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MECÂNICA DOS FLUIDOS I Curso: Engenharia Mecânica Tema: Cinemática Professor: Alex Luz Salgado, MSc (alex.salgado@uvv.br) Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos REGIME PERMANENTE O que é? • É aquele onde as propriedades do fluido são invariáveis com o tempo. • Ou seja, apesar de estar em movimento, a configurações de suas propriedades permanecem a mesma. • Podem variar de ponto a ponto. REGIME PERMANENTE A quantidade de água que entra em 1 é idêntica à quantidade que sai em 2 Nessas condições, a configuração de todas as propriedades do fluido, como velocidade, massa específica, pressão etc, será, em cada ponto a mesma em qualquer instante. Note-se que em cada ponto a velocidade, por exemplo é diferente, assim como a pressão. Se não houver fornecimento de água em 1, o regime não será permanente REGIME PERMANENTE Reservatório de grandes dimensões e de pequenas dimensões Em (a), a vazão em dois não varia sensivelmente com o passar do tempo. (b) o mesmo é pequeno em face à descarga do fluido Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos ESCOAMENTOS LAMINAR E TURBULENTO Escoamento Laminar e Turbulento ESCOAMENTOS LAMINAR E TURBULENTO Escoamento Laminar e Turbulento ESCOAMENTOS LAMINAR E TURBULENTO Escoamento Laminar e Turbulento Análise de escoamento turbulento é extremamente difícil. No escoamento laminar e unidimensional: 𝜏𝑦𝑥 = 𝜇 𝑑𝑢 𝑑𝑦 ESCOAMENTOS LAMINAR E TURBULENTO Experimento de Reynolds: https://www.youtube.com/watch?v=nc87jwdBtFY Denotam dois tipos de escoamentos separados. 𝑅𝑒 = 𝜌𝑉𝐷 𝜇 ESCOAMENTOS LAMINAR E TURBULENTO Para pequenas velocidades de descarga, forma-se um filete reto e contínuo de fluido colorido no eixo do tubo. Ao abrir mais a válvula o filete começa a apresentar ondulações e finalmente desaparece a uma pequena distância do ponto de injeção. Neste caso, como o nível do tanque continua a descer, conclui-se que o fluido ainda é injetado, mas devido a movimentos transversais do escoamento, é totalmente diluído na água do tubo. Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos CAMPO DE VELOCIDADE Linhas de Tempo, Trajetórias, Linha de Emissão e Linhas de Corrente CAMPO DE VELOCIDADE Linhas de Tempo (timeline): Se, num campo de escoamento, várias partículas fluidas adjacentes forem marcadas num dado instante, elas formarão uma linha no fluido naquele instante. Trajetórias (pathline): Caminho traçado por uma partícula fluida em movimento. Para isso, emprega-se o uso de um corante ou fumaça para determinar a linha traçada pela partícula (trajetória) CAMPO DE VELOCIDADE Linhas de Corrente (streamline) São aquelas desenhadas no campo de escoamento de forma que, num dado instante, são tangentes à direção do escoamento em cada ponto do campo. São tangentes ao vetor velocidade em cada campo do escoamento. Linha de Emissão (streakline): Quando identificamos com corante todas as partículas que passam em um local fixo no espaço. Após um certo tempo teremos uma quantidade de partículas identificáveis no escoamento. A linha que une essas partículas é a Linha de Emissão. CAMPO DE VELOCIDADE Em regime permanente, a Trajetória, a Linha de Emissão e a Linha de Corrente são linhas idênticas no campo de escoamento Vídeo: (Flow Visualization part 1) https://www.youtube.com/watch?v=DOUfyDHxkYQ&list= PLF467935CA1CB8BC8&index=12 Fonte: National Committee for Fluid Mechanics Films (NCFMF) CAMPO DE VELOCIDADE Se um comprimento de arco elementar dr de uma linha de corrente deve ser paralelo a V, seus respectivos componentes devem ser proporcionais: 𝑑𝑥 𝑢 = 𝑑𝑦 𝑣 = 𝑑𝑧 𝑤 = 𝑑𝑟 𝑉 CAMPO DE VELOCIDADE Em regime transiente as linhas de emissão, linhas de corrente e trajetórias terão geralmente formas diferentes. 𝑥 = 𝑥𝑃 𝑡 → 𝑦 = 𝑦𝑃 𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑣 𝑥, 𝑦 𝑢 𝑥, 𝑦 Linha de corrente em um instante de tempo Para trajetórias: 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑃𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎 = 𝑢 𝑥, 𝑦, 𝑡 → 𝑑𝑦 𝑑𝑡 𝑃𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎 = 𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑡 Coordenadas instantâneas de uma partícula específica Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos CAMPO DE VELOCIDADE Um escoamento é classificado como uni, bi ou tridimensional de acordo com o número de coordenadas espaciais necessárias para especificar seu campo de velocidade. CAMPO DE VELOCIDADE Apesar da maioria dos escoamentos serem tridimensionais, a análise em uma quantidade menor de dimensões é significativa Em muitos casos é conveniente fazer uma aproximação para escoamento uniforme (unidimensional). Em um escoamento uniforme, a velocidade é constante através de qualquer seção normal ao escoamento. CAMPO DE VELOCIDADE Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos VAZÃO – VELOCIDADE MÉDIA NA SEÇÃO Suponha que, estando a torneira aberta, seja empurrado o recipiente da figura e simultaneamente disparado o cronômetro. Admita que o recipiente encha 20 litros em 10 segundos. Pode-se dizer que a vazão em volume é: 20 L/10 segundos=2 L/s VAZÃO – VELOCIDADE MÉDIA NA SEÇÃO O que é vazão? • Volume do fluido que atravessa uma certa seção do escoamento por unidade de tempo 𝑄 = 𝑉 𝑡 O que é vazão? • Volume do fluido que atravessa uma certa seção do escoamento por unidade de tempo (m³/s, L/s, L/min ou qualquer outra que de volume por tempo) VAZÃO – VELOCIDADE MÉDIA NA SEÇÃO Relação importante entre volume e a velocidade do fluido O volume de fluido que atravessa a seção de área A no intervalo de tempo t é: V=sA. 𝑄 = 𝑉𝑜𝑙 𝑡 = 𝑠𝐴 𝑡 → 𝑣𝑒𝑙 = 𝑠 𝑡 → 𝑄 = 𝑣𝑒𝑙. 𝐴 = 𝑣. 𝐴 VAZÃO – VELOCIDADE MÉDIA NA SEÇÃO Somente se a velocidade for uniforme na seção. Mas como na maioria dos casos práticos o escoamento não é unidimensional, 𝑑𝑄 = 𝑣. 𝑑𝐴 → 𝑄 = 𝐴𝑣𝑑𝐴 = 𝑣𝑚é𝑑𝑖𝑎 . 𝐴 → 𝑣𝑚 = 1 𝐴 𝐴 𝑣𝑑𝐴 VAZÃO – VELOCIDADE MÉDIA NA SEÇÃO Exemplo Determinar a velocidade média correspondente ao diagrama de velocidades a seguir. Supor que não haja variação de velocidade segundo a direção normal ao plano da figura (escoamento bidimensional) VAZÃO – VELOCIDADE MÉDIA NA SEÇÃO Vazão em Peso 𝑄𝑚 = 𝑚 𝑡 = 𝜌𝑉 𝑡 = 𝜌𝑄 = 𝜌𝑣𝑚𝐴 Vazão em Massa 𝑄𝐺 = 𝐺 𝑡 = 𝛾𝑉 𝑡 = 𝛾𝑄 = 𝛾𝑣𝑚𝐴 𝑄𝐺 = 𝜌𝑔𝑄 = 𝑔𝑄𝑚 Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE PARA REGIME PERMANENTE Escoamento de um fluido por um tubo de corrente: Não pode haver fluxo lateral de massa 𝑄𝑚1 → 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑛𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑄𝑚2 → 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 𝑛𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE PARA REGIME PERMANENTE Imagine se houvesse variação do acúmulo de massa: 𝑄𝑚1 ≠ 𝑄𝑚2. Dessa forma a massa específica iria variar com o tempo, contrariando a hipótese de regime permanente 𝑄𝑚1 = 𝑄𝑚2 → 𝜌1𝑄1 = 𝜌2𝑄2 → 𝜌1𝑣1𝐴1 = 𝜌2𝑣2𝐴2 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE PARA REGIME PERMANENTE Exemplo Um gás escoa em regime permanente no trecho de tubulação da figura. Na seção (1), tem-se 𝐴1 = 20𝑐𝑚², 𝜌1 = 4𝑘𝑔 𝑚3 𝑒 𝑣1 = 30𝑚 𝑠 . Na seção (2), 𝐴2 = 10𝑐𝑚², 𝜌2 = 12𝑘𝑔 𝑚3 . Qual a velocidade na seção (2)? EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE PARA REGIME PERMANENTE Se o fluido for incompressível: 𝜌1 = 𝜌2 = 𝐶𝑇𝐸 𝑄1 = 𝑄2 → 𝑣1𝐴1 = 𝑣2𝐴2 Portanto, a vazão em volume de um fluido incompressível é a mesma em qualquer seção do escoamento Velocidades médias e áreas são inversamente proporcionais Área Velocidade EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE PARA REGIME PERMANENTE Exemplo: O venturi é um tubo convergente/divergente, como mostrado. Determinar a velocidade na seção mínima (garganta) de área 5cm², se na seção de entrada (área 20 cm²) a velocidade é 2m/s. O fluido é incompressível. EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE PARA REGIME PERMANENTE Para o caso de diversas entradas: Se o fluido for incompressível: 𝑒 𝑄𝑚 = 𝑠 𝑄𝑚 𝑒 𝑄 = 𝑠 𝑄 Sumário Regime Permanente Escoamentos Laminar e Turbulento Trajetória e Linha de Corrente Escoamento Unidimensional ou Uniforme na Seção Vazão – Velocidade Média na Seção Equação da Continuidade para Regime Permanente Velocidade e Aceleração nos Escoamentos de Fluidos Alguns Conceitos VELOCIDADE E ACELERAÇÃO NOS ESCOAMENTOS DE FLUIDOS Convém ressaltar alguma coisa sobre sistemas de referência. Observe que os sistemas que podem ser utilizados são inerciais ou em movimento, dependendo da conveniência do problema estudado. O que realmente interessa é o movimento relativo entre o fluido e o objeto. Assim, no movimento de um barco dentro da água, é interessante fixar o sistema ao barco e pensar no fluido em movimento em torno dele. Esse é o ponto de vista utilizado quando se testa um modelo de navio num tanque de provas. Note-se que a noção de regime permanente é função do observador ou do sistema de referência. VELOCIDADE E ACELERAÇÃO NOS ESCOAMENTOS DE FLUIDOS Seja, por exemplo, o movimento de um barco em água parada. Para um observador fixado à margem do lago, por exemplo, o movimento é não permanente, pois os pontos da água que em um certo instante estavam parados irão adquirir um certo movimento quando o barco passar num instante sucessivo. Se, porém, o observador for fixado ao barco, a configuração do movimento do fluido em torno do barco será sempre a mesma, sendo o regime permanente. A simples observação deste fato permitirá simplificar muitos problemas às vezes complicados para um sistema de referência inercial. CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO Como já apresentado anteriormente, a forma de um campo de velocidades é dado por: 𝑉 = 𝑉 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 𝑉 = 𝑢(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) 𝑖 + 𝑣(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) 𝑗 + 𝑤(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) 𝑘 Essa é a mais importante variável em mecânica dos fluidos. Sabendo o vetor velocidade, é quase que o equivalente à “resolver” um problema de escoamento de fluido. CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO Considerando um sistema referencial Euleriano, que considera as coordenadas fixas no espaço (e a gente observa o fluido passando por este ponto), temos que o campo vetorial de aceleração “a” do escoamento: 𝑎 = 𝑑𝑉 𝑑𝑡 = 𝑑𝑢 𝑑𝑡 𝑖 + 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑗 + 𝑑𝑤 𝑑𝑡 𝑘 Como cada componente escalar de velocidade (u, v, w) é um função de 4 variáveis (x, y, z, t), podemos usar a regra da cadeia para encontrar as derivadas parciais. CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO Por definição: 𝑎 𝑥𝑝 = 𝐷𝑢 𝐷𝑡 = 𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑢 𝜕𝑦 +𝑤 𝜕𝑢 𝜕𝑧 + 𝜕𝑢 𝜕𝑡 𝑎 𝑧𝑝 = 𝐷𝑤 𝐷𝑡 = 𝑢 𝜕𝑤 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑤 𝜕𝑦 +𝑤 𝜕𝑤 𝜕𝑧 + 𝜕𝑤 𝜕𝑡 𝑎 𝑦𝑝 = 𝐷𝑣 𝐷𝑡 = 𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑦 +𝑤 𝜕𝑣 𝜕𝑧 + 𝜕𝑣 𝜕𝑡 CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO Fazendo exatamente a mesma coisa para v e w (para 𝑑𝑣 𝑑𝑡 𝑒 𝑑𝑤 𝑑𝑡 ), chegamos ao seguinte vetor: 𝑎 = 𝑑𝑉 𝑑𝑡 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 + 𝑢 𝜕𝑉 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑉 𝜕𝑦 + 𝑤 𝜕𝑉 𝜕𝑧 = 𝜕𝑉 𝜕𝑡 + 𝑉. 𝛻 𝑉 “Aceleração local” (se o escoamento for em regime permanente, sabemos que a mesma será zero) “Aceleração convectiva”. Aparece quando a partícula se desloca por regiões com velocidade variável no espaço como em um bocal ou difusor 𝛻 = 𝑖 𝜕 𝜕𝑥 + 𝑗 𝜕 𝜕𝑦 + 𝑘 𝜕 𝜕𝑧 CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO As partículas do fluido podem apresentar aceleração mesmo quando a velocidade é constante em cada ponto com o tempo, pois pode-se ter variações de ponto para ponto. Somente se a velocidade for a mesma em todos os pontos, em qualquer instante, a aceleração será nula. CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO Observe que: 𝑉. 𝛻 = 𝑢 𝜕 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕 𝜕𝑦 + 𝑤 𝜕 𝜕𝑧 𝛻. 𝑉 = 𝜕𝑢 𝜕𝑥 + 𝜕𝑣 𝜕𝑦 + 𝜕𝑤 𝜕𝑧 CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO Em coordenadas cilíndricas CAMPO DE ACELERAÇÃO DE UM FLUIDO Escoamento Bidimensional Escoamento Unidimensional Escoamento Permanente em três dimensões EXERCÍCIOS Exemplo Em um escoamento no plano xy, o campo de velocidades é dado por: 𝑢 = 2𝑥𝑡 𝑒 𝑣 = 𝑦2𝑡. Determinar a aceleração na origem e no ponto P (1, 2) no instante t = 5s (medidas em cm). EXERCÍCIOS Exemplo Um tubo admite água (ρ=1000 kg/m³) em um reservatório com uma vazão de 20L/s. No mesmo reservatório é trazido óleo (ρ=800 kg/m³) por outro tubo com uma vazão de 10L/s. A mistura homogênea formada é descarregada por um tubo cuja seção tem uma área de 30cm². Determinar a massa específica da mistura no tubo de descarga e sua velocidade. EXERCÍCIOS Exemplo O tanque maior da figura abaixo permanece em nível constante. O escoamento da calha tem uma seção transversal quadrada e é bidimensional, obedecendo a equação v=3y². Sabendo que o tanque (B) tem 1m³ e é totalmente preenchido em 5 segundos e que o conduto circular tem 30 cm de diâmetro, determinar: a) Velocidade média na calha quadrada b) A vazão no conduto circular de 30 cm de diâmetro c) A velocidade máxima na seção do conduto circular de 30 cm de diâmetro EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS Exemplo O esquema a seguir corresponde à seção longitudinal de um canal de 25 cm de largura. Admitindo escoamento bidimensional e sendo o diagrama de velocidades dado por v=30y—y² (y em cm; v em cm/s), bem como o fluido de peso específico: 0,9 N/L e viscosidade cinemática: 70 cSt e g=10m/s, determinar: a) O gradiente de velocidade para y=2 cm; b) A máxima tensão de cisalhamento na seção (N/m²) c) A velocidade média na seção em cm/s d) A vazão em massa na seção EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS Exemplo No sistema da figura, 𝐴3 = 0,5𝑚 2, 𝜌3 = 0,4 𝑘𝑔 𝑚3 , e os fluidos são gases. Dados: Seção (1): 𝑣 = 4. 1 − 𝑟 𝑅 2 ; 𝑄1 = 2𝑚3 𝑠 ; 𝜌1 = 0,6 𝑘𝑔/𝑚 3 Seção (2): 𝑣 = 9. 1 − 𝑟 0,4 ; 𝜌2 = 1,2 𝑘𝑔 𝑚3 Determinar: a) Velocidade do pistão b) raio da seção (1) c) A mínima viscosidade dinâmica do fluido na seção (1) EXERCÍCIOS Sumário Relações Integrais para um Volume de Controle Introdução Sistema e Volume de Controle Volume e Controle Vazão Volumétrica e Vazão em Massa Teorema de Transporte de Reynolds Sumário Relações Integrais para um Volume de Controle Introdução Sistema e Volume de Controle Volume e Controle Vazão Volumétrica e Vazão em Massa Teorema de Transporte de Reynolds Introdução Para analisar os problemas de escoamento podemos utilizar: 1. Abordagem Diferencial: Procurar descrever os detalhes para cada ponto (x,y,z). Introdução 2. Análise de Volume de Controle ou de Larga Escala: Trabalhar com uma região finita, fazendo um balanço dos escoamentos que entram e saem, e determinando os efeitos globais, tais como a força ou o torque sobre um corpo, ou a troca total de energia. 3. Análise Dimensional ou Experimental. Introdução No método do Volume de Controle encontraremos a taxa de variação de uma propriedade global do fluido aplicando o teorema de transporte de Reynolds. Aplicaremos este teorema à: Massa Quantidade de Movimento Linear Quantidade de Movimento Angular Energia Introdução 1. Conservação de Massa: Para um sistema (por definição uma quantidade fixa de matéria, M), temos o resultado simples: 𝑀𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝐶𝑇𝐸 → 𝑑𝑀 𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 0 𝑀𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑑𝑚 = ∀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝜌𝑑∀ Introdução 2. Relação de Quantidade de Movimento Linear: Se as vizinhanças exercem uma força resultante F sobre o sistema, pela segunda lei de Newton, a massa do sistema começará a se acelerar. 𝐹 = 𝑚. 𝑎 = 𝑚. 𝑑𝑉 𝑑𝑡 = 𝑑 𝑑𝑡 𝑚. 𝑉 Como é uma relação vetorial: 𝐹𝑥 = 𝑚. 𝑎𝑥 𝐹𝑦 = 𝑚. 𝑎𝑦 𝐹𝑧 = 𝑚. 𝑎𝑧 Introdução 3. Relação de Quantidade de Movimento Angular (momento da quantidade de movimento): estabelece que a taxa de variação da quantidade de movimento angular é igual à soma de todos os torques atuando sobre o sistema. 𝑇 = 𝑑𝐻 𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 Onde a quantidade de movimento angular do sistema é dada por: 𝐻𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑟 × 𝑉𝑑𝑚 = ∀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑟 × 𝑉𝜌𝑑∀ O torque pode ser composto por forças de superfície, de campo e por eixos que cruzam as fronteiras do sistema: 𝑇 = 𝑟 × 𝐹𝑠 + 𝑀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑟 × 𝑔𝑑𝑚 + 𝑇𝑒𝑖𝑥𝑜 Introdução 4.1. Primeira Lei da Termodinâmica: enunciado da conservação de energia para um sistema. 𝑑𝐸 = 𝛿𝑄 − 𝛿𝑊 Na forma de taxa: 𝑄 − 𝑊 = 𝑑𝐸 𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 Onde a energia total do sistema é dada por: 𝐸𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑒. 𝑑𝑚 = ∀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑒. 𝜌𝑑∀ 𝑒 = 𝑢 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 Introdução Onde: 𝑄 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑊 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑢 = 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑉 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑧 = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎) Quando 𝑄 é positivo, calor está sendo adicionado ao sistema pela sua vizinhança. Quando 𝑊 é positivo, trabalho é realizado pelo sistema sobre sua vizinhança. Introdução 4.2. Segunda Lei da Termodinâmica: Se uma quantidade de calor, 𝛿𝑄, for transferida para u m sistema à temperatura T, a segunda Lei da Termodinâmica estabelece que a variação de entropia, dS, do sistema satisfaz a seguinte relação: 𝑑𝑆 ≥ 𝛿𝑄 𝑇 Na forma de taxa: 𝑑𝑆 𝑑𝑡 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 ≥ 1 𝑇 𝑄 Onde a entropia total do sistema é dada por: 𝑆𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑠. 𝑑𝑚 = ∀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑠. 𝜌𝑑∀ Introdução As relações anteriores são as quatro relações básicas da Mecânica dos Fluidos para um Volume de Controle. As leis da mecânica estabelecem o que ocorre quando houver uma interação entre o sistema e suas vizinhanças. Sumário Relações Integrais para um Volume de Controle Introdução Sistema e Volume de Controle Volume e Controle Vazão Volumétrica e Vazão em Massa Teorema de Transporte de Reynolds Sistema e Volume de Controle Em Mecânica dos Fluidos consideraremos um sistema como uma quantidade fixa de massa identificável, capaz de interagir com o meio de vários modos, podendo apresentar variação de forma e tamanho mas contendo sempre a mesma massa. Um volume de controle é um volume no espaço (uma entidade geométrica e independente da massa) através do qual o fluido pode escoar. Sumário Relações Integrais para um Volume de Controle Introdução Sistema e Volume de Controle Volume e Controle Vazão Volumétrica e Vazão em Massa Teorema de Transporte de Reynolds Volume de Controle Normalmente, na mecânica dos fluidos, é difícil identificar e acompanhar uma quantidade fixa de matéria. Volume de Controle Podemos estar mais interessados em determinar as forças que atuam num ventilador avião ou automóvel (exercida pelo fluido que escoa sobre o objeto) do que as informações que podem ser obtidas pelo acompanhamento de uma dada quantidade de fluido (um sistema). Volume de Controle O volume de controle pode ser móvel e deformável. A matéria contida nele pode variar ao longo do tempo e, consequentemente, a quantidade de massa no VC também pode variar com o tempo. O volume de controle é uma entidade geométrica e independe do fluido. Superfície de controle: a superfície do volume de controle Volume de Controle Sumário Relações Integrais para um Volume de Controle Introdução Sistema e Volume de Controle Volume e Controle Vazão Volumétrica e Vazão em Massa Teorema de Transporte de Reynolds Volume de Controle A integral de 𝑑𝑉/𝑑𝑡 é a vazão volumétrica total Q através da superfície S: 𝑄 = 𝑠 𝑉. 𝑛 𝑑𝐴 = 𝑠 𝑉𝑛 𝑑𝐴 → 𝑛: 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑎 Vazão em massa: 𝑚 = 𝑠 𝜌 𝑉. 𝑛 𝑑𝐴 = 𝑠 𝜌𝑉𝑛 𝑑𝐴 Se a massa específica for constante, ela pode sair do sinal de integração, resultando uma proporcionalidade direta: 𝑚 = 𝜌𝑄 = 𝜌𝐴𝑉 → 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎çã𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 Vazão Volumétrica e Vazão em Massa Vazão volumétrica do escoamento através de uma superfície arbitrária: b) o volume incremental de fluido deslocado através de dA é igual a V.dt.dA cosθ a) uma área elementar dA sobre a superfície; Sumário Relações Integrais para um Volume de Controle Introdução Sistema e Volume de Controle Volume e Controle Vazão Volumétrica e Vazão em Massa Teorema de Transporte de Reynolds Teorema de Transporte de Reynolds Muitas vezes nós estamos interessados no que acontece numa região particulardo escoamento e, em outras vezes, estamos interessados no efeito do escoamento num objeto que interage com o escoamento. Precisamos descrever as leis que modelam os movimentos dos fluidos utilizando tanto a abordagem dos sistemas (considerando uma massa fixa de fluido) quanto a dos volumes de controle (considerando um dado volume). Teorema de Transporte de Reynolds É interessante contarmos com uma ferramenta analítica que transforme uma representação na outra. Teorema de Transporte de Reynolds O Teorema de Transporte de Reynolds estabelece uma relação entre as taxas de variação do sistema e as integrais de volume e de superfície do volume de controle. Serve para transformar nossa matemática de forma a aplicá-la a uma região fixa, em vez de a massa individual. Teorema de Transporte de Reynolds Vamos substituir as taxas de variação de M, P, H, E e S por um símbolo genérico N que represente a todas elas. Correspondendo a essa propriedade extensiva, a propriedade intensiva Ƞ é N por unidade de massa. 𝑁𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝜂𝑑𝑚 = ∀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝜂𝜌𝑑∀ Teorema de Transporte de Reynolds Todas as leis da física são formuladas em função de vários parâmetros físicos. 𝑁 = 𝑀 → 𝜂 = 1 𝑁 = 𝑃 → 𝜂 = 𝑉 𝑁 = 𝐻 → 𝜂 = 𝑟 × 𝑉 𝑁 = 𝐸 → 𝜂 = 𝑒 𝑁 = 𝑆 → 𝜂 = s Teorema de Transporte de Reynolds A maioria das leis que descrevem o movimento dos fluidos envolve a taxa de variação temporal de uma propriedade extensiva (por exemplo, a taxa de variação da quantidade de movimento do sistema, etc.). Na abordagem do volume de controle, precisamos obter uma expressão para a taxa de variação de uma propriedade extensiva no volume de controle e não num sistema. Teorema de Transporte de Reynolds Queremos relacionar a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva arbitrária, N, do sistema com quantidades associadas com o volume de controle. Da definição de uma derivada: Índice “s” para sistema Teorema de Transporte de Reynolds Três regiões podem ser identificadas: Região I Região II Região III Volume de Controle Delimita o sistema em t = t0 + ∆t Teorema de Transporte de Reynolds Da geometria da figura: Teorema de Transporte de Reynolds Substituindo na definição da derivada do sistema: Como o limite da soma é igual à soma dos limites: Teorema de Transporte de Reynolds Termo 1 – Simplificado para: Termo 2 – Para essa sub região: Teorema de Transporte de Reynolds Para achar o volume do elemento cilíndrico: Vetor comprimento do cilindro Volume de um cilindro prismático Portanto, para a sub-região III: Integrando sobre toda a região III:Portanto, para a sub-região III: Teorema de Transporte de Reynolds Termo 3 – na sub-região I: Teorema de Transporte de Reynolds Finalmente, juntamos todas as equações: Combinando as duas últimas integrais: Relação fundamental entre a taxa de variação de uma propriedade extensiva arbitrária, N, de um sistema e as variações dessa propriedade associadas com um volume de controle. Chamada de TEOREMA DE TRANSPORTE DE REYNOLDS. Teorema de Transporte de Reynolds Interpretação física: Taxa de variação da propriedade extensiva do sistema N. Taxa de variação da quantidade da propriedade N dentro do volume de controle. O termo dentro da integral calcula o valor instantâneo de N dentro do volume de controle. Taxa na qual a propriedade N está saindo da superfície do volume de controle. 𝜌𝑉𝑑 𝐴 calcula a taxa de transferência de calor saindo através do elemento de área 𝑑 𝐴 Teorema de Transporte de Reynolds Dois comentários: 1. No produto escalar, como 𝐴 está sempre direcionado para fora, o produto escalar será positivo quando 𝑉 está para fora e negativo quando 𝑉 está para dentro. 2. 𝑉 é medido com relação ao volume de controle: quando as coordenadas do volume de controle xyz estão estacionárias ou movendo-se com uma velocidade linear constante, o volume de controle constituirá um sistema inercial e as leis físicas (especificamente a Segunda Lei de Newton) que descrevemos serão aplicadas. A Conservação da Massa Será o primeiro princípio ao qual iremos aplicar a relação entre as formulações de sistema e de volume de controle. O que diz ela? A MASSA DO SISTEMA PERMANECE CONSTANTE 𝑀𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝑑𝑚 = ∀(𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) 𝜂𝜌𝑑∀ Substituindo na equação de transporte (N = M; ƞ=1) A Conservação da Massa Taxa de aumento de massa no VC Taxa líquida de massa para dentro do VC = A Conservação da Massa Casos Especiais: 1) Fluidos incompressíveis (com massa específica constante) Para um volume de controle não deformável, de forma e tamanho fixos, Volume = constante. Então a conservação de massa para escoamento incompressível através de um volume de controle fixo é: A Conservação da Massa Quando podemos aproximar uma velocidade uniforme em cada entrada e saída: As duas expressões anteriores são válidas tanto para regime permanente como para regime transiente. A Conservação da Massa 2. Quando temos ou podemos aproximar uma velocidade uniforme em cada entrada e saída: Taxa de fluxo de volume, vazão em volume ou volumétrica através de uma seção de uma superfície de controle de área: O módulo da velocidade média, em uma seção é definido por: A Conservação da Massa No caso geral de escoamento permanente, compressível, através de um volume de controle fixo: Quando temos ou podemos aproximar uma velocidade uniforme em cada entrada e saída Exercícios Considere o escoamento permanente de água em uma junção de tubos, conforme mostrado no diagrama. As áreas das seções são: A1 = 0,2 m², A2 = 0,2 m² e A3 = 0,15 m². O fluido também vaza para fora do tubo através de um orifício em (4) com uma vazão volumétrica estimada em 0,1 m³/s. As velocidades médias nas seções (1) e (3) são V1 = 5 m/s e V3 = 12 m/s, respectivamente. Determine a velocidade do escoamento na seção (2). Exercícios Exercícios O fluido em contato direto com uma fronteira sólida estacionária tem velocidade zero; não há deslizamento na fronteira. Então, o escoamento sobre uma placa plana adere-se à superfície da placa e forma uma camada-limite, como esquematizado a seguir. O escoamento a montante da placa é uniforme com velocidade 𝑉 = 𝑈 𝑖 ; U = 30 m/s. A distribuição de velocidade dentro da camada-limite ( 0 ≤ 𝑦 ≤ 𝛿 ) ao longo de cd é aproximada por 𝑢 𝑈 = 2 𝑦 𝛿 − 𝑦 𝛿 2 . A espessura da camada-limite na posição d é 𝛿 = 5𝑚𝑚.O fluido é ar com massa específica = 1,24 kg/m³. Supondo que a largura da placa perpendicular ao papel seja w = 0,6 m, calcule a vazão em massa través da superfície bc do volume de controle abcd. Exercícios Exercícios Variação de Massa Específica em Regime Transiente Um tanque, com volume de 0,05 m³, contém ar a 800 kPa (absoluta) e 15°c. Em t = 0, o ar começa a escapar do tanque através de uma válvula com área de escoamento de 65 mm². O ar passando através da válvula tem velocidade de 300 m/s e massa específica de 6 kg/m³. Determine a taxa instantânea de variação da massa específica do ar no tanque em t = 0. Exercícios O tanque abaixo (circular) está sendo completado com água por duas entradas. Ar está preso no topo do tanque. O nível de água é indicado por “h”. (a) Encontre uma expressão para a mudança de altura em relação ao tempo 𝑑ℎ 𝑑𝑡 (b) Calcule 𝑑ℎ 𝑑𝑡 se 𝐷1 = 1,D2=3", 𝑉1 = 3 𝑝é𝑠 𝑠 , 𝑉2 = 2 𝑝é𝑠 𝑠 𝑒 𝐴𝑡 = 2 𝑝é𝑠 2 (assuma água a 20°C). Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial Vamos obter a aplicação da segunda lei de Newton para um VC. As coordenadas do volume de controle xyz estão em repouso ou movendo-se a velocidade constante em relação a um conjunto de coordenadas “absolutas” XYZ. Segunda lei de Newton para um sistema movendo-se em relação a um sistema de coordenadas inerciais: Onde P é a quantidade de movimento linear do sistema Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial A força resultante F inclui todas as forças de campo e de superfície atuando sobre o sistema: Relação para sistema e volume de controle Para 𝑁 = 𝑃 e 𝜂 = 𝑉 Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial Dado que: Como em 𝑡0 o sistema e o volume de controle coincidiam: Desta maneira, as equações podem ser combinadas para formular a segunda lei de Newton para um VC não acelerado: Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial Para os casos em que temos escoamento uniforme em cada entrada e saída: Assim sendo: Força total, devido às forças de superfície e de campo, atuando sobre o volume de controle. Taxa de variação da quantidade de movimento dentro do volume de controle (integral de volume). Taxa líquida na qual a quantidade de movimento está saindo do volume de controle através da superfície de controle. Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial Para os casos em que temos escoamento uniforme em cada entrada e saída: Assim sendo: Força total, devido às forças de superfície e de campo, atuando sobre o volume de controle. Taxa de variação da quantidade de movimento dentro do volume de controle (integral de volume). Taxa líquida na qual a quantidade de movimento está saindo do volume de controle através da superfície de controle. Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial Em Mecânica dos Fluidos, a força de campo é normalmente a gravidade: Em muitas aplicações, a força de superfície deve-se à pressão: 𝑔 → 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑊𝑉𝐶 → 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡â𝑛𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑉𝐶 O sinal negativo assegura que sempre calculamos a força de pressão atuando sobre a superfície de controle Vale ressaltar que mesmo em pontos sobre a superfície que possui um escoamento para fora, a força de pressão atua sobre o volume de controle. Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial Como a equação da quantidade de movimento é uma equação vetorial: Para escoamento uniforme em cada entrada e saída: Exercício A água sai de um bocal estacionário e atinge uma placa plana, conforme mostrado. A água deixa o bocal a 15 m/s; a área do bocal é 0,01 m2. Considerando que a água é dirigida normal à placa e que escoa totalmente ao longo da placa, determine a força horizontal sobre o suporte. Exercício Possibilidades de VC: Exercício Diagrama de Corpo Livre sobre a Placa: Exercício A água escoa em regime permanente através do cotovelo redutor de 90º mostrado no diagrama. Na entrada do cotovelo, a pressão absoluta é 220 kPa e a área da seção transversal é 0,01 m². Na saída, a área da seção transversal é 0,0025 m² e a velocidade média é 16 m/s. O cotovelo descarrega para atmosfera. Determine a força necessária para manter o cotovelo estático. Exercício Exercício Água de um canal aberto escoa sob uma comporta. Compare a força horizontal da água sobre a comporta (a) quando a comporta está fechada e (b) quando a comporta está aberta (considerando escoamento permanente, conforme mostrado). Considere que o escoamento nas seções (1) e (2) seja incompressível e uniforme e que (visto que as linhas de correntes ali são retilíneas) as distribuições de pressão são hidrostáticas. Exercício Exercício Uma correia transportadora horizontal, movendo-se a 3 ft/s, recebe areia de uma carregador. A areia cai verticalmente sobre a correia com velocidade de 5 ft/s e vazão de 500 lbm/s (a massa específica da areia é de aproximadamente 2.700 libras-massa por jarda cúbica). A correia transportadora está inicialmente vazia e vai se enchendo gradativamente com areia. Se o atrito no sistema de acionamento e nos roletes for desprezível, determine a força de tração necessária para puxar a correia enquanto é carregada. MECÂNICA DOS FLUIDOS I Curso: Engenharia Mecânica Tema: Cinemática Professor: Alex Luz Salgado, MSc (alex.salgado@uvv.br)
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