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EFICACIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

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EFICÁCIA E APLICABILIDADE 
DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO
■ Conceito: Eficácia é o poder que tem as 
normas e os atos jurídicos para a consequente 
produção de seus efeitos jurídicos próprios. 
■ No entendimento de José Afonso da Silva “a 
eficácia jurídica da norma designa a qualidade 
de produzir, em maior ou menor grau, efeitos 
jurídicos ao regular, desde logo, as situações, 
relações e comportamentos nela indicados”. 
■ Quanto às diversas espécies de eficácia, a eficácia 
do direito pode ser apreciada dentro de diversos 
ângulos de observação, que permitem o melhor 
esclarecimento de sua realidade. 
■ Num primeiro plano, pode ser entendida no sentido 
social e no sentido jurídico. A eficácia social da 
norma jurídica significa que a conduta humana se 
efetiva realmente de acordo com a própria norma. A 
norma é realmente seguida e aplicada. Pode ocorrer 
que uma norma tenha eficácia jurídica, mas não 
tenha eficácia social, não sendo efetivamente 
cumprida no mundo dos fatos, na realidade social. 
■ A eficácia jurídica designa a força que tem a 
norma jurídica de produzir seus próprios efeitos 
na regulação da conduta humana. Indicam 
uma possibilidade de aplicação da norma, a sua 
exigibilidade, a sua exeqüibilidade, a sua 
executoriedade como possibilidades. 
■ Eficácia = potencialidade = capacidade 
das constituições gerarem efeitos.
 Classificação das Normas Constitucionais 

 
■ A primeira distinção foi fixada pela doutrina 
norte-americana entre as normas as auto-
aplicáveis ou auto-executáveis self-executing, 
self-enforcing e self-acting e as normas not 
self-executing, not self-enforcing e not 
self-acting. Essa é a mesma diferença 
estabelecida por Rui Barbosa entre normas 
autoexecutáveis e não executáveis; 
Classificação de Pontes de Miranda
 Segundo Pontes de Miranda “quando uma 
regra se basta por si mesma, para sua 
incidência, diz-se bastante em si (self 
executing, self enforcing, self acting). Quando, 
porém, precisa das regras jurídicas de 
regulamentação, porque sem a criação de novas 
regras jurídicas que as complementem ou 
suplementem não poderiam incidir e ser 
aplicadas, dizem-se não-bastantes em si”. 
CLASSIFICAÇÃO DE JOSÉ AFONSO DA SILVA:
■ Normas de eficácia plena e aplicabilidade 
direta, imediata e integral são aquelas normas 
da Constituição que estão aptas a produzir todos os 
seus efeitos, não dependendo de norma integrativa 
infraconstitucional. A produção de efeitos é imediata, 
como regra geral são aquelas que criam órgãos ou 
atribuem aos entes federativos competências. 
■ Exemplos: Arts. 2º;14, §2º; 17, §4º; 19; 20; 21; 22; 24; 28, 
caput; 30; 37; III; 44, p. único; 45, caput; 46, §1º; 51;52; 
69; 70;155;156, 
■ No rmas d e e f i c ác ia c o n t id a pos suem 
aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente 
não integral, já que a norma infraconstitucional 
poderá reduzir a sua abrangência. os efeitos podem 
ser limitados pela legislação infraconstitucional. 
■ Podemos citar como exemplo o art. 5º, XIII da CF 
88, que assegura o direito do livre-exercício 
profissional, mas uma lei , no caso o Estatuto da 
OAB, pode exigir que para ser advogado o bacharel 
em direito seja aprovado no exame de ordem. Neste 
caso, a lei infraconstitucional reduziu a amplitude do 
direito constitucionalmente assegurado.
A restrição pode-se concretizar não só através 
de lei, mas também em outras situações, por 
motivo de ordem pública, bons costumes e 
paz social. 
Outros exemplos: Art. 5º, VII,VIII, XV, XXIV e 
XXV; 15, IV; 37, I ; etc.
Normas de eficácia limitada são aquelas que 
dependem de uma lei integrativa 
infraconstitucional, não produzindo todos os 
seus efeitos de imediato, são portanto, de 
aplicabilidade mediata e reduzida.
De acordo com José Afonso da Silva essas normas 
produzem um mínimo efeito, ou, ao menos, o efeito de 
vincular o legislador infraconstitucional. O autor ainda 
subdivide essas normas em: 
■ Normas de princípio institutivo (ou organizativo) 
são aquelas que determinam o esquema geral de 
estruturação e atribuições de instituições, órgãos ou 
entidades públicas. Ex: Arts. 18, §2º; 22 §único; 25, 
§3º; 32, §4º; 88; 113;121;131; 146; 224... 
■ Normas de princípio programático são aquelas que 
veiculam programas a serem implementados pelo 
Estado, visando a realização de fins sociais. Ex.: Arts. 
6º; 196; 205; 215; 218, caput 7º, XI, XX, XXVII.
? Diferenças: 
Normas de eficácia contida - as leis podem 
RESTRINGIR-LHES o alcance. 
Normas de eficácia limitada - as leis podem 
AMPLIAR-LHES o alcance.
Classificação de Maria Helena Diniz
■ Normas supereficazes ou com eficácia absoluta – são 
intangíveis, não podendo ser emendadas. Dotadas de efeito 
paralisante de qualquer legislação infraconstitucional com elas 
incompatíveis. Exemplos: Arts. 1º; 14; 18; 60 §4º; 
■ Normas com eficácia plena - reúnem todos os elementos 
necessários à produção completa de seus efeitos a partir da 
redação da própria Constituição, não exigindo, e às vezes não 
aceitando, legislação integradora. Podem ser imediatamente 
aplicadas. Consistem nos preceitos que contenham proibições, 
confiram isenções, prerrogativas, como por exemplos os arts. 
1º parágrafo único; 14 §2º; 17 §4º;21;22;69;153;155.
■ Normas com eficácia restringível - cuja definição 
corresponde às normas de eficácia contida, de José 
Afonso da Silva, e que, em síntese, admitem 
legislação integradora, com efeito de restringir o seu 
alcance, mas a falta dessa legislação não tira a força 
normativa do dispositivo constitucional, que atua, 
então, l ivre dessa restr ição por legis lação 
infraconstitucional. Ex: arts. 5º, VIII, XI, XII, XIII; 
184.
■ N o r m a s d e e f i c á c i a r e l a t i v a 
complementável ou dependente de 
complementação - cuja produção de efeitos 
depende da e laboração da l eg i s l ação 
integradora, sem a qual seu comando fica 
latente, sendo divididas em normas de princípio 
institutivo e de princípio programático. 
Classificação de Celso Bastos e 
de Carlos Ayres Brito 
■ Normas de aplicação - aquelas que estão aptas a 
produzir todos os seus efeitos, dispensando 
regulamentação, e que se dividem em normas 
irregulamentáveis (incidem diretamente sobre os 
f a t o s r e g u l a d o s , i m p e d i n d o q u a l q u e r 
regulamentação posterior, não admitindo tratamento 
senão pela própria Constituição) e regulamentáveis 
(são as que permitem regulamentação, sem 
qualquer restrição da parte da Constituição); 
 
■ Normas de integração - são as que sentem uma 
distância entre a sua previsão ou comando e a efetiva 
condição de produção de efeitos, para o que é necessária 
a elaboração de legislação). Esta segunda categoria 
admite dois tipos, as normas complementáveis (exigem 
uma legislação integrativa para a produção completa de 
seus efeitos) e normas restringíveis (admitem a restrição 
do comando constitucional pelo legislador ordinário).
Classificação de Luiz Roberto Barroso
■ Normas constitucionais que têm por objeto 
organizar o exercício do poder político, e que 
s e r i a m n o r m a s c o n s t i t u c i o n a i s d e 
organização; 
■ Normas constitucionais que têm por objeto fixar 
os direitos fundamentais dos indivíduos, 
classificadas como normas constitucionais 
definidoras de direito; 
■ Normas constitucionais - têm por objeto traçar os 
fins públicos a serem alcançados pelo Estado ditas 
normas constitucionais programáticas. 
Referências Bibliográficas
■ BARROSO, Luís Roberto. O Direito Constitucional e a 
Efetividade de suas Normas. 7 ª ed., atual. Rio de Janeiro: 
Renovar, 2003. 
■ BASTOS, Celso Ribeiro e BRITTO, Carlos Ayres. Interpretação 
e aplicabilidade das normas constitucionais. Saraiva, São 
Paulo.■ DINIZ, Maria Helena. Normas constitucionais e seus efeitos. 
2ª ed., Saraiva, São Paulo. 
■ LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 7a ed., 
São Paulo, Saraiva. 
■ SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das normas 
constitucionais. 3ª ed., Malheiros, São Paulo.

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