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PRESSÃO INTRACRANIANA PIC

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PRESSÃO INTRACRANIANA - PIC 
Monitorização Neurológica Invasiva 
Umas das grandes preocupações com os pacientes internados em UTI, especialidade na 
Unidade de Neurologia, é a elevação da Pressão Intracraniana (PIC) e 
conseqüentemente, alteração do fluxo sanguíneo cerebral, avaliado através da Pressão 
de Perfusão Cerebral. 
A PIC é usualmente conceituada como a pressão do líquido cefalorraquidiano 
(LCR). A PIC pode variar de acordo com alterações na pressão arterial sistêmica (PA 
sistêmica), na respiração, na posição determinada pelo paciente e também pelo aumento 
do volume de um ou mais componentes cranianos. 
Adicionado aos parâmetros clínicos, hemodinâmicos, respiratórios e metabólicos, a 
monitorização da PIC auxilia e orienta a terapêutica dos pacientes neurológicos. 
A PIC está diretamente relacionada ao volume no crânio. Uma elevação acima 
do normal pode causar uma redução no fluxo sangüíneo, resultando em isquemia ou 
lesão estrutural, decorrente de compressão ou atrito do tecido cerebral com o crânio, 
causando complicações secundárias. 
Em relação à monitorização, cabe ao enfermeiro 
muito mais do que habilidade em manipular o sistema 
de monitorização, é importante que saiba utilizar a 
disponibilidade da monitoragem para identificação dos 
níveis pressóricos e das ondas anormais emitidas e 
registradas graficamente afim de intervir rápida e 
efetivamente nos tratamentos que visam diminuir este 
evento, assim como, adequar àqueles procedimentos de 
enfermagem que, por associação, podem aumentar a hipertensão intracraniana. 
A monitorização da PIC é o único método aceito indiscriminadamente como 
forma para o diagnóstico seguro do aumento da pressão intracraniana, assim como para 
o tratamento da HIC em algumas situações clínicas
(25)
. 
A PIC pode ser medida diretamente por meio da introdução intracerebral (em 
um dos ventrículos que contém líquido) de cateteres permeados com fluido ou de fibra 
óptica ligados a transdutor e conectado ao um monitor na cabeceira do paciente, que 
permita medidas contínuas da PIC e drenagem de LCR
(12,18)
. 
A PIC deve ser mantida abaixo de 20 mmHg por meio de sedação, 
hiperventilação leve (pCO2 em torno de 35 mmHg), em alguns casos é prescrito o 
manitol em bolus.
(
 (0,25-1,0 g/kg) para diminuir o volume do cérebro. 
8,12,18,23)
. 
A PIC interfere com o Fluxo Sanguíneo Cerebral (FSC) por ser um determinante 
da pressão de perfusão cerebral (PPC=PAM-PIC), sendo os valores normais acima de 
70 mmHg
(6,9,14,22)
. 
Indicações de monitorização da PIC no TCE grave 
- ECG < 9, com TC de crânio anormal (a monitorização com cateter em posição 
intraparenquimatosa apresenta boa precisão nos primeiros três 3 a 4 dias de uso
(9)
. - 
ECG < 9, com TC de crânio normal, ao menos dois itens: - Idade > 40 anos) - Pressão 
arterial sistólica < 90 mmHg
(7,9)
 - Postura anormal (uni ou bilateralmente)
(9,12)
 
 As complicações na monitorização da PIC incluem infecção, hemorragia, 
mau funcionamento da monitorização devido problemas com o sistema
(7,9)
. Obstrução e 
mau funcionamento do cateter. 
Os sistemas de monitorização devem ser utilizados, no máximo, uma semana e 
depois devem ser substituídos
(21)
. Recomenda-se: a) monitorização básica: ECG, 
oximetria de pulso, pressão arterial não invasiva, pressão venosa central (PVC), 
temperatura e débito urinário e, idealmente, pressão arterial invasiva, capnografia e 
pressão capilar pulmonar; b) monitorização metabólica: gasometria e eletrólitos séricos, 
glicemia, osmolaridade sérica e densidade urinária; e, particularmente nos casos de 
hipertensão endocraniana decorrente de trauma e c) monitorização cerebral: pressão 
intracraniana, pressão de perfusão cerebral, oximetria de bulbo da jugular (SvjO2), 
extração cerebral de oxigênio (ECerO2) e, muitas vezes, EEG contínuo
(26)
. 
Hipertensão intracraniana (HIC) 
Comentários: a hipertensão intracraniana também é chamada de pressão 
intracraniana, PIC. É causada por um desequilíbrio entre o sangue, 75 ml, o líquor 
cefalorraquidiano (LCR) 75 ml e o cérebro com mais ou menos 1.400 g; estes são 
protegidos pela calota craniana. Se há aumento do LCR força o encéfalo contra a calota 
provocando o desequilíbrio entre estes elementos, há um aumento da pressão interna 
sobre a estrutura cerebral. 
Em circunstâncias naturais de funcionamento do corpo ocorrem pequenas 
modificações no equilíbrio, quando há tosse, evacuações, espirro, soar o nariz, quando o 
individuo muda de posição (levantar, agachar etc.), quando aumenta o CO2, quando 
diminui o O2, entre outros esforços. 
Quando há aumento significativo do líquido céfalo raquidiano (LCR) há uma 
compressão do cérebro, este entra em sofrimento e pode isquemiar se não tratado. A 
isquemia cerebral estimula os centros vasomotores; estes liberam as catecolaminas e 
provocam aumento da PA na tentativa de manter em equilíbrio a perfusão cerebral 
adequada. 
O aumento da concentração de CO2 no sangue determina dilatação dos vasos 
provocando aumento do fluxo cerebral e elevação da PIC/HIC. Se ocorrer diminuição 
da CO2 ocorrerá vasoconstricção e haverá diminuição da drenagem o que também 
provoca HIC. 
O edema cerebral ocorre quando aumenta o LCR em nível do SNC, por algum 
fator intrínseco ou extrínseco. Embora o trauma crânio encefálico (TCE), fator 
extrínseco seja a causa principal, existem outras causas que eleva a HIC tais como: 
lesão craniana, TU, AVE, hemorragia subaracnoide, hemorragia subdural, hemorragia 
intracraniana, encefalopatias (exemplo: neurocistecercose aumenta o LCR), lesão 
inflamatória, PCO2 alterado, retorno venoso diminuído (fatores intrínsecos). 
Monitorização neurológica não-invasiva 
Na assistência de enfermagem aos pacientes com distúrbios neurológicos, destaca-se a 
avaliação do nível de consciência
(10,11)
. 
Avaliar a decorticação e descerebração: presença de posturas motoras anômalas 
flexão de membros superiores e extensão de membros inferiores) e descerebração (extensão de 
membros superiores e inferiores) indica progressiva lesão de tronco. 
Observar os movimentos espontâneos do paciente: 
resposta motora, resposta verbal, tipo de fala; postura (flexão, 
extensão ou rotação dos membros). Outras avaliações incluem o 
exame pupilar, incluindo tamanho e simetria (comparação do 
lado D e E), foto reação e simetria. A agitação também é um 
item de avaliação, porque às vezes, a inquietação indica 
melhora do quadro do paciente (recuperação de sua 
consciência). Entretanto, ela poderá ser também resultado de má 
oxigenação cerebral. Ter-se á o cuidado de manter elevadas as 
grades do leito e proteger o paciente contra superfícies duras, acolchoando-as. As contensões no 
leito serão, na medida do possível, evitadas, pois deverão aumentar a agitação. Caso o paciente 
tente retirar cateteres, será necessário enluvar suas mãos com ataduras de crepom. A sedação 
exagerada será evitada, pois impedirá a avaliação do nível de consciência. 
A contraturas musculares devem ser observadas e registradas, a intensidade da 
contratura (pequena, média, ou grande) e a duração da mesma. Os tremores são mais comuns nas 
mãos, porém podem ser notados também na face e nos membros inferiores. 
Investigar se apresenta cefaleia, localização, característica (constrictiva, em pontada). Relacionar 
a presença de cefaléia com variações de PA e de nível de consciência. 
Nas convulsões avaliar: quanto à hora de início e término, onde começaram os movimentos ou 
rigidez, tipo de movimento da parte comprometida. Observar a presença de sintomas ou 
alterações como arritmias, problemas respiratórios, alterações no tamanho pupilar, emissão deurina ou fezes durante a convulsão, alteração no nível de consciência. 
Garantir proteção da permeabilidade de vias aéreas em pacientes com comprometimento do 
nível de consciência ou perda dos reflexos protetores das vias respiratórias. 
 
Escala de Coma de Glasgow: se avalia a Abertura Ocular (AO), Melhor Resposta 
Verbal (MRV) e Melhor Resposta Motora (MRM). A ECG é constituída por três parâmetros: A 
pontuação mais alta e 15 e a mais baixa 3. O resultado da ECG pode ser classificado segundo a 
gravidade: - ECG de 13-15= trauma leve; - ECG de 9-12= trauma moderado; - ECG < 8= trauma 
grave. Para a avaliação da ECG inicial, o paciente já deverá ter sido estabilizado (ressuscitação 
cardiorespiratória inicial), sem estar hipotenso ou hipoxêmico. 
Para pacientes sedados não deve ser utilizado a ECG, deve pesquisar os reflexos fotomotor, 
direto e consensual e reflexo faríngeo e da tosse. 
A ECG determina as alterações do nível de consciência de 
maneira global, e os 4 demais parâmetros distinguem se o 
coma do paciente é devido à lesão hemisférica cerebral, lesão 
de tronco cerebral ou causa metabólica, ou seja, definem se a alteração é de origem estrutural ou 
metabólica. 
Pacientes com risco de comprometimento ou deterioração neurológica podem necessitar de 
monitorização neurológica. Normalmente pacientes com ECG < 8. 
 
Sintomas da HIC (PIC): confusão mental, 
inquietação sem causa aparente, irregularidade 
respiratória, letargia, sonolência, respiração atáxica, 
cefaleia, pulso lento, pressão de pulso alargada, 
diminuição do nível de consciência, vômitos em jato, 
temperatura elevada, aumento da pressão arterial, 
membros flácidos, reflexos abolidos, torpor, midríase. 
Figura 153 mostra a midríase. 
Tratamento: 
a) Clínico: diuréticos, corticoides, restrição hídrica, redução do volume 
circulação cerebral (diuréticos osmóticos), redução da demanda metabólica celular com 
barbitúricos (altas doses se o cliente não responde ao tratamento convencional). 
Estabilização das vias aéreas (intubação orotraqueal se necessário), monitoração 
Fig 
153 
cardíaca e da circulação, acesso venoso, oxigenoterapia, exames neurológicos 
periódicos para conferir: movimentos dos olhos, reflexo da deglutição, rigidez de nuca, 
estímulo de dor, manobra de Babinsk, avaliação de postura normal se decortica ou 
dicerebra. Suporte nutricional, medidas globais para 
estabilização do cliente. 
b) Cirúrgico: craniotomia descompressiva, 
colocação do cateter no ventrículo, para drenagem 
externa do LCR e controle do edema cerebral, vejam a 
figura, Brunner 95. 
c) De enfermagem: seguir com rigor a prescrição 
médica e de enfermagem, controle hídrico rigoroso, 
acompanhamento alimentar, controle de temperatura, PP, 
P, PA, R, monitoração das ondas de pressão liquórica A B e C pelo monitor 
(osciloscópio), controle para evitar infecção, permeabilidade do cateter da drenagem, 
controle e cuidados com a tráqueo. 
Cuidados de enfermagem na unidade de internação 
Receber o cliente e transferir da maca para o leito com cuidados humanizados e 
respeitando seus direitos; Instalar monitorização cardíaca e oximetria de pulso; Em caso de 
portadores de DVP/DVE,( derivação ventrículo peritôneo – derivação ventrículo para o 
exterior) no caso da DVE instalar no suporte de soro conforme a técnica e/ou orientações do 
médico, veja a técnica em anexo); posicionar cabeceira do leito de acordo com a orientação 
do cirurgião e anotar no impresso próprio o que foi realizado. Posicionar a cabeça alinhada 
com o corpo para facilitar o retorno venoso; Verificar as condições do acesso venoso, 
hidratação e drenos. Verificar condições do curativo, deve ser trocado 24horas após o ato 
cirúrgico e/ou sempre que necessário, pela enfermagem competente ou pela equipe médica da 
neurocirurgia. Verificar condições de permeabilidade de TOT, se entubado; Realizar o 
controle da drenagem da DVE; Verificar sinais vitais 3/3horas, verificar a pressão de pulso 
(PP) se diminuída ou 
aumentada. Manter 
cuidados com a 
derivação ventricular 
externa e interna (DVE 
ou DVP) na externa, 
manter a drenagem 
liquórica pelo sistema 
fechado; na interna 
avaliação da sutura 
cirúrgica. Instalar 
controle hídrico; Avaliação do ambiente; Cuidados 
com a integridade cutânea, hidratar a pele com AGE; Realizar a evolução de enfermagem; 
Proceder os registros da unidade. 
Assistência de enfermagem na monitorização da PIC 
O pessoal de enfermagem para trabalhar em UTI deve levar em conta não somente a 
competência técnica do indivíduo, mas os princípios de disciplina, ética e responsabilidade 
profissional. 
O enfermeiro tem um papel importante no planejamento da assistência, devendo dar 
continuidade ao cuidado através de uma avaliação diária e sistematizada, efetuando 
intervenções precisas durante o atendimento
(7)
. 
Fig 
154 
Considera-se que nas Unidades de Terapia Intensiva, o enfermeiro ofereça 
assistência contínua a pacientes críticos, e isso exige desse profissional uma melhor 
capacitação, fundamentação teórica para aplicar o raciocínio clínico
(27)
. 
Os cuidados com pacientes neurológicos a cada dia são mais explorados e exigem 
um grande conhecimento por parte dos profissionais que cuidam deles. Monitorizar 
pacientes com alterações neurológicas é um grande desafio para toda a equipe, mas é através 
dela que se obtêm dados confiáveis e necessários para a intervenção. 
O enfermeiro deve estar atento, pois cuidados inadequados podem piorar o quadro 
geral do paciente, agravando o quadro neurológico, podendo levar à morte. 
Como pré requisito para monitorização da PIC, o enfermeiro deve conhecer os 
princípios da monitorização asséptica, neuro-anatomia e neurofisiologia, bem como a 
fisiopatologia da hipertensão intracraniana (HIC)
(6)
. 
A medida real da PIC é sempre invasiva, as medidas terapêuticas são iniciadas quando a 
pressão ultrapassa 15-20 mmHg
(23)
. 
Os problemas mais frequentes: obstruções do cateter pelo tecido do cérebro. 
A flexão ou rotação da cabeça diminui o fluxo na jugular e aumenta a pressão 
intracraniana. Se a respiração espontânea do paciente não é suficiente para manter a PO2 
acima de 60-70 mmHg e a PCO2 arterial entre 30-40 mmHg
(12,23)
, a ventilação mecânica 
deve ser instalada
(23)
. 
No Quadro 2 
 
Plano de cuidados de enfermagem humanizado na HIC 
Monitorar a instalação do sistema de drenagem da HIC se contínua com os parâmetros 
da prescrição médica, figura 154. Veja a técnica a seguir (*). 
a) Onda A: com duração entre cinco e 20 minutos, 
amplitude de 50 a 100 mmHg, indicam alteração do 
volume vascular no cérebro, são transitórias, 
paroxísticas e recidivantes; 
b) Onda B: até duas por minuto; tem duração de 30 
segundos a dois minutos, tem menor amplitude, 50 
mmHg de mercúrio. Pode preceder o aparecimento 
da onda A em clientes que estejam rebaixando nível 
de consciência; 
Fig 155 
c) Onda C: consiste em pequenas oscilações gráficas registradas pelo osciloscópio 
(monitor) frequentes e com ritmo; aproximadamente seis por minuto. 
Não abaixar a cabeceira do leito sem a orientação médica ou do enfermeiro conhecedor 
do procedimento de drenagem. Veja gráfico das ondas da esquerda para a direita A mais 
alta, B media e C da figura 155. 
Monitorar rigorosamente o funcionamento do respirado e acompanhar a distensão 
abdominal, pois pode haver formação de gases. 
Preparar material para traqueotomia quando houver indicação 
médica, auxiliar no procedimento quando necessário, circular a 
sala de cirurgia na realização do procedimento, aspirar a cânula e 
as vias aéreas superiores nas necessidades, trocar a cânulametálica uma vez por dia, fazer os curativos; 
Avaliar as condições da pele do cliente sempre nas mudanças de 
decúbito, massageá-la se hiperemiada e prescrito (não quando 
hiperemiada e intumescida) e documentar todos os pontos e 
técnicas aplicadas ao cliente, figura 156. 
Observar se o cliente apresenta sintomas de hemorragia 
extradural, cefaleia intensa, disartria, vertigens e/ou perda da consciência; 
Fazer o controle de fluidos endovenosos rigorosamente na impossibilidade de uso da 
bomba de infusão; 
Preparar o cliente para craniotomia, depois de esclarecido que a hemorragia é subdural 
pelo médico e indicado a cirurgia; 
Mensurar a PA e medicar, conforme prescrição para equilibrá-la, conferir e registrar as 
características do pulso, instalar oxigenoterapia e monitorar o resultado; 
Instalada a drenagem da HIC, monitorar rigorosamente a drenagem e/ou acompanhar 
pelo monitor, reveja a figura 153; siga a técnica (*). 
Monitorar níveis glicêmicos de horário: a HIC pode aumentar a glicemia; 
Elevar a cabeceira do leito a 30 graus, no máximo, mais ou menos, com prescrição 
médica; 
Monitorar dados vitais e pressão de pulso, registrar as intercorrências e informar ao 
enfermeiro e/ou ao médico do cliente, caso o enfermeiro não possa ser localizado; 
Diminuir estímulos que aumentem a HIC, tosse, manobra de Valsalva etc., informar ao 
enfermeiro e se necessário ao médico. Mobilização passiva com maior número de 
profissionais possível, a PIC não pode exceder a 25 mmHg, deve retornar a linha de 
base em cinco minutos – 10 a 20 mmHg. As situações de estresse do cliente devem ser 
evitadas; 
Observar o nível de drenagem no coletor, que deve sempre ficar entre os números 8 e 9 
da escala líquida; o ponto de referência é o conduto auditivo, a menos que esteja 
prescrito o contrário; 
Utilizar o instrumento de avaliação da ECG para avaliar resposta verbal, abertura ocular 
e resposta motora; 
Valorizar queixa de cefaleia, medicar e monitorar resultado; 
Nas aspirações, fazer a hiperventilação antes; tentar realizar o mínimo de estímulos; 
Não elevar o quadril sem elevar o tórax do cliente para não aumentar HIC; 
Oferecer dieta rica em fibras para diminuir os esforços e não aumentar a HIC; 
Realizar mudanças de decúbito com três funcionários, sem fletir as jugulares. 
Se houver febre, coletar amostra da urina e encaminhar ao laboratório para certificar se 
é infecção urinária, retirar a sonda nas indicações médica ou do enfermeiro; 
Estimular o cliente à alimentação VO e ingestão hídrica; se a aceitação for satisfatória 
deve-se retirar a sonda enteral; 
Fig 
156 
Sentar o cliente fora do leito e acompanhar o resultado do seu comportamento, só se 
deve afastar após ter certeza de que ele está estabilizado; 
Com a melhora do cliente, deve-se estimular a auto-orientação; nas indicações, fazer a 
educação vesical de três em três horas e abrir por 15 minutos; 
Elevar o cliente no leito, depois de passado o período de repouso absoluto. Conferir o 
pulso do cliente, antes de elevar o dorso por 45, 60 e 90 graus, só depois que estiver 
estabilizado é que devemos retirá-lo do leito; 
Conscientização do cliente para evitar os esforços de Valsalva (respiração profunda, 
virar no leito sozinho, prender a respiração, se erguer no leito, elevar os MMII ou o 
quadril, tossir e evacuar); 
Preparar o cliente para o auto cuidado, estimulando-o sempre no momento da aplicação 
dos cuidados básicos; 
Chamar a família para treinamento se o cliente ficar dependente dos cuidados básicos. 
Após ter treinado a família e orientado sobre a alta hospitalar, fazer a mensuração dos 
dados vitais e encaminhar o cliente para junto da família para alta programada. 
 
(*) Técnica de instalação do coletor na drenagem liquórica da HIC ao suporte de 
soro 
Responsável pela prescrição: médico/enfermeiro 
Responsável pela execução: Enfermeiro, médico, TE 
Finalidade: permitir uma drenagem satisfatória do excesso de LCR 
Indicação: Hipertensão intracraniana 
Contraindicação: pressão intracraniana (PIC) normal 
Material necessário: 
Um suporte de soro; 
Um rolo de esparadrapo ou fita adesiva; 
Uma régua niveladora de pressão venosa central (PVC); 
Uma régua graduada em centímetros; 
Um par de luvas de procedimento. 
Descrição da técnica: 
1- Lavar as mãos 
2- Reunir o material; 
3- Preparar o cliente explicando a finalidade; 
4- Erguer o estrado da cama com o cliente a 30° em decúbito dorsal; 
5- Aproximar o suporte de soro próximo do leito com o cliente; 
6- Calçar as luvas; 
7- Com a régua graduada, medir 2,5 cm acima do conduto auditivo (forame de Monro) e 
marcar; 
8- Segurar o coletor em uma das mãos pelo cordão junto do suporte de soro; 
9- Nivelar a régua com a outra mão buscando o nível do ponto marcado; 
10- Posicionar a outra extremidade da régua entre o número 8 e o número 9 da escala 
graduada em centímetros do coletor de LCR ao suporte de soro; figura 153. 
11- Fazer o nível e fixar com esparadrapo ou fita adesiva ao suporte de soro; 
12- Abrir a pinça da extensão de drenagem do coletor de LCR; 
12- Organizar a unidade do cliente e deixá-lo confortável; 
13- Retirar as luvas e lavar as mãos; 
14- Fazer relatório de enfermagem descritivo registrando os fatos. 
Observações: caso for necessário abaixar ou elevar mais de 30° o tórax, deve-se 
refazer o nível e a fixação do coletor conforme os passos anteriores para equilibrar 
novamente a drenagem liquórica; 
Mensurar a PA e medicar conforme prescrição para equilibrá-la; 
Conferir e registrar as características do pulso; 
Instalar oxigenoterapia e monitorar o resultado; 
Instalado drenagem da HIC: deve-se monitorá-la rigorosamente ou pelo monitor 
Monitorar níveis glicêmicos de horário, pois a HIC pode aumentar a glicemia; 
Fazer o balanço hídrico rigorosamente; 
Monitorar dados vitais e pressão de pulso, registrar intercorrências e informar ao 
enfermeiro e/ou ao médico do cliente (caso não seja possível localizar o enfermeiro); 
Diminuir estímulos que aumentem a PIC, tosse, manobra de Valsalva etc., informar ao 
enfermeiro e se necessário ao médico; 
Mobilização passiva do cliente com maior número de profissionais possível; a PIC não 
pode exceder a 25 mmHg, deve retornar a linha de base em cinco minutos – 10 a 20 
mmHg; 
As situações de estresse do cliente devem ser evitadas; 
Observar o nível de drenagem, que deve sempre ficar entre o número 8 e 9 da escala 
líquida, ponto de referência ao conduto auditivo, a menos que esteja prescrito o 
contrário; 
Utilizar o instrumento de avaliação da ECG para avaliar resposta verbal, abertura 
ocular, resposta motora; 
Valorizar queixa de cefaleia, medicar e monitorar resultado; 
Nas aspirações endotraqueais ou pela tráqueo, hiperventilar o cliente antes, tentar o 
mínimo de estímulos possível; 
Não elevar o quadril sem elevar o tórax do cliente para não aumentar PIC; 
Oferecer dieta rica em fibra para diminuir os esforços e não aumentar a PIC; 
Mudança de decúbito com três funcionários sem fletir as jugulares ou proporcionar 
esforço do cliente. 
 
REFERÊNCIAS 
1. Ciampone JT, Gonçalves LA, Maia FOM, Padilha KG. Necessidades de 
cuidados de enfermagem e intervenções terapêuticas em Unidade de Terapia Intensiva: 
estudo comparativo entre pacientes idosos e não idosos. Acta Paul Enferm 2006; 19 
(1): 28-35. [ Links ] 
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Terapia Intensiva do Município de São Paulo. Rev Esc Enf USP 1997; 31(2): 304-15. [ 
Links ] 
3. Silva GF, Sanches PG, Carvalho MDB. Refletindo sobre os cuidados de 
enfermagem em unidade de terapia intensiva. Rev Mineira Enferm 2007; 11(1): 94-8. [ 
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aspiração endotraqueal em pacientes neurológicos submetidos à ventilação mecânica 
invasiva. São Paulo (SP); 2005. [citado em 11 set 2008]. Disponível em: 
www.sobrati.com.br/trabalho24.htm [ Links ] 
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Paulo: Atheneu; 2006. p.55-66. [ Links ] 
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monitorização do paciente grave. In: Knobel E. Condutas no paciente grave. 2ª ed. São 
Paulo: Atheneu; 1998. p. 1513- 23. [ Links ] 
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Terapia intensiva: neurologia. São Paulo: Atheneu; 2003. p.39-57. [ Links ] 
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Neurológica. In: Knobel E. Condutas no Paciente Grave. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 
1998. p. 1557-63. [ Links ] 
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Rev Assoc Med Bras 2005; 51(5): 243-4. [ Links ] 
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Rio de Janeiro: Atheneu; 1983. p. 125-8. [ Links ] 
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