Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
14/03/2017 1 Biomecânica (Aula 3) Prof. Me. Mario Tsutsui Universidade Paulista - UNIP Biomecânica do Crescimento e do Desenvolvimento Ósseo 14/03/2017 2 Biomecânica • Tipos de esqueleto Biomecânica • Tipos de esqueleto • Esqueleto Axial: crânio, vertebras, esterno e costelas • Esqueleto apendicular: os ossos que compõem os membros do corpo; 14/03/2017 3 Biomecânica • Composição e estrutura do tecido ósseo Biomecânica • Composição do tecido ósseo • Fora as células, as principais substancias de construção do osso são carbonato de cálcio, o fosfato de cálcio, o colágeno e a agua. • As porcentagens relativas desses materiais variam de acordo com a idade e a saúde do osso. 14/03/2017 4 Biomecânica • Composição do tecido ósseo • O carbono de cálcio e o fosfato geralmente constituem aproximadamente 60 a 70% do peso seco do osso. • Estes minerais oferecem ao osso rigidez e são os principais determinantes de sua resistência à compressão. • Outros minerais são o sódio o magnésio e o flúor. • O colágeno é uma proteína que fornece ao osso sua flexibilidade e contribui para resistência à tração. Biomecânica • Composição do tecido ósseo • O teor de agua do osso é de aproximadamente 25 a 30% do peso ósseo total. • Além de contribuir para força óssea, a agua também leva nutrientes para este tecido. 14/03/2017 5 Biomecânica • Organização estrutural • A porcentagem relativa de mineralização óssea varia não apenas com a idade do individuo, mas também o osso especifico do corpo. • Quanto mais poroso o osso for, menor a proporção de fosfato de cálcio e de carbonato cálcio, e maior a proporção de tecido não mineralizado. Biomecânica • Organização estrutural • O tecido ósseo é classificado em duas categorias, bom base em sua porosidade. • Se a porosidade é baixa, com 5 a 30% do volume do osso ocupado por tecido não mineralizado, é chamado de osso cortical. • Se o tecido possui uma porosidade relativamente alta, de 30 a mais de 90% do volume ósseo ocupado por tecido não mineralizado, é conhecido como esponjoso ou trabecular. 14/03/2017 6 Biomecânica • Organização estrutural Biomecânica • Organização estrutural • Se a porosidade é baixa, com 5 a 30% do volume do osso ocupado por tecido não mineralizado, é chamado de osso cortical. • Se o tecido possui uma porosidade relativamente alta, de 30 a mais de 90% do volume ósseo ocupado por tecido não mineralizado, é conhecido como esponjoso ou trabecular. 14/03/2017 7 Biomecânica • Organização estrutural • O osso trabecular tem uma estrutura de colmeia com barras mineralizadas verticais e horizontais, chamas de trabéculas, que formam celas preenchidas com células, medula óssea e gordura. Biomecânica • Organização estrutural • A porosidade afeta diretamente as características mecânicas do tecido. Com seu alto teor mineral, o cortical é mais rígido, de forma que pode suportar forças maiores, porém, menos deformação se comparado ao osso trabecular. 14/03/2017 8 Biomecânica • Organização estrutural • Como o trabecular é mais esponjoso ele pode sofrer mais deformação antes de fraturar Biomecânica • Organização estrutural • Teste de Comparação de impacto de um Chevrolet Bel Air 1959 e de um Chevrolet Malibu 2009 14/03/2017 9 Katana Biomecânica Biomecânica • Organização estrutural Mecânica Biomecânica 14/03/2017 10 Biomecânica • Organização estrutural • Os corpos dos ossos longos são geralmente compostos por osso cortical forte •Já as vertebras são ossos trabeculares, a característica esponjosa contribui para a absorção de impacto. Biomecânica • Crescimento e desenvolvimento ósseo 14/03/2017 11 Biomecânica • O crescimento e desenvolvimento ósseo começa no inicio da vida fetal, e o osso vivo modifica-se ao longo de toda a vida Iniciamos a vida com 270 ossos E terminamos a vida com aproximadamente 206 ossos Biomecânica • Crescimento longitudinal • O crescimento longitudinal ocorre nas epífises, ou laminais epifisiais. • As epífises são discos cartilaginosos encontrados próximos as extremidades dos ossos longos. 14/03/2017 12 Biomecânica • Crescimento longitudinal • Cada epífise produz continuamente novas células ósseas. Durante ou logo após a adolescência, a lamina desaparece e osso se funde encerrando o crescimento longitudinal. • Para a maior parte das pessoas as epífises se fecham por volta dos 18 anos, embora para algumas pessoas ela venha durar até os 25 anos. Biomecânica • Crescimento longitudinal 14/03/2017 13 Biomecânica • Crescimento em diâmetro • Os ossos longos crescem em diâmetro durante a maior parte do período da via, embora o crescimento seja mais acentuado antes da vida adulta. • A camada interna do periósteo produz camadas concêntricas de tecido ósseo novo por cima dos existentes. Biomecânica • Crescimento em diâmetro Periósteo 14/03/2017 14 Biomecânica • Crescimento em diâmetro • Ao mesmo tempo o osso é reabsorvido por células especificas, em um osso saudável, a produção e reabsorção de matriz óssea é equilibrada. Biomecânica • Desenvolvimento ósseo adulto 14/03/2017 15 Biomecânica • Desenvolvimento ósseo adulto • Em razão do envelhecimento, existe a perda progressiva de colágeno e aumento na fragilidade óssea. Dessa forma os ossos das crianças são mais flexíveis. (criança tem anjinho da guarda? Ditado popular) Biomecânica • Desenvolvimento ósseo adulto • Por este motivo as fraturas ósseas em galho verde são mais comuns 14/03/2017 16 Biomecânica • Desenvolvimento ósseo adulto • Por este motivo as fraturas ósseas em galho verde são mais comuns Biomecânica • Desenvolvimento ósseo adulto • Os minerais ósseos normalmente se acumulam ao longo infância e adolescência, alcançando um pico por volta dos 25 a 28 anos para as mulheres e 30 a 35 anos para os homens. (declínio na natação ocorre nesta fase). • Os pesquisadores discordam sobre o período em que a densidade óssea permanece constante. 14/03/2017 17 Biomecânica • Desenvolvimento ósseo adulto • Entretanto, o sabe –se que se não forem tomados os cuidados com a saúde, o declínio pode começar cedo, iniciando-se a partir da segunda década de vida Biomecânica • Desenvolvimento ósseo adulto • Em relação a perda de massa óssea, esta afeta mais as mulheres do que os homens, aproximadamente 0,5 a 1% da massa óssea é perdida a cada ano até a menopausa. Após a menopausa, parece haver aumento na taxa de perda, com valores que podem chegar a 6,5% por ano relatados nos primeiros 5 a 8 anos. 14/03/2017 18 Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • O estimulo mecânico dinâmico faz com que o osso se deforme ou se sobrecarregue, e as cargas maiores produzam níveis maiores de sobrecargas. • Essas sobrecargas são traduzidas em mudanças no formato e na força do osso por intermédio de um processo conhecido como remodelagem. 14/03/2017 19 Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • Essas sobrecargas são traduzidas em mudanças no formato e na força do osso por intermédio de um processo conhecido como remodelagem. Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • A remodelagem envolve a reabsorção do osso mais antigo, danificado (por estresse por exemplo) e a formação de um novo osso. 14/03/2017 20 Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • Modelagem óssea é o termo dado para formação de um osso novo, que não é precedido pela absorção, e é o processo peloqual os ossos imaturos crescem Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • Lei de Wolff: Quando a sobrecarga sobre o osso excede um dado limiar, um novo osso é formado nos locais de sobrecarga. 14/03/2017 21 Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • O processo de remodelagem é pincipalmente conduzido pelos osteocitos que são capazes de perceber estas alterações de sobrecarga e lesão, para a construção de um novo osso a partir de modelagem ou remodelagem. Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • Em resposta ao movimento de fluidos dentro da matriz do osso, os osteocitos disparam a ação dos osteoblastos e osteoclastos, as células que respectivamente formam e reabsorvem o osso. 14/03/2017 22 Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • Apesar da etnia, e o peso corporal influenciarem na densidade óssea, foi demonstrado que fatores como massa muscular, força muscular e a realização regular de atividades físicas exercem influencias mais fortes sobre a densidade óssea do que estas variáveis. Biomecânica • Resposta Óssea ao Estresse • Modelagem e remodelagem ósseas • Caso real!!!! • A mabealidade do osso é exemplificado de modo notável pelo caso de uma criança que nasceu sem a tíbia, o principal osso de suporte da perna. Após a criança ter passado um tempo andando e realizando fisioterapia, os exames radiográficos revelaram que havia ocorrido uma modelagem da fíbula, de modo que ela não poderia ser distinguida da tíbia da outra perna!!!! 14/03/2017 23 Biomecânica • Hipertrofia óssea Biomecânica • Hipertrofia óssea • Embora casos de mudanças completas no formato e no tamanho do osso não sejam comuns, existem muitos exemplos de modelagem óssea, ou hipertrofia óssea, em resposta à atividade física regular. • Pessoas ativas tendem a possuir maior densidade óssea se comparados a sedentários de mesma idade e gênero. 14/03/2017 24 Biomecânica • Hipertrofia óssea • Além disso, os resultados de estudos indicam que as ocupações e os esportes que sobrecarregam particularmente um determinado membro ou região do corpo produzem hipertrofia óssea acentuada na área sobrecarregada. • por exemplo, jogadores profissionais e tênis apresentam não apenas hipertrofia muscular no braço do tênis, mas também óssea daquele braço. Biomecânica • Hipertrofia óssea • por exemplo, jogadores profissionais e tênis apresentam não apenas hipertrofia muscular no braço do tênis, mas também óssea daquele braço. 14/03/2017 25 Biomecânica • Hipertrofia óssea • por exemplo, jogadores profissionais e tênis apresentam não apenas hipertrofia muscular no braço do tênis, mas também óssea daquele braço. Biomecânica • Hipertrofia óssea • Outra, atletas que possuem atividades de impactos possuem maior densidade óssea, atletas de basquete e voleibol por exemplo, apresentam maior densidade do que nadadores. • Em alguns casos, nadadores de competição, que passam muito tempo na agua, onde a força de flutuação se opõe à da gravidade podem apresentar densidades ósseas menores do que pessoas sedentárias. 14/03/2017 26 Biomecânica • Atrofia Óssea Biomecânica • Atrofia Óssea • Quando ocorre a atrofia óssea, a quantidade de cálcio contida no osso diminui, assim como o peso e a resistência do osso. • Quatro a seis semanas de repouso na cama podem resultar em decréscimos significativos na densidade mineral óssea que não são revertidos completamente após seis meses de atividade normal de sustentação de peso. 14/03/2017 27 Biomecânica • Atrofia Óssea • Quando ocorre a atrofia óssea, a quantidade de cálcio contida no osso diminui, assim como o peso e a resistência do osso. • Quatro a seis semanas de repouso na cama podem resultar em decréscimos significativos na densidade mineral óssea que não são revertidos completamente após seis meses de atividade normal de sustentação de peso. Biomecânica • Atrofia Óssea • Após 1 mês no espaço, os astronautas perdem de 1 a 3% da massa óssea, ou aproximadamente tanta massa óssea quanto uma mulher na pos-menopausa perde em 1 ano! 14/03/2017 28 Biomecânica • Atrofia Óssea • Uma pesquisa recente mostra que o exercício resistido, combinado com vibração corporal total, pode ser uma contramedida eficiente na prevenção da atrofia total, pode ser eficiente na prevenção da atrofia muscular e da perda óssea durante o voo espacial. Biomecânica • Osteoporose na pos-menopausa • 14/03/2017 29 Biomecânica • Osteoporose na pos-menopausa • Os fatores de risco incluem: • Ser mulher branca ou asiática • idade avançada • baixa estatura • histórico familiar de osteoporose Biomecânica • Osteoporose na pos-menopausa • Locais de fraturas mais comuns: • Radio • Ulna • Cabeça femoral • Coluna vertebral 14/03/2017 30 Biomecânica • Osteoporose na pos-menopausa • “Corcunda” • Fraturas por esmagamento das vertebras resultantes de esforços compressivos gerados pela sustentação do peso durante atividades da vida diária frequentemente causam fraturas nas vertebras e redução da altura corporal. • Como a maior parte do peso corporal esta anterior à coluna vertebral, as fraturas resultantes frequentemente deixam as vertebras com formato de “cunha” acentuando a cifose torácica. Biomecânica • Tríade da mulher atleta • Pais, treinadores e médicos precisam estar atentos aos sinais de sintomas! • Distúrbios alimentares (falta de apetite) • Amenorreia (falta de menstruação em mulheres férteis) • Osteoporose 14/03/2017 31 Biomecânica • Tríade da mulher atleta • A relação entre o distúrbio alimentar e a amenorreia parece estar relacionado com a diminuição da secreção hipotalâmica de hormônio liberador de gonadotrofina, que por sua vez, diminui a secreção de hormônio luteinizante e de hormônio foliculoestimulante, com a diminuição subsequente da estimulação dos ovários. Biomecânica • Tríade da mulher atleta • Por sua vez, a relação entre a interrupção das menstruações e a osteoporose é a deficiência de estrogênio, que aumenta a reabsorção óssea, pré dispondo assim a osteopenia e osteoporose. 14/03/2017 32 Biomecânica • Tríade da mulher atleta • E isto é muito preocupante pois até 50% da mineralização óssea e carca de 15% da altura adulta são estabelecidos normalmente durante os anos de adolescência. • Além disto, a perda óssea que ocorre pode ser irreversível e as fraturas osteoporóticas em cunha podem comprometer a postura por toda a vida. Biomecânica • Lesões ósseas mais comuns 14/03/2017 33 Biomecânica • Lesões ósseas mais comuns • As fraturas são classificadas como: • Simples: quando as extremidades do osso permanecem dentro dos tecidos ósseos circundantes. • Compostas: quando uma ou mais pontas ósseas projetam-se para fora da pele. Biomecânica • Lesões ósseas mais comuns • As fraturas: • Avulsão: são causadas por força de tração em que um tendão ou ligamento arranca uma pequena lâmina de tecido ósseo do restante do osso • Fratura em galho verde: é uma fratura incompleta, e que a quebra ocorre na superfície convexa do encurvamento do osso. • Fratura em fissura: envolve uma quebra longitudinal completa 14/03/2017 34 Biomecânica • Lesões ósseas mais comuns • As fraturas: • Fratura cominutiva: é completa e fragmenta o osso • Fratura transversal: é completa, e a quebra ocorre em um ângulo reto ao eixo do osso • Fratura obliqua: ocorre em um ângulo diferente do ângulo reto ao eixo do osso • Fratura espiral: é geralmente completa, e causada por força de torção Biomecânica • Lesõesósseas mais comuns • Fratura por estresse: também conhecida como fratura por fadiga, são resultado de forças de baixa magnitude aplicadas de modo repetitivo. • O osso responde às microlesões remodelando: primeiramente, os osteoclastos reabsorvem o tecido danificado; então os osteobastos depositam osso novo nesse local. • quando não há tempo para que este processo de reparo seja completado antes que uma microlesão adicional ocorra, esta progressão pode evoluir por uma fratura por estresse. (acontece em corredor que era sedentário, muito comum) 14/03/2017 35 Biomecânica • Lesões epífises Biomecânica • Lesões epífises • Cerca de 10% das lesões esqueléticas agudas em crianças e adolescentes afetam a epífise. • As epífises dos ossos longos são chamadas de epífises de pressão, e as apófises são chamadas de epífises de tração, em referencia a este estimulo fisiológico presente. • As fraturas nestas epífises podem prejudicar o crescimento.
Compartilhar