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ACTA ORTOP BRAS 2(3) - JUL/SET, 1994 PØ torto congŒnito 1 ARTIGO ORIGINAL Tratamento cirœrgico do pØ torto congŒnito pela tØcnica de Codivilla modificada: experiŒncia em seis anos* Nelson Franco Filho1 Luiz Carlos Ribeiro Lara2 DØcio Henrique Rocha3 Gerson Vielas Alves3 Roni Azevedo Carvalho3 0s autores avaliaram, quanto aos aspectos clínico e radiológico, pacientes portadores de pØ torto congŒnito, operados pela tØcnica de Codivilla modificada. 0 estudo constituiu-se de 24 pacientes, totalizando 36 pØs, com seguimento mØdio de 21 meses. Houve predominância do sexo masculino. Os resultados obtidos foram considerados bons em 77,5% pacientes quanto à avaliaçªo clínica e 41 % quanto à avaliaçªo radiológica. Dessa forma, o resultado final com a referida tØcnica apresentou-se satisfatório quanto ao aspecto clínico, porØm insatisfatório quanto ao aspecto radiológico. SUMMARY Surgical treatment of congenital clubfoot using Codivilla modifiled technique: six-year experience The authors evaluated the clinical and radiological aspects of patients with congenital clubfoot, who were operated by Codivilla modified technique. The study includes 24 patients, with a total of 36 feet and a follow-up of 21 months. There was male predominance. Results were considered good in 77.5% of the cases by clinical evaluation, and 41 % by radiological evaluation. Therefore, the final result with the presented technique showed to be satisfactory in the clinical aspect, but insatisfactory in the radiological one. INTRODU˙ˆO 0 pØ torto congŒnito constituiu-se na segunda malformaçªo congŒnita do esqueleto, perdendo quanto à incidŒncia para a luxaçªo congŒnita do quadril (1,16,21). Seu diagnóstico Ø feito logo ao nascimento. Nos casos nªo tratados, a deformidade dos pØs em eqüino varo-aduto Ø acentuada e antiestØtica, estigmatizando o paciente. As consideraçıes expostas anteriormente justificam o grande interesse dos ortopedistas quanto ao seu tratamento e resultados. 0 tratamento conservador com gesso, muito utilizado na primeira metade deste sØculo, destina-se hoje em dia à fase inicial do acompanhamento desses pacientes, trazendo bons resultados nos pØs flexíveis. Atualmente, a cirurgia impıe-se de maneira mais acentuada, devido aos me ores resultados por ela obtidos. * Trabalho realizado no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital UniversitÆrio de TaubatØ, no período de 1986 a 1992. 1. Chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital UniversitÆrio de TaubatØ. 2. ResponsÆvel pelo Grupo de PØ do Hospital UniversitÆrio de TaubatØ. 3. Residente R3. Surgem entªo as polŒmicas: Qual a tØcnica a ser empregada? Qual a melhor via de acesso? Em que idade se deve operar? Quais os melhores resultados? Willian Deltmont(13) em 1838, foi o primeiro autor a descrever uma tØcnica cirœrgica para o pØ torto congŒnito. Codivilla(11), em 1906, preconizou em um œnico ato operatório correçªo total das deformidades do pØ. Sua tØcnica caiu no esquecimento por longo período, tendo sida revivida com modificaçıes, em 1965, por Napoli(11) que entre nós foi o maior divulgador. Turco(18-20), em 1971, desenvolveu sua tØcnica dando Œnfase à liberaçªo posterior do retropØ. McKay(8-10) e Simmons(14,15) deram Œnfase, recentemente, à liberaçªo total do tÆlus, inclusive abertura das cÆpsulas articulares laterais do retropØ, utilizando a via de acesso transversa preconizada por Crawford. (Cincinati). A finalidade do, presente estudo Ø a de demonstrar nossa experiŒncia no tratamento do pØ torto congŒnito pela tØcnica de Codivilla modificada. MATERIAL E MÉTODO No presente trabalho, foram estudados 36 pØs tortos congŒnitos de 24 pacientes tratados cirurgicamente no Setor de Descritores: Pé, Pé torto congênito; Tratamento. Key words: Foot; Congecital Clubfoot; Treatment. ACTA ORTOP BRAS 2(3) - JUL/SET, 1994 PØ torto congŒnito 2 Ortopedia e Traumatologia do Hospital UniversitÆrio de TaubatØ, no período de 1986 a 1992 (tabela 1). Foram incluídos neste estudo pacientes que nªo sofreram cirurgias prØvias nos pØs e excluídos os casos em que os pØs tortos eram associados a quadros sindrômicos, patologias neurodisplÆsicas e artrogripose. Dos 24 pacientes operados, 18 (75%) eram do sexo masculino e seis (25%), do feminino. Quanto ao lado operado, 12 (50%) eram unilaterais, sete esquerdos e cinco direitos. Os 12 restantes eram bilaterais. 0 seguimento (mØdio) de pós-operatório foi de um ano e nove meses, no qual o mínimo foi de dois meses e o mÆximo, de seis anos e dez meses. A idade mínima apresentada foi de oito meses, tendo sido a mÆxima de cinco anos e a mØdia de um ano e oito meses. Com relaçªo à faixa etÆria dos pacientes operados, obedecemos a uma divisªo em dois grupos: 1) menor do que um ano de idade: 17 pØs; II) maior do que um ano de idade: 19 pØs. Exames radiológicos foram realizados no prØ e pós-operatórios em AP e perfil com carga, repetidos aos seis meses de pós-operatório e, a seguir, anualmente. Nas radiografias, foram traçados os ângulos de Kite no AP e perfil e o ângulo do tÆlus com o 12 metatarsiano no perfil com carga. Os parâmetros clínicos utilizados na avaliaçªo foram: correçªo da deformidade, aspecto estØtico da cicatriz cirœrgica, dor, mobilidade articular e marcha. TØcnica cirœrgica 0 paciente sob anestesia Ø colocado em decœbito dorsal horizontal, com coxim sob a nÆdega do lado oposto a ser operado, com faixa de Esmarch na raiz da coxa. Incisªo cutânea em asa de gaivota Ø iniciada ao nível da cabeça do 12 metatarsiano, seguindo a borda medial do pØ, contornando o malØolo medial por trÆs e terminando a cerca de 10cm longitudinalmente acima deste. A pele e o subcutâneo sªo deslocados em plano œnico, seguindo-se identificaçªo e isolamento do feixe vasculonervoso; sªo feitos identificaçªo, isolamento e alongamento em Z seqüencial dos tendıes dos mœsculos tibial posterior, flexor comum dos dedos, flexor próprio do hÆlux (ao nível do antepØ), tendªo de Aquiles e abdutor do hÆlux. Ocorrem secçªo do nó de Henry, tenotomia do plantar delgado e fasciotornia plantar. Realizam-se capsulotomias na seguinte ordem: 1° cuneiforme com o 1° metatarsiano; 1° cuneiforme com o navicular; tÆlus com o navicular, subtalar anterior, posterior e pósteromedial; tibiotÆrsica medial e posterior. TambØm sªo feitas secçªo de ligamento deltóideo, preservando o fascículo profundo; secçªo do ligamento fibulotalar posterior e sutura dos tendıes na posiçªo corrigida, subcutâneo e pele. Ainda sªo observados enfaixamento compressivo tipo Jones, retirada da faixa de Esmarch, imobilizaçªo gessada Tabela 1 -Tratamento do pØ torto congŒnito -TØcnica de CodiviIIa cruropodÆlica com o pØ em posiçªo neutra e o joelho fletido em 90°. 0 pós-operatório constitui-se na retirada da sutura em duas semanas e troca do aparelho gessado, mantendo-se a imobilizaçªo gessada por trŒs meses. Após a liberaçªo do gesso, o paciente foi mantido com bota ortopØdica, com ponta invertida e palmilha. CritØrio de avaliaçªo Os resultados foram classificados como bom, regular e mau, segundo os parâmetros clínicos e radiológicos. Parâmetros clínicos - Bom: correçªo da deformidade, boa mobilidade articular indolor e sem retraçªo cicatricial; Regular: discreta deformidade residual, diminuiçªo da mobilidade articular; Mau: correçªo insuficiente (presença de deformidade residual acentuada), rigidez articular, claudicaçªo, presença de retraçªo cicatricial. N” de Iniciais Lado Sexo Idade Segui- Result. Result. Ordem do pac. oper. mento clinico radiol. 1 BAF D M 2a+3m 7m Bom Reg 2 CASP D F 1a+2m 20m Reg Mau 3 CDS D M 3a+11m 18m Bom Bom 4 CDS E M 4a+5m 12m Bom Bom 5 CGS D F 2a 82m Reg Reg 6 CGS E F 2a 82m Bom Bom 7 DMPF E M 1a 12m Bom Reg 8 DMPF D M 1a+3m 9m Reg Reg 9 DMS D M 3a+1m 13m Bom Reg 10 DMS E M 3a+7m 7m Reg Reg 11 DSS D M 1a 4m Bom Reg 12 DSS E M 1a+1m3m Bom Reg 13 EAS E F 9m 12m Bom Bom 14 EAS D F 10m 11m Bom Bom 15 ENF E M 9m 9m Bom Bom 16 FAM E M 11m 53m Bom Bom 17 FLS E M 2a+6m 14m Bom Bom 18 JFPS D M 1a 25m Bom Bom 19 JFPS E M 2a 13m Reg Reg 20 LAS D M 5a 44m Mau Mau 21 LEAF D M 1a 6m Bom Reg 22 LET E M 1a+11m 44m Bom Bom 23 MAA D F 1a 10m Bom Reg 24 MAA E F 1a 10m Bom Reg 25 MCOC D F 1a+1m 4m Bom Bom 26 MSR E F 11m 43m Bom Bom 27 MSR E F 1a 42m Reg Reg 28 MTEM E M 1a 7m Bom Reg 29 NAS E M 5a 5m Bom Reg 30 NFF D M 8m 2m Bom Bom 31 NFF E M 8m 2m Bom Reg 32 PMD E M 1a+6m 51m Bom Bom 33 PMD D M 1a+9m 49m Mau Mau 34 RSR D M 11m 23m Bom Bom 35 SLR D M 1a+5m 3m Bom Reg 36 SLR E M 1a 8m Bom Reg ACTA ORTOP BRAS 2(3) - JUL/SET, 1994 PØ torto congŒnito 3 Fig. 1 - FA.M. (Caso Ir)). Pós-operatório - Bom resultado Fig. 3 -D. M. S. (Caso 10). Pós-operatório - Resultado regular Fig. 2 - F.A. M. (Caso 16). Pós-operatório -Bom resultado. Fig. 4 - D. M. S. (Caso 10). Pós-operatório -Resultado regular. Fig. 5 - D.M.S. (Caso 10). Pós-operatório - Resultado regular. Parâmetros radiológicos - Bom: normalizaçªo do ângulo de Kite e talometatarsiano AP e perfil com carga; Regular: ângulo de Kite entre 10° e 25° no AP e perfil e ângulo talometatarsiano > 20° Mau: ângulo de Kite < 10° no AP e perfil e manutençªo da luxaçªo talonavicular. Resultados Na nossa casuística, dos 36 pØs avaliados clínica e radiologicamente, observamos que os 17 (47,2%) pØs operados abaixo de um ano de idade apresentaram 94% de bons resultados na avaliaçªo clínica e 47% na radiológica; como resultados regulares, obtivemos 6% clinicamente e 53% radiologicamente. Nªo obtivemos maus resultados (tabela 2). Os 19 (52,8%) pØs restantes foram de pacientes operados acima de um ano de idade, em que os resultados obtidos foram bons em 63% dos casos na avaliaçªo clínica e 37% na radiológica; os resultados regulares apresentaram-se em 26% ACTA ORTOP BRAS 2(3) - JUL/SET, 1994 PØ torto congŒnito 4 clinicamente e em 47% radiologicamente. Como maus resultados, obtivemos 11% dos casos avaliados no aspecto clínico e 16% no radiológico (tabela 3). No cômputo geral dos resultados, obtivemos 77,5% de bons resultados clinicamente e 41% radiologicamente. Os resultados regulares apresentaram-se clínica e radiologicamente em 16,5% e 50%, respectivamente. Os maus resultados estiveram presentes em 6% dos casos avaliados no aspecto clínico e 9% no radiológico (tabela 4). Complicaçıes e recidivas Dos 36 pØs estudados, oito casos (22%) apresentaram complicaçıes e recidivas demonstradas na tabela abaixo: Aduçªo residual 1 caso Aduçªo + varismo 4 casos Recidivas Aduçªo + varismo + eqüinismo 1 caso Necrose do tÆlus 1 caso Cicatriz hipertrófica 2 casos Secçªo dos peroneiros 1 caso Reaçªo alØrgica da pele 1 caso Infecçªo superficial da pele 2 casos No paciente 22, no qual houve secçªo iatrogŒnica dos peroneiros, mesmo com a tenorrafia realizada em uma segunda cirurgia, ocorreu deformidade em varo-aduto residual do pØ. Tabela 2 CritØrio Clínico Radiológico Bom 94% 47% Regular 6% 53% Mau - - Tabela 3 CritØrio Clínico Radiológico Bom 63% 37% Regular 26% 47% Mau 11% 16% Tabela 4 CritØrio Clínico Radiológico Bom 77,5% 41% Regular 16,5% 50% Mau 6,0% 9% 0 paciente que apresentou necrose do tÆlus, após um ano desse diagnóstico, mostrou sinais de revascularizaçªo ao exame radiogrÆfico. Os dois pacientes acometidos de infecçªo superficial de pele evoluíram, sem maiores complicaçıes, como: deiscŒncia da sutura, necrose, infecçªo profunda ou osteornielite. DISCUSSˆO Pelo protocolo de tratamento do pØ torto congŒnito em nosso serviço, a idade dos pacientes operados deveria ser ao redor dos dez meses, mas a mØdia da idade obtida neste trabalho foi de um ano e oito meses. Tal fato ocorreu devido aos seguintes fatores: 1) muitos pacientes sªo moradores de outras cidades e nos foram encaminhados com idade superior a um ano para tratamento cirœrgico; 2) problemas socioeconômicos da nossa populaçªo e falta de uma política de saœde fizeram com que muitos pacientes iniciassem o tratamento tardiamente. Tivemos 11 pacientes operados acima dos dois anos de idade, sem cirurgias prØvias. Na literatura, hÆ controvØrsias quanto à idade de se operar. McKay(8-10) Simmons(14-15) e Cowall(6) preconizaram a idade de trŒs meses; Napoli(11) atualmente, acredita ser de seis meses a idade ideal. Entretanto, o pØ torto congŒnito continua sendo patologia de difícil tratamento. Os resultados com as diferentes tØcnicas nªo sªo ideais. Na literatura, encontramos: Simmons(14-15) que obteve resultados satisfatórios com sua cirurgia em 53% dos casos do grupo I e 67% dos do grupo II, abaixo de um ano de idade; 77% no grupo 1 e 44% no grupo II acima de um ano de idade. McKay(8-10) obteve 80% de resultados satisfatórios; Volpon(22) entre nós, conseguiu 70% de bons resultados com a tØcnica de Codivilla e 67% com a tØcnica de McKay. Main(7) observou 70% de bons resultados em crianças abaixo de seis meses; Turco(18,19) obteve 84% de bons resultados com sua tØcnica; Napoli(11) obteve com a tØcnica de Codivilla modificada 75,5% de bons resultados clínicos e 45,8% de bons resultados radiológicos. Diante do exposto, nossos resultados nªo diferiram daqueles apresentados na literatura pertinente à patologia estudada. CONCLUSÕES 1) Os pacientes operados com idade abaixo de um ano obtiveram resultados melhores do que os operados com idade acima desta, clínica e radiologicamente. 2) Os resultados clínicos no total dos pacientes foram considerados satisfatórios. 3) Os resultados radiológicos com o nosso seguimento mØdio de um ano e nove meses foram considerados insatisfatórios. ACTA ORTOP BRAS 2(3) - JUL/SET, 1994 PØ torto congŒnito 5 REFERÊNCIAS 1 . Crenshaw, A. H.: Clínica OrtopØdica de CampbelI, Brasil, Manole, 1989. p. 2758-2770. 2. Depuy, J. & Drennan, I.C.: Correction of idiopathic club-fool: a comparison of results of early versus delayed posteromedial release. JPediatr Orthop 9: 44-48, 1989. 3. Kite, J.H.: Some suggestions on the treatment of club-foot by cats. J Bone Joint Surg [Am] 45: 406-412, 1963. 4. Laaveg, S. 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