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Civil II

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Civil II
Norma Jurídica: 
Deve conter: 
Descrição de um suporte fático.
Prescrição dos efeitos atribuídos ao fato jurídico.
Normas Explícitas:
Normas interativas: integram outras normas jurídicas.
Normas remissivas: buscam outras normas para definir seu conteúdo.
Normas Implícitas:
Aplicação por analogia de normas explícitas: do costume, de princípios gerais que fundamentam o sistema jurídico.
Suporte Fático
É a previsão pela norma jurídica da hipótese fática condicionante da existência do fato jurídico.
Espécies:
Suporte Fático Hipotético ou Abstrato: considerado apenas como enUnciado lógico da norma jurídica.
Suporte Fático Concreto: já materializado. Quando o fato previsto como hipótese se concretiza no mundo Fático.
Suporte Fático Suficiente: quando todos os fatos escritos na hipótese ocorrem.
Suporte Fático Insuficiente: quando todos os fatos escritos na hipótese não ocorrem.
Possibilidades:
Fatos da natureza e do animal, seja atribuído ao homem.
Atos (volitivos ou avolitivos).
Dados Psíquicos: intencionalidade, conhecimento ou não de certa circunstância.
Estimações Valorativas: idoneidade, imprudência, imoralidade, valorações.
Probabilidades: eventualidades.
Fatos do mundo jurídico: fatos jurídicos ou efeitos jurídicos.
Causalidade Física: imputabilidade do fato a alguém.
Tempo: transcurso de tempo. Ex: Usucapião.
Elementos positivos e negativos: ações ou omissões.
Elementos:
Nuclear: Determina sua configuração e fixa sua concreção, fundamental, tem influência diretamente sobre a existência. Ex: a morte quando há sucessão e dolo ou culpa no direito penal.
Completastes: Também dizem respeito à existência. Ex: negócio jurídico com mais de uma vontade. 
Complementares: Não integram o núcleo, só complementam. Tem consequências. Quanto à validade ou eficácia, não quanto à existência. Ex: falta de capacidade.
Integrativos: Atos de terceiros, geralmente autoridades públicas, para que o fato jurídico produza eficácia. Ex: compra e venda de imóveis.
Preceito
Parte da norma jurídica onde são prescritos os efeitos atribuídos aos fatos jurídicos. Disposição normativa sobre a eficácia jurídica.
Limites de variações da eficácia:
Valores culturais da comunidade.
Valores absolutos da juridicidade (justiça, paz, ordem, segurança, bem comum).
Natureza das coisas, no que diz respeito à dignidade do ser humano.
Classificação:
Abstrato.
Concreto.
Processo de jurisdicização
Incidência do efeito da norma jurídica de transformar em fato jurídico a parte de seu suporte que o direito considera relevante para ingressar no mundo jurídico.
Eficácia Legal: incidência da norma jurídica no mundo Fático resultando o fato jurídico.
Eficácia Jurídica: decorre do fato jurídico já existente no mundo jurídico.Norma Jurídica
Características:
Incondicionabilidade: obrigatoriedade independente de adesão.
Inesgotabilidade: toda vez que o suporte compuser, a norma incidirá.
Vigência: a norma jurídica só pode incidir apor estar em vigor.
A norma existe simplesmente: quando promulgada é pública.
A norma existe com vigência: quando tem possibilidade de produzir eficácia.
Fatos jurídicos são acontecimentos que trazem reflexo para o mundo do Direito, que produzem consequências jurídicas. 
Fatos jurídicos em sentido amplo: todos aqueles que trazem uma consequência para o mundo do direito seja provocado por eventos da natureza seja provocado por eventos humanos.
Fatos naturais ou fatos jurídicos em sentido estrito: provocados por eventos naturais.
Fatos humanos ou atos jurídicos: produzidos pela ação do homem.
Fatos jurídicos em estrito 
Fatos naturais: fatos jurídicos (sentido estrito): EVENTOS DA NATUREZA, são divididos em: 
Fatos jurídicos ordinários: (naturalmente vão acontecer)
Nascimento 
Morte 
Maioridade aos 18 
Etc.
Fatos jurídicos extraordinários: também provém da natureza, mas não sabemos se irá ou não acontecer.
Perda total do veiculo pela enchente.
Casa foi destelhada pelo vendaval
Desvio do curso de um rio 
Etc 
Fatos humanos: atos jurídicos em sentido amplo
São divididos em atos lícitos 
Atos não negociais (atos jurídicos em sentido estrito) são os atos humanos que não tem intenção negocial e produzem os efeitos que estão previstos na norma jurídica. Ex apropriação de um sofá abandonado.
Atos negociais: negócios jurídicos: aqueles atos humanos com a intenção de produzir um efeito jurídico. Exs:
Contrato de compra e venda 
Contrato de locação
Testamento 
Contrato de seguro 
Etc
Atos ilícitos: são aqueles praticados com negligencia, imprudência e imperícia.
Os planos do mundo jurídico
Planos do mundo jurídico – plano de existência – plano de validade – plano de eficácia.
Tricotomia ou escada ponteana
Terceiro degrau: o plano da eficácia: Estão as consequências do negócio jurídico, seus efeitos práticos no caso concreto. Elementos acidentais (condição, termo e encargo).
Segundo degrau: o plano da validade: Os substantivos recebem os adjetivos. Requisitos de validade (art 104): partes capazes, vontade livre (sem vícios), objeto licito, possível ou determinado ou determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei. Temos aqui os requisitos da validade. Não há dúvida, o código civil adotou o plano da validade. Se tenho um vício de validade, ou problema estrutural, ou funcional, o negócio jurídico será nulo (166 e 167) ou anulável (171).
Primeiro degrau: o plano da existência: Onde estão os elementos mínimos , os pressupostos de existência. Sem eles, o negócio não existe. 
Substantivos (partes, vontade, objeto e forma) sem adjetivos. Se não tiver partes, vontade, objeto e forma ele não existe.
Direitos atuais 
Futuros (deferidos e não deferidos)
Aquisição modificação e extinção de direitos:
Expectativas de direito;
Direito eventual 
Direito condicional 
Modos de aquisição 
Originário 
Derivado (gratuito e oneroso);
Singular 
Universal
perecimento de direitos
Deterioração 
Alienação 
Renuncia 
Abandono
Decadência 
Confusão 
Abolição do direito a que se refere
A representação 
Legal (art. 115, 1ª parte, 120, 1ª parte, 1747, 1774, todos do CC);
Convencional (art. 155, 2ª parte, 120, 2ª parte, 653 a 692, todos do CC);
Judicial 
Lembrar do princípio da autonomia e da vontade
Exemplos NJ:
Contrato de compra e venda 
Contrato de locação 
Contrato de financiamento 
Contrato de permuta 
Etc 
As pessoas produzem o ato jurídico com a intenção de produzir efeitos que são: 
Adquirir direitos 
Extinguir direitos 
Modificar direitos 
Conservar direitos 
Adquirir direitos exemplos:
Comprar uma casa
Contrato de honorários 
Contrato de locação de um carro 
Extinguir direitos exemplos: 
Vender uma casa
Doação de um terreno 
Renunciar a um usufruto
Modificar direitos exemplos: 
Testamento 
Prorrogação do contrato de trabalho de experiência 
Alteração do prazo de pagamento de um contrato 
Conservar direitos exemplos:
Fiador de contrato 
Multa por descumprimento do contrato 
Notificação para desocupação de imóvel
Classificação dos negócios jurídicos:
Quanto ao número de declarantes 
Unilaterais
Bilaterais 
Plurilaterais 
Dos negócios jurídicos 
Conceito (art. 104)
Elementos constitutivos 
A) essenciais 
Gerais (capacidade, objeto e consentimento);
B) particulares (dorma); 
Naturais (efeitos decorrentes do negócio) 
Acidentais (condições, termos e encargos);
Quanto as vantagens: gratuitos, onerosos e neutros; 
Quanto as solenidades: solenes e não solenes
Quanto ao conteúdo: patrimonial e extrapatrimonial 
Quanto a manifestação de vontade: unilaterais, bilaterais e plurilaterais;
Quanto ao tempo que produzem efeitos: inter vivos ou causa mortis;
Quanto aos efeitos: constitutivos e declarativos;
Quanto a existência: principais e acessórios;
Quanto ao exercício de direitos: de disposição e administração;
Unilaterais: apenas uma manifestação de vontade, em busca da mesma finalidade (uma parte do negócio jurídico) 
Exemplos:
Promessade recompensa 
Testamento 
Notificação extrajudicial 
Bilaterais: manifestação de vontade de duas partes 
Exemplos: 
Contrato de compra e venda 
Contrato de locação 
Contrato de financiamento 
Plurilaterais: manifestação de mais de duas vontades dirigidas a mesma finalidade, porem em sentidos contrários.
Exemplos: 
Contrato de seguro coletivo empresarial
Contrato de sociedade 
Negócios jurídicos quanto às vantagens patrimoniais 
Gratuitos 
Onerosos 
Neutros 
Bifrontes
Gratuitos (benéficos): somente uma das partes é beneficiada, sem contraprestação.
Exemplos:
Doação 
Comodato 
Renúncia de posse 
Onerosos (sinalagmaticos): ambas as partes obtêm vantagens e tem contraprestações.
Exemplos: 
Contrato de compra e venda 
Contrato de trabalho 
Consórcio 
Também podem ser classificados em: 
Comutativos: equilíbrio e proporcionalidade nas prestações.
Exemplos: compra e venda, locação, financiamento.
Aleatórios: as prestações das partes não são proporcionais, dependem de fatos incertos e externos (álea)
Exemplos: contrato de seguro, contrato de plano de saúde, contrato assistência funeral. 
Também podem ser neutros: não são nem gratuitos nem onerosos, não tem atribuição patrimonial.
Exemplos: 
Instituição de bem de família 
Clausula de incomunicabilidade 
Bifrontes: podem ser tanto gratuitos quanto onerosos.
Exemplos: 
Contrato depósito: pode ser gratuito ou oneroso;
Doação: pode ser pura ou com encargo; 
Quanto à forma
Formais ou solenes: forma especial prevista em lei.
Exemplos: casamentos, cheque, escritura pública de venda de imóvel;
Não formais, não solenes, ou forma livre: as partes escolhem a forma de negócio.
Exemplos: recibo, notificação extrajudicial, venda de bens moveis;
Quanto ao momento de produção de efeitos: 
Inter vivos: produzem efeitos enquanto as partes estão vivas. 
Exemplo: contrato de compra e venda, contrato de locação. 
Mortis causa: produzem efeitos após a morte da pessoa.
Exemplo: testamento. 
Quanto à existência
Principais: existem por si mesmos.
Exemplos: contrato de compra e venda, contrato de locação, prestação de serviços.
Acessórios: existem em razão de um contrato principal.
Exemplos: garantia em um contrato de locação, multa em um contrato de prestação de serviços.
QUESTÕES
Vícios de consentimento 
Erro
Dolo 
Coação 
Estado de Perigo 
Lesão
Vícios sociais 
Fraude contra credores
Teorias
Teoria da vontade real:
Se no ato jurídico, o direito empresta consequências ao querer individual, é evidente que, se ocorre disparidade entre a vontade e declaração, é aquela que deve prevalecer.
Vontade > declaração (vontade em detrimento da declaração).
Real: Baseado em fundamentos plausíveis, reis, palpáveis, reconhecível pela outra parte e que importe efetivos prejuízos para o interessado;
Teoria da declaração: 
Desconsidera a vontade para ater-se a manifestação. Despreza o interesse do emissor da declaração, protegendo o interesse da pessoa a quem a declaração atinge.
Vontade < declaração (declaração em detrimento da vontade).
 
Teoria da responsabilidade:
Mesmo reconhecendo a autonomia da vontade, a limita porém, nos casos em que a declaração tem efeito obrigatório mesmo desacompanhado da vontade quando decorrer de culpa ou dolo do declarante.
Se dolo ou culpa então declaração > vontade.
Teoria da confiança:
Se a declaração difere da vontade, é a declaração que deve prevalecer se a pessoa a quem é dirigida desconhece tal disparidade. Se este a conhece ou poderia descobri-la atuando com mediana inteligência então prevalece a vontade 
se conhece o destinatário
 declaração > vontade 
Se conhece ou poderia conhecer:
declaração < vontade
Do Erro 
Art. 138
Conceito: é a ideia falsa de realidade, capaz de conduzir o declarante a manifestar sua vontade de maneira diversa da que manifestaria se a conhecesse melhor. É a manifestação equivocada a cerca de alguma coisa, vontade ou realidade. 
Pressupostos:
Intenção;
Gravidade dos artifícios;
Elemento determinante da manifestação (principal);
Substancial: pensa que realiza um negócio e realiza outro. Doação e arrendamento.
Art. 139
Natureza do ato (error in ipso negotivo);
Pensa que realiza um negócio e realiza outro
Doação e andamento;
Objeto da declaração (error in ipso corpore);
O objeto (coisa) não é o pretendido pelo agente;
Qualidades do objeto (error in corpore);
É objeto (coisa) pretendido, mas há erro sobre a qualidade da coisa;
Ex: réplicas de bolsas de marca
Qualidades da pessoa; (error in persona)
Sobre as qualidades essenciais da pessoa que atinge sua identidade física ou moral;
Escusável: é aquele justificável, considerando-se as circunstâncias do caso concreto.
Teoria divergente 
Se cognocível pelo destinatário da declaração, viciado estará o ato;
Espontâneo: é aquele cometido por vontade própria, sem interferência ou orientação externas.
Real: baseado em fundamentos plausíveis, reais, palpáveis, reconhecível pela outra parte e que importe efetivos prejuízos para o interessado.
Diferença entre vicio redibitório e erro:
No erro não há defeito ou vicio intrínseco à coisa. Ex: candelabro de prateados pensando ser de prata. O consentimento é que é defeituoso. Há disparidade entre a vontade e a declaração. No vicio o consentimento é perfeito a coisa é que é defeituosa.
Erro de fato: recai sobre as circunstâncias do fato.
Erro de direito: ( 139, III ) que diz respeito sobre a existência de uma norma jurídica. Ex: tal norma em vigor quando, na verdade, foi revogada.
Erro sobre a pessoa: art 1557
Erro acidental: art 142
Dolo:
Art.145
Conceito: é o artifício, o expediente astucioso, utilizado para induzir alguém à prática de um ato que prejudica e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. É a intenção de obter para si ou terceiro vantagem que não seria obtida sem o artifício.
Dolo reciproco: art. 150
Pressupostos:
Intenção
Gravidade dos artifícios
Elemento determinante da manifestação 
Dolo Acidental: quando apesar deste, o ato teria sido praticado embora de outra forma. ( Ato ilícito, deve reparar o prejuízo): art.146
Dolo Principal: constitui a causa determinante pela qual o agente manifesta sua vontade equivocada.
Dolus Bônus: dolo levem tolerado. É o alienante daquilo que vende. É gabança. É propaganda que seduz o cliente.
Dolus Malus: é a intenção grave de iludir, enganar para proveito próprio ou de terceiro.
Art. 145 Dolo por Omissão: dolo negativo, reticência maliciosa, violação de um dever de agir. Ato bilateral. Ocorre intenção de induzir o outro contratante a prática de um ato que o prejudica e beneficia o autor do dolo. Ter o autor do dolo, silencioso sobre circunstância relevante, quando deveria revelá-la. Se a omissão causa consentimento, configurando-se o dolo principal.
Dolo de Representante Art. 149: “A” constitui “B” seu representante para efetuar negócio jurídico com “C”. Se “B” agir com dolo o negócio será anulado pois se supõe que “B” esteja junto e de acordo com “A”.
Art. 148 Dolo de Terceiro: “A” e “B” estão concluio. Forçam “C” a fechar negócio com “A”. Deve-se decretar a anulação do negócio.
“A” e “B” não estão de conluio, e “B” força “C” a fechar negócio com “A”. “C” poderá voltar-se contra “B” e exigir-lhe perdas e danos.
É preciso a prova de conluio para anular o ato.
Norma jurídica
Deve conter:
Descrição de um SF
Prescrição dos efeitos atribuídos ao fato jurídico.
Normas explicitas (deixam claro)
Normas integrativas: integram outras normas jurídicas.
Remissivas: Buscam outras normas para definir seu conteúdo.
Normas implícitas: aplicação por analogia de normas explicitas:
Do costume, de princípios gerais que fundamentam o sistema jurídico.
Ex: princípio da inocência 
 
Art. 151 Coação: sabe que está fazendo algo que não devia, temor medo de que alguém incute na pessoa um mal maior.
Manifestação de vontade consciente, mas não livre.
É toda pressão exercida sobre um indivíduo para determiná-lo a concordar com um ato.Violência relativa (vis absolutas) e violência absoluta (vis compulsivas)
Requisitos:
Causa do ato 
Ameaça grave (critério objetivo ou subjetivo?) art 152;
Ameaça injusta (NÃO PODERIA FAZER) 
Dano atual ou iminente; (algo de agora)
Justo receio de um mal, pelo menos igual ao ato extorquido (a sua pessoa, seus bens ou sua família); 
Critério subjetivo: sujeito de direito que está sofrendo a ameaça.	
 
Casos de exclusão art.153
Exercício regular de direito
Temor reverencial: temor da relação hierárquica: empregado em relação ao patrão;
Coação de terceiros; art.154
Vicia o ato sempre que provinda de terceiros ainda que a outra parte a ignorasse, o que muda é quem deve responder pelas perdas e danos. Princípio baseado na segurança das relações jurídicas 
 
Estado de perigo art.156
Temor de grave dano que compele o declarante a concluir ato negocial para salvar-se ou socorrer alguém de sua família;
Requisitos:
Perigo atual e iminente (próprio ou de terceiros);
Dano conhecido pela outra parte;
Obrigação excessivamente onerosa; (desnecessariamente) assume em função do estado de perigo
Lesão 
Art. 157
Quando uma pessoa sob premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
Pode ser ratificado. 
Requisitos: 
Contrato comutativo: existir duas partes.
Estado de necessidade ou inexperiência;
Onerosidade excessiva das prestações;
Diferença entre lesão e estado de perigo
Estado de perigo: premente necessidade está ligada a interesse não patrimonial.
Lesão: premente necessidade é de interesse patrimonial
 
Dos fatos jurídicos
Mundo dos fatos X mundo Jurídico
A classificação de postes de Miranda 
Fraude contra credores 
É um defeito do negócio jurídico, um vício social (art. 158 a 165) é a manobra maliciosa do Devedor, que (aliena) diminui o seu patrimônio, com o objetivo de não pagar os credores.
Credor = é uma pessoa que tem a receber um crédito; um serviço; um benefício; um bem etc;
Devedor= pessoa que está obrigada a pagar um valor; prestar um serviço; entregar um bem etc;
O patrimônio do devedor responde por suas dividas é uma garantia do Credor.
Se o devedor alienar o seu patrimônio, o Credor não conseguirá cobrar o seu credito, pois o que garante o pagamento da dívida é o patrimônio do Devedor.
Assim ao diminuir o seu patrimônio, o devedor se torna insolvente, pois não tem patrimônio suficiente para garantir o pagamento de suas dívidas. 
Para evitar que isso ocorra, o Credor vai ajuizar uma ação, chamada de Ação Pauliana ou Revocatória, com o objetivo de anular os atos fraudulentos cometidos pelo devedor.
Ao anular os atos fraudulentos, os bens do devedor retornam para o seu patrimônio para pagamento de suas dívidas.
Mas todo Credor pode ajuizar a ação (Pauliana ou Revocatória) para anular os atos fraudulentos realizados pelo Devedor?
R: Não, somente o Credor Quirografário (ou os credores cuja garantia se tornou insuficiente).
Credor quirografário: é o Credor que não possui uma garantia real. O credor que possui uma garantia real (por exemplo uma hipoteca sobre um apartamento) deve executar a própria garantia para receber seu crédito, já o Credor quirografário, como não possui garantia real, terá que executar os bens que integram o patrimônio do devedor para receber o seu crédito. Os créditos de credores quirografários não são preferenciais, apenas possuem uma garantia um título que se originou de uma relação obrigacional. Ex: uma nota promissória, um cheque.
Além dos Credores Quirografários, também poderão ajuizar a Ação Pauliana ou Revocatória os Credores cuja a garantia se tornar insuficiente.
Art. 158 parágrafo 1°
Réus da Ação Pauliana ou Revocatória
Art. 161. A ação nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.
Devedor insolvente: é aquele que possui mais dividas do que patrimônio; possui mais passivos do que ativos.
Exemplo: joão tem uma dívida de R$ 500,000.00; recebe um salário mínimo e não possui nenhum patrimônio. João está insolvente.
Réus da Ação Pauliana ou Revocatória (161 CC)
Devedor Insolvente
Pessoa que realizou o negócio com o Devedor Insolvente
Terceiros adquirentes de má-fé e de boa-fé
A ação deverá ser proposta contra todos aqueles que sofrerão as consequências da anulação do ato fraudulento.
Efeitos da Ação Pauliana ou Revocatória
Art.165 do CC: Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.
Após o juiz anular os atos fraudulentos, os bens tornarão a integrar o patrimônio do Devedor.
Sendo assim, o patrimônio do Devedor será recomposto para pagamento das dívidas.
Se houver vários Credores, o patrimônio do devedor deverá ser partilhado proporcionalmente entre os Credores, na proporção do crédito de cada um.
Parágrafo único art.165: se a fraude contra credores cometida pelo Devedor consistiu na atribuição de alguma garantia preferencial em favor de outra pessoa, o juiz apenas irá anular essa garantia se ficar comprovada a fraude.
Ação para anular os atos Fraudulentos Contra Credores se chama Ação Pauliana ou Revocatória.
Objetivo: anular os atos fraudulentos cometidos pelo Devedor Insolvente, para que os bens retornem para o patrimônio do Devedor, com o objetivo de satisfazer os créditos dos Credores.
Ação pauliana ou revocatória: é a ação que tem por objetivo anular os atos fraudulentos realizados pelo devedor. Anular os atos de fraude contra credores realizados pelo devedor e fazer com que o patrimônio do devedor seja recomposto para pagamento de suas dívidas, o autor da ação pauliana ou revocatória é o credor quirografário. 
Requisitos da Fraude contra Credores e da procedência da Ação Pauliana ou Revocatória
Anterioridade do Crédito: o crédito do credor tem que ser anterior a realização dos atos fraudulentos cometidos pelo Devedor. Primeiro tem que haver o crédito, para depois haver o ato de fraude contra os Credores. Se o Devedor alienou seus bens (diminuiu seu patrimônio) antes de contrair a dívida, não há que se falar em Fraude Contra Credores pois sequer havia um Crédito. Está prevista no Art.158 do CC paragrafo 2°
Eventos damni: fica caracterizado quando o ato fraudulento, que se pretende anular, causou a insolvência do Devedor e trouxe dano (prejuízo) ao recebimento do crédito do Credor. O importante é comprovar que os atos de alienação de Bens, realizados pelo Devedor, causariam a insolvência do Devedor e que por esse motivo, houve a frustação do Credor em receber o seu Crédito.
Consilium fraudis: é a consciência, ou a previsibilidade, de que se está fraudando um credor. O Devedor age de má-fé transferindo seus bens e o adquirente desses bens também agem de má-fé, pois tem ciência (ou deveria ter) da insolvência do devedor. As partes agem em conluio fraudulento, objetivando fraudar o credor. “Deveria ter ciência” (muito próximo do devedor) porque a pessoa é muito próxima do devedor, como: um sócio, o cônjuge, um filho, o pai, a mãe etc.
Em algumas situações a má-fé se presume, como por exemplo no caso de doação. Exemplo: João doou seu único imóvel para o seu filho de 3 anos.
Em outros casos a má-fé tem que ser comprovada como por exemplo no caso de venda de bens para terceiros. Exemplo: João anunciou a venda de seu imóvel nos classificados do jornal. José comprou o imóvel pelo preço de mercado, sem conhecer João. José não agiu de má-fé pois não tinha conhecimento da insolvência de João.
Negócios Ordinários
Os negócios ordinários, realizados pelo Devedor Insolvente, para manutenção de seu negócio ou de sua família, não são considerados fraude contra credores, pois não se vislumbra o consilium fraudis.
Art.164 CC
Nulidades
Todo o ato que, inquinado de algum defeito, deixa de produzir os efeitos almejados pelas partes,Atos com intuito de fraudar os Credores
São atos de fraude contra Credores
Transmissão gratuita de bens: art. 158 CC, ocorre quando o Devedor Insolvente (ou que foi reduzido a insolvência por esse ato) transfere gratuitamente (doa) seus bens para outra pessoa com o objetivo de não pagar os Credores. Nas transmissões gratuitas (doações) a má-fé e intenção de fraudar (consilium fraudis) são presumidas. Ex: doação, renúncia de herança.
Remissão de dividas: art. 158 CC, Remissão de dívida significa perdão de dívida. O devedor insolvente, para não pagar os Credores, perdoa um crédito que tem a receber, ou seja, perdoa uma dívida de um terceiro. Quem é insolvente não pode perdoar créditos a receber, pois isso diminui o seu patrimônio e prejudica os Credores. O devedor deve receber os créditos e pagar os seus credores.
Transmissão onerosa de bens: art.159 CC, a transmissão onerosa fraudulenta de bens ocorre quando o devedor insolvente transfere onerosamente seus bens para outra pessoa com o objetivo de não pagar credores. Nas transmissões onerosas de bens, a má-fé e a intenção de fraudar (consilium fraudis) somente serão presumidas se: a) o adquirente tivesse, ou devesse ter, conhecimento da insolvência do devedor. Exemplo: pai; filho; irmão; valor muito abaixo do mercado; etc. b) a insolvência for notória. Ex: protestos; ações de cobrança; execuções; etc. Nas transmissões onerosas, o negócio jurídico somente será anulado se ficar comprovada a má-fé do adquirente dos bens, pois os direitos do adquirente de boa-fé deverão ser preservados. Quem tem a obrigação de provar a má-fé do adquirente é o credor.
Pagamento de dívida não vencida: art. 162 CC, quando o devedor insolvente realiza o pagamento de uma dívida não vencida ele está favorecendo um Credor e prejudicando os demais credores, por este motivo o ato é considerado Fraude Contra Credores. O Credor que recebeu o pagamento antecipado deverá devolver em juízo os valores recebidos para que seja partilhado entre os demais credores.
Atribuições de Garantias de Dívidas: art. 163 CC, na atribuição de garantias de dividas, o devedor insolvente não transfere seus bens para outra pessoa. Os bens do Devedor continuam em seu nome, no entanto ele oferece garantias preferenciais (direitos preferenciais) sobre esses bens para terceiros, em detrimento dos Credores, pois ele sabe que os credores quirografários (não preferenciais) não terão preferência sobre os Credores preferenciais. Exemplo de garantia preferencial: hipoteca, anticrese ou penhor.
Da invalidade do negócio jurídico:
A invalidade do negócio jurídico, que trata dos atos nulos e anuláveis, está disposta no código civil, do art 166. ao 184.
Quer dizer que o negócio deixará de ter validade, não surtirá ou deixará de surtir efeitos.
Mas o que faz com que o negócio jurídico deixe de ter validade?
A invalidade ocorre quando tem um vício no negócio jurídico 
Esse vício pode ocorrer por vários motivos 
O negócio jurídico descumpriu a norma jurídica; 
O negócio jurídico não foi realizado com o consentimento livre (vicio do consentimento)
O negócio jurídico foi realizado para prejudicar terceiros;
Etc;
Quando ocorre um vício no negócio jurídico a norma jurídica impõe uma sanção que é a invalidade do negócio jurídico.
A invalidade é a sanção imposta pela norma jurídica ao negócio jurídico realizado com vicio, para impedir que o negócio produza efeitos.
Vicio grave= nulidade absoluta=ato nulo= o negócio não produz qualquer efeito por ofender gravemente princípios de ordem pública, operando ex tunc. CC, art. 166.
Vicio de gravidade relativa=nulidade relativa=ato anulável 
O que faz com que o vicio seja grave ou de gravidade relativa?
Vicio grave=interesse social=ato nulo 
Vicio gravidade relativa=interesse individual=ato anulável 
Exemplos 
Um contrato realizado com assinaturas falsificadas é um vício muito grave, de interesse social, pois a sociedade não tem interesse que circulem documentos falsificados = Negócio nulo.
Um contrato de compra e venda de um carro batido sem informar ao comprador esse fato, constitui um vício de gravidade relativa, pois é de interesse exclusivo do comprador (individual) = Negócio anulável.
Se algo for indeterminável, mas for determinável não há ilicitude 
Lei imperativa: lei de cumprimento obrigatório, norma cogente
A invalidade do Negócio Jurídico pode ser:
Total = atinge todo negócio jurídico = todo o negócio vai ser invalidado 
Parcial = atinge somente uma parte do negócio jurídico = uma parte do negócio vai ser invalidada
Exemplo de invalidade total do negócio jurídico:
Um contrato de compra e venda assinado por uma criança de 10 anos
Nesse caso a invalidade é total pois atinge todo o negócio jurídico, fazendo com que todo o negócio seja invalidado.
Exemplo de invalidade parcial:
Um contrato de locação com fiança. A fiança foi declarada nula porque possuía vício, mas o Contrato de Locação permaneceu válido.
Nesse caso o a invalidade foi parcial, pois somente atingiu uma parte do contrato, que foi a fiança, ou seja, somente uma parte do negócio jurídico foi invalidado, pois a locação permaneceu válido. 
A invalidade do negócio jurídico será decretada pelo Juiz, e só terá validade depois da sentença.
Artigo180 CC uma exceção 
O negócio Jurídico firmado por um absolutamente incapaz: ato nulo
O negócio Jurídico firmado por um relativamente incapaz: ato anulável.
O menor entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, alegar a sua incapacidade em virtude da idade, se dolosamente mentiu ou ocultou sua idade verdadeira.
Se o poder judiciário anular um negócio jurídico realizado por incapaz, a outra parte somente poderá reclamar do incapaz, o valor que pagou, se conseguir provar que o valor pago reverteu em proveito do incapaz.
Diferença entre o ato nulo e o ato anulável
Ato nulo: possui uma gravidade severa (interesse social) que nada fará com que ele tenha vida novamente.
O ato nulo não poderá ser sanado pelo juiz, já sabe que ele está “morto”
Não poderá ser confirmado pelas partes já que está “morto”
Não vai se tornar válido pelo decurso do tempo (mesmo que passe muito tempo e nenhum interessado reclame), pois ele está “morto”
A declaração de nulidade do Ato nulo é de interesse social, por esse motivo ele pode ser alegado por qualquer interessado, pelo Ministério Público pelo Juiz de ofício (sem ser provocado pela parte).
Ato anulável: possui uma gravidade relativa (interesse individual), que dependendo de certas situações poderá se tornar válido.
O ato anulável poderá ser confirmado pelas partes ou por um terceiro;
Poderá ser sanado pelo juiz, se a parte requerer;
O ato anulável, poderá se tornar válido pelo decurso de tempo (se a parte deixar passar muito tempo)
Somente a pessoa interessada (prejudicada) poderá alegar a da anulabilidade e somente aproveitará aqueles que a alegarem.
Quanto aos efeitos da declaração da invalidade, o ato anulável somente deixará de produzir efeitos após a decretação de sua invalidade (ex nunc), já o ato nulo não produz qualquer efeito desde a declaração de vontade (ex tunc), salvo exceções.
Quem pode arguir a invalidade do negócio jurídico?
R: vai depender se negócio jurídico contiver uma nulidade absoluta (ato nulo) ou se ele com tiver uma nulidade relativa (ato anulável).
Se o negócio jurídico contiver uma nulidade absoluta (ato nulo), a nulidade poderá ser alegada:
Por qualquer interessado (qualquer pessoa que tenha sido atingido)
Pelo ministério público (ex: menores, incapazes, casos de família)
Pelo Juiz de oficio (a nulidade opera-se de pleno direito, a parte não precisa requerer a nulidade)
Art. 168
Se o negócio jurídico contiver uma nulidade relativa (ato anulável), a anulabilidade poderá ser alegada somente pela parte interessada.
Art. 167 “intencional desacordo entre a vontade interna e a declarada no sentido de criar aparentemente um negócio jurídico que, de fato, não existe, ou então oculta, sob determinada aparência, o negócio realmentequerido”.
Confirmação do ato anulável.
Confirmar um ato significa ratificar, manifestar, a vontade de manter o negócio jurídico mesmo tendo ciência do vício que incide sobre o negócio.
A pessoa sabe que o negócio jurídico possui um vício, mas decide manter o negócio.
O Ato Nulo, por não surtir efeitos, não pode ser confirmado pelas partes e nem ser sanado pelo juiz.
Art 169, O negócio jurídico nulo, não é suscetível de confirmação(...)
Art. 168 parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
Em se tratando de um Ato Nulo, aparte não poderá confirmar o Negócio Jurídico e, ainda, não poderá requerer ao Juiz que supra a nulidade, pois o Ato Nulo não deverá produzir efeitos.
O Ato Anulável pode ser confirmado, e após confirmado, ele deixará de ter o vício que o inquinava.
Existem dois tipos de confirmação:
Expressa: Art 173 O ato de confirmação deve conter a substancia do negócio celebrado e a vontade EXPRESSA de mantê-lo. Exige que a pessoa manifeste expressamente (por escrito ou verbalmente) a vontade de manter o negócio, mesmo sabendo do vício existente. A manifestação expressa deve ser clara e inequívoca no sentido de manter o negócio jurídico. 
Pode ocorrer de três maneiras:
Pelas partes;
Pelo assinante da Parte (Relativamente Incapaz)
Por terceiro Art. 176
Confirmação das partes Art. 172
Tácita: Art. 174: a parte não confirma expressamente que pretende manter o negócio jurídico, mas os atos dela pressupõem que ela pretende manter o negócio mesmo sabendo do vício. A pessoa cumpre o contrato sem reclamar, mesmo sabendo que há um vício no negócio jurídico.
Artigo 175, se a parte confirmar, expressa ou tacitamente, o negócio jurídico, não poderá mais requerer a anulação do contrato ou qualquer indenização.
Caso haja alguma ação judicial, essa será extinta após comprovada a confirmação.
O tempo e a invalidade do Negócio Jurídico
Quanto tempo a pessoa tem para requerer a invalidade do Negócio Jurídico?
R: o tempo depende se estivermos tratando de um Ato Nulo ou de um Ato Anulável.
No caso de um ato nulo, a pessoa poderá requer a declaração de nulidade do negócio jurídico a qualquer tempo, pois o decurso de tempo não faz com que o Ato Nulo se torne válido.
Não se aplica a declaração de nulidade absoluta os institutos da prescrição e da decadência, por esse motivo diz-se que o Ato Nulo é imprescritível.
Art. 169.
A declaração de nulidade não está sujeita a prescrição e nem a decadência. No entanto, conforme defendido por vários doutrinadores, e determinado várias decisões judiciais, a pretensão condenatória que resulta de um ato nulo sofre os efeitos da prescrição.
O ato anulável sofre os efeitos da decadência, sendo assim a pessoa deverá requerer a anulabilidade do Ato no prazo previsto em lei.
Artigo 178.
Artigo 179. 
Negócio jurídico simulado e dissimulado
Simulado: é o negócio jurídico fictício o que não existiu, cuja vontade real não corresponde com a vontade declarada no negócio jurídico, tem intenção de prejudicar terceiros.
Requisitos
Divergência entre a vontade real e a vontade declarada.
O conluio entre os contratantes
O intuito de enganar terceiros.
Dissimulado: é o negócio jurídico que é realizado com a intenção de ocultar parte ou a totalidade de um outro negócio jurídico que existiu.
As partes buscam um efeito jurídico que é disfarçar (ocultar) um negócio jurídico que realmente existiu, pretendendo demonstrar que foi realizado de uma maneira diferente daquela que realmente foi.
Características para que haja a simulação
Acordo dos contratantes
Desconformidade consciente entre a vontade e a declaração
Proposito de enganar terceiros ou burlar a legislação vigente
Simulação absoluta dá-se quando a declaração enganosa da vontade exprime um negócio jurídico bilateral não havendo intenção de realizar negócio algum.
Simulação relativa internacional desacordo entra a vontade interna e a declarada; dá-se quando a pessoa sob a aparência de um negócio fictício, pretende realizar outro que é o verdadeiro, diverso, no todo ou em parte, do primeiro.
Existem dois negócios:
Um ostensivo, aparente, simulado, que não representa o querer das partes;
Um dissimulado, escondido, que constitui a relação jurídica verdadeira.
ESPÉCIES
Subjetiva: se a parte contratante não for o indivíduo que tirar proveito do negócio.
Objetiva: se concerne a natureza do negócio pretendido, ao abjeto ou a um dos elementos contratuais.
Simulação relativa
Sobre a natureza do negócio jurídico: forja um negócio para esconder outro negócio de natureza diversa. Ex: dação em pagamento: esconder uma venda, doação de um bem: encobrir dívida de jogo.
Sobre o conteúdo do negócio: valores, datas, condições. Ex: venda de um imóvel por preço X e no contrato consta x/2 (art 167, I), para evitar o imposto, ou data alterada (art.167 III)
Sobre a pessoa participante do negócio (art. 167, I): negócio realizado por interposta pessoa. Ex: testa de ferro;
Ex tunc: retroage
Ex nunc: não retroage, de agora em diante.
Nulidade relativa (CC, art. 171);
Refere-se a negócios inquinados de vício capaz de lhes determinar a ineficácia, mas que poderá ser eliminado, reestabelecendo-se a sua normalidade. Logo, a declaração judicial de sua ineficácia opera ex nunc (CC, arts. 171, I e II; 180 a 182)
Ratificação: art. 172 CC
Ratificação
Advém da vontade do prejudicado;
Expressa (173 e 175, CC);
Tácita (cumprimento parcial da obrigação) – art.174 CC;
Pela prescrição;
Nulidades distinções 
A absoluta é decretada no interesse da coletividade, tendo eficácia erga omnes (art. 168 CC); a relativa, no interesse do prejudicado, abrangendo apenas as pessoas que alegaram (CC, art. 183, 2 alinea);
A nulidade pode ser arguida por qualquer interessado, pelo Ministério público e pelo magistrado de ofício (CC, ART.168, parágrafo único), e a anulabilidade só poderá ser alegada pelos prejudicados ou representantes legítimos, não podendo ser decretada ex officio pelo juiz (CC, art. 177);
A absoluta não pode ser suprida pelo juiz, nem confirmada (CC, art.168, parágrafo único); a relativa pode ser suprida pelo magistrado e confirmada (CC, arts. 172 a 175);
A nulidade, em regra, não prescreve, e a anulabilidade é suscetível de ser arguida em prazos prescricionais e decadenciais mais ou menos exíguos;
Art. 177 observar a exceção do artigo “salvo o caso de solidariedade ou individualidade” 
Conversão do ato nulo artigo 170 CC
Quer dizer que o negócio jurídico nulo pode ser transformado em um negócio jurídico válido de natureza diversa.
Art. 170: conversão própria, se as partes assinaram um contrato, e esse contrato é nulo, porque não obedeceu aos requisitos da validade exigidos por lei, esse contrato nulo poderá ser convertido (aproveitado; transformado) em um outro contrato de natureza diversa, caso ele atenda os requisitos desse outro contrato.
Isso ocorre em virtude princípio de conservação do negócio jurídico que tem por objetivo preservar o negócio jurídico e a vontade das partes.
Requisitos para conversão 
O negócio jurídico nulo deverá conter os requisitos do outro negócio jurídico para o qual ele vai ser convertido.
Exemplo: Se um contrato de compra e venda é nulo como título de propriedade, porque não foi realizado por escritura pública, ele poderá ser convertido uma promessa de compra e venda, mas para isso o contrato terá que ter os requisitos da promessa de compra e venda.
Se o ato nulo não atender aos requisitos do negócio jurídico para o qual ele vai ser convertido, não será possível a conversão.
O negócio jurídico que foi convertido precisa ter o mesmo objeto material e os mesmos elementos fáticos do negócio jurídico nulo.
Deve ser mantida a vontade das partes, que se soubessem da nulidade teriam realizado o negócio jurídico da forma válida.
Vicio: quando há falhas na manifestação da vontade, uma falsamudança na realidade, formações ou deformações do negócio jurídico.
Busca burlar o direito de crédito de terceiras pessoas, manifesta para enganar, ludibriar.
Direito material é um direito.
Se comete fraude contra credores quando não existe processo, se for durante o processo é fraude a execução é durante o processo.
 Primeiro haja uma relação anterior.
Art.158	
Quando o devedor insolvente ou na iminência de tornar-se, pratica atos suscetíveis de diminuir seu patrimônio ou de reduzir a garantia do resgaste de suas dívidas;
Só se caracteriza quando ocorrer ou estiver prestes a ocorrer a insolvência.
Elementos 
Eventos Damni: ato capaz de prejudicar o credor (objetivo). Negócio jurídico.
Consilium Fraudis: má fé, intuito malicioso de afastar os efeitos da cobrança (subjetivo). Intenção de causar a fraude.
Quando há negócio gratuito presume fraude, pois só um ganha e outro perde.
Atos de transmissão gratuita e Remissão de dívidas
Presume-se o propósito de fraude
Visa a proteção das garantias dos credores.
Há presunção mas aceita prova contrária.
Atos de transmissão onerosa
Deve-se verificar se o adquirente (terceiro) estava de boa-fé
Se de boa-fé, falta o consilium fraudis, e os credores sofrem o prejuízo devido o princípio da boa-fé contratual.
Se de má fé é possível a anulação do ato sofrendo o terceiro prejuízo.
A má-fé 
Se caracteriza pela ciência do estado de insolvência do devedor alienante (art.159 cc).
Se verifica por atos externos:
Protocolo de títulos;
Ajuizamento de ações executivas;
Protestos judiciais, etc;
Se tinha condições de saber.
Presume-se: 
Pela clandestinidade do ato;
Pela continuidade da posse dos bens do devedor quando, pela natureza do ato, deveriam passar aos 3°s;
Pela falta de causa;
Preço vil;
Alienação de todos os bens;
Fraude não ultimada: art.160 cc.
Preço deve ser justo;
O comprador pode depositar em juízo o preço e os credores perdem a legitimação ativa da ação pauliana.
Quirografária: não tem garantia nenhuma;
Podem promover o desfazimento dos negócios 
Ação revocatória ou Pauliana (baseia-se na boa fé contratual) art.161
Legitimidade ativa: só credores quirografários 
Legitimidade passiva: em litisconsórcio necessário contra todos os que participam. Quando visa anular garantias deve este ser incluído na lide 
Efeito: sentença declaratória de nulidade do ato (art.165 cc).
Outorga fraudulenta de garantias (art. 163 cc).
A concessão de garantia representa a preferência deste sobre os bens do devedor e ameaça o direito dos demais credores.
Existe a presunção de fraude, salvo os casos do art. 164, ou seja, se retratar de procedimentos ordinários e indispensáveis
Penhor: contrato acessório, entrega de coisa móvel com o fim de assegurar preferencialmente o cumprimento da obrigação. (1431 cc)
Hipoteca: direito real constituído a favor do credor sobre bens imóveis do devedor.
Garantia exclusiva do pagamento da dívida. Pacto acessório. (1473 cc).
Anticrese: direito real sobre coisa alheia. Contrato acessório da obrigação. É a entrega de imóvel ao credor para que este perceba seus frutos (1506 cc).
Pagamento antecipado de dividas art. 162 
Credor quirografário: vale só pelo conteúdo. Diz-se do credito que não goza de direito de preferência, privilegio ou garantia.
Credor pignotário: 
O ordenamento procura estabelecer concurso creditório igualitário.
Modalidade do negócio jurídico 
Condições: é um evento futuro e incerto (que haja duvida da sua ocorrência), não depende só da vontade das partes. 
Classificação:
Quanto à possibilidade
Possíveis: possível fisicamente (apropriar-se de algo dentro da realidade física) e juridicamente permitido (objeto).
Impossíveis: podem ser juridicamente impossíveis (ilegais), ou fisicamente impossível (inexistentes). 124 CC.
Quanto a participação da vontade do agente
Puramente Potestativas: vedadas pela lei.
Simplesmente potestativas: poderiam.
Quanto a natureza
Voluntárias: só coloca no negócio jurídico se quiser
Necessárias: coloca, pois, é necessário, obrigatório. 
Quanto ao modo de autuação
Suspensivas: tunc: retroage
Resolutiva: inicia até a ocorrência da condição, ocorrendo a condição ela deixa de surtir efeitos. Nunc: não retroage.
O implemento ou não da condição por malícia do interessado.
Prestação de trato continuado ou sucessiva: Exemplo: dinheiro em uma poupança, cartão de crédito, bolsa de estudos.
Termos: A morte é um termo pois tenho certeza da ocorrência. Quando inicia ou termina a produção de efeitos de determinado negócio jurídico.
Termo inicial: quando inicia a produção de efeitos do negócio jurídico 
Termo final: quando acaba a produção de efeitos do negócio jurídico.
Prazo: período de tempo entre o termo inicial e o termo final.
Termo condicional: termo que ocorre após a condição atrelação de um termo a uma condição.
Condição a termo: ao contrário. Ex: fulano tem 2 anos para tiras 10 em alguma matéria.
Encargos: restrição de uma liberalidade. Ocorre somente em negócios benéficos. Doação onerosa. Impõe uma limitação da coisa que está sendo doada. Ex: doação de um terreno, mas só pode ser construído um hospital nele.
Revogação da doação: pelo descumprimento do encargo 
Da prescrição e Decadência: ter um prazo (período de tempo) um tempo para requerer o que entende de direito.
Prescrição objetivo
Trata- se da necessidade de pôr termo a situações jurídicas para que estas não perdurem indefinidamente;
É indispensável à estabilidade jurídica;
São normas de ordem pública;
Prescrição é a perda da capacidade em entrar em juízo da ação atribuída a um direito e de toda a sua capacidade defensiva, em consequência do não uso dela, durante um determinado espaço de tempo.
Extinção de uma pretensão, em virtude da inércia de seu titular durante certo lapso de tempo.
Artigo 205 ou 206 do CC.
Prazo de 10 anos.
Processo: conjunto de etapas visando a resolução do litigio.
Requisitos da prescrição
Existência de uma ação em sentido material, exercitável.
Inércia do titular da pretensão pelo seu não exercício;
Continuidade dessa inércia durante um certo lapso de tempo;
ESPECIES 
Prescrição extintiva ou liberatória:
Extingue a possibilidade da exigência do direito;
Extingue a ação e, em decorrência, o exercício do direito;
Refere-se de um modo geral a todos os direitos.
Prescrição atinge todos os direitos em regra.
Elementos da prescrição
Inação por parte de quem detém o direito;
Lapso temporal;
Perda da capacidade postulatória;
Fundamentos 
Interesse social em estabilizar as relações jurídicas;
Normas cogentes; 
As partes não podem renunciar a prescrição antes que esta ocorra.
Renúncia 
Pode- se ser expressa ou tácita, desde que produzida de modo inequívoco. Pressupostos:
Já tenha se consumado a prescrição;
Não cause prejuízo a terceiros.
Prescrição normas gerais (COPIAR DAS FOTOS DO CELULAR)
Só pode haver renúncia da prescrição após sua consumação e desde que não se prejudiquem terceiros.
As pessoas relativamente incapazes.
Art 192 normas cogentes
 
Prazos prescricionais
Prescrição ordinária – CC, art. 205
Prescrição
Interrupção e Suspensão 
Suspensão: ou não inicia o prazo ou iniciado suspende;
Independe das partes, advém da lei;
Beneficia o devedor pois o prazo anterior é computado.
Artigo 201.
Interrupção 
Iniciado o prazo é interrompido;
Depende de iniciativa da parte;
Beneficia o credor, pois interrompido o prazo, quando volta a fluir começa a contar do inicío; 
Ações imprescritíveis 
A regra é a prescrição a decadência é a exceção
Atos Ilícitos (art. 186)
Conceito
Requisitos: 
Ação ou omissão voluntária
Interferência na esfera jurídica alheia
Dano: fundamental para o ato ilícito civil
Nexo de causalidade
 
Diferença entre o ilícito civil e o penal
Dolo e culpa 
Culpa contratual
Culpa extracontratual
Culpa própria 
Culpa imprópria (de terceiros)
Responsabilidade sem culpa 
Atos ações ou omissões contrárias aos atos ao ordenamento jurídico
Responsabilidadecivil: atribuição de consequências ou imputação de um sujeito de direitos, regra geral: a mim só seja os atos que eu realizei 
Conceito 
Espécies 
Responsabilidade contratual 
Responsabilidade extracontratual (aquiliana) (art. 186)
Responsabilidade objetiva (art. 486)
Responsabilidade subjetiva
Em um mesmo fato n pode utilizar as duas responsabilidades.
(Teoria subjetiva) analisar o sujeito de direito se ele tinha as intenções, em uma situação. 
(Teoria objetiva) não discute a intenção da parte no resultado (é uma exceção) Ex: uma empresa área trabalha com a responsabilidade objetiva. 
Se origina de um dever geral de conduta ou de atribuição de consequências jurídicas.
Art 1° CC
A elas podem ser atribuídas consequências 
No âmbito penal vem a ideia de imputável e inimputável 
Espécies
Responsabilidade Contratual: 
Responsabilidade extracontratual:
Responsabilidade objetiva:
Responsabilidade subjetiva:
 
Exclusão da responsabilidade
Falta de um dos requisitos 
Culpa da vítima (exclusiva ou concorrente)
Caso fortuito ou força maior 
Culpa por ato terceiro 
Culpa “in Eligendo”
Culpa “in vigilando”
Atos não considerados ilícitos (art.188)
Legitima defesa 
Exercício regular de direito
Estado de necessidade 
Excludente de ilicitude
Excesso 
Artigo 930 CC 929 CC RESPONSABILIDADE SEM CULPA
A CULPA DE TERCEIRO N EXCLUI A CULPABILIDADE MAS TEM AÇÃO REFGRESSIVA CONTRA TERCEIRO.
FORMA PROVA PRESCRIÇÃO DECADENCIA E ATOS SINISTROS (TUDO)

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