjunto em total envolvimento, podemos dizer que tem cooperação entre pessoas e, se a organização proporciona ferramentas de trabalho, se envolvemos processos e ambiente físico, a isto, chama-se de colaboração. Ideal quando há esta combinação, pois, o esforço combinado de uma equi- pe que funciona bem em conjunto realiza muito mais do que o esforço total que todos os indivíduos teriam realizado se estivessem trabalhando sozinhos e-Tec Brasil e-Tec Brasil 22 23 e, desamparados de todas as naturezas. Essa é uma das razões pelas quais muitas das funções de negócios são me- lhoradas pela interação criativa de pessoas cooperando umas com as outras. Os indivíduos podem aprender uns com os outros, consultar uns aos outros sobre problemas e entrar em acordos para decidir qual a melhor maneira de atingir seus objetivos. Nós, seres humanos, só conseguimos ser bem-sucedidos na luta pela so- brevivência, em grande parte, devido aos resultados da nossa ação enquan- to grupo, ou seja, da nossa ação cooperativa. Existem várias teorias sobre os fatores que motivam as pessoas a cooperar. Algumas hipóteses recentes apontam para existência, na maioria de nós, consciência social e moral que nos impede a agir de acordo com aquilo que é considerado justo. Temos a capacidade de nos preocuparmos com os outros e cooperamos de forma especial, que não está presente na maioria dos outros animais: cooperamos com desconhecidos e não apenas com a nossa família; estabelecemos laços íntimos de amizade com pessoas que não nos são geneticamente próximos e fazemos sacrifícios por elas. Por quê? A resposta é muito simples: porque isso nos faz sentir bem. “Cooperar é dar com generosidade, e também receber com gratidão. Na en- trante nova era as corretas relações humanas e a cooperação mundial para o bem de toda a humanidade será a nota dominante”. Extraído O Princípio de Cooperação. 1.7 AUTONOMIA. Apesar de viver em comunidade, o homem é dotado de livre arbítrio, o pro- fissional, mesmo liderado, trabalha em equipe e cooperativas, por outro lado também tem autonomia, independência, liberdade. Esta autonomia tam- bém vem acompanhada de passe livre para a autossuficiência. A autonomia requer postura e maturidade e, pode proporcionar ao profis- sional mais desprendido maior produtividade. Vale ressaltar que, nem todo profissional tem esta autonomia e desenvolve-se melhor quando direciona- do ou liderado. Investir nesse processo proporciona ganhos como: assumir o próprio desenvolvimento, ser o sujeito da sua própria história, consolidar a capacidade de realização e promover a autorrealização. “Por isso, em vez de declarar sua independência, no sentido de agir isolada- mente, declare sua autonomia.” Isabella Gonçalves. 1.8 LIDERANÇA. Quando se fala de um profissional que conhece a si e ao próximo, que é simpático, comunicativo, sabe se projetar no meio em que vive de forma serena, que sabe o valor do trabalho em equipe e cooperação no trabalho, que sabe ser autônomo com maturidadee independência, sabe ser simples e ser plural e, que tem equilíbrio emocional dentre estas outras habilidades, podemos dizer que encontramos aí um líder. Liderança é a competência capaz de gerar as demais que são obrigatórias no processo de gestão da mudança. Liderar é exercer influência e ter influência. Sem esta competência muito pouco, ou mesmo nada, será feito para se chegar à outra margem da mudança. A Liderança não pode estar concentrada somente numa pessoa ou num pequeno grupo. Precisa estar diluída em toda a equipe que partici- pará do processo de transformação. A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no papel de líder, sem possuir forçosamente um cargo de liderança. A liderança pode surgir sem que necessariamente o líder tenha um currículo invejável. A liderança vem de dentro, vem da alma muito embora, em algumas vezes ocorra por forças extrínsecas, formal, genética ou ditadoras ou ainda parti- dárias. O líder tem a função de unir os elementos do grupo, para que juntos possam alcançar os objetivos do grupo. A liderança está relacionada com a motiva- ção, porque um líder eficaz sabe como motivar os elementos do seu grupo ou equipe. A liderança positiva é essencial para o trabalho em equipe. Hoje, não se trata apenas de liderar pessoas, mas produzir resultados positivos através do desempenho acima da média. Esta liderança precisa entender que o foco deve estar intrincado na sua alma, onde ele consegue ver soluções e novas perspectivas, que aja com determinação, honestidade e coragem, que seu ambiente de trabalho seja revestido em energias positivas e, que saiba en- tender às pessoas. e-Tec Brasil e-Tec Brasil Por sua vez, líderes ineficazes, maus gerenciadores, pouco comunicativos, temperamentais, incompetentes, inacessíveis, vaidosos, descomprometidos dentre outras péssimas referências que geram poucos resultados. Este é o perfil da liderança negativa ou indesejável. São gestões estagnadas por inap- tidão e sem resultados satisfatórios. Seus liderados vivem desestimulados e, via de regra são pouco valorizados. “Um bom líder sabe ser carismático e íntegro, ouvir e motivar os outros, compartilhar experiências e tomar decisões. Ele conquista o respeito dos li- derados por seus exemplos, e é dono de virtudes distintas que o ajudam a encarar desafios de forma otimista e criativa. É justamente esse tipo de líder, capaz de ensinar, delegar, acompanhar, inspirar e mobilizar os colaboradores que as empresas procuram.” José Roberto Marques. 1.9 MOTIVAÇÃO: Porque será que precisamos ser sempre impulsionados? A motivação às ve- zes de ordem interna, outras de ordem externa, sempre nos questionando em que ponto vale a pena investir, mudar, adaptar, ajustar. A motivação nos serve de amparo para que não paremos no tempo e espaço. Precisamos mui- tas vezes de direção, de norte. E, a estes direcionamentos que nos amparam e fortificam como profissionais, necessitamos estar sempre antenados, bus- cando novos horizontes, novos caminhos a fim de que não esmoreçamos no meio do caminho. Onde buscá-la? Para a manutenção de nossa motivação é necessário sentir que estamos no rumo certo, que podemos criar e inovar, sair da rotina, para reavaliar suas atividades. O processo de educação continuada auxilia em muito na melhora da autoestima do profissional, pois proporcionam novos horizontes, novas perspectivas e dosa a rotina. Ah, triste rotina que tira a alegria e o prazer pelo trabalho. Uma boa leitura para reflexão: “Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma”. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E 24 25 começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algu- mas pessoas simplesmente não se importam. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá- -la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se levam anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qual- quer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pes- soas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influências sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Desco- bre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que, quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser fle- xível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. e-Tec Brasil e-Tec Brasil 26 27 Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, en- frentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários vocês celebraram. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas sim- plesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo... depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, coma graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plan- te seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!” Texto. O Aprendizado - Um dia você aprende de William Shakespeare. 1.10. PROCESSO DE MUDANÇA: Um antigo e bom professor disse em certa ocasião que as mudanças são be- néficas e, é um verbo que se conjuga sempre. Daí virá às motivações, meras motivações que farão grande diferença. Todos precisam de um motivo para mudar. Para aprender e reaprender. E, neste sentido, a motivação é um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus objetivos, suas metas. É o que faz com que os indivíduos dêem o melhor de si, façam o possível para conquistar o que almejam. É um elemento essencial para o desenvolvimento do ser humano. Sem mudanças é muito mais difícil cumprir algumas tarefas. Atualmente, o mundo caracteriza-se por um ambiente em constante mudan- ça, o mundo gira muito rápido, a tecnologia evolui sendo que esse ambiente que envolve as organizações é extremamente dinâmico, pois está frequente- mente em mutação, adaptando-se às exigências do mercado e exigindo das organizações uma elevada capacidade de adaptação. 1.11. ANÁLISE DE PROBLEMA E TOMADA DE DECISÕES: Em uma organização os problemas surgem paulatinamente e o gestor, como tomador de decisões, precisa observar atentamente como gerenciar todas as fases. Importa, neste contexto analisar os fatores de risco para que as decisões sejam tomadas a fim de alcançar seus objetivos. Para a maioria dos setores operacionais e informacionais que servirão de suporte ao tomador de decisões. Não se concebe um gestor ou tomador de decisões que não se planeje, que não saiba para onde seguirá seu curso. Há inúmeros fatores envolvidos no e-Tec Brasil e-Tec Brasil 28 29 processo de tomada de decisões, porém podemos destacar alguns que são os principais no desenvolvimento deste processo. Um dos principais é plane- jar e direcionar suas decisões, organizar, ampliar e também direcionar suas ideias. As crises e ameaças vêm acompanhadas de oportunidades e eixos de mu- danças e, cabe ao líder sensibilidade e julgamento de como proceder técni- co e humanamente. Há de se observar as hierarquias a serem seguidas de lideranças. Existem algumas características que envolvem os processos decisórios e cria- tivos. Pois, para se obter um resultado se faz uso de vários processos. Há diferença entre processo decisório e processo criativo, pois o processo cria- tivo é a elaboração de ideias que resultarão em produtos. Enquanto o pro- cesso decisório envolve uma série de fatores e procedimentos para definir esse “produto”. A fim de otimizar as atividades decisórias, esta metodologia abrevia os caminhos para mudanças. Para a TSH Consulting, o APTD é composto de quatro metodologias: Análise de Falhas – AF: É um processo que auxilia na busca da causa de um problema, questionando-o de uma forma estruturada, testando a possível causa e verificando se ela é verdadeira, antes de tomar qualquer tipo de ação. Também é abordada a diferença entre “causa / efeito” e as suas res- pectivas ações. Análise de Prioridade – AP: É um processo que, utilizado em grupo, auxilia na busca pelo consenso sobre quais situações ou problemas deverão ser abordados primeiro. É uma ferramenta de gerenciamento de prioridades e responsabilidades. Análise de Risco (APP) – AR: É um processo que auxilia no gerenciamento de problemas potenciais que podem surgir ao implantar ou executar ações de um plano, de um projeto, um reparo ou de uma mudança. Análise de Decisão – AD: É um processo que auxilia na análise dos benefícios e riscos da decisão, avaliando as expectativas de resultados e o que pode dar errado. Muito utilizado quando nos deparamos com muitas alternativas ou quando há grande risco envolvido na decisão. Resumo: Bom, chegamos ao final do nosso primeiro capítulo, passando pelos assuntos mais relevantes no contexto geral deste tema tão abrangente. As relações interpessoais, e temas correlatos tão relevantes quando o assunto gira em torno do homem que vive em comunidade, em sociedade e em seu ambien- te de trabalho. Foi possível verificar que todos saem ganhando, a empresa em forma de produtividade e os colaboradores em forma de autoconheci- mento o que agrega valor em sua carreira e em sua relação com a família e a sociedade. Em síntese quando olhamos para dentro e despertamos a compe- tência do autoconhecimento conseguimos abrir nossos olhos para observar os relacionamentos externos no ambiente de trabalho e na vida pessoal. Os relacionamentos externos refletem diretamente nosso estado interior, se as pessoas com quem convivemos não condizem com os objetivos pessoais e profissionais é hora de repensar suas relações, olhar para dentro, analisar o que você quer do futuro e iniciar o processo de mudanças internas. Sugestão de Leitura: Para se aprofundar no assunto sugiro a leitura dos li- vros do escritor norte americano Dale Carnegie, considerado um dos maio- res especialistas nas áreas de relacionamento interpessoal, foi consultor de grandes líderes e palestrante internacional. Entre vários livros dois deles são essenciais e se tornaram best-sellers: Como Fazer Amigos e Influenciar Pes- soas e Como Evitar Preocupações e Começar a Viver. e-Tec Brasil e-Tec Brasil 30 31 2 RESPONSABILIDADE SOCIAL. As empresas possuem um grande poder sobre as mudanças sociais bem como, das ambientais (benéficas ou maléficas). Hoje, muitas entidades são responsáveis pelas catástrofes sociais e ambientais no planeta. No entanto, com a implantação da consciência socioambiental pode ser revertida e por consequência trazer soluções plausíveis e operacionais para a comunidade como um todo. Os diversos setores da sociedade estão prestando gradati- vamente mais atenção na atuação das organizações. Na questão organizacional não é diferente, os usuários estão requerendo cada vez mais informações sobre a gestão. E como visto, são vários os segmentos que tratam da transmissão de informações referentes à gerên- cia socioambiental. Neste contexto, as entidades estão buscando inserir a chamada, responsabilidade social nas suas atividades. Responsabilidade social é um conjunto de ações adotadas por empresas com o intuito de promover o bem estar social. Nas empresas brasileiras essa política ainda está em desenvolvimento. Em muitos casos, as ações sociais são aplicadas por imposição da fiscalização e/ou pressão da comunidade. A responsabilidade social ambiental é uma via de pensamento que busca o desenvolvimento de maneira sustentável, pois é viável, embora pouco difundida. Frear o desenvolvimento não é uma possibilidade, a palavra é: aliar. Aliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. O crescimento Objetivos: Desenvolver uma compreensão abrangente dos di- ferentes termos usados para referir a Responsabili- dade Social. Compreender a importância da Humanização no Trabalho. Conhecer os motivos da Desumanização no Traba- lho. e-Tec Brasil e-Tec Brasil econômico é de grande valia para a sociedade, não apenas para as socie- dades empresarias, pois propicia maior qualidade de vida. E ao mesmo tempo a preservação do meio ambiente garante a continuidade da vida no planeta. Uma entidade responsável socialmente tem como finalidade coligar pro- gresso e sustentabilidade.Duas visões antagônicas que podem comple- tar uma a outra. Uma empresa que aplica a responsabilidade social tem políticas de preocupação com seus funcionários, fornecedores, clientes, etc.; fato que consequentemente induz a disseminação da cultura social da empresa. Por exemplo, um funcionário que trabalha em uma empresa com política de responsabilidade social leva para a família os hábitos e conceitos adqui- ridos no trabalho. Responsabilidade social é quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem estar dos seus públicos interno e externo. É uma prática voluntária, pois, não deve ser confundida exclusivamente por ações compulsórias im- postas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo). Moralmente, considera-se uma empresa ou organização social quando esta tem como metas básicas ao menos os princípios éticos e morais. A transpa- rência também contribui de sobremaneira. Até, contabilmente falando, as empresas já estão totalmente voltadas a este contexto metas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade para a preservação de re- cursos ambientais e culturais. A conscientização da importância do tema é fundamental para a convivência em sociedade. E essa percepção e cultura devem ser difundidas em todas as classes sociais e todas as faixas etárias, por tratar-se de um assunto que diz respeito a todos os seres humanos. Quando falamos de responsabilidade social não estamos falando necessa- riamente de filantropia empresarial de humanitarismo. As empresas vêm mudando seu caráter individual pela visão do coletivo e, isso também pode atribuir à cidadania que se incorpora cada vez mais na cultura das orga- nizações, na convicção íntima de que se deva contribuir para o bem-estar da sociedade. Segundo Fabiane Lopes Bueno Netto Bessa (2006, p. 141), a responsabilidade social diz respeito ao: “Agir em conformidade com o direito, com a função social da empresa 32 e com os princípios de direito privado, sempre orientados pelo princípio da boa-fé. E isso em toda e qualquer etapa do negócio. As balizas da livre-iniciativa – e, portanto, da responsabilidade social – encontram-se no ordenamento jurídico e variam conforme a extensão do interesse público envolvido.” Trata-se na verdade de entender que os lucros são importantes para a em- presa, mas a responsabilidade pelo bem comum e pela natureza também assegurará a perpetuidade de suas atividades. As empresas entenderam finalmente que mesmo privadas tem enorme responsabilidade com o so- cial e, também ambiental. Devemos entender que as empresas também podem contribuir, melhorando os hábitos e costumes da comunidade e, mantendo-se desta forma, mais próximos do bem comum. Uma organização voltada para o desenvolvimento sustentável planeia nos seus negócios um horizonte multidimensional, que engloba e asseguram os direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais, na medida em que todos fazem parte de um sistema de obtenção de uma economia solidária. A responsabilidade social de uma empresa melhora a sua comunicação com a sociedade por uma simples razão: a partir do momento em que a empresa está convencida do seu papel social e se orienta para a melhoria contínua dessa sociedade, este esforço resulta num constante fortaleci- mento, que aumenta e reforça o seu conceito junto à comunidade. Com a degradação desenfreada da natureza a humanidade “colhe frutos” da desorganização humana. No entanto, o desenvolvimento trouxe qualidade de vida para a população e descarta-lo não é alternativa. A busca é pelo equilíbrio, como aliar. A responsabilidade social para ser alcançada deve ser transparente e comprometida com o objetivo de promover o bem estar social. Figura2: Pirâmide da Responsabilidade Social Corporativa. 33e-Tec Brasil e-Tec Brasil www.slideshare.net 2.1. HUMANIZAÇÃO NO TRABALHO. As organizações possuem sistematicamente uma maneira toda própria com papéis previamente estabelecidos decorrentes de um processo sinér- gico que as mantêm junto ao meio cultural e de trabalho como sistemas abertos em relação aos contextos estruturais, sociais e de produção, onde podemos identificar comunicação exitosa pré-requisito para o desempe- nho de suas atividades. Dependem destes, os níveis de energias dissimuladas pelo sistema deline- ando o quadro geral da organização sob o sistema produtivo e sob seus valores. A consequência desta era de inovações leva-nos constantemente às possíveis tendências e desenvolvimentos alternativos, delimitando e par- tindo para uma perspectiva mais social e visionária, o ser humano por si só responde a árdua tarefa de ser produto de transformações biológicas e históricas como seres reflexivos, cuja evolução está atrelada e subordinada às demais modificações da espécie e das diversas culturas, ou seja, não só nos referenciamos ao indivíduo biológico, mas também ao social que, neste contexto deve ser considerado ponto de partida de reflexões quanto a sua unicidade num mundo de diversos outros indivíduos e que, por isso não atravessa apenas acontecimentos biológicos, mas também histórico- 34 -sociais, cujas influências da linguagem, habitat, valores e relações provo- cam fortes efeitos sob as relações sociais e de trabalho. Os conceitos de empregabilidade eram mais bem delineados, definidos e seguros, entretanto, diante da dinamicidade, tudo muda toda hora, as atividades formais, mais seguras e “estáveis” e, aquelas consideradas mais frágeis e suscetíveis as “informais”. O trabalho informal tem em comum não só a precariedade da empregabili- dade, como a instabilidade e remuneração, além de diminuídas dos direitos sociais, proteção e desrespeitarem também às normas do trabalho. Outro problema inquietante advém de quando um grande número de pessoas excluídas, passarem a viver junto à ilegalidade repercutindo socialmente no avanço da produtividade da nação e desequilíbrio de comunidades inteiras. Sempre haverá um pouco de injustiça, sempre existirão tarefas pouco agra- dáveis e difíceis. O processo de gerenciamento de uma empresa é vital para atingir objetivos na organização, por este motivo, as pessoas precisam estar em sintonia com o mercado de trabalho. Para (Ron Garland, 1993, p.25) “o mau gerenciamento gera moral baixo (...) bem como qualidade pobre, baixa produtividade e conflitos desnecessários”. Outras variáveis e fortes influências e transformações trazem sob o âmbito social e individual é no mínimo reconhecer que tais ocorrências incidirão também sob o psíquico do ser humano. Além disso, sabe-se que, exis- tem em nosso organismo diversas substâncias que nos prepara e posiciona as mais diversas situações: perigo, tranquilidade, prazer, entusiasmo, etc. Uma vez bem dosadas podem conduzir-nos a ocorrência preferencialmen- te de bem estar físico e psicológico para inicialmente sentir o bem estar como ser humano para em seguida realizar-se profissionalmente. De qualquer forma, todo ambiente de trabalho deve ser dotado de segu- rança e flexibilidades onde as pessoas sintam-se à vontade para se expres- sar sem receios de serem censuradas. As empresas hoje buscam ambientes saudáveis e espiritualizados. Ambientes humanos onde haja condições fa- voráveis de trabalho. As organizações preocupam-se mais em manter não só sua majestade, o cliente, mas seus colaboradores mais satisfeitos. Todos devem falar a mesma língua e não se pode deixar de considerar que as humanidades hoje são extremamente valorizadas e aplicadas ao am- 35e-Tec Brasil e-Tec Brasil biente de trabalho contemporâneo. Não dá para nãoser diferente. Estas são as organizações inteligentes e modernas. Parte do texto de Luisa Galvão Lessa, que é Professora e Pesquisadora Na- cional Sênior – CAPES e mostra de maneira bem objetiva e clara o que é a Humanização no Trabalho: “O convívio harmônico, ético, respeitável, responsável, entre as pessoas, sempre foi um desafio para a humanidade”. Mas, durante algum tem- po, essa interação passou sem ser muito notada, em função de algumas condutas relacionadas à individualidade, à centralização do poder e à va- lorização dos produtos em vez das pessoas. Hoje, compreende-se que a natureza verdadeiramente humana das organizações, empresas, setores públicos ou privados, é construir essas relações em função das pessoas e não das técnicas. Discutir a humanização no ambiente de trabalho é im- postergável, porque a efetiva vivência num ambiente organizacional trará grandes benefícios para os indivíduos, às empresas e a sociedade em geral. O mundo do trabalho não tolera mais pessoas arrogantes, centralizadoras, vaidosas, que não sabem criar um clima harmônico e próspero na intrin- cada teia de relacionamentos que integra a vida do ser humano, tornando inevitável à necessidade da discussão sobre ética. Isso porque a dimensão ética começa quando entra em cena o outro. E toda lei, moral ou jurídica, regula as relações interpessoais. “Fere as letras da lei pessoa que impõe aos outros, a seu bel-prazer, condutas para perseguir, diminuir o próximo, humilhá-lo, amedrontá-lo no seu ambiente de trabalho.” Não dá para não ser humano nem no dia a dia, nem tampouco no tra- balho. Para onde vai o sentido da vida, se não houver harmonia e huma- nização entre os homens? Antes de falar em humanização no trabalho é preciso falar de oportunidade de trabalho. O homem na informalida- de torna-se um excluído, dissociado, desprivilegiado, o homem produtivo precisa desenvolver seu potencial, viver, participar ativamente, produzir e então poder viver dignamente. Para aqueles privilegiados por estar no mercado de trabalho, precisa de ambiente humano, precisa ser reconhecido pela sua atuação, necessita de respeito para que possa crescer e enfrentar os desafios do dia a dia. As organizações precisam apoiar capacitar, e, sobretudo compreender que somos todos inocentes, somos todos ignorantes, que necessitamos estar 36 inseridos no mundo humano do trabalho. Resumo. Chegamos ao fim da UNIDADE II, vimos que a responsabilidade social hoje é extremamente imprescindível junto às organizações de ponta. Que tem dentre outras particularidades, além de recursos financeiros, logísticos e tecnológicos o dom de gerenciar ambiente de trabalho humano e sau- dável. Desenvolver a humanização interna é hoje vantagem competitiva e garantia de continuidade junto ao mercado. Valorizar seu maior e mais valioso capital: o humano que trabalha e produz é o caminho seguro para a organização. 37e-Tec Brasil e-Tec Brasil Atividade de Aprendizagem. 1. O que é a Responsabilidade Social? 2. Quais são as responsabilidades de uma empresa? 3. Qual a diferença entre Responsabilidade Social e Filantropia? 4. Analise as proposições abaixo: I - A responsabilidade social é um fenômeno restrito à esfera das organi- zações privadas. II - Somente uma gestão voltada para o trinômio "social, ambiental e lucra- tividade" alcançará seus objetivos de sustentabilidade. III - Os investimentos nas áreas social e ambiental visam obter uma imagem que seja, no mínimo, simpática ao público. IV - A sobrevivência das organizações está ligada à sua responsabilidade social. Estão corretas apenas as proposições: a) II e IV, b) I, II e IV, c) II, III e IV, d) I e III e) I e II. 5. Organizações que não investem no social e ambiental, nos dias de hoje, tendem a: a) obter maiores lucros, b) desaparecer do mercado, c) fidelizar seus clientes com grande facilidade, 38 d) Ser valorizada por seus públicos interno e externo, e) ter uma boa imagem junto ao público. 6. Qual a importância de Humanização no Trabalho? 7. Cite situações Desumanas de Trabalho: 39e-Tec Brasil e-Tec Brasil 40 UNIDADE III 3- AS ORGANIZAÇÕES E A GESTÃO DE PESSOAS. Mas, todo este preparo, toda reflexão em torno do “eu” interior, das quimeras do ser humano, das nuances psicológicas e habilidades do ser produtivo, das reponsabilidades humanas e sociais do homem e das or- ganizações pra tratar com um pouco mais de zelo as organizações empre- sariais onde, de perto há de se discutir das relações de empresabilidade e empregabilidade. Afinal, um dos maiores desafios das empresas tem sido ao longo dos tempos atrair e reter talentos. Falamos anteriormente em responsabilidade social e, é exatamente aí onde reside a empresabilidade, como sendo a organização de um fornecedor de postos de trabalho àque- les que estejam aptos, capacitados e potencialmente empregáveis – eis aí o conceito de empregabilidade – um profissional ético que tenha condições de se desenvolver, de produzir e de se relacionar com qualidade dentro da empresa. As empresas modernas, também exigem profissionais modernos e, tam- bém apostam na qualidade de vida no trabalho de seus empregados. E, esta preocupação deve ser não só do gestor, mas fruto de parceria com o gestor de pessoas também. Na totalidade das várias modalidades de empresas formais, as pequenas e microempresas não dispõem de setor de recursos humanos em sua estrutura e organograma. Esta atividade, via de regra, fica a cargo das empresas contábeis, normalmente, terceirizadas. As grandes empresas em que já se justifica a existência do setor de recursos humanos, ou mesmo tantas outras denominações existentes, seja setor de pessoal, departamento de pessoal ou ainda de gestão de pessoas. Enfim, 41 Objetivos: Compreender conceitos e a história da Gestão de Pessoas e suas nuances. Conhecer conceitos, importância do Direito do Tra- balho e da Legislação Trabalhista. e-Tec Brasil e-Tec Brasil segmento dentro das organizações responsáveis não só pela garantia dos direitos dos trabalhadores, mas igualmente responsável pela humanização e qualidade de vida do empregado em suas dependências. Setor que deveria igualmente instruir seus colaboradores de tudo o que se torna não só suas obrigações, mas também seus direitos. Mostrar e demonstrar sua obrigação fácil, prático e indispensável, entretanto, divul- gar e conscientizá-los é menos usual. Que por muito tempo e, em alguns casos, até hoje priorizavam dentre suas funções aquelas envolvidas a con- tratação e controle da jornada de trabalho a fim de “contabilizar” faltas x descontos x pagamentos. Mas, um setor tão importante não poderia tratar apenas destes pontos, há muito mais envolvendo o trabalho humano. Pas- sa então, a denominar-se gestão de pessoas, a gerenciar e influenciar na questão da produtividade da empresa. E, sem falar que há ainda a figura excêntrica do líder como gestor de pes- soas, um profissional cujos papéis, habilidades e responsabilidades e inte- gridade devem ser de ponta, por se tratar de uma pessoa que se encontra à frente de outras pessoas. Um profissional que além de muito humano seja dotado de tantas outras habilidades, que seja capaz de gerenciar o maior patrimônio de uma empresa: o capital intelectual humano. Que entenda que suas funções vão bem mais além de recrutar e selecionar talentos e “contabilizar suas ausências ou horas produtivas, mas que tenha, segundo França (2008”. p.3) capaz de lidar com as novas tecnologias, reduções ou novas posições na empresa, treinamento e desenvolvimento, remuneração e benefícios, banco de talentos, segurança,saúde e qualidade de vida, comunicação com os empregados, engenharia de produção e ergonomia, sistemas de gestão da qualidade, inovação tecnológica, desenvolvimento sustentável ou marketing social, e, competência integrada aos aspectos socioeconômicos e pessoais. Além destas habilidades, um profissional que esteja familiarizado com o amparo legal que circunda todo este gerenciamento, a legislação trabalhis- ta – esta que é tão relevante para tantos outros tipos de profissionais tais como os contadores, advogados, empresários e, sobretudo aos emprega- dos. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a joia, a cereja do bolo do bom brasileiro que tem por privilégio ter um ministério de cuidar e zelar pelas suas relações de trabalho. Para o autor da CLT – Atualizada e anotada, a mesma surgiu pelo Decreto- 42 -Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil. Ressalta ainda que, seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, não só ampara as relações de trabalho urbano quanto o rural cuja maior preocupação é a de salvaguardar os direitos do homem produtivo, do homem que trabalha, muito embora a maioria dos trabalhadores brasileiros desconheça-na na sua totalidade. Não há como contemplar todas as qualidades e benefícios destas leis, mas em princípio alguns pontos merecem nossa melhor atenção e, para um trabalho formal, há de se celebrar um acordo, está na lei e não há como remediar, mas, este contrato de trabalho (artigo 442) é o acordo, tácito ou expresso, celebrado entre o empregador (artigo 2º, CLT) e empregado (artigo 3º, CLT), correspondente à relação de emprego. Não possui ne- cessariamente uma forma para ser realizado, podendo ser por escrito ou verbalmente (artigo 443, CLT). Para a ocorrência do vínculo empregatício, ensejador dos vários direitos trabalhistas, o contrato de trabalho deverá ter os seguintes requisitos: a) continuidade; b) subordinação; c) onerosidade; d) pessoalidade; e) alteridade. A continuidade é a não eventualidade do serviço, isto é, o empregado deve comparecer à empresa repetidamente, por força do contrato de tra- balho. Para a caracterização do vínculo exige-se a subordinação do em- pregado ao empregador, ou seja, o empregado deve cumprir ordens e ser subordinado economicamente, mediante remuneração. A onerosidade relaciona-se com a contraprestação pecuniária fornecida pelo empregador ao empregado, em virtude do contrato de trabalho. Pessoalidade é outro requisito inerente ao contrato de trabalho, pois este é personalíssimo, isto 43e-Tec Brasil e-Tec Brasil é, o empregado não pode fazer-se substituir por outra pessoa. Por último, o vínculo empregatício para ser caracterizado deve ter alterida- de, que consiste na prestação de serviço por conta e risco do empregador. Trata-se de uma proteção ao empregado, visto que este até pode participar dos lucros da empresa, porém, não pode participar dos prejuízos. Tipos de Contratos de Trabalho: O contrato de trabalho pode ser: → Por prazo determinado (artigo 443, §1º, CLT): aquele cuja vigência de- pende de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproxi- mada. O prazo máximo do contrato de trabalho por prazo determinado é de 2 (dois) anos. A CLT elenca as hipóteses em que será válido o contrato de trabalho por prazo determinado quando o contrato de trabalho tiver como objeto serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeter- minação do prazo; quando se tratar de atividades empresariais de caráter transitório; quando se tratar de contrato de experiência. O contrato de experiência que é aquele em que o empregador verificará se o empregado está apto para exercer as funções a qual foi contratado. O contrato de ex- periência não poderá exceder 90 (noventa) dias. → Por prazo indeterminado. Rescisão do Contrato de Trabalho (artigo 477, CLT): A cessação do con- trato de trabalho é o término do vínculo empregatício, com a extinção das obrigações para os contratantes. Esta cessação pode se dar de vários modos, quais sejam: 1 - Dispensa do empregado sem justa causa: ocorre quando o empregador simplesmente dispensa o empregado, sem justo motivo; 2 - Dispensa do empregado com justa causa: ocorre quando o empregador dispensa o empregado em virtude da ocorrência de alguma das hipóteses elencadas no artigo 482, CLT; 3 - Pedido de Demissão do empregado: ocorre quando o próprio emprega- do deseja rescindir o contrato sem justo motivo; 44 4 - Rescisão indireta: ocorre quando, em face da incidência de alguma das hipóteses elencadas no artigo 483, CLT, o empregado pode considerar res- cindido o contrato, pleiteando a devida indenização; 5 - Rescisão automática: ocorre com os contratos de trabalho por prazo determinado findo o seu prazo; 6- Rescisão por culpa recíproca - artigo 484, CLT: configura-se a culpa re- cíproca com a ocorrência dos seguintes elementos: a) a existência de duas justas causas; uma do empregado e outra do empregador; as duas graves e suficientes para por si só serem causa da rescisão; b) duas relações de causa e efeito; a segunda falta, que é causa da rescisão do contrato, é por sua vez efeito da culpa cometida pela outra parte; c) contemporaneidade d) proporcionalidade entre as faltas. Exemplo: troca de ofensas entre em- pregador e empregado. Direitos Básicos do Trabalhador Regidos pela CLT: 1 - Férias (artigo 129 e segs. CLT) - é um direito constitucional do traba- lhador (artigo 7ºXVII, CF), pelo qual após cada período de 12 meses de vi- gência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias. As férias deverão ser concedidas em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. (Art. 134, CLT). A re- muneração das férias compreende um salário mensal do empregado, mais um terço daquele. Caso haja horas extras habitualmente prestadas, serão incluídas na remuneração das férias (súmula. 151 TST). Caso as férias não sejam concedidas nos 12 meses subsequentes, serão consideradas férias vencidas, e, por isso, a remuneração respectiva deverá ser paga em dobro. 1. I - Férias Proporcionais (artigo 146, parágrafo único, CLT) - são as férias que não completaram o período aquisitivo de 12 meses, posto que serão remuneradas na proporção de 1/12 avos por mês de serviço ou fração su- perior a 14 dias. O empregado com mais de um ano de serviço tem direito às férias proporcionais, salvo se despedido por justa causa. Mesmo tendo pedido demissão, o empregado que tem mais de um ano de serviço terá direito à remuneração das férias proporcionais. 2 - Aviso Prévio (artigo 487, CLT) - é a quantia devida no caso de qualquer das partes do contrato de trabalho por prazo indeterminado rescindi-lo, sem a antecedência mínima de trinta dias. Caso não haja esta antecedên- 45e-Tec Brasil e-Tec Brasil cia, o empregado terá direito à percepção do salário correspondente ao prazo acima e o empregador terá o direito de descontar do empregado o salário correspondente ao mesmo prazo. 3 - 13º Salário - é um direito constitucional do trabalhador (artigo 7º, VIII, CF) que consiste num salário mensal do empregado. 13º salário proporcio- nal - será devido ao trabalhador que seja dispensado sem justa causa. 4 - FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (artigo 7º, III, CF) - tra- ta-se de um direito constitucional, consistente num fundo cujo beneficiárioé o trabalhador e que é formado por depósitos mensais no valor de 8% incidentes sobre a sua remuneração (isto é, incluindo as horas extras, co- missões e gorjetas habitualmente recebidas). Estes depósitos poderão ser levantados nas seguintes hipóteses: a. por despedimento sem justa causa, inclusive indireta, culpa recíproca ou rescisão do contrato por fechamento do estabelecimento, supressão da atividade, falecimento do empregador ou pagamento de prestações do Sistema Financeiro da Habitação, extinção do contrato a termo; b. por aposentadoria, falecimento do empregado; c. quando o empregado tenha contraído AIDS (lei n.7670/88, art.1º, II e Circ. CEF/Defus/Diarp 5/91). 4.1 - Multa do FGTS - tem caráter indenizatório, visto que visa proteger o emprego do trabalhador. Assim, na hipótese de despedimento sem justa causa, ainda que indireto, o empregador deverá depositar na conta vincu- lada do empregado 40% de todos os depósitos efetuados e devidamente corrigidos. No caso de culpa recíproca ou força maior, a multa será de 20%. 5 - Horas extras (artigo 59, CLT) - são consideradas horas extras aquelas que ultrapassem a jornada de trabalho normal do empregado e as que são trabalhadas em dia útil quando o empregado não tem obrigação de fazê- -lo. A remuneração das horas extras será, no mínimo, cinquenta por cento a mais do que a hora normal; assim preceituou a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, XVI. A integração da remuneração das horas extras habituais para o cálculo de férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS é pacífica. 6 - Adicional Noturno (artigo 7º, IX, CF e artigo 73, CLT) - é o acréscimo incidente sobre a hora de trabalho em virtude de ser laborada entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte. Este acréscimo será de, no 46 mínimo, 20% sobre a hora diurna. A percentagem legal integra-se nos cálculos para todos os fins (férias, 13º salário, indenização, FGTS, etc.). 7 - Adicional de Insalubridade e de Periculosidade - (artigo 7º, XXIII, e arti- go 189 e segs. CLT) - Adicional de Insalubridade - é o acréscimo concedido ao trabalhador que esteja exposto a agentes nocivos à saúde durante sua jornada de trabalho. Este acréscimo será de 40%, 20% e 10% do salário mínimo da região, segundo a classificação da insalubridade nos graus má- ximos, médio e mínimo. Adicional de Periculosidade - é o acréscimo conce- dido ao trabalhador que mantenha contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Este acréscimo será de 30% sobre o salário sem os reflexos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Fonte: CLT – Atualizada e Anotada. 3.1. DIREITO DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. Como dissemos, entre o trabalho e o trabalhador são muitos os quesitos a considerar, legalmente, a legislação trabalhista ampara seus interesses dentro do direito do trabalho, cujas normas, sabemos são regidas pela CLT e a constituição federal de 1988. Para muitos estudiosos deriva do direito privado por tratar neste item de relações de trabalho sejam individuais ou coletivas do próprio segmento organizacional privado. Para outros autores lhe atribuem o caráter público pelas interveniências de suas normas públi- cas. Como a maioria, as leis visam melhoria no seu âmbito, a força do tra- balho na ordem socioeconômica, na modernização da legislação que se faz necessária além de, ter caráter civilizatório e democrático. Selecionamos da jurisprudência alguns tópicos gerais e importantes: Negociações coletivas - O direito do trabalho reconhece o chamado prin- cípio da autonomia coletiva, onde os trabalhadores, empregadores e suas entidades representativas podem elaborar normas jurídicas que o estado reconhece como legítimas. Essas normas surgem das negociações coletivas, que é um procedimento desenvolvido entre os sindicatos de trabalhadores e patrões. Ao final das negociações, formaliza-se um documento escrito que pode ser denominado: acordo coletivo de trabalho, se a negociação se operou no âmbito de uma empresa; convenção coletiva de trabalho se abrangeu uma categoria; contrato coletivo de trabalho, se o âmbito for nacional ou Interprofissional. Porém, existindo lei proibitiva, as convenções e acordos coletivos não poderão contrariar-lhe o sentido. 47e-Tec Brasil e-Tec Brasil Acordo coletivo - São pactos celebrados entre uma ou mais de uma em- presa e síndicato da categoria profissional a respeito das condições de tra- balho no âmbito da empresa ou empresas. O sindicato dos trabalhadores exerce o monopólio da negociação coletiva, mesmo se a parte patronal consistir de uma só empresa, negociando diretamente. Em quaisquer ne- gociações coletivas é obrigatória a representação dos trabalhadores pelo seu respectivo sindicato. No caso de acordos coletivos, as empresas podem negociar diretamente com o sindicato dos trabalhadores, não sendo obri- gatória à presença do sindicato patronal. Convenções coletivas de trabalho - São pactos que abrangem toda uma categoria na base territorial dos sindicatos (dois ou mais) participantes. Na convenção coletiva devem estar presentes os sindicatos patronais e dos trabalhadores. Se frustrada a negociação, o conflito será resolvido por ar- bitragem, por pessoa escolhida entre as partes, ou pelo estado, mediante processo judicial, conhecido como dissídio coletivo. A convenção coleti- va possui cláusulas obrigacionais (que obrigam os sindicatos, como uma multa ao sindicato que descumpra uma condição) e cláusulas normativas (que abrangem empregadores e empregados, como aumento salarial). A convenção coletiva tem natureza de norma jurídica, aplicando-se a todos os empregadores e empregados (filiados ou não ao sindicato) dentro da base territorial onde os sindicatos atuam. A CLT dispõe expressamente que qualquer disposição do contrato individual que contrarie norma de con- venção coletiva ou acordo coletivo será válida. O prazo de eficácia das cláusulas da convenção coletiva é o que nelas tenha sido previsto, desde que não seja superior a 2 (dois) anos. Os efeitos das cláusulas cessam com o término da vigência da convenção coletiva que as estipulou. É possível a coexistência de convenção coletiva e acordo coletivo celebrado no âmbito de uma empresa, hipótese em que prevalecerão as normas mais favoráveis ao trabalhador. Para os outros integrantes da categoria, empregados de empresas não participantes do acordo, mas submetidas à convenção, evi- dentemente terá eficácia à regra da convenção. Essa regra só vale no que diz respeito aos salários, pois a CF permite redução salarial mediante acor- do ou convenção coletiva. Se existe um acordo coletivo estabelecendo um piso salarial, e vem uma convenção reduzindo esse piso, haverá a redução salarial de acordo com a regra da convenção. Procedimentos para negociação coletiva realização de assembleia do sin- dicato dos trabalhadores para decidir e autorizar o início das negociações: 48 • Discussões entre representantes dos sindicatos patronais e dos tra- balhadores (em convenção coletiva) ou entre sindicato dos trabalhadores e empregador (em acordo coletivo); • Possibilidade de mediação da DRT; • Redação de documento contendo as cláusulas ajustadas; • Realização de assembléia para aprovação do ajuste; • Depósito do documento redigido na DRT; • Publicidade da negociação e início da vigência de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada, revisada ou denunciada (necessitando de consen- timento das duas partes para renúncia); • Não havendo acordo ou arbitragem restará às partes a instauração de dissídio coletivo perante a justiça do trabalho.
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