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pratica simulada III semana 16

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
Processo nº XXXX 
 
 
 
 
 
ANGELINA, já devidamente qualificado nos autos do processo em 
epigrafe, que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado infra-assinado, 
vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência não se conformando 
com o transitado em julgado que a condenou incursa no Art. 155 §5º do 
Código Penal, propor 
 
 
 
REVISÃO CRIMINAL 
 
 
 
Com fundamento no artigo 621, I e III do Código de Processo Penal, 
pelos fatos e fundamentos abaixo indicado. 
 
 
 
I- DOS FATOS 
 
ANGELINA, no dia 10 de outubro de 2012, na cidade de São Paulo, 
subtraiu veículo automotor de propriedade de Cátia Flávia. Imediatamente, a 
vítima chamou a polícia e esta empreendeu perseguição ininterrupta, tendo 
prendido ANGELINA em flagrante somente no dia seguinte, exatamente 
quando esta tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do bem, que 
estava guardado em local não revelado. 
Em 31 de outubro de 2013, a denúncia foi recebida. Ao cabo da 
instrução criminal, a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime 
inicial fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade. 
A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o 
cumprimento de pena em 10 de junho de 2014. No dia 5 de março de 2015, 
recebo em meu escritório a mãe de ANGELINA, acompanhada de BRAD, único 
parente vivo da vítima, que se identificou como sendo filho desta. 
Ele informou que, no dia 12 de outubro de 2013, Angelina acolhendo os 
conselhos maternos, lhe telefonou, indicando o local onde o veículo estava 
escondido. O filho da vítima, nunca mencionado no processo, informou que no 
mesmo dia do telefonema, foi ao local e pegou o veículo de volta, sem nenhum 
embaraço, bem como tal veículo estava em seu poder desde então. 
 
 
II- DO DIREITO 
 
Ocorre que a nobre decisão não deve prosperar, pois a após a 
sentença proferida pelo nobre julgador, ocorreu o arrependimento de 
Angelina, o qual telefonou para o filho da vítima e relatou onde estava o 
veículo, este sendo recuperado posteriormente em perfeito estado. 
Ora, desta forma, ANGELINA faz jus ao benefício penal do 
arrependimento posterior, conforme dispõe no Art. 16 do Código Penal. 
ANGELINA, anteriormente ao recebimento da denúncia, por ato voluntário, 
restituiu a o bem furtado, que tal restituição foi integral e que, portanto, faz 
jus ao máximo de diminuição. 
Desta forma, faz jus com base no Art. 626 do Código de Processo 
Penal, a modificação da pena imposta, para que seja considerada referida 
causa de diminuição de pena. 
Doravante, o fato novo comprova que o veículo não chegou a ser 
transportado para o exterior, não tendo se iniciado qualquer ato de 
execução referente à qualificadora prevista no Art. 155 §5º do Código 
Penal. Desta forma, resta à desclassificação do furto qualificado para o furto 
simples, previsto no Art. 155 ''caput'' do Código Penal. 
Por fim, Angelina como consequência da aplicação da causa 
especial de diminuição de pena prevista no Art. 16 do Código Penal e da 
desclassificação do delito, em que pese a reincidência da mesa, o STJ em 
sua Súmula 269 tem entendimento sumulado no sentido de que poderá 
haver atribuição do regime semiaberto para cumprimento da pena privativa 
de liberdade. 
 
 
III- DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, com base no Art. 626 do Código de Processo Penal, os 
seguintes pedidos: 
A) a desclassificação da conduta, de furto qualificado para furto simples; 
B) a diminuição da pena privativa de liberdade; 
C) a fixação do regime semiaberto (ou a mudança para referido regime) para o 
cumprimento da pena privativa de liberdade. 
 
 
Nestes termos, 
Pede Deferimento 
Local, dia, mês e ano. 
Nome do Advogado 
OAB/UF

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