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1. INTRODUÇÃO Os elementos entram em fusão ou ebulição de acordo com suas funções periódicas e seus números atômicos. Para atingir o ponto de fusão ou ebulição, as substâncias são aquecidas até alcançarem temperaturas que ocorram mudança de estado, no caso da fusão, do estado sólido para o líquido. O ponto de fusão de uma substância pura é a temperatura em que a fase sólida e a fase líquida coexistem, ou seja, entram em equilíbrio. Neste ponto, um acréscimo de energia (calor) é utilizado para romper a estrutura sólida, e a temperatura permanece constante, ou seja, não sobe até que a substância tenha se fundido completamente. Este acréscimo de energia sem que haja aumento de temperatura é chamado de calor latente de fusão, enquanto a energia utilizada pelo sistema para elevar a temperatura é chamada calor sensível. (LENZI et al., 2004) Em outras palavras, o ponto de fusão para substâncias consideradas pura ocorre sempre na mesma temperatura, ou seja, é constante durante todo o processo, mas quando se faz a mistura de substâncias, essa constante de temperatura apresentada nas substâncias pura não ocorre. (FELTRE, 2004) Como já foi dito, o ponto de fusão definido, é uma característica de substâncias puras. Dessa forma, é utilizado como um valioso critério de pureza. A presença de impurezas, mesmo em pequena quantidade na amostra produz considerável aumento no intervalo de fusão (diferença entre a temperatura de início da fusão até que a substância se torne completamente líquida), provocando o início da fusão a uma temperatura mais baixa que a temperatura determinada para a substância pura. (CONSTANTINO et al., 2004) Objetiva-se com os testes feitos em laboratório, aprender técnicas de determinação de ponto de fusão, definindo assim, o grau de pureza ou impureza de uma substância a partir do seu ponto de fusão. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Ao chegar no laboratório, os alunos foram divididos em três grupos, onde cada um, recebeu uma substância diferente para realizar os testes, conforme a tabela 1. Tabela 1: Divisão dos grupos Grupos Substâncias G1 Colesterol (Vetec Química) G2 Naftalina Desodor (Inquisa) G3 Álcool Estearilico (Dinâmica Química) Fonte: Própria Em seguida, o professor depositou 240 ml de glicerina (C3H8O3) da marca Emfal, em um béquer de 250 ml. Adicionou-se a glicerina, no interior do béquer, uma barra magnética, onde posteriormente colocou-se sobre uma chapa aquecedora que possui um sistema de agitação magnética, rotacionando a barra magnética dentro do béquer. Enquanto ocorria o aquecimento da glicerina, com fósforo acendeu-se o Bico de Bunsen, e utilizou-se a chama oxidante para efetuar o fechamento de uma das aberturas do tubo capilar (tubo de vidro de seção circular muito pequena), em seguida, com o auxílio do gral e pistilo de porcelana, triturou-se em pó, pequenas quantidades de Álcool Estearilico P.A (C18H38O) em sua forma sólida e seguidamente depositou num vidro de relógio para ser inserido no tubo capilar. Prontamente montou-se o suporte universal com garra, e com auxílio de um anel de borracha elástica prendeu-se ao termômetro de mercúrio, de forma estável, o capilar contendo uma pequeníssima quantidade de álcool estearilico em pó, fazendo com que sua extremidade inferior coincidisse como bulbo do termômetro. Fixou-se ao suporte universal, em seguida, mergulhou-se cuidadosamente no óleo de glicerina em aquecimento afim de obter seu ponto de fusão. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o aquecimento da glicerina a barra magnética agitava a solução por meio de movimento rotativo originários da atração da barra magnética e da chapa aquecedora, esse movimento de rotação fazia com que o aquecimento e a mistura da glicerina ocorressem de forma contínua e uniforme. Após mergulhar vidro capilar contendo o álcool estearilico, fixado no termômetro, no interior do béquer com a glicerina já previamente aquecida, iniciou-se o monitoramento da variação de temperatura observando o ponto inicial até o ponto que se atingiu a fusão. Observou-se que inicialmente o termômetro marcava 54°C e ao ocorrer a fusão, o termômetro marcava 56°C. Analisando também os outros grupos, têm-se uma nova tabela (Tabela 2), com os respectivos intervalos e ponto de fusão das outras substâncias. Tabela 2: Ponto de Fusão Grupos Substância Intervalo/ Ponto de fusão encontrado Intervalo / Ponto de fusão de acordo com o fabricante G1 Colesterol (Vetec Química) 130 - 140°C 147 - 149°C G2 Naftalina Desodor (Inquisa) 77 - 80°C 80,55°C G3 Álcool Estearilico (Dinâmica Química) 54-56°C 55 - 58°C Fonte: Própria O grupo G2 obteve uma margem de erro bastante elevada. Acredita-se que o fato da substância estar vencida, os levou a ter tal diferença. Retomando o grupo 3, evidenciou-se uma diferença do experimento realizado e os dados fornecidos pelo fabricante. Partindo para a análise, pode-se afirmar que o gral e pistilo não foram 100% limpos, já que estavam “contaminados” com naftaleno, sendo assim, podendo afetar o teste. Outro ponto, muito importante, é que o álcool estearilico estava vencido, em sua embalagem data o seu vencimento em 03/2013. Acredita-se que esses dois fatos possam ter causado essa margem de erro. A temperatura do ponto de fusão está associada ao tipo de ligação existente entre os átomos da substância. Geralmente, os compostos iônicos, por apresentarem ligações mais fortes, em que seus átomos permanecem unidos por atração de cargas elétricas opostas entre seus polos, possuem temperatura de fusão elevada. Neste experimento, a substância utilizada, álcool estearilico, apresenta ligações iônicas entre seus átomos. Abaixo, na Figura 1, temos a imagem de sua fórmula estrutural. Figura 1: Fórmula estrutural Fonte <: http://www.merckmillipore.com/BR/pt/product/Stearyl-alcohol,MDA_CHEM 807680 > Acesso em maio de 2018. O ponto de fusão de uma substância pura é a temperatura em que a fase sólida e a fase líquida coexistem, ou seja, entram em equilíbrio. Neste ponto, um acréscimo de energia (calor) é utilizado para romper a estrutura sólida, e a temperatura permanece constante, ou seja, não sobe até que a substância tenha se fundido completamente. Este acréscimo de energia sem que haja aumento de temperatura é chamado de calor latente de fusão, enquanto a energia utilizada pelo sistema para elevar a temperatura é chamada de calor sensível (LENZI et. al, 2004). Sabendo-se que uma substância pura mantém a mesma temperatura desde o início de seu processo de fusão até o seu final, onde todo o material se torna liquido, conclui-se que o álcool estearilico usado no experimento não é totalmente puro, por haver uma variação desde o início de sua fusão até seu termino. Entretanto, quando se tem uma variação de até 5°C no intervalo de fusão, a substância ainda é considerada ± pura. 4. CONCLUSÃO O estudo do comportamento da temperatura nos experimentos de fusão constituiu um critério possível para avaliar o grau de pureza de uma determinada substância. Existem vários métodos para saber o grau de pureza de uma substância como: RMN, Raio X, Infravermelho e o Raman. Entretanto, alguns custam muito caro, e o método utilizado neste experimento é o mais simples e rápido. Para cada substância pode-se observar um ponto de fusão com variações de temperatura muito pequenas ou quase nulas nos compostos puros, e uma disparidade maior em compostos com certa porcentagem de impureza. Conclui-se com a aula prática a importância das mudanças de fases de determinados materiais para a futura atividade profissional, na qual por diversos momentos será definido e identificado a que temperatura, e a qual tempo de exposição certos produtos poderão ser submetidos. Identificar através de fichas técnicas a adequação dos produtos definindo o uso adequado, minimizando assim, desperdícios, executando obras e projetos com qualidade e segurança.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LENZI, E. et al. Química Geral Experimental. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2004. 400 p. FELTRE, R. Química Geral Vol 1. 6. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004. 400 p. CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J.; DONATE, P. M. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. 272 p. Disponível em <:https://www.sigmaaldrich.com/catalog/substance/cholesterol386655788511?lang=pt®ion=BR&attrlist=Melting%20Point:> Acesso em 06 mai. 2018. Disponível em <:https://www.infoescola.com/fisico-quimica/pontos-de-fusao-e-ebulicao/:> Acesso em 06 mai. 2018 Disponível em <:http://www.gardenquimica.com.br/fispq/alcool-estea.pdf:> Acesso em 06 mai 2018 Disponível em <:http://www.merckmillipore.com/BR/pt/product/Stearyl alcohol,MDA_CHEM 807680:> Acesso em 06 mai. 2018 �PAGE � �PAGE �2�
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