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APOSTILA UTI - PARTE 4 - MONITORIZAÇÃO INVASIVA E NÃO INVASIVA

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0 
 
ESCOLA DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL EVANGÉLICO 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA – UTI 
 
 
 
 
2020 
1 
 
Débora Duarte Leite Porto 
Diretora Administrativa 
Coren MG: 79.589 
 
 
 
CRIAÇÃO 
 
Breno dos Reis 
Coren MG: 471.782 
Enfermeiro 
Especialista em Docência de Enfermagem 
Especializando em Enfermagem em Oncologia 
Especializando em Enfermagem em UTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-
los prosperar e não de causar danos, planos de dar a vocês esperança e um futuro”. 
(Jeremias 29:11) 
 
 
A reprodução parcial ou total deste material não está autorizada. Direitos autorais 
protegidos pela Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. 
 
Belo Horizonte, MG – 2020. 
2 
 
8. MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA E NÃO INVASIVA 
 
 
 
A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, terapêutica, e até mesmo fazer prognóstico 
com os dados obtidos. A finalidade é reconhecer e avaliar as possíveis complicações do estado hemodinâmico 
do paciente e intervir em tempo hábil com terapia adequada, prevenindo maiores complicações. 
A monitorização hemodinâmica não invasiva vem aumentando nas unidades de cuidados críticos e 
centro cirúrgico. O objetivo principal de utilizar a técnica não invasiva é reduzir as complicações associadas às 
técnicas de monitorização hemodinâmica invasiva. 
A escolha do sistema de monitorização hemodinâmica não invasiva dá-se por ser uma técnica menos 
invasiva, com facilidade no manuseio, de menor custo e que em estados clínicos duvidosos pode ser confirmada 
por exames complementares. Assim, asseguramos ao paciente a uma monitorização eficaz, menos invasiva e 
prevenindo até mesmo uma infecção. 
 
Vantagens: 
• Facilidade de manuseio e operacionalidade; 
• Menor custo em relação aos invasivos; 
• Método indolor; 
• Menor risco de infecção. 
 
Desvantagens: 
• Necessidade de exames complementares para confirmação dos dados; 
• Menor acurácia; 
• Podem causar desconforto e dermatites de contato. 
 
Objetivo: 
• Estabelecer o diagnóstico, planejar a terapêutica e fazer prognósticos com os dados obtidos; 
• Reconhecer e avaliar os possíveis problemas em tempo hábil com o objetivo de estabelecer uma terapia 
adequada imediata. 
 
 
3 
 
8.1 MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA: 
 
A monitorização hemodinâmica não invasiva consiste em: 
 
Monitor: 
 
 Aparelho (visor) eletrônico com a finalidade de transmitir os sinais elétricos do coração captados pelos 
eletrodos, e transformar os impulsos mecânicos das PNI, PAI, PVC e etc.; em elétricos através de transdutores 
de pressão. 
 Monitores de multiparâmetros fornecem todos esses dados, desde que vários cabos sejam a eles 
ligados. 
• O monitor ideal deve possuir um sinal de alarme sonoro e visual capaz de avisar com prontidão o 
momento em que os parâmetros fogem dos limites predeterminados como limites de alarmes, deve 
ainda possuir uma acurácia técnica para eliminar padrões indesejáveis de interferência. 
• Os alarmes nunca devem ser desligados e sem ajustados de acordo com os parâmetros apresentados 
pelo paciente. 
• O monitor é ligado ao paciente através de cabos e assim acompanha continuamente o ritmo cardíaco e 
identifica imediatamente alterações da frequência e/ou morfologia do traçado eletrocardiográfico. 
• É realizado rotineiramente na UTI; todos os pacientes encontram-se com esse tipo de monitorização. 
 
8.1.1 Pressão arterial não invasiva: 
 
Que é a verificação da Pressão Arterial, através do método escutatório, com Esfigmomanômetro e 
estetoscópio, ou através do método automatizado que tem como base a medida da pressão arterial através de 
curvas de medidas, realizada por software validado para tal fim. 
 
 
Vantagens: 
• Eliminar a variação do examinador; 
• Método não invasivo; 
• Possibilidade de medidas mais frequentes que o auscultatório; 
• Baixo custo. 
 
4 
 
Desvantagens: 
• A atividade muscular pode ser confundida pelo equipamento, fornecendo falsos valores da PA; 
• Incomodo para alguns pacientes; 
• Medidas frequentes podem dar falsos valores; 
• Em pacientes em choque, vasoconstrição seus valores não são fidedignos. 
 
Propriedades: 
• Tem a particularidade de clicar automaticamente, de programar a frequência das aferições e a emissão 
de alarme sonoro se o limite estipulado for excedido; 
• O tamanho do manguito apropriado deve ser igual a dois terços da circunferência do mesmo no qual o 
mesmo é posicionado. 
 
8.1.2 Frequência cardíaca: 
 
Que é a verificação dos batimentos cardíacos, representada pelo número de vezes que o coração bate 
por minuto. 
 
8.1.3 Temperatura: 
 
Mensuração da temperatura corporal através dos termômetros. Essa pode ser mensurada de três 
maneiras: temperatura axilar; a temperatura central, que pode ser obtida com termômetro esofágico, cateter de 
pressão intracraniana com dispositivo de temperatura e também com cateter de artéria pulmonar através da 
termodiluição. 
 
8.1.4 Frequência respiratória: 
 
É mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um 
minuto. 
 
8.1.5 Oximetria de pulso: 
 
• É a mensuração da saturação de oxigênio da hemoglobina arterial e o pulso cardíaco. 
• O transporte de oxigênio no sangue arterial tem duas formas diferentes: dissolvido no plasma e ligado à 
hemoglobina. 
• A molécula de hemoglobina é capaz de carregar 98%-99% de todo o oxigênio dissolvido no sangue. 
• A oxigenação dos tecidos depende de três fatores: fluxo sanguíneo, hemoglobina e oxigênio. 
• A saturação de oxigênio é um indicador do percentual de hemoglobina que se encontra saturada pelo 
oxigênio no momento da verificação. 
• A molécula de hemoglobina é considerada saturada quando está ligada a quatro moléculas de oxigênio. 
5 
 
 
 
Indicação: 
• Ajuste da Fio2; 
• Ajuste da PEEP; 
• Auxílio no manejo do ventilador; 
• Auxílio no processo de desmame da VM; 
• Detecção precoce de hipóxia por qualquer causa; 
• Pacientes sob anestesia; 
• Pacientes críticos sofrendo de distúrbio circulatório que altera a perfusão e oxigenação tecidual. 
 
Limitações para o uso da oximetria: 
• Má perfusão periférica do paciente uso de drogas vasopressoras, doença vascular periférica, 
compressão arterial direta e hipotermia significativa; 
• Saturação inferior a 60%; 
• Presença de hemoglobina patológica; 
• Hemoglobina inadequada (anemia e/ou hemodiluição). 
 
Valores de referência: 
• 97% e 99% no individuo jovem saudável; 
• Valores próximos de 92% à 95% são clinicamente aceitáveis; 
• Associação com quadro clínico; 
• Valores < ou = a 90% - intervenção. 
 
Assistência de enfermagem: 
• Explicar ao paciente a indicação do procedimento e o método de utilização, solicitando a sua 
colaboração; 
• Escolher e preparar a região em que será colocado o sensor; 
• Remover esmaltes coloridos; 
• Ajustar os limites de alarme; 
• Atentar para o posicionamento do sensor correto; 
• Realizar alternância do local de posicionamento do sensor a cada 2 horas no paciente; 
• Observar sinais e sintomas que mostra redução da ventilação (taquipnéia, dispnéia, utilização de 
músculos acessórios, cianose). 
 
6 
 
8.1.6 Capnografia - como monitorização hemodinâmica não invasiva específica temos: 
 
É o registro do gás carbônico no final da expiração. Os Capnógrafo analisam e registram a pressão 
parcial de co2 durante o ciclo respiratório por um sensor aplicado nas vias áreas do paciente ou pela aspiração 
de uma amostra de ar nas vias aéreas processada por um sensor. 
 
Indicação: a todo paciente sob VM e em situações de grave comprometimento das trocas gasosas, onde a 
hipoxemia e a hipercapnia e suas consequências, representam um desafio à equipe médica, no que dizrespeito 
ao resultado do regime de ventilação, e nos ajustes necessários ao equipamento de VM. Os limites de 
normalidade variam entre 35 a 45 mmHg. 
 
 
 
8.1.7 Monitorização eletrocardiográfica: 
 
Através do eletrocardiograma, para detecção de arritmias e outras complicações, tais como: isquemias, 
alterações do marca-passo e distúrbios eletrolíticos graves. 
7 
 
 
 
 
Assistência de enfermagem: 
• Cuidados com a pele, tricotomia, retirada do excesso oleosidade e da umidade; 
• Posicionamento correto dos eletrodos; 
• Reconhecer ritmo anormal; 
• Ajustar alarmes sonoros de acordo com a FC do paciente – 25%; 
• Detectar interferências e minimiza-las. 
 
8.2 MONITORIZAÇÃO INVASIVA 
 
 A monitorização invasiva requer a utilização de cateteres especiais, punções e instalações pela equipe 
médica intensivista, monitorização e demais cuidados pela equipe de enfermagem. 
8 
 
 
Vantagens: 
• Melhor acurácia; 
• Possibilita intervenções imediatas e seguras; 
• Possibilita melhor prognóstico de pacientes críticos. 
 
Desvantagens: 
• Alto custo; 
• Maior risco de infecções e iatrogênicas; 
• Maior complexibilidade técnica na operacionalização. 
 
8.2.1 CATETER DE SWAN-GANZ: 
 
O cateter de Swan-Ganz (CSG), ou cateter de artéria pulmonar foi desenvolvido na década de 1960. Por 
volta dos anos de 1970, com o avanço da tecnologia, foi adicionado um termistor permitindo um rápido acesso 
ao débito cardíaco e a outras informações consideradas importantes para o diagnóstico e tratamento de tais 
pacientes. Como uma forma de identificar a disfunção ventricular esquerda à beira do leito, e que mede pressões 
ventriculares e débito cardíaco além de prover outras informações que servem para monitoração fisiológica e 
guia da terapia nos pacientes em estado grave, internados em unidades de terapia intensiva. 
 
Nestes últimos anos, ocorreram sofisticações nos sistemas de monitorização e no próprio cateter e, 
como resultado, temos a mais segura e relativamente fácil assistência hemodinâmica à beira do leito do 
paciente. 
Logo a enfermagem tem seu papel específico a desempenhar com relação ao que está envolvido na 
Monitorização Hemodinâmica. 
9 
 
 
Indicação: 
A monitorização Hemodinâmica Invasiva deve ser indicada somente quando alguma decisão de 
diagnóstico ou conduta está sendo considerada e quando o intensivista estiver comprometido em trabalhar a 
partir dos dados obtidos com o procedimento. Essa indicação deve obrigatoriamente deve levar em conta que os 
dados obtido vão contribuir para a decisão terapêutica, sem acarretar algum tipo de risco sem necessidade ao 
paciente. 
As indicações mais comuns para a MHI são: 
• Insuficiência cardíaca aguda (ex.: infarto agudo do miocárdio, complicado com hipotensão progressiva 
ou choque cardiogênico). 
• Complicações mecânicas do infarto agudo do miocárdio. 
• Infarto do ventrículo direito. O CSG ajuda a guiar a expansão volêmica e o suporte farmacológico dos 
pacientes hipotensos com infarto do ventrículo direito. 
• Insuficiência cardíaca congestiva refratária. O CGS pode ser útil não apenas para otimizar o balanço 
hídrico, mas também, para definir os pacientes nos quais a terapia não pode ser tolerada ou é 
ineficiente, que são os casos em que pode estar indicado o uso do balão intra-aórtico. 
• Hipertensão pulmonar. O CSG é indicado para diagnóstico e para guiar a terapia vasodilatadora nestes 
pacientes. 
• Choque Circulatório ou Estabilidade Hemodinâmica, que não respondeu a expansão volêmica nem ao 
uso de drogas vasoativas. A avaliação clinica do estado hemodinâmico não é confiável nesses 
pacientes. 
• Situações circulatórias complexas (ex: reposição volêmica, do grande queimado). 
 
Emergências médicas: 
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda. O CSG auxilia nesses casos, principalmente nos casos de 
hipotensão, com evidência clínica de má perfusão tecidual ou nos pacientes estáveis hemodinamicamente. 
Sepse por bactérias gram-negativas. O CSG é útil nos pacientes que não respondem á reposição 
volêmica e ao uso de aminas simpatomiméticas, onde a PVC não é fidedigna, sendo elevada pela disfunção 
ventricular direita. 
• Intoxicação por drogas. 
• Anestesia. 
• Insuficiência Renal Aguda. 
• Pancreatite Necroemorrágica. 
• Pacientes de auto risco intra e pós-operatório: 
• História de prévia doença cardíaca ou pulmonar. 
• Cirurgias de grande porte, principalmente cardíacas e aórticas, em pacientes com disfunções 
ventriculares, esquerdas, importantes. 
• Pacientes obstétrica de auto risco. 
• Cardiopatas (ex: estenose mitral). 
10 
 
• Doenças hipertensivas específica da gestação (pré-eclâmpsia), o uso do CSG está indicado nas 
pacientes com pré-eclâmpsia severa, associada com oligúria, não responsiva a ressuscitação volêmica, 
presença de edema pulmonar ou hipertensão resistente á terapia. 
• Descolamento prematuro de placenta. 
• Determinação do débito cardíaco pelo método de termo diluição. 
• Colheita de sangue venoso misto e infusão de soluções. 
• Processos dialíticos complicados. 
• Cirurgia vascular: aneurisma dissecante, ressecção de aneurisma de aorta torácica e abdominal. 
• Cirurgia abdominal de grande porte. 
• Cirurgia ortopédica extensa (idosos). 
• Politrauma. 
• Ressecções prostáticas extensas (casos especiais). 
• Como coadjuvante para monitorização cerebral. 
• Investigação clinica: avaliando efeitos de novos tratamentos, novos conceitos. 
 
Técnica de Inserção: 
Para a inserção de um CSG requer um acesso venoso central, como para qualquer outro cateter arterial 
pulmonar. 
 
Pode também ser colocado por meio da técnica de dissecção de uma veia periférica. As veias mais 
comuns de acesso venoso central para introduzir o cateter de SG estão: a veia jugular interna, a veia subclávia, 
a veia braquial (técnica de dissecção), ou veia femoral. 
Normalmente a introdução de um cateter de Artéria Pulmonar (AP), à beira do leito é feita através da 
veia jugular interna direita, porque proporciona um acesso direto ao átrio direito. 
11 
 
 
• Via proximal (azul): 
Como orifício proximal, fica localizado na aurícula direita, permitindo avaliar a PVC (Pressão Venosa 
Central), que por transdutor quer por manômetro de água, colheita de exames de sangue e injeção de líquidos 
para as medidas hemodinâmicas. 
 
• Via distal (amarela): 
Com orifício distal que se situa na ponta do cateter, fica localizado na artéria pulmonar, avaliando, 
quando ligado a um transdutor a pressão da artéria pulmonar (PAP), pressões nas câmaras cardíacas, direitas, e 
pressão capilar, pulmonar, durante a inserção, além da colheita da amostra de sangue venoso misto, na artéria 
pulmonar. 
 
• Via balão (vermelha): 
Situado a 1 cm do orifício distal, quando insuflado progride com a corrente sanguínea encravando num 
dos ramos menores da artéria pulmonar e, avalia, quando insulflado e ligado a um transdutor a pressão de 
encravamento capilar pulmonar (PECP). 
 
• Via do termistor: 
Localizado na extremidade do cateter, permite avaliar o débito cardíaco por meio de termodiluição. Para 
determinar o débito cardíaco, injeta-se pela via proximal um “bólus” de 10cc de SF a uma temperatura pré-
conhecida, o termômetro detecta a alteração da temperatura, transmitindo-a ao aparelho medidor que converte 
em um 1/min. Efetuam-se 3 medidas consecutivas, considerando-se a sua média o débito cardíaco no momento. 
 
O CSG permite avaliar os seguintes parâmetros hemodinâmicos: 
 
1. Freqüência cardíaca: É uma das variáveis mais fáceis de ser obtida para avaliação do estado hemodinâmico. 
É um componente do débito cardíaco; é um determinante importante do tempo de enchimento diastólico e do 
volume diastólico final. A freqüência cardíaca pode ser palpada ou obtida pelo monitor de ECG. 
 
2. Pressão atrial direita (PVC): Pressão de enchimento atrial direito ou pressão venosa central (PVC), tanto emmmHg ou cm de H2O, é obtida através de um acesso venoso central. No cateter de artéria pulmonar podemos 
utilizar a via proximal. Este valor nos informa sobre a função ventricular direita. O valor normal da PVC situa-se 
entre 8 e 12 cmH2O, quando o ponto zero é fixado na linha axilar média, com o paciente em decúbito dorsal. 
 
3. Pressão arterial média: A manutenção de uma pressão mínima é necessária para a perfusão coronariana e 
tecidual. 
PAM = PAS +(PAD x 2) 
 3 
Onde: 
PAS = Pressão Arterial Sistólica; 
PAD = Pressão Arterial Diastólica; 
12 
 
PAM = Pressão Arterial Média. 
 
Assistência de enfermagem: 
 
Pré- monitorização: 
• Informar o doente/família do procedimento a realizar e a finalidade do mesmo; 
• Preparar o material necessário com técnica asséptica; 
• Prepara o local de inserção do cateter; 
• Posicionar o doente; 
• Tricotomizar, se necessário; 
• Lavar e desinfetar; 
• Apoiar emocional e fisicamente o doente; 
• Manter monitorização básica; 
• Colaborar com o médico na colocação do cateter; 
• Acompanhar trajeto do cateter por fluoroscopia, e monitorização; 
• Posicionar e calibra o transdutor, verificando a sua funcionalidade; 
• Fazer penso do local de inserção; 
• Posicionar adequadamente o doente. 
 
Durante a monitorização: 
• Verificar a funcionalidade do sistema/equipamento; 
• Manter monitorização contínua da curva da PAP; 
• Manter soro heparinizado em perfusão contínua da via distal e proximal; 
• Utilizar técnica asséptica em qualquer procedimento; 
• Antes das medições lavar o cateter com soro, heparinizado através do sistema de flushing, nivelar e 
calibrar o transdutor; 
• A seringa de insuflação deve estar sempre ligada a via de entrada para o balão; 
• Renovar sistemas, conexões e soluções de acordo com protocolos do serviço; 
• Fazer penso do local de inserção, diariamente e em SOS; 
• Observar local de inserção; 
• Valorizar e estar atento a queixas do doente; 
• Posicionar e calibrar o equipamento para obter leituras corretas; 
• Identificar o sistema. 
 
Pós – monitorização: 
• Informar o doente e preparar o material necessário para a remoção do cateter; 
• Posicionar o doente em decúbito dorsal sem almofada, para retirar o cateter durante a expiração; 
• Clampar e retirar soros; 
• Retirar penso, fazer limpeza e desinfecção do local; 
• Retirar ponto de fixação do cateter; 
13 
 
• Retira cateter, nunca com o balão insuflado e fazer compressão adequada; 
• Fazer peso compressivo após hemóstase; 
• Posicionar confortavelmente o doente. 
 
8.2.2 PRESSÃO VENOSA CENTRAL – PVC: 
 
Conceito: 
A PVC representa a pressão de enchimento ventricular direito e indica a capacidade de bombear do lado 
direito do coração de suportar uma sobrecarga de líquidos. Quanto mais sangue ou líquido houver nos vasos 
sanguíneos, mais alta a PVC. Só é possível a sua instalação através de um intracath ou flebotomia (veia de 
grande calibre). 
É um cuidado indispensável a todo paciente grave. 
 
Finalidades: 
• Servir de meio diagnóstico para condições clínicas de desidratação e hiperidratação; 
• Servir de meio para infusão de líquidos nos pacientes graves, pois é possível avaliar uma hipo ou 
hipervolemia, sem induzir a uma sobrecarga cardíaca. 
 
Valor informativo: 
A pressão no átrio direito representa por volta de 2 cm de água, tomada a partir do nível do coração. Os 
índices normais oxilam entre: 
• 02 a 08 mmHg; 
• 3 a 11 cm H²O. 
 
 
 Para se ter certeza de que se está obtendo uma leitura real, é preciso verificar a coluna de líquido, 
livremente com a respiração e transmite as pulsações cardíacas. 
Depois de colocada a PVC aponta mais de 15 cm de água, deve-se infundir qualquer líquido prescrito 
com extrema cautela. Por outro lado, se a pressão aponta menos de 3 cm de água, é provável que o coração 
tolere uma razoável carga de líquido. 
14 
 
Os índices normais da PVC variam, conforme o local de nivelamento. 
A PVC varia com a expiração (aumenta) e com a inspiração (diminui), dependendo do rendimento 
cardíaco, do volume sanguíneo circulante e do tônus muscular. Esse aumento e diminuição derivam de: 
 
1. Aumento do PVC: 
• Insuficiência cardíaca; 
• Pneumotórax hipertensivo; 
• Embolia pulmonar; 
• Respiração com pressão positiva intermitente; 
• Estados de vasoconstrição periférica; 
• Hipervolemia. 
 
2. Diminuição do PVC: 
• Hipovolemia; 
• Estados de vasodilatação; 
• Aumento do inotropismo cardíaco, (contratilidade/contração). 
 
Ponto de referencia: 
O ponto de referencia escolhido não é importante, mas deve ser facilmente identificado pelo pessoal de 
enfermagem e restabelecido cada vez que a mensuração é feita. Isto por que tanto o paciente como o leito pode 
ter – se movido no intervalo entre uma e outra. O ângulo do esterno ou a linha axilar anterior são os pontos de 
referencia geralmente escolhidos. 
 
Técnica: 
• Usar equipo próprio para PVC e soro. 
• Montar o equipo no suporte de soro. 
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal sem travesseiro. 
• Zerar o nível com régua apropriada, tomando como base a parte superior do esterno. 
• Observar oscilações da coluna de acordo com a respiração. 
• Abrir o soro da coluna do equipo e quando parar de descer o soro verifica-se o número marcado. 
• Contar a partir do zero se o nível estiver acima de zero a PVC é positiva, se abaixo do zero a PVC é 
negativa. 
• Manter extremidade do equipo protegido 
 
Modo de aferição da PVC no transdutor: 
• Lavar o sistema (preencher todo o circuito com SF 0,9%); 
• Abrir via para o ambiente e fechar via para o paciente; 
• Posicionar o transdutor de pressão na altura do eixo flebostático (cruzamento do quarto espaço 
intercostal com a linha axilar média); 
15 
 
 
• Interromper as drogas infundidas pela via proximal (mesma via da PVC) e a via distal (exceto se nora), 
deixando apenas a via da PVC aberta para cateter central; 
• Apertar o botão Zerar no monitor, após confirmação Zero no monitor, abrir via paciente e fechar do 
ambiente; 
• Observar curva e valor da PVC no monitor; 
• Após mensuração, fechar via PVC e abrir vias das drogas; 
• Anotar valores no prontuário e se anormal comunicar. 
 
 
Assistência de enfermagem: 
 
1. Cuidados observados na leitura: 
• Orientar psicologicamente o paciente; 
16 
 
• Colocar o paciente no plano horizontal, em decúbito dorsal e sem travesseiros; 
• Desligar respiradores; 
• Observar se o líquido da coluna cai rápida e livremente; 
• Observar se as oscilações máximas e mínimas estão sincronizadas com a frequência dos movimentos 
respiratórios; 
• Verificar se a coluna do líquido está cheia (ela deve estar sempre cheia para evitar a contaminação do 
interior do cateter); 
• Anotar, na folha de sinais, o dado colhido e, na folha de balanço hídrico, o líquido infundido na 
verificação da PVC. 
 
2. Outros cuidados: 
• Trocar os curativos diariamente; 
• Trocar o equipo de PVC a cada 48 horas, (trocar conforme rotina do hospital); 
• Trocar o cateter venoso a cada 8 dias. 
 
3. Fatores que modificam a leitura: 
• Obstrução do cateter por coágulos. 
• Obstrução da abertura do cateter pela parede do vaso ou pelo miocárdio. 
• Fatores que causem pressão intratorácica, levando um refluxo do retorno venoso - ex: tosse, esforço, 
obstrução vias aéreas, traumatismo de costela, pneumotórax hipertensivo. 
 
4. Complicações: 
• Infecção, hemorragias, flebites; 
• Trombose; 
• Embolia aérea; 
• Deslocamento do acesso; 
• Hemotórax (punção). 
 
 
8.2.3 PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA – P.A.I 
 
A cateterização arterial constitui o modo mais preciso de monitorização da pressão arterial, conhecida 
como pressão arterial invasiva (P.A.I.), que consiste na introdução de um cateter em uma artéria por punção 
percutânea direta ou através de dissecção. Na prática em várias instituições, presenciará o termo de pressão 
invasiva arterial (P.I.A.); sendo o correto (P.A.I.).Indicações: 
O cateter arterial é indicado nos casos de: 
• Monitorização contínua da pressão sanguínea invasiva do paciente instável; 
• Múltiplas ou frequentes extrações de amostras de sangue; 
17 
 
• Hipotensão induzida (sobretudo por drogas vasodilatadores). 
 
Locais para inserção: 
A artéria radial é a mais comumente empregada e constitui o vaso de escolha, por ser acessível e de 
inserção fácil, e por apresentar boa circulação, que pode ser facilmente confirmada. 
Em seguida o local mais comum é a artéria dorsal do pé, tem a vantagem do fluxo colateral (acessório). 
As artérias femorais, braquiais e axilares ainda que sejam artérias terminais, tem a vantagem de apresentar 
diâmetros relativamente grandes, e também podem ser utilizadas. A utilização da artéria femoral envolve uma 
desvantagem séria devido ao acentuado risco de infecção. Uma desvantagem relativa da inserção da artéria 
braquial é o movimento limitado do cotovelo e do braço provocado pelas condições anatômicas da artéria. 
A artéria dorsal do pé, a axilar, a braquial e a femoral também pode ser os locais escolhidos para a 
inserção. 
 
Método da inserção: 
O método preferido para colocação do cateter arterial é a inserção percutânea. Em certas ocasiões, 
pode ser necessária uma incisão, embora essa técnica esteja associada a um maior índice de infecção e de 
oclusão arterial trombótica do que os verificados na via de acesso percutânea. De preferência, escolhe-se a mão 
não dominante. 
Técnicas de inserção: 
Será discutida a inserção de Artéria radial ainda que algumas das técnicas e complicações potenciais 
também se apliquem a outros locais. 
Para verificar se o fluxo colateral (acessório ou secundário) é suficiente, utiliza-se o teste de Allen 
modificado, realizado antes de qualquer tentativa para inserção da artéria radial, mas isto pode ser confirmado 
através de um transdutor de pressão. 
 
Teste de Allen: 
Verifica se a circulação colateral é suficiente e quais são as condições circulatórias das artérias ulnar e 
radial. Realizado da seguinte maneira: com a mão e o antebraço do paciente elevado, o médico comprime as 
artérias ulnar e radial. O paciente abre e fecha sucessivamente a mão, várias vezes, rapidamente, deixando por 
fim a mão aberta. Em seguida, o médico relaxa a pressão sobre a artéria ulnar. A indicação de que a artéria 
ulnar é suficiente é demonstrada pelo aparecimento imediato de uma mancha eritematosa sobre toda a palma da 
mão, incluindo os dedos e o polegar. O enchimento da artéria ulnar é julgado lento quando são necessários de 7 
18 
 
a 15 segundos para que a mancha eritematosa apareça. O teste pode então ser repetido, relaxando-se a 
pressão sobre a artéria radial e observando-se a mancha palmar para verificar se a artéria radial é suficiente. 
Idealmente o retardo de tempo deve ser reportado entre o relaxamento da compressão e a vermelhidão da 
palma, primeiro para a artéria ulnar e em seguida para a artéria radial. Um intervalo de tempo também deve 
ocorrer entre os testes da artéria radial e da artéria ulnar a fim de evitar interpretações errôneas do segundo 
teste devido à hiperemia residual ocasionada pelo primeiro. 
 
 
Canulação: 
Limpa-se a pele (a técnica é asséptica mas não estéril, como a utilizada na colocação dos cateteres na 
artéria para medir a pressão venosa central). Utilizando-se agulha de calibre 25, solução de lidocaína. A 
canulação pode ser realizada: 
• Penetrando-se na artéria, o que pode ser constatado pela volta do sangue no cubo da agulha e em 
seguida enfiando-se o cateter diretamente (a mesma técnica utilizada na colocação dos cateteres 
intravenosos); 
• Ou no caso de falha remova o cateter e a agulha, comprima a artéria durante cinco minutos fim de evitar 
hematoma e recomece novamente. 
Complicações potenciais: 
As complicações mais importantes incluem obstrução completa ou parcial com isquemia distal, êmbolos, 
hemorragia maciça, equimoses (extravasamento de sangue nos tecidos subcutâneos, alterando a coloração da 
pele), perda temporária do pulso e infecção local. 
As complicações mais graves ocorrem com freqüência nos pacientes com débito cardíaco baixo, nos 
hipotensos, nos que necessitam de medicações anticoagulantes e naqueles com septicemia. 
Apesar da incidência aparentemente elevada de complicações, os prejuízos permanentes resultantes da 
canulação da artéria radial são muito poucos. 
 
Componentes Básicos: 
O equipamento básico necessário para medir a pressão diretamente consiste em um transdutor, um 
ampliador e algum meio para registrar ou apresentar a informação colhida. 
O sistema de conexão deve ser avaliado e irrigado, o transdutor zerado e calibrado antes que o cateter 
seja introduzido. O cateter no local deve ser fixado, coberto e a extremidade imobilizada. 
19 
 
O valor medido no pico da deflexão é a pressão sistólica. Uma pressão sistólica normal é de 90 a 140 
mmHg. O ponto mais baixo da deflexão é a pressão diastólica, normalmente entre 60 e 90 mmHg. 
A pressão arterial média (PAM) e a perfusão de órgãos vitais do organismo estão relacionadas 
diretamente. Pode-se utilizar a seguinte equação para calcular a PAM: 
 
PAM = PAS +(PAD x 2) 
 3 
A PAM normal é de 70 a 105 mmHg. 
 
Tratamento: 
Devem garantir a leitura obtida exata e focalizar em torno da profilaxia ou detecção precoce de 
complicações. 
O sistema deve ser zerado e calibrado no mínimo a cada 8 horas e sempre que a leituras se alterarem 
de forma significativa. Os valores tensionais obtidos de uma linha arterial de demora devem ser comparados com 
a pressão auscultada pelo menos a cada 8 horas e sempre que a exatidão da linha arterial for colocada em 
dúvida. Esses dois métodos não produzirão os mesmos valores. Uma divergência de 5 a 20 mmHg é normal 
entre a pressão monitorizada de forma não invasiva obtida pela ausculta, com os valores por um cateter de 
demora geralmente mais elevada do que as pressões por manguito. 
 
Materiais necessários para a punção: 
• EPI - (avental e luvas esterilizados, máscara cirúrgica, gorro e óculos de proteção). 
• Escova esterilizada, de cerdas macias, descartável e embebida com solução antisséptica degermante. 
• Materiais para antissepsia (bandeja, gazes e pinças esterilizadas; clorexidina alcoólica 0,5%). 
• Campo cirúrgico esterilizado. 
• Cateter arterial do tipo over the needle (Abocath ®) - Adultos – 20 Gauge; Crianças – 20 a 24 Gauge. 
• Kit de transdutor de pressão arterial completo e esterilizado. 
 Kit transdutor 
• Bolsa pressórica. 
• Soro fisiológico 0,9% (250 ml), Heparina sódica 50000 UI/ml, somente se prescrito pelo médico. 
• Coxim. 
• Régua niveladora ou laser, Suporte de soro. 
• Biombo, mesa de apoio e recipiente de descarte. 
• Monitor com módulo e cabo para a monitorização de pressão arterial invasiva. 
• Suporte/placa do domo (local onde o diafragma do equipo transdutor de pressão é posicionado). 
20 
 
• Fita hipoalergência com boa adesividade. 
 
 
 
Assistência de enfermagem na monitorização invasiva da pressão arterial: 
A enfermagem tem um papel muito importante na prevenção das complicações, faz-se necessária uma 
observação rigorosa dos sinais e sintomas destas complicações. As seguintes técnicas para que minimizem as 
complicações da monitorização invasiva: 
21 
 
 
1. Utilização das artérias radial sempre que possível. 
2. Realização do teste de Allen modificado antes da canulação da artéria radial. 
3. Uso de técnica asséptica para a punção. 
4. Inserção percutânea preferencialmente a dissecção. 
5. Uso de cateter sobre agulha, n.º 20, evitando-se sempre que possíveis cateteres maiores. 
6. Fixação segura do cateter e punho com tala para evitar desconexão. 
7. Irrigação continua do cateter com sistema de baixo fluxo, com o uso de solução salina estéril 
heparinizada, evitando-se soluções de glicose (estas facilitam a colonização bacteriana).8. Realizar checagem diária do local da inserção do cateter, observando-se sinais inflamatórios e 
isquêmicos. 
9. Limitação da canulação arterial ao menor tempo possível, evitando deixar o cateter no mesmo local 
por mais de 72 horas. 
10. Remoção do cateter sempre que se observar sinais de infecção local ou isquemia, e quando ocorrer 
dificuldade em se obter sangue pelo cateter. 
 
Procedimento de retirada do cateter: 
• O tempo de permanência do cateter arterial em uma mesma artéria não deve exceder cinco dias, porém 
é recomendável que sua retirada seja realizada tão logo seu uso se torne desnecessário. 
• A indicação de retirada é uma decisão médica. O procedimento pode ser realizado por equipe de 
enfermagem treinada. 
• Um cuidado importante é a verificação prévia do coagulograma do paciente. 
• Outro cuidado é a verificação da perfusão do membro devido ao risco de compressão excessiva após a 
retirada. 
• Material para retirada: gaze estéril, luva estéril, luva de procedimento, máscara, solução antisséptico, fita 
adesiva e tesoura estéril. 
• Suspender os alarmes de monitoração. 
• Retirar o curativo com a luva de procedimento. 
• Realizar anti-sepsia no local da inserção do cateter. 
• Retirar os pontos de fixação com técnica asséptica. 
• Deslocar vagarosamente o cateter. 
• Retirar o cateter e comprimir o local da inserção continuamente com uma gaze dobrada em quatro 
partes, por 5 minutos sem interrupção (punção radial ou ulnar). 
• Aplicar curativo estéril no sítio da inserção. 
• Após a retirada, verificar a perfusão do membro. 
• Manter vigilância periódica do local de retirada do cateter por 2 horas. 
8.2.4 BALÃO INTRA-AÓRTICO (BIA): 
 
 É um cateter flexível e radiopaco, em cuja extremidade há um balão com capacidade variável (20, 30 ou 
40 ml), insuflado com gás hélio (He), instalado dentro da artéria aorta torácico descendente. 
22 
 
 O BIA usa a contra pulsação interna para aumentar a ação de bomba do coração, através do enchimento 
e esvaziamento regulares do balão localizado na aorta. 
 O BIA deve insuflar e desinsuflar em perfeita sincronia com o ciclo cardíaco. Uma caixa de controle 
(console) comanda as atividades por sincronização com o ECG. É importante também a monitorização 
hemodinâmica para avaliação circulatória do paciente. O balão é insuflado durante a diástole ventricular e 
esvaziamento durante a sístole ventricular numa frequência igual à frequência cardíaca. 
 
 
 O BIA prolonga a diástole, resultando em melhoria da perfusão arterial coronariana e miocárdica e em 
redução no trabalho ventricular. 
 
Indicação: Esta indicada em pacientes com má função ventricular de etiologias diversas como: 
• Profilaxia pré-operatória. 
• Ruptura da parede interventricular. 
• Insuficiência mitral grave. 
• Angina refratária ao tratamento. 
• Choque cardiogênico. 
• Pós-operatório com síndrome de baixo débito cardíaco. 
• Pacientes selecionados para transplante cardíaco. 
 
DÉBITO CARDÍACO 
DC é a quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto. Indica também a 
quantidade de sangue que flui através da circulação. Seu valor geralmente fica em torno de 5 l/min, mas varia de 
indivíduo para indivíduo. 
Dois fatores básicos determinam o valor do DV, a capacidade do coração em bombear sangue e a 
capacidade do sangue fluir pela circulação sistêmica. O DC é um dos mais importantes parâmetros da avaliação 
circulatória. Varia de acordo com o metabolismo, exercícios físicos e idade. Valores normais: 4 a 7 l/min. 
Contraindicações: 
• Insuficiência aórtica severa. 
• Aneurisma dissecante da aorta. 
 
23 
 
Finalidade: 
 O BIA é inserido como método de assistência circulatória por que: 
• Melhora o débito cardíaco e diminui a necessidade de oxigênio do coração. 
• Aumenta o fluxo sanguíneo coronariano ao entrar em funcionamento durante a diástole. 
 
Instalação: 
 Compete ao médico a indicação e a inserção do balão. Compete à equipe de enfermagem auxiliar no 
procedimento de instalação, vigilância e registro durante seu funcionamento. 
 
Requisitos prévios: 
• Dada à importância de que o paciente colabore neste procedimento, é necessário que receba uma 
explicação clara e concisa do que vai ser feito, segundo a urgência do caso, o estado de consciência e a 
capacidade de compreensão. 
• A enfermagem, no console de comando, controlará fundamentalmente: 
 Que o console esteja sempre ligado à rede elétrica; 
 Verificará o seu funcionamento; 
 Comprovará que existe suficiente gás (He) na garrafa; 
 O perfeito estado dos dispositivos de conexão, dos cabos de monitoração do ECG e dos de 
pressão arterial, se necessários. 
 
• O médico, antes da inserção do cateter, procederá à palpação dos pulsos tibial e pedioso, assinalando o 
ponto onde se palpam, pata ter uma referência posterior. Observará também se a palpação é débil ou se 
não se palpam. 
• Avaliam-se os sinais vitais do paciente. 
24 
 
 
Complicações: 
• Embolia pulmonar pela progressão de coágulos, placas de ateroma ou gás (He). 
• Obstrução vascular e comprometimento circulatório. 
• Infecção. 
• Trombocitopenia. 
 
Cuidados de enfermagem: 
 
1. Após a inserção do cateter: 
• Verificar no console de comando que se mantêm ajustados os limites de alarme, o correto volume de 
insuflação, a frequência com que coordenam as pulsações do paciente com os impulsos do balão. 
• É necessário antissepsia do local de punção e colocar um adesivo esterilizado, para verificar, a qualquer 
momento, se não existe hemorragia, hematoma ou acotovelamento do cateter. 
• Realizar a avaliação de sinais vitais e hemodinâmicos. 
• Proceder à palpação dos pulsos tibial e pedioso, e verificar a temperatura e coloração da extremidade. 
• Avaliar, permanentemente, o nível de consciência do paciente. 
 
2. Enquanto é portador do BIA: 
• Explicar ao paciente a necessidade de se manter quieto e tranquilo, mantendo estirada a perna do BIA. 
• Avaliar com frequência horária: PA, FC, PVC, diurese, etc. 
• Controle da temperatura, cor e pulsos pedioso e tibial horários, com registro na folha de anotações de 
enfermagem. 
• Avaliação constante do nível de consciência, avisando o médico se houver alteração. 
• Se possível, iniciar fisioterapia respiratória evitando movimentos bruscos e mantendo o paciente em 
decúbito dorsal. 
 
3. Ao retirar o BIA: 
• Programa “desmame” prévio; diminuindo os impulsos do console de comando sobre suas próprias 
pulsações (médico). 
• Manter paciente hemodinamicamente estável. 
• Desligar o console e retirar o cateter. 
• Fazer hemostasia da artéria femoral ou subclávia durante 30 minutos. 
• Manter curativo compressivo por 24 horas com adesivo elástico. 
• Manter extremidade imobilizada durante 24 h, observando sua perfusão. 
• Cuidados com os equipamentos, mantendo o aparelho pronto para uso. 
8.2.5 PRESSÃO INTRACRANEIANA (PIC) 
 
Pressão intracraniana (PIC) é aquela encontrada no interior da caixa craniana, tendo como referência a 
pressão atmosférica. A PIC tem uma variação fisiológica de 5 a 15 mmHg e reflete a relação entre o conteúdo da 
25 
 
caixa craniana (cérebro, líquido cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio, que pode ser considerado 
constante (Doutrina de Monroe-Kellie). A alteração do volume de um desses conteúdos pode causar a 
hipertensão intracraniana (HIC). 
 
Monitorização da PIC: 
Caracteriza-se pela introdução de um cateter no nível do espaço epidural subaracnóideo, intraventricular 
adaptado a um tradutor de pressão. 
 
Valores da PIC: 
• PIC < 15 mmHg - valor normal; 
• PIC entre 15 e 20 mmHg - levemente elevada; 
• PIC entre 21 e 40 mmHg - moderadamente elevada; 
• PIC > 41 mmHg - gravemente elevada. 
A ocorrência de aumento da PIC é indicativo de disfunções cerebrais. 
 
Existem três formas de monitorizar a PIC: 
1. Com um cateter intraventricular (cateter dentro dos ventrículos do cérebro); 
2. Com um parafusoou pino subaracnóideo (parafuso ou pino colocado através do cérebro no espaço entre a 
aracnoide e o córtex cerebral); 
3. Com um sensor epidural (sensor colocado no espaço epidural abaixo do crânio). 
 
A pressão intracraniana pode ser medida e monitorizada através de um cateter ventricular acoplado a 
um transdutor de pressão externo. Para inserir o cateter intraventricular, perfura-se um orifício no crânio e o 
cateter é inserido através da massa cerebral no ventrículo lateral (um dos espaços abertos no cérebro). 
 
Um transdutor é um dispositivo que converte um sinal mecânico (pressão, temperatura, entre outros) e o 
converte num sinal elétrico. Um cateter é um pequeno tubo que pode ser inserido em um ducto ou vaso (cateter 
vascular), em uma cavidade corpórea natural ou em uma cavidade cística ou de abcesso, possibilitando a 
drenagem ou injeção de fluidos ou o acesso a instrumentos cirúrgicos. Para finalizar a obtenção de sinal da 
pressão intracraniana existe um amplificador que detecta os sinais do transdutor e envia-os para um sistema de 
registo, um osciloscópio, por exemplo. 
 
26 
 
 
 
Monitorização da Pressão Intracraniana: 
Complicações da monitorização: 
• Infecção intracraniana clinicamente significativa, associada com sistemas de monitorização da PIC, é 
rara. 
• Hemorragias ocorrem em torno de 1,4% dos casos, sendo que apenas 0,5% necessitam de cirurgia, 
para drenagem do hematoma. 
• A recolocação de cateteres ventriculares por mau funcionamento ou obstrução ocorre em apenas 3% 
dos casos. Em vigência de PIC >50 mmHg, há aumento no risco de obstrução e perda do sinal. 
 
É importante que ao identificar o aumento da PIC, o Técnico de Enfermagem deve correlacionar com 
possíveis fatores predisponentes e comunicar imediatamente ao enfermeiro. 
• Agitação, tosse e dor. 
• Criadores de tubos endotraqueais e traqueostomia apertados (impede o retorno venoso cerebral). 
• Posição incorreta da cabeça e/ou do corpo (prejudica o retorno cerebral). 
• Aspiração de secreções prolongadas (tempo maior que 15 segundos). 
• Desconexão ou dobra do circuito do respirador de rolhas de secreção. 
 
Interpretação: 
 Os níveis de PIC são: 
• PIC normal: níveis menores ou igual a 10 mmHg; 
• PIC levemente elevada: pressão entre 10 e 20 mmHg; 
• PIC elevada: pressões acima de 20 mmHg, sendo as pressões acima de 40 mmHg consideradas 
gravemente elevadas e de prognóstico sombrio. 
 
Ao se registrar a PIC, o transdutor deve ser zerado num determinado ponto de referência na cabeça do 
paciente e mantido neste nível para a leitura subsequente. 
 
27 
 
Localização do forame de Monro, para calibração d sistema de monitorização da PIC: 
 
 
Cuidados de enfermagem: 
a) Posição da cabeça: A cabeça deve ser mantida em posição neutra e elevada a trinta graus, para otimizar o 
retorno venoso. Quando houver necessidade de mobilização do paciente, a cabeça deve ser mantida em 
alinhamento com a coluna. Movimentos de rotação para a direita podem aumentar mais a PIC do que 
movimentos para a esquerda. A posição prona deve ser evitada, por aumentar as pressões intra-abdominal e 
intratorácica, com consequente aumento da PIC. 
b) Temperatura corporal: A meta quanto à temperatura é a manutenção do paciente normotérmico, evitando 
agressivamente a hipertermia, pois esta pode aumentar o metabolismo cerebral. Já a hipotermia prolongada 
pode diminuir os leucócitos, aumentando o risco de infecção, além de não melhorar a morbimortalidade em 
vários insultos neurológicos. Ainda pode causar distúrbios na condução ventricular e na cascata da coagulação. 
c) Monitorização hemodinâmica: É recomendada a instalação de um cateter arterial, para medida de PAM 
contínua, e cateter central com medida de pressão venosa central (PVC). A hipotensão deve ser tratada 
agressivamente com o uso de drogas vasoativas. Deve-se tolerar hipertensão arterial sistêmica (HAS) leve, pois 
esta pode ser compensatória para manter a PPC. Nas situações de perda da auto regulação cerebral, qualquer 
alteração de pressão pode ser diretamente transmitida aos vasos cerebrais, com maior risco de edema ou 
isquemia. Nestes casos, pode-se empregar o Nitroprussiato de sódio ou Beta-bloqueadores. 
d) Manejo respiratório: Recomenda-se a intubação do paciente, quando houver sinais clínicos de HIC, Glasgow 
menor ou igual a oito, presença de sofrimento respiratório, hipercapnia ou hipoxemia refratária. A técnica de 
sequência rápida de intubação (preparação, pré-oxigenação, sedação, pressão cricóide, bloqueio neuromuscular 
e intubação orotraqueal) tem se mostrado mais segura do que a intubação nasotraqueal, ou a intubação 
orotraqueal sem bloqueio neuromuscular. 
A saturação do paciente deve ser mantida acima de 92%. A PaCO2 deve ser mantida em torno de 35 
mmHg (evitar níveis de PaCO2 >38 mmHg). Não deve ser usada a hiperventilação profilática, pelo risco de 
vasoconstricção arterial e consequente isquemia cerebral. No suporte ventilatório, é recomendada a manutenção 
de uma frequência respiratória baixa, pois o tempo expiratório mais prolongado facilita o retorno venoso. A 
utilização de pressão expiratória final positiva (PEEP) não é contraindicada; deve-se, entretanto, ter presente as 
28 
 
suas potenciais interferências hemodinâmicas. A hemoglobina e o hematócrito devem ser mantidos, 
respectivamente, acima de 10 mg/dl e 30%. 
e) Sedação/Analgesia: O paciente deve ser mantido sem dor e agitação, evitando-se estímulos sempre que 
possível. Antes da aspiração e/ou intubação, recomenda-se o uso de lidocaína 1 mg/kg endovenoso CPM, 
visando evitar o aumento da PIC. As drogas comumente usadas são o midazolam, a morfina ou o fentanil. A 
infusão de propofol deve ser limitada há 12 horas, pelo risco de hipotensão e acidose metabólica. O uso de 
ketamina deve ser evitado, pois aumenta a PIC. 
Algumas vezes é necessário o emprego de paralisia muscular com agentes derivados do curare. Uma 
vez paralisado, o paciente requer adequada atenção a todos os pontos de pressão do corpo. Os pacientes 
curarizados devem ter monitorização eletroencefalográfica contínua, em função do risco de crise convulsiva. 
f) Controle de crises convulsivas: As crises convulsivas podem levar à hipoxemia e hipercapnia com aumento 
da PIC. Estudos em adultos mostram eficácia no uso profilático da fenitoína na primeira semana pós-trauma, 
diminuindo o número das crises convulsivas. 
g) Suporte nutricional: Iniciar alimentação do paciente precocemente, preferindo-se a via enteral. 
Administração em torno de 30% a 60% do gasto metabólico basal. Pacientes tratados com altas doses de 
barbitúricos podem necessitar nutrição parenteral em função de gastroparesia ou íleo prolongado. Deve-se 
promover um controle rigoroso da glicemia, evitando a infusão de glicose nas primeiras 48 horas, a menos que 
haja hipoglicemia (<75mg/dl), considerando-se o risco potencial de incremento da acidose lática10. 
h) Aporte hídrico: A restrição da ração hídrica é indicada no paciente com hiponatremia dilucional. Além disso, 
devemos monitorizar eletrólitos e osmolaridade regularmente, observando a tendência atual de manter o 
paciente com o nível sérico de sódio em faixa mais elevada. Manter controle rigoroso do débito urinário com 
atenção especial aos pacientes com uso de diuréticos para evitar a desidratação. 
 
8.2.6 PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL (PIA) 
 
Pressão intra-abdominal (PIA) é definida como a medida da pressão do compartimento abdominal, 
podendo ser realizada diretamente a partir da inserção de um cateter na região intra-abdominal É um 
procedimento de indicação médica, como qualquer outro na área de avaliação de monitorização invasiva, 
contudo é de competência privativa do enfermeiro a realização da monitorização, fazendo-se necessário que o 
mesmo possua conhecimento e habilidade técnica para sua execução. 
• PIA elevada é comum em pacientes de UTI; 
• PIA aumenta com a inspiração e diminui coma expiração, devido à contração e ao relaxamento, 
respectivamente; 
• O aumento da PIA pode ser conseqüência de um trauma, resultado de uma hemorragia gastrointestinal, 
isquemia celular, traumas de grandes vasos. 
 
Indicações: 
• Trauma abdominal; 
• Distenção abdominal; 
• Dificuldade respiratória; 
• Hipercapnia; 
29 
 
• Oligúria; 
• Redução do débito cardíaco; 
• Hipóxia; 
• Hemorragia gastrointestinal devido à isquemia intestinal. 
 
Parâmetros da PIA: 
• A PIA normal varia entre 0 e 12 mmHg, e pode estar relacionada ao índice de massa corporal (IMC), de 
acordo com alguns autores. 
• Pressões acima de 15 a 20 mmHg são capazes de causar redução do débito urinário, aumento da 
pressão respiratória e redução do débito cardíaco. 
• Quando maiores que 25 mmHg mudanças fisiológicas são freqüentes e clinicamente significativas. 
 
Materiais necessários: 
• Sonda Foley 2 ou 3 vias; 
• Suporte de soro; 
• Frasco com SF0,9% 250mL; 
• Equipo de PVC; 
• Esparadrapo ou fita adesiva; 
• Régua de nível; 
• Torneirinha; Seringa 20 mL; Agulha 30 x 8; 
• Luvas. 
 
 
Procedimento: 
• Esclareça ao paciente o procedimento a ser realizado; 
• Higienize as mãos; 
• Adapte a coluna de água em um suporte, posicionando-o ao lado do paciente, ao nível da sínfise púbica, 
que deve ser considerada o ponto zero; 
• Coloque o decúbito em 0°C; 
• O paciente deve estar com SVD; 
• Calce as luvas estéreis e faça a anti-sepsia da via de aspiração com álcool a 70%; 
• Clampe a bolsa de drenagem do débito urinário; 
• Infunda 25 ml de solução salina na bexiga, ou a quantidade de acordo com o protocolo institucional; 
• Realize a leitura da pressão intra-abdominal no final da expiração, na coluna de solução salina após a 
estabilização, o valor é registrado com base na altura da coluna; 
• Descample a via de drenagem da bolsa, desconte o volume infundido do débito a cada mensuração; 
• Documente a realização dos procedimentos e os valores pressóricos nos impressos de enfermagem. 
30 
 
 
Considerações importantes: 
Riscos: 
• Infecção; 
• Aferição incorreta. 
Prevenção de agravo: 
• Seguir procedimento técnico. 
Tratamento da não conformidade: 
• Comunicar as intercorrências ao médico e realizar os registros necessários; 
• Assegurar tratamento dos agravos e atenção à família. 
Observações/Recomendações complementares: 
• Sempre usar EPI; 
• Realizar os registros necessários após os procedimentos; 
• Manter o local em ordem; 
• Os valores obtidos em cmH2O deverão ser convertidos em mmHg (dividir pela constante 1,36). 
Valores intra-abdominais: 
Grau de hipertensão Valores de PIA 
Grau I 
Grau II 
Grau III 
Grau IV 
12 a 15 mmHg 
16 a 20 mmHg 
21 a 25 mmHg 
Maior que 25 mmHg 
 
Cuidados de enfermagem: 
• Nivelar o transdutor da pressão a linha flebostático; 
• Aferir a PIA de 6/6 h; 
• Comunicar alterações de valores imediatamente ao plantonista; 
• Não se esquecer de descontar do débito urinário o valor do soro injetado. 
31 
 
19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Assistência ao paciente em estado grave. Fundação Educacional Manoel Guedes – Escola Técnica Dr. 
Gualter Nunes. Tiatuí – SP. 2017. 
 
Assistência de Enfermagem nos Procedimentos em Terapia Intensiva. IEP Santa Casa BH – Escola 
Técnica. 12ª Edição. Belo Horizonte – MG. 2011. 
 
BARROS, E.; et al. Nefrologia: rotinas, diagnóstico e tratamento. 2.ed., Porto Alegre, Artes Médicas 
Sul, 1999. 
 
BACKKES, M.T.S. O ambiente vivo, dinâmico e complexo de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v23n3/pt_0104-1169-rlae-0568-2570.pdf. Acesso em: jun. 2019. 
 
BALSANELLI, A.P CUNHA, I.K.O. Liderança do enfermeiro em unidade de terapia intensiva e sua relação 
com ambiente de trabalho. Rev. Latino-Am. Enfermagem jan. -Fev. 2015;23(1):106-13 DOI: 10.1590/0104-
1169.0150.2531. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v23n1/pt_0104-1169-rlae-23-01-00106.pdf. Acesso 
em: jun. 2019. 
 
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