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CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges UNIDADE 2 TEORIA DA TRANSMISSÃO DE ENERGIA Linhas de transmissão são todos os elementos que se destinam ao transporte de energia independente da quantidade de energia transportada e do comprimento dessas linhas. 2.1 - ANALISE QUALITATIVA Linhas de transmissão são ligações físicas entre fonte de energia e um elemento consumidor dessa energia. Esta ligação pode se dar através de condutores, pelos quais circulam correntes elétricas e que são mantidos sob diferença de potencial. 2.1.1 – Fenômeno da Energização das Linhas Consideremos uma linha de transmissão ideal constituída por dois condutores metálicos, retilíneos e completamente isolados, suficientemente distantes do solo, ou de estruturas, ou de outras linhas, para que não seja influenciado pela sua presença, e de comprimento qualquer. Tratando-se de linhas ideais, a resistência elétrica dos condutores é considerado nula, como também o dielétrico entre os condutores é considerado perfeito de forma que não há perdas de energia a considerar. Outrossim lembramos da física que, entre dois condutores separados por dielétricos, podemos definir uma capacitância e uma indutância. Consideremos ainda que junto ao receptor haja um dissipador de energia representável por uma resistência R. um circuito equivalente pode ser representado na figura abaixo, de forma grosseira. Consideremos um instante imediatamente anterior á ligação da chave S, t<0. Os terminais da fonte estão sob uma diferença de potencial U[V]. No instante em que a chave S for ligada (t=0) entre os terminais 1 e 1’, aparecera a mesma diferença de potencial U. Uma vez que diferenças de potencial somente são possíveis entre cargas elétricas, a colocação sob tensão dos terminais 1 e 1’ da linha foi provocada por um deslocamento de carga elétrica através de S, cargas originarias da fonte. Consideremos um elemento de comprimento infinitesimal Δx [km] da linha. Ele contem uma indutância ΔxL e uma capacitância ΔxC. A tensão u só poderá aparecer nos terminais da capacitância após a decorrência de um tempo Δt [segundos], pois a corrente através de ΔxL não pode atingir instantaneamente o seu valor Io [amperes]. Levara um outro intervalo de tempo Δt para que o capacitor do trecho Δx seguinte atinja o valor U, e assim sucessivamente. A corrente fornecida pela fonte, uma vez atingido o valor Io, se mantém constante. É a corrente de carga da linha. Decorre, portanto, um tempo finito entre o instante em que se aplica uma tensão ao transmissor de uma linha de transmissão e o instante em que esta tensão pode ser medida em seu receptor. CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges Cargas elétricas em movimento dão origem a campos magnéticos e a simples presença de cargas, dão origem a campos elétricos. Portanto ao se energizar uma linha de transmissão, ao longo da mesma se irão estabelecer, progressivamente, campos elétricos, e campos magnéticos, do transmissor ao receptor. Dizemos que esses campos se propagam do transmissor ao receptor. Podemos definir a velocidade de propagação ou celeridade para um linha de comprimento l [km]: � � �� ��� ⁄ Sendo T [s] o tempo necessário para que a tensão no receptor atinja o valor U[V]. Consideremos um trecho de linha de comprimento unitário de 1 km. Seja t[s] o tempo necessário para energizar esse trecho unitário. Então teremos: � � 1� � A carga elétrica acumulada nesse trecho será: � � �. � �������� A corrente através de um secção do condutor será: �� � �. � � �. �. � �� Essa corrente começa a fluir na linha em um tempo Δt após o instante em que a tensão é aplicada. Sua intensidade independe do comprimento da linha, se esta for de comprimento infinito, essa corrente de carga será suprida pela fonte, sem alteração de valor, enquanto o valor da tensão da fonte se mantiver inalterado, indefinidamente. Isso nos permite definir uma impedância de entrada da linha. �� � ��� � 1�. � Considerando agora um elemento de comprimento Δx. Δt é o período durante o qual, em Δx, a corrente crescerá de zero para Io. A FEM induzida será: ��� � �∆�. . !��!� � � ��∆� ∆� Ou, lembrando que ∆� � ∆"# � , teremos: ��� � � ��∆� ∆� � ���. . � �$ Como essa FEM deve ser neutralizada pela tensão da fonte para que Io possa fluir, teremos: � � ��. . � �� � ��� � . � Vemos que Zo foi definido de duas formas diferentes. Em ambos os casos é função da celeridade e de uma grandeza, C ou L, que como sabemos, dependem apenas do meio em que a linha se encontra e de suas dimensões físicas. Se igualarmos as duas equações que definem Zo, encontraremos: � � 1√ � Que é a expressão da velocidade com a qual os campos elétricos e magnéticos se propagam ao longo de uma linha. Lembremos da física que para uma linha a dois condutores, no ar ou no vácuo, valem as seguintes expressões para o calculo da indutância e da capacitância, desprezando o efeito do fluxo magnético interno do condutor e da presença do solo: � 2 ∗ 10)* ∗ +,- �./�� � � 118 ∗ 101 ∗ +,- �� ��⁄ CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges Se introduzirmos essas equações na formula da velocidade, encontraremos: � � 1 22 ∗ 10)* ∗ +,-18 ∗ 101 ∗ +,- � 39 ∗ 1056 � � 3 ∗ 108 ���/ Esta é a velocidade de propagação da luz no vácuo. Pela equação anterior podemos reconhecer que ela depende principalmente do meio em que se encontra a linha, por exemplo ela é muito mais baixa nos cabos subterrâneos. Nas linhas reais quem que o fluxo interno dos condutores também não é desprezível, ela é um pouco menor. As linhas também possuem perdas que são representadas em serie com a indutância e paralelo com a capacitância, que também reduzem a velocidade de propagação. Podemos definir também uma nova equação para Zo: �� � 9 � Nesta se substituirmos L e C pelas equações citadas acima, teremos: �� � 60 ∗ +,- Podemos observar que Zo não depende do comprimento da linha , somente do meio que esta se encontra e de suas dimensões físicas, distancias entre condutores e raio. Zo é constante para cada linha por isso mesmo é considerada uma grandeza característica, denominada impedância natural da linha ou ainda impedância de surto da linha. 2.1.2 – Relação de Energia Em cada intervalo de tempo ∆�, necessário para energizar um trecho de comprimento ∆� de linha, a fonte fornece à mesma uma quantidade de energia igual a �. ��. ∆�. Essa energia, numa linha ideal, não é dissipada na linha, cabendo, portanto, uma indagação sobre o seu destino. Os campos elétricos e os campos magnéticos têm a capacidade de armazenar energia. No trecho de linha de comprimento ∆�poderá, então, ser armazenada a energia: A – No campo Magnético: ∆�; � <=>.?.∆"@ �A. B – No campo Elétrico: ∆�B � C>.D.∆"@ �A. Esse armazenamento se dá simultaneamente. Portanto: �. ��. ∆� � ��@. . ∆�2 E �@. �. ∆�2 �A. A expressão acima nos diz que a energia fornecida pela fonte foi armazenada pelos dois campos, sem, no entanto, nos esclarecer sobre sua divisão entre os mesmos. Veja como esta se faz. Sabemos que � � ��. �� � ��. F?D, substituindo na formula do campo elétrico: ∆�B � G��. 9 �H @ . �. ∆�2 � ��@. . ∆�2 Ou seja a quantidade de energia armazenada pelo campo elétrico é exatamente igual a quantidade de energia armazenada pelo campo magnético.Ca um dos campos armazena, portanto, exatamente a metade da quantidade de energia que é fornecida pela fonte. Este processo durará indefinidamente, se a linha tiver um comprimento infinito. As linhas de transmissão CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges possuem, porem comprimentos finitos. Neste caso ocorrerão fenômenos complexos, que procuraremos analisar. Esses fenômenos, como veremos, dependem exclusivamente da forma como que a linha é terminada, ou seja das condições em sua extremidade receptora. Imaginemos que a linha tenha um comprimento l e que na extremidade receptora coloquemos um dissipador de energia I@, com a condição de que: |I@| � |��| 2.1.2 – Relação de Energia Em cada intervalo de tempo Δt, necessário para energizar um trecho de comprimento Δx de linha, a fonte fornece uma energia igual a: �. ��. K� � ��. ��@. K� Numa linha ideal essa energia não é dissipada na linha, essa energia é armazenada nos campos elétricos e magnéticos. A – Campo magnético. K�; � ��@. . K�2 �L. B – Campo elétrico. K�B � �@. �. K�2 �L. O armazenamento de energia se dá simultaneamente nos dois campos. Portanto: �. ��. K� � ��@. . K�2 E �@. �. K�2 Sabemos que � � ��. ��. � ��. F?D, substituindo essa expressão na equação do campo elétrico: K�B � G��. 9 �H @ . �. K�2 � ��@. . K�2 �L. Observa-se que a energia armazenada no campo elétrico é igual a energia armazenada no campo magnético. K�B � K�; Se a linha tivesse comprimento infinito, este processo duraria infinitamente. No entanto, as linhas de transmissão possuem comprimento finito, neste caso, ocorrerão fenômenos que dependem exclusivamente de como a linha é terminada e ou seja, das condições em sua extremidade receptora. Supomos que a linha tenha um comprimento l(m) e que na extremidade receptora coloquemos um dissipador de energia I@ ��M� , como a condição de que: |I@| � |��| Teremos então: � � ��. �� � ��. I@ ou �� � CN= � CO> Uma vez que na terminação da linha não há campos magnéticos e elétricos a armazenar energia, toda a energia fornecida pela fonte será dissipada na resistência I@. Logo: �. ��. K� � I@. ��@. K� CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges A corrente �� continuara com a mesma intensidade inicial, como se a linha fosse de comprimento infinito, independente do valor de L(m). Uma linha assim terminada é denominada linha de comprimento infinito. Quando o valor de I@ for diferente do valor de Zo, o equilíbrio estabelecido por � � ��. I@, será alterado pois o segundo membro dessa equação poderá ser maior ou menor do que o primeiro, dependendo da capacidade de dissipação de I@. Podemos considerar outros dois casos: Linha com resistência terminal maior que Zo – |I@| P |��| Neste caso, a corrente �@Q , através da resistência I@, será menor que a corrente ��, e a potencia dissipável R�′@T@. I′@ será igualmente menor do que a potencia ��@. ��. Junto ao terminal da linha haverá um excesso de energia. Um novo estado de equilíbrio deverá ocorrer, pois esse excesso de energia não poderá ser destruído. Uma redução da corrente na linha leva também a uma redução da energia armazenada no campo magnético. Este, por conseguinte, além de não poder armazenar o excesso de energia devido à redução de �@, deve ainda ceder parte da energia que possui armazenada. Essas duas parcelas só podem ter um destino: o campo elétrico. Portanto, a partir do momento em que I′@ começa a fluir através de R′@, o campo elétrico recebe a energia, excedente, que se manifesta na forma de uma elevação da tensão U@ e que se irá propagar ao longo da linha, acompanhada da redução de IX, com a mesma velocidade v [km/h]. O caso extremo seria quando I@ � ∞, isto é, na linha de comprimento finito, aberto junto ao receptor. Neste caso observamos: • A corrente se reduz a zero, progressivamente, do receptor ao transmissor; • O campo elétrico tem que armazenar toda a energia, isto é, aquela que chega pela linha e aquela que é cedida pelo campo magnético; Seja �@ o valor da tensão que a linha atingirá junto ao receptor. A energia armazenada em um Δx de linha será: �@@. �. K�2 A linha possuía �@. �. K� de energia e a fonte, em Δt, enviou mais �@. �. K�. Logo, o campo elétrico deverá armazenar energia equivalente a: 2.�@. �. K� Igualando as duas equações acima: �@@. �. K�2 � 2. �@. �. K� �@@2 � 2. �@ �@ � 2.� Portanto, em uma linha ideal aberta a tensão no receptor cresce ao dobro do valor da tensão aplicada. Essa tensão se propaga do receptor ao transmissor. CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges Linha com resistência terminal menor que Zo – |I@| Z |��| A corrente �@QQ, através da resistência maior que �� e, consequentemente, a potência dissipável em I@QQ, R�′′@T@. I′@, será maior do que a potência ��@. ��. Junto ao terminal da linha ocorrerá um déficit de energia que não poderá ser suprido de imediato pela fonte que alimenta o sistema. O novo estado de equilíbrio somente poderá ser atingido se essa deficiência for suprida pela própria linha, às expensas da energia armazenada por ela durante o processo de energização. Uma vez que há um aumento no valor da corrente que passa de �@ � �� para �@QQ, o campo magnético não somente não pode ceder energia, como também deve armazenar maior quantidade da mesma, o que faz às custas do campo elétrico, que a cede. Haverá, portanto, uma redução na tensão �@ junto ao receptor, que caminha progressivamente em direção à fonte. Um outro caso extrema de operação da linha bastante interessante, é o caso de uma linha terminada em curto-circuito, ou seja I@ � 0. Observa-se neste caso: • A tensão junto ao receptor somente pode ser nula, propagando-se esse valor do receptor ao transmissor; • Há um aumento no valor da corrente junto ao receptor que se propaga para o transmissor. O valor da corrente poderá ser determinado com base nas considerações que se seguem. Uma vez que toda, a energia que estava armazenada no campo elétrico não pode ser retido pelo mesmo, ela é cedida ao campo magnético, que também deverá receber toda a energia que a fonte continuará fornecendo. A energia no campo magnético será agora em Δx de linha: �@QQ. . K�2 Nos dois campos da linha havia ��@. . K� armazenados e a fonte em Δt fornecerá mais ��@. . K�; logo, o campo magnético terá que armazenar: 2. ��@. . K� Quantia essa que deverá ser igual àquela definida por <>[[.?.\"@ . Logo, �@QQ@. . K�2 � 2. ��@. . K� �� �@QQ � 2. �� Portanto, numa linha em curto-circuito a corrente crescerá, no receptor, ao dobro de seu valor. 2.2 – EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO Seja uma linha de transmissão real, incluindo em seu circuito equivalente os elementos que representam as perdas nos condutores dada pelo resistor “r” e também as perdas nos dielétricos “g” [S/km]. O circuito real para um comprimento Δx [km] da linha fica da forma: CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges A equação diferencial no elemento será: Entre o inicio e o fim do elemento de linha há uma diferença de potencial que podemos definir por: ]�]� . K� A equação diferencial no elemento será: �]�]� . K� � R-. K�T. ^ E R . K�T. ]^]� R1T Dividindo (1) por Δx, veremos como U varia ao longo da linha: �]�]� � -. ^ E . ]^]� R2T A equação diferencial das correntes é: � ]^]�. K� � RK�. _T. � E RK�. �T. ]�]� R3T Dividida por Δx: � ]^]� � _. � E �. ]�]� R4T _. � – corrente no dielétrico no capacitor; �. abac – corrente no capacitor; As equações (2) e (4) são expressões da lei de OHM, onde as variáveis U e i são dependentes da distancia x e do tempo t. Diferenciando a equação (2) com relação a x e a equação (4) com relação a t, teremos: �]@�]�@ � -. ]^]� E . ]@^]�. ]� R5T � ]@^]�. ]� � _. ]�]� E �. ]@�]�@ R6T De forma análoga, diferenciando-se a equação (2) em relação a t e a equação (4) em relação a x, teremos: � ]@�]�. ]� � -. ]^]� E . ]@^]�@ R7T � ]@^]�@ � _. ]�]� E �. ]@�]�. ]� R8T Substituindo (6) e (4) em (5) temos: a>ba"> � -. _. � E R-. �. E . _T. abac E . �. a>bac>(9) Substituindo (7) e (2) em (8) temos: a>fa"> � -. _. ^ E R-. �. E . _T. afac E . �. a>fac>(10) Estas são as equações diferenciais da linha de transmissão, também conhecidas como Equações da Onda. 2.2.1 – Solução das Equações Diferenciais no Domínio da Frequência. Para o estudo de L.T. excitadas por tensões senoidais, teremos o uso de equações no domínio da frequência. Seja uma L.T. excitadas por tensões e correntes alternadas de frequência constante, teremos: � � �" . sinRL. �T � �j" (11) ^ � �" . sinRL. �T � �j" (12) Estas são as funções senoidais representadas pelos fasores �j" e �j", onde a dependência com x e t já se encontra implícita. ]@�j"]�@ � -. _. �j" E R-. �. E . _T. ]�j"]� E . �. ]@�j"]�@ ]@ �j�]�@ � -. _. �j� E R-. �. E . _T. ] �j�]� E . �. ]@ �j�]�@ CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges Substituindo o operador aac � k � l.L, tem-se: ]@�j"]�@ � -. _. �j" E R-. �. E . _T. l. L. �j" E . �. Rl. LT@. �j" ]@ �j"]�@ � -. _. �j" E R-. �. E . _T. l. L. �j" . E . �. Rl. LT@. �j" Agrupando os termos, teremos: ]@�j"]�@ � R- E l. L. T. R_ E l. L. �T. �j" ]@ � j"]�@ � R- E l. L. T. R_ E l. L. �T. �j" Sabendo que: mj � R- E l. L. T nj � R_ E l. L. �T a>Cjoa"> � mj. nj . �j" (13) a><joa"> � mj. nj . � j" (14) Essas equações poderiam ter sido deduzidas diretamente de um circuito equivalente. Temos agora as equações (13) onde as únicas variáveis são U e x, e a equação (14) onde as únicas variáveis são I e x. as soluções dessa equação para U e I, respectivamente, serão expressões cujas derivadas segunda em relação x são iguais as expressões originais multiplicadas pela constante y.z. Por exemplo, a solução de U quando derivada duas vezes em relação a x terá que ser igual a m. n. �. Isso sugere uma solução de tipo exponencial. Suponhamos que a solução da equação (13) seja: �j" � �j5. p"3qj.rj E �j@. p)"3qj .rj (15) Achando a segunda derivada de �j" p� -p�sçã� � �p-p�� : a>Cjoa"> � mj . nj . w�j 1. p�3mj .nj E�j 2. p��3mj .nj x � mj . nj .�j � (16) Com o mesmo raciocínio para as correntes, temos: �j" � 13mj .nj w�j 1. p�3mj .nj ��j 2. p��3mj .nj x (17) Achando a segunda derivada de �j" p� -p�sçã� � �p-p�� : Os valores de �j5 p �j@ podem ser determinados levando-se em conta as condições na extremidade da linha referente a carga, isto é x=0 e �j" � �j@ e �j" � �j@. Substituindo estes valores nas equações (15) e (17), obtemos: �j@ � �j5 E �j@ (18) �j@ � 53qj.rj . y�j5 � �j@z (19) A partir das equações (18) e (19) podemos encontrar o valor de �j5 p �j@: �j5 � Cj>{<j>F|j}j@ (20) �j@ � Cj>)<j>F|j}j@ (21) Agora substituindo nas equações de (15) e (17): �j" � �j@ E �j@Fmjnj2 . p"3qj.rj E �j@ � �j@F mjnj2 . p)"3qj.rj �j" � 13mj . nj ~ �j 2 E �j29mjnj2 . p�3mj .nj �� j 2 � �j29mjnj2 . p��3mj .nj Onde � � Fqjrj é chamado de impedância característica da linha e γ � 3mj. nj é chamada de constante de propagação, e podemos reescreve as equações acima: �j" � Cj>{<j>.N@ . p".γ E Cj>)<j>.N@ . p)".γ (22) �j" � 1γ w�j 2E�j2.��2 . p�.γ � �j 2��j2.��2 . p��.γx (23) 2.2.2 – Interpretação das Equações da Linha. CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges Lembremos que funções exponenciais quando aplicadas a fasores mudam suas características ou seja modulam as funções senoidais que as representam. γj � 3mj. nj � 3R- E l. L. T. R_ E l. L. �T γj � E l. γj – Constante de propagação; O valor de γj é quem governa a forma pela qual as tensões e correntes se propagam ao longo da linha. Dai o nome de função de propagação. O parâmetro α tem o nome de função de atenuação. Dele depende os módulos das tensões e correntes e, portanto seu valor esta intimamente relacionada com as peradas da linha. � 1� . + �5�@ � – comprimento total da linha em km. O parâmetro β recebe o nome de função de fase, que indica a forma como as fases da tensão e da corrente variam ao longo da linha. A impedância característica da linha é definida por: �j � 9mjnj � 9- E l. L. _ E l. L. � L � 2. . Zj assim com ZXj independe do comprimento da linha. ��j � �^+Ms -ps���j � �^+Ms ^!ps� !^p-p+çs ��^�� p��p+s Uma vez que r e y são muito pequenos comparados com L e C. O comprimento de onda (λ – lambda) de uma linha é definido como a distancia entre dois pontos mais próximos da onda senoidal, na direção de sua propagação, cuja fase de oscilação estejam separadas de 2. λ � 2π � � � 2. . � � λ. f λ � # [km] 2.2.3 – Calculo Pratico da L.T. Relação ente Tensão e Corrente. As equações das L.T. mostradas anteriormente (22) e (23) podem ser remanejadas, de forma que: �j5 � �j@. wB.γ{B.γ@ x E �j@. � . wB.γ)B.γ@ x (24) �j5 � �j2. p�.γEp��.γ2 E �j 2�� . p�.γ�p��.γ2 (25) Conhecendo as tensões e correntes no receptor, podemos determinar no transmissor. Da mesma forma é possível calcular as tensões e correntes no receptor quando estipuladas aquelas no transmissor. Sabendo que: �� MR�. γj T � p�. E p��.2 ^+MR�. γj T � p�. � p��.2 As equações anteriores podem ser representadas por: �j5 � �j@. �� MRγj . �T E �j@. � . ^+MRγj . �T (26) �j5 � �j2�� MRγj . �T. E �j 2�� . ^+MRγj . �T (27) As equações (26) e (27) são conhecidas como “Equações Exatas” das linhas de transmissão. Vimos que γj � 3mj. nj γ. �j � �. 3mj. nj � Fm. �j . n. �j CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges γj . � � 3�j. j Sendo: �j � mj. � j � nj . � �j – impedância total da linha. j – admitância total da linha. Portanto: �� MR�. γj T � �� M w3�j . j x ^+MR�. γj T � ^+M w3�j . j x Podemos representar as funções hiperbólicas na expansão em serie das funções hiperbólicas da forma: �� MR�. γj T � 1 E w3�j. j x@2! E w3�j . j x * 4! E w3�j . j x 1 6! E ⋯ ^+MR�. γj T � 3�j . j E w3�j . j x3! E w3�j . j x 8 5! E w3�j . j x 7! E ⋯ • Para linhas curtas, considera-se somente o ° termo da serie. • Para linhas medias considerasse os 2 primeiros termos da serie. • Para linhas longas considera-se 3 ou mais termos da serie. LINHAS CURTAS São consideradas linhas curtas as L.T.s que atendem as seguintes requisitos: � 150�$ � Z 80�� 150�$ � Z 400�$ � 40�� � 400�$ � 20�� Para linhas curtas: �� MR�. γj T � 1 ^+MR�. γj T � 3�j . j Substituindo estes termos nas equações exatas das L.T.s (26) e (27), teremos: �j5 � �j@ E �j@. �. 3�j . j � �j@ E �j@. 9mjnj . 3�j . j �j5 � �j@ E �j@. �j �j5 � �j2 E�j 2�� .3�j . j � �j2 E�j 29njmj .3�j. j �j5 � �j2 E�j 2. j Como o termo �j@. j é muito pequeno comparado com �j@, podemos considerar apenas �j@ e desprezar �j@. j . Circuito Equivalente �j5 � �j2 CURSO: CST emSistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges LINHAS MÉDIAS Quando o comprimento ultrapassar o das linhas medias 2 ou mais termos da serie devem ser utilizados. � 150�$ � 200�� � 400�$ � Z 100�� Para linhas medias: �� MR�. γj T � 1 E w3�j. j x@2! ^+MR�. γj T � 3�j . j E w3�j . j x3! Substituindo estes termos nas equações exatas das L.T.s (26) e (27), teremos: �j5 � �j@. 1 E �j . j2 E �j@. �j . 1 E �j . j6 �j5 � �j2.1 E �j . j2 E�j 2. j .1 E �j . j6 Dois circuitos equivalentes podem ser utilizados para representar uma linha media. CIRCUITO PI NOMINAL �j5 � �j@. 1 E �j . j2 E �j@. �j �j5 � �j2.1 E �j . j2 E�j 2. j .1 E �j . j4 BC – Suceptância capacitiva. ¡¢.D CIRCUITO TEE NOMINAL �j5 � �j@. 1 E �j . j2 E �j@. �j . 1 E �j . j4 �j5 � �j2. 1 E �j . j2 E�j 2. j LINHAS LONGAS Quando o comprimento ultrapassar aos das linhas curtas e medias devemos usar as equações exatas da linha que são: �j5 � �j@. �� MRγj . �T E �j@. � . ^+MRγj . �T (26) �j5 � �j2�� MRγj . �T. E �j 2�� . ^+MRγj . �T (27) O circuito PI pode ser utilizado para representar as linhas longas. Entretanto para isso seus parâmetros elétricos necessitam de correções. Seja �′j e ′j as impedâncias e admitâncias totais da linha corrigidas. Sabemos que as equações do circuito PI após correções, torna-se: �j5 � �j@. 1 E �j . j2 E �j@. �j �j5 � �j2.1 E �j . j2 E�j 2. j .1 E �j . j4 Sendo: ′j2 � j2 . �_M w γj . �2 xγj . �2 � ^p�p+ �′j � �j . ^+MRγj . �Tγj . � ��M� CURSO: CST em Sistema Elétrico Linhas de Transmissão - 1/2017 Prof.: Elson Borges As equações acima nos permitem concluir que o circuito PI é adequado para a representação das linhas longas, em regime permanente, desde que os valores de �j e £j@ sejam adequadamente corrigidos, para retratar a condição de parâmetro distribuídos. Os circuitos com parâmetros corrigidos recebem o nome de circuito PI equivalente.
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