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fundamentos da educação física

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CENTRO UNIVERSITÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. DIONISIO ALENCAR 
 
 
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 No inicio da aula, quando o professor de história começar a discorrer sobre 
a história da humanidade, é provável que as crianças, sedentas de curiosidade, 
façam as seguintes perguntas: Professor, quando a terra foi criada? Quando 
surgiram os primeiros homens? Essas perguntas poderão ser respondidas por 
vários pontos de vistas (ALENCAR, 2011 p. 40). 
 Segundo Mota e Braick (1997, p. 3), pesquisas desenvolvidas nos campos 
da antropologia e da arqueologia sugerem que o homem apareceu há cerca de 
5 milhões de anos, na África, e evoluiu até chegar à forma do Homo sapiens 
sapiens, desde 120 mil anos, capaz de produção cultural, o que o diferenciou 
dos outros animais. Outras pesquisas indicam a linha provável de evolução dos 
hominídeos, enfatizando o parentesco biológico molecular entre os humanos e 
os primatas. Elas mostram, por exemplo, que do ponto de vista genético, o 
homem e o chimpanzé são 88% idênticos. 
 Cientistas de todo o mundo continuam procurando conclusões acerca da 
origem e da evolução do homem. A procura do “elo perdido” (o tão procurado 
espécime que dividiria características de primatas e de humanos) envolve a 
cada dia um número maior de pesquisadores. 
 Antes de começarmos a discorrer sobre a história da Educação Física, é 
preciso entender a história da humanidade. Renomados autores afirmam que a 
história da humanidade começa com o surgimento da escrita, nesse sentido, 
tudo que aconteceu antes podemos chamar de Pré-História. 
 De acordo com Vicentino e Dorigo (2001, p. 10), várias civilizações 
estabeleceram uma visão de tempo, tomando como base o movimento da 
terra, do sol e da lua, assim, uma volta do planeta em torno de seu eixo 
(rotação) foi interpretada por várias culturas como um dia, que era dividido em 
24 partes iguais, chamadas de horas, esse é o “tempo cronológico”. Outras 
civilizações basearam-se nos períodos da existência humana, em que 
ocorreram os grandes eventos, esse é o denominado “tempo histórico”. 
 Os mesmos autores afirmam que medir o tempo histórico e dividi-lo em 
partes ou períodos é um ato arbitrário, pois a escolha do ponto inicial da 
contagem do tempo e dos eventos mais importantes pode ser diversificada de 
uma cultura para outra, sem que haja uma concordância de todos. Por 
 
exemplo, no nosso calendário, o “calendário cristão”, quando estamos em uma 
determinada data, os judeus passaram dessa data há muito tempo (seu 
calendário está sempre 3.761 anos à frente do nosso) enquanto os 
muçulmanos ainda não chegaram até ela (sua contagem se inicia no ano 622 
de nosso calendário). 
 Diante do exposto, podemos asseverar que a marcação do tempo é 
convencionada a partir dos fatos e interesses que permeiam uma determinada 
cultura, facilitando uma comunicação daqueles que a pertence. 
 Vicentino e Dorigo (2001, p. 16), baseados no calendário que herdamos da 
Europa cristã ocidental, afirmam que além da Pré-História, que corresponde à 
primeira etapa da evolução humana, e teve início com o surgimento dos 
primeiros hominídeos, perto de 4 milhões de anos atrás, estendendo-se até o 
aparecimento dos primeiros registros escritos por volta de 4000 a.C., a história 
divide-se em cinco grandes períodos: Antiguidade, Idade Média, Idade 
Moderna e Idade Contemporânea. 
 Antiguidade: da invenção da escrita, aproximadamente a 4000 a.C., até 
a queda do Império Romano do Ocidente, 476 da era cristã. 
 Idade Média: de 476 até a tomada de Constantinopla pelos turcos-
otomanos, em 1453. 
 Idade Moderna: de 1453 até 1789, data do início da revolução francesa. 
 Idade Contemporânea: 1789 até os dias de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Periodização dos tempos, segundo o calendário cristão. 
Fonte: Vicentino e Dorigo (2001, p. 17), 
 
 
 Em todos esses períodos da história da humanidade, a atividade física 
esteve presente, seja por necessidade de vencer as barreiras impostas pela 
natureza, pelo caráter utilitário e utilitário-guerreiro dos primórdios, pelo caráter 
higiênico dos chineses, hindus e japoneses antigos, pelo aspecto pedagógico 
na Grécia antiga, pelo aspecto guerreiro dos romanos, pelo aspecto da origem 
dos esportes coletivos na idade moderna e pelo fator econômico que envolve o 
esporte nos dias de hoje. 
 Ramos (1982, p. 15), relata que, dentro da acadêmica divisão da história, 
acompanhando a macha de ascensão do homem, documentada sobretudo no 
mundo ocidental, somos levados a afirmar que a prática de exercícios físicos 
se origina na Pré-história, afirma-se na Antiguidade, estaciona na Idade Média, 
fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se nos primórdios da Idade 
Contemporânea. Torna-se mais desportiva e universaliza seus conceitos nos 
nossos dias e dirige-se para o futuro, plena de ecletismo, moldada pelas novas 
condições de vida e ambiente. 
 
1 EDUCAÇÃO FÍSICA NAS CIVILIZAÇÕES PRIMITIVAS 
 
 Na pré-história, o homem tinha em seu cotidiano uma rotina marcada por 
atividades físicas. Pela necessidade da sobrevivência o homem primitivo 
caminhava, corria, nadava, lutava, saltava ou lançava. Essas atividades físicas 
eram desenvolvidas com naturalidade, visto que, fugiam de animais 
predadores, corriam e lutavam com animais por sua alimentação, caminhavam 
e corriam longos percursos em busca de rios para instalarem suas moradias, 
passando a utilizar as práticas da pesca, do nado e do mergulho. Outra 
atividade física habitual, era a luta com outros homens pelo domínio de regiões 
e pela disputa da caça (ALENCAR, 2011 p.42). 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Homens primitivos nômades. 
Fonte: http://professorevolucao.blogspot.com/2010/04/turma-maravilhosa-do-6-ano 
 
Para Marinho (1980 apud TUBINO, 1992, p. 
16), os homens primitivos, enquanto 
nômades, contribuíram muito para a 
interpretação da atividade física através de 
sua primeira característica, o utilitarismo. 
 
 Segundo esse mesmo autor, o caráter utilitário guerreiro surgiu quando o 
homem deixou de ser nômade, fixou-se a terra, ao lado dos grandes rios, 
tornando-se agricultor, e passou a participar da organização dos primeiros 
agrupamentos humanos que dariam origem, nos tempos seguintes, às nações 
dos egípcios, hindus, chineses e outras. Entretanto, os ataques dos que ainda 
continuavam nômades se multiplicavam, expulsando os agricultores de seus 
núcleos. Ao reagruparem-se novamente, iniciavam uma preparação de defesa 
de suas comunidades, na qual as atividades físicas passaram a preponderar. 
Surgiu, assim, o caráter utilitário guerreiro, que, com o utilitarismo já 
incorporado, permaneceu até nossos dias, associado a outras características e 
valores da prática de exercícios físicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Segundo Ramos (1982, p. 16), aterrorizado por tudo que o cercava, o 
homem primitivo considerava sua sobrevivência como favor dos deuses, dando 
à sua vida, por conseguinte, sentido ritual. De várias formas, não somente 
empregando a dança, manifestava seu misticismo. Desde os tempos mais 
remotos, os exercícios corporais, rudimentares sistematizados, constituíam 
atos respeitosos nas grandes festividades, inclusive no culto aos mortos. 
 O mesmo autor assevera ainda que, nos tempos pré-históricos, 
principalmente a partir do período paleolítico, existiam expressões de jogos 
utilitários e recreativos. Tais práticas, como as de hoje, sempre tiveramseu 
próprio cerimonial e regras estabelecidas e, geralmente tanto vencedores como 
vencidos aceitavam o resultado esportivamente. 
 Para Oliveira (1983, p. 15), o ser humano apresenta comportamentos que 
independem de seu estágio cultural. O jogo é uma dessas manifestações. 
Pode-se constatar desde as épocas iletradas a existência de atividades em 
forma de jogo que cumpriam um papel social de maior relevância. Cabe 
Figura 3: A sociedade do homem 
primitivo. 
Fonte: http://fabiosurfing.blogspot. 
com/ 
 
 
salientar que as crianças também participavam. Numa espécie de preparação 
para a vida adulta, elas imitavam as atividades dos mais velhos. 
 O ato de atacar, defender-se e a obrigatoriedade de locomover-se de uma 
região para outra, era uma constante entre os homens primitivos, essas ações 
os deixavam sempre em movimento, e mesmo involuntariamente, melhorava a 
sua condição física, nesse sentido a atividades físicas tinham uma fundamental 
importância (ALENCAR, 2011 p.43). Esse período que vai do surgimento do 
homem na terra, há cerca de 3,5 milhões de anos, até o aparecimento da 
escrita, por volta de 4.000 a.C., foi muito importante para a história da 
humanidade, pois aos poucos o homem foi desenvolvendo estratégias para 
resolver todos os problemas causados por ele próprio, pelos seus semelhantes, 
pelos animais selvagens, bem como pela própria natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Homens lutando – Mesopotâmia. 
Fonte: http://auladeboxe.files.wordpress.com/2010/01/357 
 
 
2 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ANTIGUIDADE 
 
 
 As atividades físicas praticadas na Antiguidade são semelhantes às 
manifestações que nós chamamos hoje de Educação Física, esportes e 
danças. Essas atividades estão presentes em vários períodos e regiões da 
antiguidade (ALENCAR, 2011). 
 Civilizações como o Egito e a China já conheciam tipos de atividades 
físicas organizadas, como os esportes, mas essas atividades se propagaram 
em sua plenitude na Grécia Antiga. De acordo com Ramos (1982) destacam-se 
também as populações indígenas do Novo Mundo pré-colombiano, com uma 
enorme gama de jogos que constituíram, geralmente, objeto de culto, 
recreação e preparação guerreira. 
Os primeiros registros de esportes na humanidade surgiram de 
escavações na região da Suméria (atual Iraque) e no Egito. 
Foram encontrados vestígios de representações de lutadores 
e espectadores. Na região onde ficava a Mesopotâmia 
(Iraque), arqueólogos acharam um pedaço de terracota com 
um desenho representando dois homens lutando. O objeto tem 
cerca de 7 mil anos. 
 
 
2.1 Civilizações Orientais: 
 
 Oliveira (1983, p. 17), descreve que os chineses podem ter sido os 
primeiros a racionalizar o movimento humano emprestando-lhe, ainda, um forte 
conteúdo médico. Criaram provavelmente o mais antigo sistema de ginástica 
terapêutica, o Kong-Fou (a arte do homem), surgido por volta de 2700 a.C. 
 O mesmo autor afirma que a China talvez seja a civilização possuidora da 
mais antiga história do esporte, com registros das práticas do hipismo, do 
esgrima, da caça, das lutas, da natação, e de uma atividade no século III, que 
pode ter dado origem ao futebol de hoje, o tsu-chu. 
 A obra intitulada “Os Exercícios Físicos na História e na Arte” de Jayr 
Jordão Ramos publicada em 1982 relata várias passagens importantes do 
esporte na Antiguidade, dentre as quais destacamos: 
 No Egito, a prática da atividade física foi bastante evidenciada. A luta 
livre, o boxe, o arco e flecha, a esgrima, as corridas e os saltos, 
disputando primazia com a natação e o remo, foram os esportes de 
maior aceitação. 
 Os povos mesopotâmicos, particularmente os assírios e babilônios, 
pelas suas condições de vida, cheias de imprevistos e em busca 
constante de novas aventuras, cultivavam exageradamente a força, a 
agilidade e a resistência, entregando-se a variadas atividades utilitárias. 
 Os hititas, povos de origem incerta, destacaram-se em todos os 
exercícios utilitários, sendo exímios cavaleiros. Deles ficou-nos um 
extraordinário manual de treinamento hípico, no qual o emprego do 
esforço e contra esforço, na comparação de Diem, lembra o atual 
“interval training”. 
 Os hindus apresentavam em suas atividades físicas as características 
médico-higiênica, fisiológica, moral, religiosa e guerreira. 
 Os japoneses, cujas atividades físicas estavam relacionadas ao mar, em 
função das condições geográficas da região, desenvolviam também as 
atividades praticadas pelos guerreiros feudais, conhecidas como 
Samurais. 
 
 De acordo com Oliveira (1983, p. 19), na região situada entre os rios Tigre 
e Eufrates estavam os sumérios, os caldeus ou babilônios e os assírios, 
ferrenhos cultores da força física e da resistência física, desenvolveram a sua 
formação guerreira através de um adestramento no uso do arco e flecha, na 
prática da equitação, na luta, etc. 
 Tubino (1992, p. 18), sustenta que os assírios, caldeus, hebreus, medas, 
persas, fenícios e hititas, tinham práticas físicas ou esportivas 
fundamentalmente utilitárias, sempre relacionadas às guerras com as quais 
invariavelmente se envolviam. 
 
2.2 Civilizações Ocidentais: 
 
 As atividades físicas desenvolvidas pelas civilizações ocidentais nasceram 
na Grécia Antiga, onde a prática dos exercícios físicos e as manifestações 
artísticas sempre caminharam juntas. De acordo com Ramos (1982) vários 
artistas, como Miron, Praxíteles, Lísipo, Policleto, Fídias, Pitágoras, Polignato, 
Nauklides, Apolônio, dentre outros, tem suas obras expostas em vários museus 
do mundo. No campo dos poemas e das composições literárias destacaram-se 
Homero, Píndaro, Ésquio, Sófocles, Aristófanes, Eurípedes, Simônides e 
Baquílides. 
 As obras dos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles atestam o valor da 
Educação Física entre os Gregos. 
 Em Roma são evidenciadas atividades físicas caracterizadas como 
guerreiras, tais como corridas de bigas, lutas de gladiadores e corridas a pé. 
Essas atividades eram desenvolvidas nos circos, nos anfiteatros e nos 
estádios. Quando o império romano entrou em decadência o movimento 
esportivo acompanhou esse caminho, deturpando até mesmo o sentido do 
esporte, extraordinariamente cultivado pelos gregos. 
 
 Grécia 
 
 Os gregos reconheciam a prática da atividade física, evidenciando os jogos 
e os enfrentamentos competitivos, como uma forma de preservar a saúde, um 
 
meio para adquirir a beleza e a força física, um caminho para ser reconhecido e 
instituir status social, bem como um treinamento para as guerras. 
 Os eventos que envolviam a atividade física na Grécia tinham também uma 
finalidade educativa e faziam parte também das cerimônias religiosas da 
época, onde o principal objetivo era reverenciar os deuses. 
 Segundo Oliveira (1983, p. 21), a civilização grega marca o início de um 
novo ciclo na história com o nascimento de um novo mundo civilizado, agora o 
ocidental. É o descobrimento do valor humano, de sua individualidade e o início 
autêntico da história da Educação Física. A filosofia pedagógica que 
determinou os caminhos a serem percorridos pela educação grega, tem o 
grande mérito de não divorciar a Educação Física da educação intelectual e 
espiritual. 
 Sem dúvida, o que marcou mais a história da atividade física na Grécia 
antiga foram os Jogos Gregos. Esses jogos, tanto podiam ser realizados como 
prova de respeito aos superiores, como também podiam fazer parte das 
cerimônias fúnebres (ALENCAR, 2011 p. 45). 
 Segundo Marrou (1950apud TUBINO, 1992, p. 29), os Jogos Gregos, eram 
festas populares, religiosas, verdadeiras cerimônias pan-helênicas, nas quais 
tomavam parte quase todas as cidades gregas, restritas inicialmente à Grécia 
Continental. No entanto, pouco a pouco, foram se estendendo às colônias e 
chegaram, na sua fase de decadência, ao admitir a participação de outros 
povos. 
 Os Jogos Gregos marcaram o conceito inicial dos esportes. Nesse período 
eram disputados os Jogos Fúnebres, os Jogos Píticos, os Jogos Ístmicos, os 
Jogos Nemeus e os Jogos Olímpicos. 
 Ramos (1982, p. 130), relata que, os Jogos Fúnebres eram realizados 
durante os funerais de personagens notáveis. Algumas cidades, como Atenas, 
realizavam tais certames para honrar seus guerreiros caídos em combate. 
 No canto XIII da Ilíada, primeiro poema esportivo da história, Homero 
descreve, com grandiosa imagens e palavras arrebatadoras, o que foram os 
jogos mandados celebrar por Aquiles em honra de Pátroclo, seu fraternal 
amigo, morto por Heitor diante dos muros de Tróia. Antes dos jogos, Aquiles 
dirigiu-se a seus comandados, pronunciando: “Marmidoes! Companheiros fieis 
e amados! Não desatrelemos ainda os cavalos; antes de deixar os carros, 
 
acerquemos-nos do corpo de Patrócolo e honremos com nossas lágrimas, pois 
tal é a honra que devemos render aos mortos. Logo quando tenhamos saciado 
o triste pranto, desencilharemos os cavalos e aqui mesmo celebraremos o 
festival fúnebre”. Outros jogos fúnebres foram descritos por Homero, revelando 
assim um velho costume grego, dentre os quais podemos encontrar Píndaro 
relatando, em versos admiráveis as cerimônias fúnebres de Tleopolino, o 
fundador da ilha de Rodes. As vítimas das batalhas de Maratona (490 a.C.), 
Salamina (480 a.C.), Platéia e Leura (471 a.C.), tiveram também, em sua 
honra, competições glorificadoras. 
 Os Jogos Píticos, segundo Tubino (1992, p. 30), disputado em homenagem 
a Apolo, foram criados em 528 a.C., eram os mais antigos e compreendiam, 
além das provas esportivas, as competições de poesia, canto e música. Estes 
jogos eram celebrados em Delfos e o prêmio, que inicialmente era sob a forma 
de recompensa em dinheiro, passou a ser um ramo de cedro, mais tarde 
substituído por uma coroa de louros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Escultura de Poseidon 
em Compenhague. 
Fonte: Pavilhão Literário Singrando 
http://singrandohorizontes.wordpress. 
com/2009/07/03/franz-kafka-poseidon/ 
 
 
 Quanto aos Jogos Ístmicos, 
Tubino (1992, p. 30) relata que eram 
disputados em Corinto, a cada dois anos, 
tinham as mesmas provas que os Jogos 
Olímpicos, com ligeiras adaptações. 
Nesses jogos também tinham 
competições artísticas e intervenções de 
poetas e historiadores. Os vencedores 
recebiam uma coroa de aipo silvestre, 
mais tarde essa premiação foi trocada por 
dinheiro. Um dos aspectos mais 
importantes destes jogos foi que, ao lado 
dos Jogos Olímpicos, propiciaram tréguas 
nas guerras para o desenvolvimento das 
competições. Esses jogos eram 
realizados em honra a Poseidon, deus do 
mar, conhecido pelos romanos como 
Netuno. 
 
 
 De acordo com Ramos (1982, p. 140), os Jogos Nemeus eram realizados 
em Philius, na Neméia, de dois em dois anos, em honra do Zeus de Kleonae. 
No início tinham significação fúnebre, pois foram instituídos em honra do filho 
de Licurgo, morto por uma serpente. Os atletas competiam classificados pela 
idade, em três categorias, nas corridas de estádio e hípica, na luta, no pugilato, 
no pancrácio e no pentatlo. Os concursos artísticos completavam a 
programação. Os vencedores recebiam uma coroa de mirto. 
 Muitas cidades gregas realizavam suas festas no estilo dos Jogos Nemeus. 
O autor afirma ainda que, os Jogos Nemeus foram os últimos a 
desaparecerem, sobrevivendo por muito tempo após a destruição de Olímpia. 
 Dentre todos os jogos que eram disputados na Grécia antiga, os Jogos 
Olímpicos foram os mais importantes e os que tomaram as maiores 
proporções. Nem os grandes conflitos entre as cidades gregas eram capazes 
de impedir a sua realização. Sempre reinava a paz nesses eventos. 
 Segundo Tubino (1992, p. 31), os Jogos Olímpicos eram desenvolvidos em 
Olímpia, na Elida, de quatro em quatro em anos, em homenagem a Zeus 
(Júpiter), rei dos deuses. Estes jogos foram disputados 293 vezes, durante 12 
séculos, entre 776 a.C. e 394 d.C. (para alguns autores 393 d.C.). Os jogos 
eram anunciados por arautos (portadores da trégua), que viajavam por toda a 
Grécia para anunciar “a trégua sagrada” que suspendia as guerras e divulgava 
o início da competição. Havia também nos Jogos Olímpicos concursos de 
literários, musicais e artísticos. Na organização dos jogos existia uma 
regulamentação precisa, dirigida pelos chamados “helenoices”, que eram 
pessoas de grande respeito entre os gregos e que se encarregavam de todos 
os aspectos organizacionais, até mesmo treinamento dos indivíduos que 
participavam como árbitros ou atletas. 
 Diem (1966 apud RAMOS, 1982, p. 133), afirma que os bárbaros e os 
escravos podiam assistir aos jogos, ao contrário das mulheres casadas. As 
infrações eram castigadas com a morte, havendo exceção apenas para as 
sacerdotisas casadas. 
 Ramos (1982), relata ainda que no começo os atletas usavam apenas um 
pequeno calção e a partir da XV Olimpíada (720 a.C.), passaram a competir 
inteiramente nus. Após a vitória, o vencedor apresentava-se ao árbitro, que 
colocava em sua cabeça um fio de lã púrpura e lhe entregava uma palma que 
 
significava a eterna juventude. O vencedor, considerado como o preferido dos 
deuses, recebia solenemente, como premio uma coroa de ramo de oliveira 
silvestre. Conforme a época, algumas recompensas foram outorgadas, como 
estátua no Altis (bosque sagrado), honras políticas, isenção de impostos, 
pensões vitalícias, dinheiro, dentre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 6: Cidade de Olímpia na Grécia. 
 Fonte: www.tonomundo.org.br/.../page/2/ 
 Após um período de profunda decadência, Os Jogos Olímpicos foram 
abolidos em 394 d.C., pelo imperador romano Teodosio I, que convertido ao 
cristianismo, proibiu os cultos pagãos. Flavius Theodosius (347/395 d.C.), 
conhecido por Teodósio I e chamado por alguns de “O Grande”, foi o último 
imperador a governar as porções oriental e ocidental do Império Romano. 
Tornou o Cristianismo a religião oficial do Império, autorizou decretos banindo o 
paganismo dos territórios romanos. Por causa dessas leis, muitas pessoas 
morreram violentamente, monumentos gregos foram depredados, vários 
templos antigos e a biblioteca do Serapeum de Alexandria foram destruídos 
(RAMOS, 1982). 
 Roma 
 De acordo com Tubino (1992, p. 37), o vigor do movimento esportivo obtido 
na antiguidade grega esfriou na civilização romana. Roma, tendo ao norte os 
etruscos e ao sul os gregos, herdou dessas civilizações influências decisivas 
para sua cultura. Para um melhor entendimento do que ocorreu em Roma 
quanto à prática de atividades físicas, Ramos e Marinho (1983 e 1980 apud 
 
TUBINO, 1992, p. 37), estabeleceram três períodos distintos, o tempo de 
monarquia, o tempo dos cônsules e início das grandes conquistas e o tempo do 
império. 
 O tempo de monarquia: esse período foi compreendido desde a 
fundação da cidade em 753 a.C. até 510 a.C., os exercícios físicos eram 
intencionalmente conduzidos para a preparação militar, recebendo muita 
influência dos etruscos. 
 O tempo dos cônsules e início das grandes conquistas:período em que 
foram incorporados ao repertório de atividades físicas, de predominância 
guerreira, os exercícios físicos de características higiênicas e esportivas. 
Foi o período de grandes conquistas, de 510 a.C. ao ano de 30 a.C. 
 O tempo do império: nesse 3º período, de 30 a.C. a 476 d.C., 
compreendendo a glória e a decadência do império romano, as 
atividades físicas já desenvolvidas anteriormente permaneceram, até 
que foram aos poucos substituídas pelos cruéis espetáculos circenses 
de gladiadores e naumáquias (simulações de batalhas navais). 
 Durante esses três períodos, escritores, escultores e arquitetos 
romanos deixaram um enorme acervo cultural ligado aos registros das práticas 
físicas esportivas. 
 O autor afirma ainda que, os romanos caracterizam-se pelos locais 
especializados para estas práticas, como as termas, o circo, o anfiteatro e o 
estádio, e, ainda, pelas festas conhecidas como jogos circenses, que se 
constituíram em jogos públicos e foram abolidos em 521 d.C. depois da 
invasão dos bárbaros. Estes jogos circenses eram inúmeros: os decenales, os 
capitólios, os acciacos, os quinquenales, os megalésios, os cesáreos, os 
florales, os campitalianos, os apolinários, os romanos, dentre outros. No 
entanto, o império romano foi pouco a pouco entrando em decadência e o 
movimento esportivo acompanhou esse caminho, deturpando até mesmo o 
sentido do esporte, extraordinariamente cultivado pelos gregos. 
 Segundo Oliveira (1983, p. 30), a mais antiga instalação esportiva de Roma 
era o circo, concebido para a realização das corridas de carro (a grande paixão 
dos romanos), corridas a pé e lutas de gladiadores. O mais antigo desses 
circos foi o Máximo, construído ainda no império monárquico (século IV.a.C.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coliseu foi o mais famoso anfiteatro romano, teve sua origem no final do 
período republicano (509/27 a.C.) e foi idealizado para abrigar festas religiosas 
e populares. Tinha capacidade para acomodar 100.000 pessoas 
(OLIVEIRA,1983, p. 30). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Oliveira (1983), afirma ainda que, tanto os circos como os anfiteatros 
representam a decadência da civilização romana. No período imperial (a partir 
de 27 a.C.), transformaram-se nos locais em que multidões entusiasmadas 
exultavam com as deprimentes exibições dos gladiadores, lutando entre si ou 
com animais. Esses locais também foram palco dos degradantes espetáculos 
de sacrifícios humanos, onde os primitivos cristãos eram devorados por feras. 
Todo esse contexto fazia parte da política “pão e circo”. Os imperadores 
angariavam a simpatia popular, distribuindo rações diárias de trigo e alienando 
a plebe com esses artifícios “esportivos”, de inspiração ideológica. 
 
 
Figura 8: Coliseu – Anfiteatro romano. 
Fonte: Faces da Lona. 
http://facesdalona.blogspot.com/ 
 
 
Figura 7: Máximo – Circo romano. 
Fonte: Faces da Lona. 
http://facesdalona.blogspot.com/ 
 
 
 
 
3 EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE MÉDIA 
 
 
 Segundo Vicentino e Dorigo (2001, p. 16), a periodização eurocêntrica 
estabelece que idade média está compreendida entre os séculos V e o século 
XV, ou seja, tem início em 476, com a queda de Roma, após a ocupação pelos 
hérulos, até a tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos, em 1453. 
Esse período durou aproximadamente mil anos. 
 De acordo com Oliveira (1983, p. 33), podemos analisar a época medieval 
submetendo-a a uma divisão em dois períodos. A Alta Idade Média, que vai até 
o século X e foi marcado por um grande obscurantismo cultural, fruto da 
decadência romana e das invasões dos povos bárbaros e a Baixa Idade Média, 
começando no século XI e estende-se até o século XV da era cristã. Nesse 
último período, a partir do século XI apareceram grandes personalidades, 
destacando-se São Tomás de Aquino, o mais influente dos pensadores de um 
tipo de vida intelectual que predominou entre os séculos XI e XV, a escolástica. 
O movimento escolástico muito contribuiu para a criação das universidades no 
século XIII. 
 Esse foi um período obscuro para a Educação Física e para as práticas 
esportivas, os eventos esportivos eram marcados pela violência, os princípios 
esportivos deixados pela Grécia foram substituídos pela brutalidade. O 
cristianismo pregava o descaso pelas coisas do corpo para a salvação da alma 
(ALENCAR, 2011, p. 51). 
 Oliveira (1983, p. 34), aponta que, mesmo sem ter um destaque especial, 
as atividades físicas, receberam uma atenção cuidadosa na preparação dos 
cavaleiros. A cavalaria era uma instituição destinada à minoria, quase sempre 
aristocrática, visando o fiel cumprimento de proteção aos proprietários de terra. 
Os cavaleiros recebiam um treinamento onde o xadrez era a única prática 
intelectual. Muitos deles não sabiam ler e escrever. Eram muito hábeis na 
equitação, caça, esgrima, lança e arco e flecha. Os torneios e as justas 
(combates entre dois cavaleiros armados) representam a culminância dos 
exercícios físicos dos cavaleiros medievais, nos tempos de paz, como 
preparação para a guerra. O homem medieval, que havia abominado os 
espetáculos do circo e do anfiteatro, assistia agora os combates simulados, 
cujos desfechos eram quase sempre trágicos. 
 
 O autor relata que, mesmo a pedagogia oficial não concedendo estímulos à 
prática esportiva, as atividades atingiam até mesmo as classes menos 
favorecidas, embora de modo tímido. 
 Segundo Ramos (1982, p. 166), na Idade Média não existia a educação 
física escolar popular. Nos pátios dos castelos e nos campos vizinhos, os 
jovens se adestram na esgrima e no emprego da maça. Praticavam corrida, 
saltos, escaladas, natação, jogos de luta e a doma de potros. Essas atividades 
eram privilégio da nobreza. O povo se divertia com atividades menos custosas, 
exercitando-se com a prática de exercícios naturais e alguns jogos tradicionais: 
arremessos, lutas, caças, arco e flecha, equitação e pelota. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Soule na Inglaterra antiga. 
Fonte: http://chocottone.com/blog/ 
index.php/tag/futebol/ 
 
 
 
 
4 EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE MODERNA 
 
 A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453, marca 
simbolicamente o início da Idade Moderna, e termina com a Revolução 
Francesa em 1789. Importantes acontecimentos trouxeram aprimoramento na 
área da educação, onde os exercícios físicos assumiram papel de alta 
significação. A Educação Física refletiu um passo seguro, dado em busca do 
seu próprio conhecimento. Para caracterizar seus primórdios, do ponto de vista 
cultural, utilizou-se o termo “Renascença” ou “Renascimento” (RAMOS, 1982). 
 A Inglaterra destaca-se como um 
verdadeiro núcleo esportivo desse período, 
dando preferência às atividades coletivas. 
Os jogos com bola eram os mais 
evidenciados. Dentre eles encontramos o 
soule, um violento esporte jogado com as 
mãos e com os pés e que foi o ancestral do 
futebol e do rugby. Na Itália encontramos o 
cálcio, que foi antecessor do futebol. O jogo 
de malha era uma variação do soule, e era 
praticado com um bastão, sendo muito 
parecido com o hockey (OLIVEIRA,1983, p. 
35). 
 
 
 Esse período foi caracterizado como um movimento intelectual que atingiu 
todos os setores da sociedade: a cultura, a economia, a política, a educação e 
a religião, com efeitos significantes nas artes, na filosofia e nas ciências. 
 De acordo com Ramos (1982), váriospedagogos, filósofos, artístas e 
homens do saber renascentistas, dedicaram suas reflexões à importância dos 
exercícios físicos e dos esportes, dentre eles destacamos: 
 Erasmo de Roterdan (Holanda, 1467-1536), expoente pré-renascentista, 
criticando a escolástica, cooperou para a evolução da ginástica; 
 João Calvino (França, 1508-1565), uma das maiores figuras do 
movimento reformista e favorável a alguns aspectos do problema 
pedagógico, preocupou-se pelo incremento das práticas físicas; 
 Leonardo da Vinci (Itália, 1452-1519), sua obra mais importante 
relacionada com a atividade física foi Estudo dos Movimentos dos 
Musculos e Articulações; 
 Gerolamo Mercuriale (Itália, 1530-1606), médico, professor e humanista, 
sua principal obra literária na área foi Da Arte Ginástica; 
 Miguel Ângelo (Itália, 1475-1564), reproduziu figuras vigorosas e 
atléticas, mostrando grande interesse pelo corpo; 
 Francois Rabelais (França, 1494-1553), teve como principal obra 
Gargântua e Pantacruel; 
 Michel de Montaigne (França, 1533-1592), escreveu Ensaio; 
 Francois Fénelon (França, 1651-1715), teólogo, sua obra Educação dos 
Jovens valeu-lhe um lugar na história da educação; 
 Jean Jaques Rousseau (França, 1712-1778), achava que a prática da 
Educação Física devia correr paralelamente com a educação intelectual 
e que o indivíduo devia ter alimentação pura e sadia. Sua principal obra 
ligada a atividade física foi Emílo ou da Ginástica; 
 Francis Bacon (Inglaterra, 1561-1623), sua obra Investigação CientÍfica 
enfatiza que somente se pode tirar conclusões em fatos recolhidos e 
estudados; 
 Jonh Locke (Inglaterra, 1632-1704), sua obra é bastante influenciada por 
Rousseau e Montaigne; 
 
 Thomas Morus (Inglaterra, 1478-1592), sua principal obra foi Utopia, 
onde prega a natureza, prevê a importância dos exercícios que mantêm 
e cultivam “a beleza, o vogor e a agilidade do corpo, os dons mais 
agradáveis da natureza”; 
 Richard Mulcaster (Inglaterra, 1530-1611), destacou-se com seu 
trabalho Posições; 
 Hoffmann (Alemanha, 1606-1742), suas obras Movimento Artificial e as 
Sete Regras da Saúde são muito importantes para Educação Física; 
 Vives (Espanha, 1492-1540), animador dos jogos, que influenciou a obra 
de Mulcaster; 
 Comenius (Morávia, 1592-1672), autor da Didática Magna e tido como o 
“primeiro evngelista da pedagogia moderna”; 
 Pestalozzi (Suiça, 1746-1827), educador, seus ensinamentos 
constituíram extraordinária tentativa de pedagogia experimental, 
estabelecendo a unidade e a harmonia do corpo, do espírito e da alma. 
 
 Todos foram precursores de uma nova tendência e avalizaram a inclusão 
da ginástica, jogos e esportes nas escolas. Suas idéias fertilizaram a Educação 
Física na segunda metade do século XVIII. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Oliveira (1983, p. 36), discorre que o Renascimento representou uma 
reação à decadente estrutura feudal do início do século XIV. Houve um 
redescobrimento da individualidade, do espírito crítico e da liberdade do ser 
Figura 10: O Homem Vitruviano de 
Leonardo da Vinci – sintetiza o ideário 
renascentista: humanista e clássico. 
Fonte: Historia 8 carregosa. 
http://historia8carregosa.blogspot.com/2009/
11/renascim ento-historia-de-um-
significado.html 
 
 
 
 
humano. O humanismo renascente voltou a valorizar o belo, resgatando a 
importância do corpo, a Educação Física torna a ser o assunto dos intelectuais, 
numa tentativa de reintegração do físico e do estético às preocupações 
educacionais. Nos currículos é introduzida a Educação Física, onde o salto, a 
corrida, a natação, a luta, a equitação, o jogo da pelota, a dança e a pesca, são 
prioridades para a educação da elite. 
 
5 EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE CONTEMPORÂNEA 
 
 De acordo com Alencar (2011), a Idade Contemporânea parte da 
Revolução Francesa e vem até nossos dias. A Revolução Francesa foi um 
movimento social e político que ocorreu na França no século XVIII. O objetivo 
principal era derrubar o antigo regime e instaurar um estado democrático que 
assegurasse os direitos de todos os cidadãos. 
 Foi inspirada pelas idéias iluministas e teve como lema “Liberdade, 
igualdade, fraternidade”, que se alastrou por todo o mundo. Derrubou regimes 
absolutistas. É um exemplo clássico de revolução burguesa. Teve início em 
1789. 
 A partir do século XVIII apareceram inúmeros filósofos, pedagogos e 
pensadores que fixaram as bases da educação física moderna e influenciaram 
as escolas e sistemas posteriores. 
 Segundo Oliveira (1983, p. 39), nesse período podemos encontrar os reais 
precursores de uma Educação Física que iriam se firmar no horizonte 
pedagógico do século seguinte. Basedow fundou em 1774, na Alemanha, o 
primeiro estabelecimento escolar com um currículo onde a ginástica e as 
disciplinas chamadas intelectuais tinham o mesmo peso. Ainda na Alemanha, 
Salzmann funda, em 1784, outra escola que reconhece os valores pedagógicos 
dos exercícios físicos. 
 Nesse mesmo período, Pestalozzi interessou-se por Educação Física, 
chegando a fazer incursões até mesmo no campo da metodologia. Pestalozzi 
orientou a ginástica por parâmetros médicos, objetivando correções de postura. 
 O autor relata ainda que, o século que se seguiu a Revolução Industrial e a 
Revolução Francesa (acontecidas no século XVIII) teve vários fatores 
 
determinantes para o desenvolvimento promissor da Educação Física e dos 
esportes, sendo este período desafiador para o homem contemporâneo. 
 O crescimento das cidades e a conseqüente diminuição dos espaços livres 
limitavam a possibilidade de cenários apropriados aos exercícios físicos e as 
práticas esportivas. A permanência dos trabalhadores numa mesma posição 
durante longas horas de trabalho, concorrendo para o aumento de problemas 
posturais, o aumento das horas de estudo e a imobilidade imposta por severa 
disciplina criaram, para os jovens, os mesmos problemas dos trabalhadores. 
 Todos esses fatores levaram a uma atenção maior à atividade física, nesse 
sentido, quatro correntes caracterizaram a historia da Educação Física durante 
o século XIX: 
 A corrente alemã representa um notável impulso pedagógico aos 
exercícios físicos, reencarnando os ideais clássicos da educação 
helênica. Por influência de Rousseau, a ginástica passou a ser incluída 
entre deveres da vida humana. As idéias pedagógicas da época foram, 
de certo modo, sufocadas na Alemanha pelo o aparecimento de um 
novo modelo de ginástica, de conteúdo patriótico-social. A palavra 
Gymnastik foi substituída por Turnkunst (arte da ginástica), e ia ao 
encontro das necessidades do povo. O importante era formar o forte, 
“Viver quem pode viver” era o lema. Os exercícios físicos não eram 
meios de educação escolar, mas sim da educação do povo. Foram 
criados aparelhos de barra fixa e barras paralelas, sendo os alemães, os 
precursores do esporte que hoje se chama ginástica artística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na corrente nórdica frutificaram as idéias pedagógicas alemãs, 
principalmente na Dinamarca. Nesse país foi criado em 1804 um 
instituto militar de ginástica, o mais antigo estabelecimento especializado 
Figura 11: Ginásio de ginástica alemã. 
Fonte:http://educacaohoje.no.sapo.pt/ef/ 
 
 
 
 
do mundo. Quatro anos depois, inaugurou-se um instituto civil de 
ginástica, também para formação de professores de Educação Física. 
Por sua vez implantou-se aginástica nas escolas. Os Suecos, arrasados 
em virtude da guerra com a Rússia, pretendiam que a ginástica 
colaborasse para elevar o moral do povo. Em 1813 foi fundado o Real 
Instituto Central de Ginástica de Estocolmo (hoje Escola Superior de 
Ginástica e Esportes). A ginástica sueca preocupava-se com a execução 
correta dos exercícios, emprestando-lhes um espírito corretivo, como 
Pestalozzi já havia feito. 
 Na França, a ginástica foi introduzida por militares, que dominaram o 
panorama da Educação Física francesa ao longo do século XIX. Em 
1819 foi fundado o primeiro instituto de ginástica para o exército e para 
as escolas civis. Apesar do marcante espírito militar, a ginástica foi 
introduzida nas escolas francesas, sendo ministradas quase sempre por 
suboficiais, sem cultura geral nem formação pedagógica. 
 A corrente inglesa, baseada nos jogos e nos esportes, é a única das 
quatro correntes, nesse período, com uma orientação não-ginástica. 
Concebida para envolver a prática esportiva numa atmosfera 
pedagógico-social, a escola inglesa incorporou, no âmbito escolar, o 
esporte com uma conotação verdadeiramente educativa, haja vista a 
importância que era dada ao fair-play. 
 Oliveira (1983, p. 43) afirma que, apesar do êxito da ginástica, esses 
países não se conformaram em tê-la como único instrumento para prática dos 
exercícios físicos. Por influência do espírito britânico, vários esportes atingiram 
grande popularidade. 
 No final de século XVIII e início do século XIX, a juventude e os 
trabalhadores ingleses estavam com uma vida miserável, jogados as bebidas, 
aos jogos de azar e aos maus costumes. Tentando reverter esse quadro, a 
igreja e os educadores motivaram a população à prática dos jogos e dos 
esportes, em substituição às práticas deploráveis apresentadas. 
 De acordo com Ramos (1982, p.230), reportando-se aos jogos, prática 
muito evidenciada pelos ingleses, destaca-se a figura de John Locke, o 
primeiro a atribuir valor educativo aos jogos, introduzindo-os nas escolas 
públicas. Mais tarde, ainda na primeira metade do século XIX, Thomas Arnold 
 
divulgou-os e os empregou em larga escala, atribuindo-lhes excepcional 
importância na formação dos jovens. O mesmo acontecendo com outras 
modalidades esportivas como o remo e a natação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Colégio de Rugby – 
Inglaterra. 
Fonte: http://virgilioneto.wordpress. 
com/2008/02/24/historias-e- 
previsoes/ 
 
 
 
 Mais tarde, com a necessidade de criar entidades que coordenassem as 
disputas, surgiram federações e clubes. Nascia então, um componente efetivo 
do movimento esportivo - o associativismo, que, além de motivar a criação dos 
clubes, fomentou o fair play. 
 O mesmo autor aponta que, Thomas Arnold tentou introduzir o utilitarismo 
no desenvolvimento do esporte moderno. Nessa premissa, ele identificava, na 
sua concepção de esporte, três características principais: é um jogo, é uma 
competição, e é uma formação. As duas primeiras características 
referenciavam o esporte antigo dos gregos. Entretanto, quanto à formação que 
o esporte propiciava, segundo Arnold, o entendimento era diferente, pois, ao 
contrário de Platão, que tentava unificar corpo e alma, ele considerava o corpo 
como um meio de contribuir à moralidade, ficando o esporte compreendido 
como um auxiliar do corpo. 
 
 
 Tubino (1992) defende que o esporte 
moderno surgiu na Inglaterra, no Colégio de 
Rugby, com Thomas Arnoud, em 1928. Thomas 
utilizou os jogos praticados pelos aristocratas e 
burgueses ingleses, e os incorporou ao processo 
educativo. deixando que os alunos dirigissem os 
jogos e criassem regras e códigos próprios, 
dentro de uma perspectiva pedagógica, 
estimulando situações de fair play, respeitando 
as regras, os códigos, os adversários e os 
árbitros. Essa iniciativa, muito bem aceita por 
todos, não ficou restrita ao Colégio de Rugby. 
Logo difundiu-se para todo o povo inglês. 
 
 
 
 
 Vários eventos e movimentos impulsionaram os esportes na era 
contemporânea, dentre os quais podemos destacar: 
 
 Os Jogo Olímpicos da Era Moderna 
 
 Ramos (1982) relata que Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin, humanista 
francês, foi incomparável praticante e admirador dos esportes, e via na 
atividade um excelente meio de formação geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Barão Pierre de Coubertin. 
Fonte: http://www.jornalminuano.com.br/admin/imagem_relacionadas/1217810052.jpg 
 
 Em 1887, inspirado nos princípios de Thomas Arnold, resolveu organizar os 
tempos de recreio dos estudantes e utilizar o valor educativo dos esportes, 
proclamando o “meio tempo pedagógico-esportivo”. 
 Nessa época, com 24 anos de idade, já tinha um sonho, que era reviver os 
Jogos Olímpicos. Após um período de reuniões e estudos sobre a maneira de 
como restaurar os Jogos, no dia 23 de junho de 1894, na Universidade de 
Sorbonne, em Paris reuniu doze nações, representadas por setenta e nove 
delegados, que confirmaram a proposta de realizarem o evento olímpico. Na 
mesma ocasião constituíram o Comitê Olímpico Internacional (COI), tendo 
como primeiro presidente o próprio Barão de Cobertin até o ano de 1925. 
 No dia 6 de janeiro de 1896, no estádio de Atenas, a Grécia celebrava os 
Primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, com a participação de 285 atletas. 
Desde então, de quatro em quatro anos os Jogos foram celebrados, exceto em 
1916, 1940 e 1944, devidos às duas grandes guerras mundiais, renascendo 
assim o Olimpismo, com o propósito de utilizar o esporte como um meio de 
aproximação dos povos e raças pela paz internacional (RAMOS, 1982). 
 
 
 Renunciando à vida militar e repudiando a carreira 
política, com 20 anos de idade, Coubetin fez uma viagem de 
estudos a Inglaterra, onde direcionou o seu futuro para a 
educação. São suas as seguintes palavras: “O mundo exige-
nos um novo homem; formemo-lo através de uma nova 
educação“. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Movimento Esportivo Mundial 
 
 O primeiro movimento esportivo mundial moderno foi preconizado por 
Thomaz Arnold, então diretor do Colégio de Rugby no período de 1795 a 1842. 
Esse movimento foi denominado de “Cristianismo Muscular”, que tinha como 
finalidade a prática dos jogos educativos e exercícios desportivos, originando 
boa parte dos esportes atuais (RAMOS, 1982). 
 De acordo com Tubino (1999), durante muito tempo o mundo entendeu o 
esporte somente pelo aspecto do rendimento. A alta performance e a sede de 
vitórias a todo custo provocaram reações expressivas, que podem ser 
caracterizadas em três movimentos: 
 A reação da intelectualidade internacional, inconformada com os rumos 
perversos que o esporte vinha tomando, provocou a elaboração de 
artigos por autores renomados, hoje, considerados clássicos, tais como: 
Antonelli, Noronha Feio, Cazorla Prieto, Cagigal, Clayes, Manuel Sergio, 
dentre outros, e ainda conferências e comunicações em congressos 
internacionais. 
 O dos organismos ligados ao esporte, que passaram a publicar 
documentos filosóficos que trataram do fenômeno esportivo que tiveram 
influência na ruptura do conceito de esporte, entendido somente na 
perspectiva do rendimento. Os documentos que mais podem ser 
colocados como referências para este período de mutação foram: o 
Manifesto Mundial do Esporte, editado pelo Conselho Internacional de 
Figura 14: Pôster dos Primeiros Jogos Olímpicosda 
Era Moderna. 
Fonte: http://www.canalolimpico.com.br/wp-content/uplo 
ads/2010/10/poster-olimpiadasde-Atenas-1896.jpg 
 
 
 
 
 
 
Educação Física e Esportes (CIEPS), da UNESCO, em 1964; a Carta 
Européia de Esportes para Todos, redigida e distribuída pelo Conselho 
da Europa, em 1966; o Manifesto Mundial de Educação Física, 
publicado em 1970, pela Federação Internacional e Educação Física 
(FIEP) e a Carta Internacional de Educação Física e Esportes, editada 
pela UNESCO, em 1978. 
 E o Trim, movimento nascido na Noruega em 1967, que depois recebeu 
o nome de Esportes para Todos. Esse movimento chegou praticamente 
a todas as nações do mundo com denominações diversas, dentre elas: 
Trimm, na Alemanha Ocidental (1970); Participation, no Canadá (1971); 
Education Physique pour Tours, na França (1973), Esportes para Todos, 
no Brasil (1977), etc., contestava efetivamente o esporte de alto nível, 
evidenciando que sua elitização confrontava-se com as possibilidades 
democráticas da prática esportiva. 
 
 A Associação Cristã de Moços 
 
 Outra ação considerada propulsora do esporte moderno foi a Young Men’s 
Christian Association - YMCA (Associação Cristã de Moços - ACM), que além 
de adotar as práticas esportivas no conteúdo de suas atividades, ainda criaram 
novas modalidades esportivas, como o basquete em 1891, o voleibol em 1895 
e futebol de salão em 1933 (TUBINO, 1992, p. 46). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20: Primeira sede da Associação Cristã de Moços - Londres. 
Fonte:http.//rio-curiosos.blogsport.com/2009/2/associação-crista-moços.html 
 
 
 A ACM é um movimento mundial, cristão, ecumênico e voluntário, 
destinado a homens e mulheres, jovens e idosos, e que procura compartilhar o 
 A ACM foi fundada em 06 de junho de 
1844, em Londres, Inglaterra. Idealizada por 
George Willians, na época com 23 anos de 
idade, Liderou um grupo de jovens imbuídos 
de espírito voluntarioso que reuniam-se com 
o propósito de melhorar a qualidade de vida 
da juventude da época. 
 
 
 
 
 
 
ideal cristão de construir uma comunidade de justiça com amor, paz e 
reconciliação para a plenitude da vida para toda a criação. 
 A referida instituição associou suas ideologias religiosas aos preceitos do 
esporte moderno após o estabelecimento de suas sedes nos Estados Unidos, 
em meados do século XIX. Nesse período, é aprovado o lema que dispõe de 
quatro objetivos para a instituição: “a melhoria espiritual, mental, da condição 
social e física dos jovens”. 
 Ao longo dos anos as ACMs se expandiram por todas as partes do mundo. 
Tal expansão propiciou uma vinculação da instituição a projetos esportivos de 
cunho educativo, tornando este um dos seus principais atrativos para a entrada 
de novos sócios (YMCA, 2011). 
 
 O Direito de Todos à Prática do Esporte 
 
 A partir da década de 70 do século XX, com a publicação dos diversos 
manifestos relacionados ao esporte, principalmente quando a Unesco, publicou 
em 1978 a Carta Internacional de Educação Física e Esportes, tem início o 
esporte contemporâneo. Esse manifesto, que no seu primeiro artigo estabelece 
que “a prática da Educação Física e do esporte é um direito fundamental para 
todos”, provocou modificações profundas no papel do estado diante do esporte. 
Possibilitou até a inclusão do tema nos textos constitucionais, como aconteceu 
no Brasil, na constituição de 1988. 
 Pode-se afirmar que, depois da publicação desse documento, o mundo 
passou aceitar um novo conceito de esporte. Nesse contexto renovado, 
desenvolvido a partir do pressuposto de direito de todas as pessoas, 
independente de sua condição, muitos tiveram acesso às práticas esportivas. 
Nesse sentido, o esporte, como um direito de todos, pode ser entendido pela 
abrangência da suas três manifestações; o esporte-educação, o esporte 
participação e o esporte de rendimento, já referenciado no inicio desse texto. 
 Atualmente, o número de idosos e portadores de deficiência física que tem 
o hábito de praticar esportes aumentou muito em todas essas manifestações 
esportivas. Eles participam desde as práticas esportivas informais do esporte 
participação, até os eventos do alto rendimento esportivo, que envolvem os 
atletas paraolímpicos e os atletas da categoria masters. 
 
6 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL 
 
 Segundo Ramos (1982), a história da Educação Física no Brasil pode ser 
dividida do mesmo modo que a sua história política, em três períodos, o último 
compreendendo três fases: 
1º período: Brasil Colônia (1500 – 1822). 
2º período: Brasil Império (1822 – 1889). 
3º período: Brasil República (1899 até os nossos dias). 
 Este 3º período pode ser assim dividido: 
 - 1º fase: até 1930; 
 - 2º fase: de 1930 a 1937; 
 - 3º fase: de 1937 até nossos dias. 
 
 1º PERÍODO: BRASIL COLÔNIA (1500 – 1822) 
 
 A mais antiga notícia sobre a Educação Física em terras brasileiras data o 
ano de sua descoberta, 1500. Tal fato se deve ao relato de Pero Vaz de 
Caminha, escrivão-mor da armada de Pedro Alves Cabral, que em uma de 
suas cartas ao Rei D. Manuel, relata, indígenas dançando, saltando, girando e 
se alegrando ao som de uma gaita tocada por um português. Esta foi 
certamente a primeira aula de ginástica e recreação relatada no Brasil 
(RAMOS, 1982). 
 De modo geral, sabe-se que as atividades físicas realizadas pelos 
indígenas no período do Brasil colônia, estavam relacionadas a aspectos da 
cultura primitiva. Tendo como características elementos de cunho natural 
(como brincadeiras, caça, pesca, nado e locomoção), utilitário (como o 
aprimoramento das atividades de caça, agrícolas, etc.), guerreiras (proteção de 
suas terras); recreativo e religioso (como as danças, agradecimentos aos 
deuses, festas, encenações, etc.) (GUTIERREZ, 1972). 
 Com a chegada dos Jesuítas em 1549, inicia-se a catequização do índio; 
pela manhã tinham aulas e a tarde era destinada a prática de atividades físicas 
naturais. 
 Posteriormente, ainda no Período Colonial, criada na senzala, sobretudo no 
Rio de Janeiro e na Bahia, surge à capoeira, atividade ríspida, criativa e rítmica 
 
que era praticada pelos escravos (Ramos, 1982). Desta forma, podemos 
destacar que no Brasil Colônia, as atividades físicas realizadas pelos indígenas 
e escravos, representaram os primeiros elementos da Educação Física no 
Brasil. 
 No campo cultural, vale ressaltar, de autoria de Luiz Carlos Muniz Barreto, 
o “Tratado de Educação Física e Moral”, publicado em 1787. Essa foi, 
possivelmente, a primeira obra sobre a Educação Física aparecida no Brasil. 
 Há que assinalar também quatros livros publicados nesse período em 
Lisboa, Portugal, dois dos quais por um ilustre brasileiro, Dr. Francisco de Mello 
Franco. 
 
2º PERÍODO: BRASIL IMPÉRIO (1822 a 1889) 
 
 O início do desenvolvimento cultural da Educação Física no Brasil, apesar 
de não ter ocorrido de forma contundente, ocorreu no período do Brasil império. 
Pois foi nessa época que surgiram os primeiros tratados sobre a Educação 
Física. 
 Gutierrez, 1972 relata que em 1823, Joaquim Antônio Serpa, elaborou o 
“Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos”. Esse tratado postulava que 
a educação englobava a saúde do corpo e a cultura do espírito, e considerava 
que os exercícios físicos deveriam ser divididos em duas categorias: 
 os que exercitavam o corpo; e 
 os que exercitavam a memória. 
 Além disso, esse tratado entendia a educaçãomoral como coadjuvante da 
Educação Física e vice-versa. Essa obra, lançada em Pernambuco, foi a 
primeira especializada publicada no Brasil. 
 De 1845 em diante assinalaram-se alguns trabalhos sobre Educação 
Física, principalmente nas teses de doutorados da Faculdade de Medicina do 
Rio de Janeiro. 
 O Início da Educação Física escolar no Brasil, inicialmente denominada 
Ginástica, ocorreu oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851. No 
entanto, foi somente em 1882, que Rui Barbosa, na Câmara dos Deputados, ao 
lançar o parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior”, 
denota importância à Ginástica na formação do brasileiro. Nesse parecer, Rui 
 
Barbosa relata a situação da Educação Física em países mais adiantados 
politicamente e defende a Ginástica como elemento indispensável para 
formação integral da juventude (Ramos, 1982). 
 Em resumo, o projeto relatado por Rui Barbosa, buscava instituir uma 
sessão essencial de Ginástica em todas as escolas de ensino normal; estender 
a obrigatoriedade da Ginástica para ambos os gêneros (masculino e feminino), 
uma vez que as meninas não tinham obrigatoriedade em fazê-la; inserir a 
Ginástica nos programas escolares como matéria de estudo e em horas 
distintas ao recreio e depois da aula; além de buscar a equiparação em 
categoria e autoridade dos professores de Ginástica em relação aos 
professores de outras disciplinas (Darido e Rangel, 2005). 
 As mesmas autoras afirmam que a implementação da ginástica nas escolas, 
inicialmente ocorreu apenas em parte do Rio de Janeiro, capital da República, 
e nas escolas militares. 
 
3º PERÍODO: BRASIL REPÚBLICA (1899 até os nossos dias) 
 - 1º fase: de 1899 a 1930; 
 - 2º fase: de 1930 a 1937; 
 - 3º fase: de 1937 até nossos dias. 
 
1º fase (1889 a 1930) 
 
 Levando em conta a sistematização da Educação Física, nos primeiros 
tempos da República, somente o exército e a marinha utilizavam a ginástica, 
mesmo assim de maneira precária. 
 De acordo com Ramos (1982) nos últimos anos do século XIX, o esporte, 
de maneira pouco expressiva, começou a despertar o interesse da juventude. 
Em 1893, a Associação Cristã de Moços estabeleceu-se no Brasil, implantando 
no Rio de Janeiro e em São Paulo, o basquetebol, o voleibol e a ginástica 
calistênica. 
 Posteriormente, o remo ficou como o esporte de preferência. Foram 
fundados vários clubes de remo e natação, onde, várias provas aconteceram, 
principalmente no Rio de Janeiro. 
 
 Em 1904, iniciam-se os primeiros passos para a fundação da Escola de 
Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo, o mais antigo 
estabelecimento especializado no gênero do Brasil. 
 Nesta fase, ficou célebre o projeto apresentado pelo Dr. Jorge de Morais 
(1905), que pedia ao Congresso Nacional: a criação de duas Escolas de 
Educação Física, uma civil e outra militar e o comissionamento de pessoal 
idôneo para sua instalação; a aquisição de terrenos para a prática de jogos ao 
ar livre nas escolas superiores e a instituição da prática da ginástica sueca. 
 Em 1907, a Missão Militar Francesa, contratada para ministrar instrução 
militar a Força Pública do Estado de São Paulo, funda na referida milícia, uma 
sala d’armas, destinada ao ensino e prática de esgrima origem da Escola de 
Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo, o mais antigo 
estabelecimento especializado de todo o Brasil. Em 1909, cria-se a escola em 
apreço, que então forma os primeiros “Mestre de Esgrima”. 
 A 10 de janeiro de 1922, o Ministro da Guerra baixa uma portaria criando o 
Centro Militar de Educação Física. Este empreendimento representa a 
formação do núcleo do qual resultaria, mais tarde a Escola de Educação Física 
do Exército. 
 Em 1927 a Escola de Preparação de monitores, mantida pela Liga de 
Esportes da Marinha, diploma a sua primeira turma de monitores. 
 No ano de 1928, a direção da Educação Física na Escola Militar foi 
entregue ao Major Segur, da Missão Militar Francesa. 
 A reforma Fernando de Azevedo, em 1928, é outro glorioso esforço em prol 
da Educação Física. 
 Em 1929 entra em funcionamento o Curso Provisório de Educação Física, 
calcado nos moldes do Centro Militar de Educação Física. 
 
2º fase (1930 a 1937) 
 
 Em 1930 é criado o Ministério de Educação e Saúde Pública. 
 Em 1931, o Governo Federal, por decreto de 18 de abril aprova a reforma 
Francisco Campos, pela qual ficou estabelecida a obrigatoriedade da Educação 
Física nos estabelecimentos de ensino secundário. 
 
 Ainda em 1931 é criado o departamento de Educação Física da Escola 
Militar. Em junho entram em vigor os programas de Educação Física calcados 
no Método Francês e que vigoraram até 1944, sem sofrer qualquer 
modificação. 
 Em abril de 1932 são adotadas em todas as Unidades do Exército a 
primeira e terceira parte do Regulamento de Educação Física (Método 
Francês). 
 A 19 de outubro de 1933, por decreto do Governo Federal é criada a 
Escola de Educação Física do Exército, pela transformação do centro Militar de 
Educação Física. 
 Os programas de Educação Física, baixados em 1931 pelo Ministério da 
Educação, precedidos de uma orientação metodológica, vieram emprestar 
unidade de doutrina ao trabalho que se desenvolvia em alguns 
estabelecimentos de ensino secundário, até então entregues a orientação dos 
caprichos e extravagâncias de cada professor, quase sempre auto didata e de 
conhecimentos rudimentares. 
 A criação de órgãos especializados dos estados de São Paulo e Espírito 
Santo e, posteriormente, das respectivas Escolas, representam novos focos de 
irradiação de idéias e ensinamentos para melhoramento do físico, da moral de 
nossa gente. 
 As publicações especializadas proliferam, os decretos se multiplicam e 
culminam com a criação da Divisão de Educação Física do Ministério de 
Educação e Saúde, quando se verifica reorganização dos serviços a ele afetos. 
Mais de um milheiro de especialistas disseminam-se pelo Brasil como se 
fossem missionários de uma nova fé, distribuídos entre instrutores, professores 
de educação física, médicos especializados, monitores, mestre d’armas e 
massagistas desportivos. 
 
3º fase (1937 até nossos dias.) 
 
 O cuidado devotado à Educação física pela nossa Carta Constitucional de 
1937, assinala o início de uma promissora era para o seu desenvolvimento. 
 
 Os governos estaduais começam a criar órgãos administrativos 
especializados e instrutores encarregado da formação profissional de 
especialistas. 
 Integrando a Universidade do Brasil, foi criada em 1939, a Escola Nacional 
de Educação Física e Desportos, empreendimento de grande significação e, de 
há muito aspirado. 
 Um dos acontecimentos de maior significado foi, sem dúvida, a realização 
Primeiro Congresso Pan-americano de Educação Física, realizado em 1943 no 
Rio de Janeiro, sob os auspícios do Ministério da Educação e Saúde e a 
assistência técnica da sua divisão de educação física. 
 
 Brasil contemporâneo (até 1980) 
 
* Este texto foi extraído do artigo “Educação Física no Brasil: da origem até os 
dias atuais” de autoria do prof. Everton Rocha Soares, publicado na Revista 
Digital EFDeportes.com. 
 No Período que compreende o pós 2ª Guerra Mundial, até meados da 
década de 1960 (mais precisamente em 1964, início do período da ditadura 
brasileira), a Educação Física nas escolas mantinham o caráter gímnico e 
calistênico do Brasil república (Ramos, 1982). 
 Com a tomada do Poder Executivo brasileiro pelos militares, ocorreu um 
crescimento abrupto do sistema educacional, onde o governo planejou usar asescolas públicas e privadas como fonte de programa do regime militar (Darido 
e Rangel, 2005). 
 Naquela época o governo investia muito no esporte, buscando fazer da 
Educação Física um sustentáculo ideológico, a partir do êxito em competições 
esportivas de alto nível, eliminando assim críticas internas e deixando 
transparecer um clima de prosperidade e desenvolvimento (Darido e Rangel, 
2005). Fortalece-se então a idéia do esportivismo, no qual o rendimento, a 
vitória e a busca pelo mais hábil e forte estavam cada vez mais presentes na 
Educação Física. 
 Dentre uma das importantes medidas que impactaram a Educação Física no 
período contemporâneo, está a obrigatoriedade da Educação Física/Esportes 
no ensino do 3º Grau, por meio do decreto lei no 705/69 (Brasil., 1969). 
 
Segundo Castellani Filho (1998), o decreto lei no 705/69 (Brasil., 1969), tinha 
como propósito político favorecer o regime militar, desmantelando as 
mobilizações e o movimento estudantil que era contrário ao regime militar, uma 
vez que as universidades representavam um dos principais pólos de resistência 
a esse regime. 
 Desta forma, o esporte era utilizado como um elemento de distração à 
realidade política da época. Ademais, a Educação Física/Esportes no 3º Grau 
era considerada uma atividade destituída de conhecimentos e estava 
relacionada ao fazer pelo fazer, voltada a formação de mão de obra apta para a 
produção (Darido e Rangel, 2005). 
 No entanto, o modelo esportivista, também chamado de mecanicista, 
tradicional e tecnicista, começou a ser criticado, principalmente a partir da 
década de 1980. Entretanto, essa concepção esportivista ainda está presente 
na sociedade e na escola atual (Darido e Rangel, 2005). 
 
 Educação Física na atualidade, a partir de 1980 
 
 A Educação Física ao longo de sua história priorizou os conteúdos gímnicos 
e esportivos, numa dimensão quase exclusivamente procedimental, o saber 
fazer e não o saber sobre a cultura corporal ou como se deve ser (Darido e 
Rangel, 2005). 
 Durante a década de 1980, a resistência à concepção biológica da 
Educação Física, foi criticada em relação ao predomínio dos conteúdos 
esportivos (Darido e Rangel, 2005). Atualmente, coexistem na Educação física, 
diversa concepções, modelos, tendências ou abordagens, que tentam romper 
com o modelo mecanicista, esportivista e tradicional que outrora foi embutido 
aos esportes. Entre essas diferentes concepções pedagógicas pode-se citar: a 
psicomotricidade; desenvolvimentista; saúde renovada; críticas; e mais 
recentemente os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil., 1997). 
 A concepção pedagógica psicomotricidade, foi divulgada inicialmente em 
programas de escolas “especiais”, voltada para o atendimento de alunos com 
deficiência motora e intelectual (Darido e Rangel, 2005). É o primeiro 
movimento mais articulado que surgiu à partir da década de 1970, em oposição 
aos modelos pedagógicos anteriores. A concepção psicomotricidade tem como 
 
objetivo o desenvolvimento psicomotor, extrapolando os limites biológicos e de 
rendimento corporal, incluindo e valorizando o conhecimento de ordem 
psicológica. Para isso a criança deve ser constantemente estimulada a 
desenvolver sua lateralidade, consciência corporal e a coordenação motora 
(Darido e Rangel, 2005). No entanto, sua abordagem pedagógica tende a 
valorizar o fazer pelo fazer, não evidenciando o porquê de se fazer e como o 
fazer. 
 Já o modelo desenvolvimentista por sua vez, busca propiciar ao aluno 
condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido, oferecendo-
lhe experiências de movimentos adequados às diferentes faixas etárias (Darido 
e Rangel, 2005). Neste modelo pedagógico, cabe aos professores observarem 
sistematicamente o comportamento motor dos alunos, no sentido de verificar 
em que fase de desenvolvimento motor eles se encontram, localizando os erros 
e oferecendo informações relevantes para que os erros sejam superados. 
 A perspectiva pedagógica saúde renovada, diferentemente das citadas 
anteriores, tem por finalidade convicta e às vezes única, de ressaltar os 
aspectos conceituais a cerca da importância de se conhecer, adotar e seguir 
conceitos relacionados à aquisição de uma boa saúde (Darido e Rangel, 2005). 
 Por outro lado, as abordagens pedagógicas críticas, sugerem que os 
conteúdos selecionados para as aulas de Educação Física devem propiciar a 
leitura da realidade do ponto de vista da classe trabalhadora (Darido e Rangel, 
2005). Nessa visão a Educação Física é entendida como uma disciplina que 
trata do conhecimento denominado cultura corporal, que tem como temas, o 
jogo, a brincadeira, a ginástica, a dança, o esporte, etc., e apresenta relações 
com os principais problemas sociais e políticos vivenciados pelos alunos 
(Darido e Rangel, 2005). 
 Em 1996, com a reformulação dos PCNs, é ressaltada a importância da 
articulação da Educação Física entre o aprender a fazer, o saber por que se 
está fazendo e como relacionar-se nesse saber (Brasil., 1997). De forma geral, 
os PCNs trazem as diferentes dimensões dos conteúdos e propõe um 
relacionamento com grandes problemas da sociedade brasileira, sem, no 
entanto perder de vista o seu papel de integrar o cidadão na esfera da cultura 
corporal. Os PCNs buscam a contextualização dos conteúdos da Educação 
Física com a sociedade que estamos inseridos, devendo a Educação Física ser 
 
trabalhada de forma interdisciplinar, transdisciplinar e através de temas 
transversais, favorecendo o desenvolvimento da ética, cidadania e autonomia. 
 De forma geral, pode-se concluir que a Educação Física vem se 
desenvolvendo no Brasil a partir de importantes mudanças político-sociais e 
que atualmente é vista como um elemento essencial para a formação do 
cidadão Brasileiro. 
 
Referências (específicas do artigo “Educação Física no Brasil: da origem até 
os dias atuais” de autoria do prof. Everton Rocha Soares) 
 
 Betti, M. Educação Física e Sociedade. São Paulo: Movimento. 1991. 
 Brasil. Decreto-lei 705/ 69, de 25 de julho de 1969. Altera a redação do 
artigo 22 da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961. D.O.U. de 
28.7.1969, 1969. 
 Brasil. Parâmetros curriculares nacionais : Educação física Secretaria de 
Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF 1997.. 
 Castellani Filho, L. Política educacional e educação física. Campinas 
Autores Associados. 1998. 
 Darido, S. C. e Rangel, I. C. A. Educação física na escola: implicações 
para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2005. 
 Gutierrez, W. História da Educação Física. 1972. 
 Ramos, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte. São Paulo: 
Ibrasa. 1982. 
 
 
 Educação Física: a regulamentação da profissão 
 
 Em 1º de Setembro de 1998, o Presidente da República, Fernando 
Henrique Cardoso, sanciona a lei 9696/98, publicada no Diário Oficial da União 
em 02/09/98. 
 No dia 08 de novembro do mesmo ano na cidade do Rio de Janeiro, a 
Federação Brasileira das Associações de Profissionais de Educação Física 
(FBAPEF) elegeu os primeiros membros do Conselho Federal de Educação 
Física (CONFEF), estes eleitos pelas Associações de Professores de 
Educação Fisica - APEFs e Instituições de Ensino Superior em Educação 
Física. Na ocasião, o Prof. Jorge Steinhilber, então presidente do Movimento 
Nacional pela Regulamentação do Profissional de Educação Física, apresentou 
a chapa dos Conselheiros, sendo aprovada por todos os presentes. 
 Foram eleitos os seguines 18 primeiros Conselheiros Federais de 
Educação Física: Alberto dos santos Puga Barbosa, Almir A. Gruhn, Antonio 
 
RicardoCatunda de Oliveira, Carlos Alberto O. Garcia, Edson Luiz Santos 
Cardoso, Flávio Delmanto, Gilberto José Bertevello, João Batista A. Gomes 
Tojal, Jorge Steinhilber, Juarez Muller, Laércio Elias Pereira, 
Manoel José Gomes Tubino, Marcelo F. Miranda Marino Tessari, 
Paulo Robertto Bassoli, Renato M. de Moraes, Sérgio K. Sartori, Walmir 
Vinhas. 
 A posse solene dos primeiros membros do CONFEF foi realizada no dia 10 
de janeiro de 1999, na abertura do 14º Congresso Internacional de Educação 
Física da FIEP, em Foz do Iguaçu-PR, como agradecimento ao apoio da 
Federação ao Movimento da Regulamentação, cerca de 1.500 congressistas 
presenciaram este acontecimento histórico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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antiguidade e origem das regras. Curso Olimpíada e Cidadania. 
Universidade Aberta. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 2011. 
 
DARIDO, Suraya Cristino. e RANGEL, Irene Conceição. Educação física na 
Escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan. 2005. 
 
GUTIERREZ, Washington. História da Educação Física. Porto Alegre: Escola 
de Educação Física do Instituto Porto Alegre, 1972. 
 
MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao 
terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 1997. 
 
OLIVEIRA. Vitor Marinho. O Que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense, 
1983. 
 
RAMOS, Jayr Jordão. Os Exercícios Físicos na Historia e na Arte. São 
Paulo: IBRASA, 1982. 
 
SOARES, Everton Rocha. Educação Física no Brasil: da origem até os dias 
atuais. Revista Digital EFDeportes.com. Disponível em: 
<http://www.efdeportes.com/efd169/educacao-fisica-no-brasil-da-origem.htm>. Acesso 
em: 17 de mai. 2013. 
 
TUBINO. Esporte e Cultura Física. São Paulo: Ibrasa, 1992. 
 
______, O Que é Esporte. São Paulo: Brasiliense, 1999. 
 
VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Para o Ensino Médio: 
história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2001. 
 
YMCA – Associação Cristã de Moços. Disponível em: http://www.acm-sp-
ymca.com.br/. Acesso em: 04 de jan. 2011. Não paginado.

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