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EQUOTERAPIA

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INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO-IUESO
CURSO DE FISIOTERAPIA
FABRINNY GONÇALVES FREITAS
FRANCISCO ERLISON
GIOVANNA GONÇALVES DE MELO
KAMILA FERNANDA PEREIRA DE SOUZA
KAROLAYNE DOS SANTOS SOUZA
LETÍCIA LOPES DE ARAÚJO
LETÍCIA RIBEIRO
MIKAELLE ANDRADE GOUVEIA
PIETRO ROCHA
SAMUEL GARCIA DE M
EQUOTERAPIA
GOIÂNIA
2018
INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO-IUESO
CURSO DE FISIOTERAPIA
FABRINNY GONÇALVES FREITAS
FRANCISCO ERLISON
GIOVANNA GONÇALVES DE MELO
KAMILA FERNANDA PEREIRA DE SOUZA
KAROLAYNE DOS SANTOS SOUZA
LETÍCIA LOPES DE ARAÚJO
LETÍCIA RIBEIRO
MIKAELLE ANDRADE GOUVEIA
PIETRO ROCHA
SAMUEL GARCIA DE M
EQUOTERAPIA
Trabalho apresentado à disciplina de Evolução histórica da fisioterapia do Curso de Fisioterapia da faculdade Objetivo- IUESO, para obtenção de nota da disciplina da professora Fabiana Castro Ramos
GOIÂNIA
2018
	
1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo principal expor os fundamentos da equoterapia, onde entenderemos o mecanismo dessa técnica e seus benefícios para a vida dos seus praticantes, além disso iremos expor fatos históricos relacionados com essa terapia.
A pesquisa está dividida em tópicos onde o principal objetivo é apresentar o motivo pelo qual a equoterapia pode ser utilizada como recurso terapêutico na fisioterapia e suas indicações e contraindicações.
2. HISTÓRICO 
Na antiguidade mais precisamente entre 458 – 370 aC está técnica já era utilizada para prevenção da insônia, entre outros males, e na recuperação de militares acidentados na guerra. Asclepíades da Prússia era um médico grego e aconselhava a equitação como tratamento para epilepsia e em diversos casos de paralisia. Os escandinavos foram os primeiros a utilizar o cavalo como terapia, incentivando o nascimento de outros centros na Alemanha, França e Inglaterra
A equitação terapêutica para crianças portadoras de deficiência foi realizada pela primeira vez por uma fisioterapeuta da Noruega a Dra. Eilset Bodtker. Em 1967 foi fundada a primeira fundação de equitação para portadores de deficiência, próximo a Filadélfia 
No Brasil, a equoterapia começou a ser reconhecida e valorizada a partir de 1989, em atividades realizadas na Granja do Torto, em Brasília, atual sede de Associação Nacional de Equoterapia (ANDE – BRASIL). Estima-se que atualmente, cerca de mais de 30 países adotam esta modalidade de terapia
3. FUNDAMENTOS DA EQUOTERAPIA
A Equoterapia é um método terapêutico que usa o cavalo como agente cinesioterapêutico, facilitador do processo ensino-aprendizagem e de inserção ou reinserção social dentro de uma abordagem indisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, o cavalo faz com que o praticante realize movimentos tridimensionais verticais e horizontais, mesmo que involuntariamente em cima do dorso do cavalo, e esses movimentos são únicos, sendo que nenhum outro equipamento consegue simulá-los. É através destes movimentos que a equoterapia trabalha.
Esse método terapêutico desenvolve a confiança do paciente em si mesmo, a força muscular, a noção de espaço, o senso tátil e proprioceptivo, não só dos membros superiores, mas de todo corpo. Seu movimento com ritmo e balanço fortalece a musculatura e melhora a coordenação do praticante.
O esquema corporal, que é neurológico, se estabelece pela simultaneidade das informações proprioceptivas e exteroceptivas, e a equoterapia oferece a multiplicação dessas diversas informações. Estas informações são de origens diversas. Os glúteos, em contato com a sela ou sobre o dorso do cavalo, a face interna das coxas e das panturrilhas, quando estão em contato com os flancos do cavalo, as mãos, no contato com as rédeas, passam uma grande quantidade dessas informações proprioceptivas e cutâneas.
 O ajuste tônico é a primeira manifestação do corpo sob o dorso de um cavalo, pois este nunca se encontra totalmente parado. Todo e qualquer movimento que o cavalo faça, exige do cavaleiro um ajuste de seu tônus muscular para a adequação aos desequilíbrios provocados por esses movimentos.
Sobre o cavalo, o praticante recebe informações bastante diferentes das habituais recebidos quando em pé, sobre suas próprias pernas. Essas informações proprioceptivas que provêm das regiões articulares e musculares, são determinadas pelo passo do cavalo e permitem a criação de esquemas motores novos. O deslocamento do cavalo ao passo torna este ajuste tônico, rítmico. A chave principal da equoterapia é a adaptação ao ritmo.
 Para que ocorra essa adaptação do cavaleiro sobre o cavalo ao ritmo do passo é necessário uma contração e descontração simultâneas dos músculos agonistas e antagonistas, com o andar do cavalo, a pessoa que o monta executa, mesmo que involuntariamente, movimentos tridimensionais horizontais, direita, esquerda, frente e trás, e verticais, para cima e para baixo. Esses deslocamentos do cavalo exigem ajustes tônicos do cavaleiro para adaptar seu equilíbrio a cada movimento. 
Cada passo do cavalo produz de 1 a 1,25 movimentos por segundo em 30 minutos de trabalho, o cavaleiro executa de 1800 a 2250 ajustes tônicos, as vibrações nas regiões ósteo-articulares produzidas pelos deslocamentos da cintura pélvica são transmitidas ao cérebro, via medula, com a freqüência de 180 oscilações por minuto, isto porque ocorre uma atividade alternada de desequilíbrio e retomada de equilíbrio sobre o cavalo, uma oscilação constante, e essa oscilação é considerada ideal pelos especialistas para aumentar a tonicidade muscular.
 Gustavo Zander fisiatra em mecanoterapia, comprovou a atuação e estimulação do sistema nervoso simpático pelas vibrações transmitidas ao cérebro com essa quantidade de 180 oscilações por minuto, sem associar ao cavalo. Quase cem anos mais tarde, o médico professor Dr. Rieder (suíço), comprovou essas oscilações sobre o dorso do cavalo ao passo que por coincidência, corresponde aos valores mencionados por Zander.
 A visão também é de grande importância para receber essas informações. O paciente na pratica de equoterapia não consegue vê o espaço e os objetos da mesma forma que o pedestre, seu olhar vai mais longe e, sobretudo, ele domina o cavalo.
 A audição também é estimulada pelos diversos barulhos que atingem o ouvido do praticante originados das batidas dos cascos dos cavalos, das vozes das outras pessoas presentes no local. 
Quanto às informações olfativas, elas provêm do próprio cavalo e da disposição e condições dos lugares frequentados.
A equoterapia possui um aspecto específico: a realização de gestos e movimentos repetidamente sem estresse. Repetir a mesma mobilização passiva durante meia hora provocaria um estresse no paciente, tornando o tratamento cansativo e freqüentemente o levando a abandonar, o que não acontece na equoterapia, pois é um dos raros métodos que alia simultaneamente o gesto e o movimento, por isso as técnicas de aprendizado eqüestres oferecem a possibilidade da fadiga aparecer ocasionalmente, mas não alassidão. 
O outro aspecto da equoterapia é seu impacto sobre o psíquico do praticante. O cavalo é o objeto intermediador entre o praticante. Tudo que o praticante não pode vivenciar em solo, no contato com o cavalo ele irá aprender, integrar-se e utilizar na sua estrutura, na sua evolução psicossomática. Isto trará uma melhora na sua autonomia, independência, auto-estima e autoconfiança 
Este recurso está intimamente relacionado a prazer e lazer. é um tratamento sobre o cavalo e com o cavalo, necessitando de conhecimentos específicos e a colaboração de uma equipe interdisciplinar especializada.
O tratamento com a equoterapia facilita o aprendizado pela atenção, concentração, disciplina e responsabilidade, a despeito das limitações intelectuais, psicológicas e físicas dos mais diversos tipos de comprometimentos motores, como paralisia cerebral, problemas neurológicos, ortopédicos e posturais 
O tratamento é feito por fisioterapeutas,e a terapia é utilizadas por pessoas com patologias físicas e mentais. Neste método inovador, o cavalo torna-se ferramenta para que o paciente ganha força física e psicologia, porém a equoterapia também possui restrições e contra indicações
 Antes que o paciente procure um centro que ofereça a equoterapia como tratamento, é necessário que o mesmo busque uma avaliação médica para atestar suas condições, tanto física e quanto psicológicas
4. FISIOTERAPEUTA E SEUS OBJETIVOS
4.1 FISIOTERAPEUTA NA EQUOTERAPIA
O trabalho do fisioterapeuta é interpretar diagnósticos, compreender os limites do praticante e lhe dar condições para superar, a partir do seu potencial, lembrando que na equoterapia, o cavalo é estimulador sensorial e motor do praticante.
 O fisioterapeuta tem a função de conduzir e facilitar a realização dos movimentos normais e inibir a realização dos anormais durante a sessão. Junto ao instrutor de equitação, o fisioterapeuta tem que avaliar as condições de trabalho, observando se o praticante tem participado do treinamento durante a sessão e se o animal está vindo ao trabalho descontraído para evitar situações desagradáveis, como querer se exercitar ou brincar em hora imprópria.
4.2 OBJETIVOS DO FISIOTERAPEUTA NA EQUOTERAPIA
 O objetivo da fisioterapia é buscar basicamente a estimulação do equilíbrio e conseqüentemente a melhora do ortostatismo, a modulação do tônus muscular, prática de integração social e dos ganhos motores e maior independência ao praticante estimulando-o como participador ativo. Os resultados vêm de acordo com o prazer, vontade e a estimulação do próprio paciente em querer se reabilitar e ficar bem.
5. INDICAÇÕES PARA EQUOTERAPIA
	 A equoterapia tem várias indicações por atuar na melhora de várias condições clínicas como: na área de equilíbrio, controle postural, mobilidade articular, tônus muscular, coordenação e organização espaço temporal, além dos benefícios a nível psicológico e social
Entre as principais indicações estão: 
- Lesões cerebrais tais como paralisia cerebral, acidente vascular cerebral e traumatismo crânio encefálico;
 - Seqüelas de lesões medulares como mielomeningocele; 
- Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
 - Distúrbios comportamentais como autismo;
 - Distúrbios visuais;
 - Distúrbios auditivos;
 - Seqüelas de patologias ortopédicas;
6. CONTRA-INDICAÇÕES
 
6.1 CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS
- Crianças com menos de 2 anos de idade, pelo excesso de estímulo que o sistema nervoso pode não absorver;
 - Praticante com capacidade cognitiva baixa;
 - Praticante com muito medo; 
- Excesso de ansiedade, que pode alterar o tônus, diminuindo a atenção e coordenação; 
- Fibromialgia, labirintite, escoliose estrutural ou grave; 
- Convulsões, excesso de movimentos involuntários;
 - Pós-operatório com fixação; 
- Hemofilia, subluxações de quadril e ombros e osteoporose.
6.2 CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS
- Crianças com síndrome de Down abaixo de 3 anos de idade, pela lassidão ligamentar e instabilidade atlanto axial; 
- Espinha bífida com sintomas neurológicos; 
- Escoliose maior que 30º, cifose grave;
 	- Rigidez total de articulação coxofemoral; 
- Tumores ósseos;
 - Osteoporose severa;
- Artrose de quadril; 
- Distrofia muscular; 
- Ferimento aberto;
 - Hipertensão não controlada;
 - Hidrocefalia;
 - Artrite aguda;
 - Ataxia grave;
 - Luxação de quadril
7. A ESCOLHA DO CAVALO PARA A PRÁTICA DE EQUOTERAPIA
Não existe uma raça própria para este trabalho, e muito menos um cavalo perfeitamente ideal. Apenas algumas características básicas devem ser levadas em consideração quando for feita a escolha. O cavalo “ideal” deverá apresentar as três andaduras regulares, que são o passo, o trote e o galope e ser equilibrado, tendo o seu centro de gravidade abaixo do garrote.
O tamanho ideal do cavalo é de mais ou menos 1,55 metros de altura, medindo-se da cernelha até o chão
De preferência que a cernelha esteja na mesma altura que a anca do cavalo. O cavalo para a equoterapia também deve apresentar um bom engajamento, ou seja, é necessário que seus membros inferiores se posicionem embaixo de sua massa corporal, sendo que, para ter um bom engajamento o cavalo necessita ter o comprimento, medido da articulação escapulo umeral até a ponta da nádega, igual a sua altura (RODRIGUES, 2003). O comprimento do dorso deve ser mais ou menos do comprimento da caixa torácica, pois um dorso muito longo pode afundar, isto causa dor, e um dorso muito curto não permite a montaria dupla. O cavalo não pode ser assustado, ter cócegas apresentar hipersensibilidade olfativa e auditiva, pois isto dificultaria a terapia e poderia causar acidentes, caso o cavalo se assuste, por exemplo
8. ESTRUTURA PARA A REALIZAÇÃO DA EQUOTERAPIA 
A equoterapia deve ser realizada em um local onde haja intenso contato com a natureza, transmitindo ao paciente sensação de calma e tranquilidade, proporcionando-lhe um relaxamento maior a cada 
O terreno precisa ser plano, sem irregularidades e de mesma superfície. Devem ser evitados os terrenos montanhosos e acidentados. É importante que o terreno possua um solo macio ou seja, um solo com areia, serragem, grama ou terra fofa, suavizando as batidas da pata do cavalo no solo, com exceção das fases pré- esportivas e esportivas, descritas adiante. Isto diminuirá o impacto causado no paciente, facilitando o relaxamento. Também faz-se necessário a construção de uma área coberta para que o tratamento não pare, mesmo nos dias de frio intenso ou chuvosos.
9. REFERÉNCIAS 
http://www2.ufrb.edu.br/equoterapia/noticias/5-historico-da-equoterapia
http://fisioterapia.com/equoterapia-e-fisioterapia/
http://swbrasil.org.br/artigos/beneficios-da-equoterapia/
http://fisioterapia.com/equoterapia-e-fisioterapia/
https://www.tuasaude.com/beneficios-da-equoterapia/

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