Prévia do material em texto
* * INTOXICAÇÃO POR: ABAMECTINA, IVERMECTINA E PIRETROIDES MEDICINA VETERINÁRIA, TOXICOLOGIA Professora Mirna Porto Alunos: Andryelle Assunção Fraga, Junio Fagner, Gabriele Collares Nunes, Kaianno Viana, Leonardo Prado Mota * * ABAMECTINA São metabólitos derivados da fermentação de Streptomyces avermitilis (bacterias); Nesse grupo encontram-se a ivermectina, a abamectina e a doramectina; É um parasiticida injetável de amplo espectro; Controla eficazmente uma ampla variedade de parasitas que comprometem a saúde e a produtividade dos bovinos; * * COMPOSIÇÃO E DOSAGEM Denominada de avermectina B1a; Análogo semissintético dihidroavermecti B1, ou ivermectina; A dosagem indicada é de 1 ml de Abamectina 1% para cada 50kg de peso corpóreo(Subcutane); O produto não deve ser utilizado em bezerros com menos de quatro meses de idade, ou com menos de 100 kg de peso. * * INTOXICAÇÃO Não causam efeitos tóxicos nos animais; Doses altas podem desencadear efeitos tóxicos agudos com manifestações nervosas; Induz a disfunções neurológicas; Sinais Clinicos em bovinos : Midríase, vômitos, tremores, ataxia, depressão, convulsões, coma e morte, com algumas variações entre as espécies. * * Muito solúveis em gorduras corporais; A toxicidade das abermectinas é, em parte, dependente na atividade das GABA e Glicoproteina-P; A importância da relação entre a toxicidade da abermectina, com a Glicoproteina- P limita-se ao fato de que ela controla a entrada de abermectina em tecidos potencialmente sensíveis; No SNC, é encontrada dentro dos capilares endoteliais formando a barreira hematoencefálica. * * TRATAMENTO EM CASO DE INTOXICAÇÃO Não há antídoto específico, Não induzir vômito e fornecer suporte para manter/suportar a respiração; A toxicidade pode ser minimizada pela administração inicial de absorventes químicos; Abamectina estimula a atividade do ácido gama-aminobutírico – GABA- em mamíferos, é recomendado evitar drogas que estimulem os efeitos do GABA, como barbitúricos, benzodiazepinas e ácido valpórico. * * IVERMECTINA É um ectoparasiticida ou anti-helmíntico; É uma substância produzida por um fungo chamado Streptomyces avermitilis; Causa paralisia e morte dos parasitas susceptíveis pelo aumento da liberação do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico). * * A indicação para o uso de Ivermectinas inclui o combate a: Ácaros: sarna demodécica, sarna sarcóptica, sarna notoédrica (felina), otocaríase (sarna de ouvido); Nematódeos: Toxocara sp (larva migrans visceral e ocular em humanos), Ancylostoma sp (larva migrans cutânea); Infestações de carrapatos; Larvas de moscas (miíases ou “bicheiras”); Alguns piolhos; Profilaxia e tratamento de dirofilariose (verme do coração de cães) – aprovado pela FDA (Food and Drog Administration) – os cães devem ser testados para Dirofilaria antes de começarem o uso da ivermectina * * * * TOXICIDADE Quando sua dose é alta o suficiente para penetrar na barreira hemato-encefálica, ou seja, ultrapassar a barreira que protege o sistema nervoso central; Os sinais clínicos : Ataxia, hipertermina, desorientação, sialorreia, midriase, hiperesteria, tremores, depressão, paralisia, ausência de reflexos pupilares, cegueira, bradicardia ; Em casos graves coma, hipotermia e morte. * * CONTRAINDICAÇÕES Filhotes com menos de 6 semanas de idade; Caes da raça Collie (Border Collie, Pastor de Shetland, Pastor Australiano, Whippet de pelo longo); Pode potencializar os efeitos dos benzodiazepínicos; * * TRATAMENTO EM CASOS DE INTOXICAÇÃO Pelo artigo científico Intoxicação por Ivermectina em Cães, publicado pela Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v.13, n.supl., p.55-56, em 2013; menciona-se. “... animais apresentarem intensos tremores não foi possível mantê-los na fluidoterapia sem sedação. Após administração da medicação sedativa, os pacientes ficaram internados e instituiu-se fluidoterapia intravenosa lenta a base de NaCl 0,9% para reposição de eletrólitos acrescida de glicose 5%. Devidamente estabilizados, o tratamento baseou-se em antitóxico, antibiótico de amplo espectro, lubrificante para os olhos e suporte nutricional juntamente de complexo B vitamínico. No decorrer de dez dias, os animais obtiveram melhora significativa, recebendo alta e sendo encaminhados para casa”. * * Neste artigo, os pacientes se tratavam se de cinco filhotes com três meses de idade e 5Kg cada, e todos se enquadravam na lista de raças sensíveis à ivermectina; Não há antídoto para a intoxicação por ivermectina, o tratamento realizado precisa ser de suporte, incluindo fluidoterapia; * * PIRETROIDES São praguicidas obtidos das flores de Chrysanthemum cinerariaefolium; Piretroide sintetica foi utilizada na agricultura na década de 70; Na aquicultura tem sido usado substituindo pesticidas mais tóxicos e persistentes como organofosforados ; * * TOXICIDADE ANIMAL DOSE TÓXICA, NÃO LETAL, VIA ORAL EM MAMÍFEROS: acima de 100mg-1g/kg DOSE POTENCIALMENTE LETALVIA ORAL: aguda, 10-100g ALTA TOXICIDADE: para organismos aquáticos, peixes, algas, etc. e abelhas. BAIXA TOXICIDADE: pássaros e animais domésticos. * * Mecanismo de Ação São rapidamente absorvidos no trato gastrointestinal, sofrem biotransformação principalmente a nível hepático, com formação de compostos com maior polaridade; Piretroides do tipo 1:Ocorre um atraso na inativação dos canais, permitindo assim a entrada contínua de sódio para dentro da célula mesmo após o termino da despolarização; Piretroides do tipo 2: Ocorre sobre os canais do GABA, se ligam bloqueando os canais de cloro, levando a uma hiperexcitabilidade do sistema nervoso. * * Tratamento em Caso de Intoxicação Praguicida é utilizado a fim de combater ectoparasitas dos animais; Tratamento sintomática ; Administração de diuréticos de alça( furosemida que favorece a eliminação do agente tóxico); Fluidoterapia com alcalinizantes(bicabornato de sódio); Em casos de convulsão o benzodiazepínico * * Sinais Clinicos: Salivação intensa; Oligofagia; Sialorreia intensa. Sintomas leves a moderados podem incluir: Parestesia anormal, pápulas ou dermatite de contato, náusea e falta de apetite. * * REFERENCIAS BIBLIOGRAGFICAS http://dogdicas.com.br/610/ivermectina-o-que-e; http://www.ucbvet.com/produto/busca/53/ivermectan-pet; http://www.tuasaude.com/ivermectina-ivermec/; Intoxicação por Ivermectina em Cães, publicado pela Revista de Ciências Agro veterinárias. Lages, v.13, n.supl., p.55-56, em 2013; REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 18 – Janeiro de 2012 – Periódicos Semestral; Magalhães et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.9, n.1) p. 69-77 (2015) - Intoxicação por ivermectina em gato - Relato de caso; Omnia Saúde, v.5, n.2, p.15-23, 2008; http://www.revistaveterinaria.com.br/2014/10/07/intoxicao-por-piretrides-em-co/; https://www.extrapratica.com.br/BR_ProductCatalogPublic/BR_PCPopup.asp?TypeID=10&ProductID=36&OrderID=60&HdrTitle=Intoxica%E7%F5es%20e%20Informa%E7%F5es%20M%E9dicas; AYRES, M.C.C.; ALMEIDA, M.A.O. Agentes antinematódeos, Agentes antiparasitários. In: SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L. e Bernadi, M.M. (Eds.). Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p.476-488; BALDANI, L.A.; SOUSA, R.V.; MIGUEL, A.G. Farmacologia dos principais antiparasitários de uso na medicina veterinária. Boletim informativo da UFLA, n.42. Lavras: UFLA, 1999; Aspectos clínicos e patogenéticos da intoxicação por Aspectos clínicos e patogenéticos da intoxicação por abamectina em bezerros abamectina em bezerro - Pesq. Vet. Bras. 26(3):161-166, jul./set. 2006. https://www.extrapratica.com.br/BR_ProductCatalogPublic/BR_PCPopup.asp?TypeID=10&ProductID=1037&OrderID=50&HdrTitle=Informa%E7%F5es%20M%E9dicas* * OBRIGADA!!!!!! É indicado para o tratamento e controle das parasitoses causadas por nematódeos gastrintestinais e pulmonares, bernes, piolhos, ácaros da sarna e como auxiliar no controle do carrapato bovino; auxiliando ainda, na prevenção do aparecimento de miíases em feridas decorrentes da castração ou descorna. * 1-, pois apresentam alto peso molecular e não atravessam facilmente a barreira hematoencefálica * 1-corporais e essa característica é a razão para sua eficácia prolongada. Por outro lado, a longa retenção dos resíduos dessa droga, em produtos de origem animal, é problemático devido ao seu longo tempo de excreção pelo organismo e a consequente contaminação de alimentos, incluindo o leite além de causar intoxicação em animais muito jovens 2-esta se encontra localizada em alguns tecidos, inclusive na barreira hematoencefálica, canais hepatobiliares e placenta, pois ativa a atividade do GABA 3-Assim, a presença desta proteína, em capilares endoteliais encefálicas, afeta na suscetibilidade para os efeitos neurológicos agudos causados (RODRIGUES, 2007). * 1-caracterizadas por uma fase inicial de hiperexcitabilidade seguida por hipotonia muscular generalizada e depressão progressiva 2-usar um tratamento sintomático em todos os casos, é recomendada a fluidoterapia parenteral com suplementação vitamínica e energética e outros cuidados de enfermagem (fornecimento de água, leite por sonda e mudança de decúbito). 3-Absrovnetes quimicos como carvão ativado * 1-ácaros, carrapatos, larvas de moscas e piolhos(vermes) de administração oral ou injetável, 2-, cuja substancia é extraído pela fermentação de amostras de solo contendo o fungo e é usada em animais de várias espécies, como bovinos, suínos, equinos, cães, gatos, ovinos e em humanos. 3-A paralisia é mediada pela potencialização e/ou ativação direta dos canais de cloro sensíveis às avermectinas, controlados pelo glutamato. Esses canais estão presentes somente nos nervos e células musculares dos invertebrados e uma vez potencializados, acarretam aumento da permeabilidade da membrana celular aos íons cloreto, com hiperpolarização dos nervos ou células musculares, resultando na paralisia e em seguida na morte do parasita. As Ivermectinas podem também interagir com canais de cloro mediados por outros neurotransmissores como o ácido gama-aminobutírico (GABA). * .1-Filhotes com menos de seis semanas de vida e cães idosos são mais sujeitos à intoxicação do que os adultos. 2-Gestantes ou em processo de amamentação não devem iniciar o tratamento com a ivermectina. Animais com asma brônquica devem evitar o produto, pois pode agravar os sintomas. Há também o fator de que algumas raças são predispostas à intoxicação por Ivermectina, como Collie, Pastor Alemão, Pastor de Shetland, Pastor Australiano - e seus cruzamentos -, devido á deficiência de enzima que atua limitando a concentração da droga no sistema nervoso. * pois estes apresentam risco aumentado de desenvolverem neurotoxicidade mesmo nas doses recomendadas. A ivermectina é ineficiente contra parasitas cetódeos e trematódeos, pois estes não utilizam o ácido gama-aminobutírico como neurotransmissor periférico. * O tratamento de suporte é essencial para a recuperação do paciente, sendo dependente da espécie acometida, raça e idade bem como da dose e via de ingestão. Fluidoterapia com reposição de eletrólitos, suporte nutricional, e prevenção de úlceras de decúbito (MEALEY et al., 2006 * 1-, são considerados os pesticidas mais seguros do mercado e com menor toxicidade para os mamíferos 2-após a mudança estrutural introduzida nas piretrinas. Assim, a inclusão de átomos de nitrogênio, enxofre e de halogênios às piretrinas solucionou os problemas de estabilidade relacionados às substâncias naturais, enquanto manteve relativamente baixa a toxicidade aguda em mamíferos. * Via inalatoria ou oral 1-. Os piretróides têm efeito ao nível da excitabilidade neuronal, com ação neurotóxica principalmente em insetos e peixes, mas que também pode ocorrer em mamíferos. 2-Em condições normais, após a abertura dos canais de sódio dependentes da voltagem e consequente despolarização, estes canais ficam inativos, entrando em "repouso". ..................... . Tudo isto leva a que o processo de repolarização se torne mais lento, com consequente paralisia nervosa tanto ao nível do Sistema Nervoso Central (SNC) como Periférico (SNP). 3-Este mecanismo poderá explicar as convulsões que ocorrem por envenenamento com estes compostos. * sintomas que podem se assemelhar a raiva ou outras viroses, Casos de intoxicação severos podem ser caracterizados pelo agravo dos sintomas anteriores, distúrbios de consciência e contração muscular nos membros *