Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• O que é Hiperadrenocorticismo? O hiperadrenocorticismo (HAC) ou Síndrome de Cushing é uma endocrinopatia comumente diagnosticada em cães de meia idade e idosos. Caracteriza-se por uma série de alterações clínicas e laboratoriais decorrentes da produção excessiva do cortisol (hormônio sintetizado pelo córtex adrenal), com exceção do HAC iatrogênico, o qual é resultante da administração crônica de glicocorticóides. • Características Aparentes da Doença É comum e tende a ocorrer em cães de meia idade a idosos, com maior incidência das raças Boxer, Boston Terrier, Daschund, Poodle e Scottich Terrier. Os pelos se tornam secos e sem brilho, sendo comum alopecia simétrica bilateral de evolução lenta. A alopecia, quando generalizada, normalmente não atinge a cabeça e os membros. Os pelos remanescentes se destacam facilmente e a pele alopécica, em geral, torna-se fina, hipotônica e hiperpigmentada. Dermatopatias recorrentes Pode ocorrer calcinose cutânea, especialmente na linha média dorsal do pescoço, na porção ventral do abdome ou na região inguinal. Polifagia,poliúria e polidipsia são comuns. Com frequencia nota-se fraqueza muscular, distenção abdominal, predispodição à infecção, respiração ofegante e sintomas neurológicos ou comportamentais variáveis. Cão com alopecia generalizada Cão com Distensão Abdominal Calcinose Cutânea •Como ocorre a doença Hiperadrenocorticismo hipófise-dependente - forma mais comum da doença. Ocorre como resultado do crescimento de um tumor na glândula hipófise. Esse tumor produz quantidade excessiva do hormônio ACTH (adrenocorticotrópico), o qual é responsável pelo controle da secreção de cortisol. Quanto maior for a produção de ACTH, maior será a produção de cortisol. •Como ocorre a doença Hiperadrenocorticismo adrenal-dependente - essa forma da doença ocorre quando um tumor produzindo grande quantidade de cortisol se desenvolve em uma das glândulas adrenais, podendo raramente afetar ambas. Video Explicativo •Diagnóstico -Hemograma – Neutrofilia, linfopenia e eosinopenia são observados. -Perfil bioquímico sérico – Aumento de atividade da enzima fosfatase alcalina é um achado comum. Pode ser encontrado ainda uma elevãção da atividade de alanina aminotransferase e aumento na concentração de colesterol, triglicérides e/ou glicose. -Urinálise -Relação cortisol/creatinina na urina -Histopatologia da pele -Ultrasom abdominal – Pode revelar tumor ou hiperplasia adrenal. Tomografia computadorizada/imagem por ressonância magnética – Pode mostrar neoplasia hipófise •Diagnóstico Teste de função adrenal: >Estímulo do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) – Elevada concentração de cortisol após administração de ACTH é altamente sugestivade HAC endógeno, porém pode ocorrer falso positivo e falso negativo. >Teste de supressão com baixa dose (0,01mg/kg) de dexametasona – supressão inadequada de cortisol é altamente sugestiva de HAC endógeno. Porém pode ocorrer falso positivo e falso negativo. >Teste de supressão com alta dose (0,1mg/kg) de dexametasona – Utilizado como auxiliar na diferenciação entre neoplasia adrenal e HAC hipófise-dependente. A falha na supressão de cortisol sugere neoplasia adrenal, enquanto sua supressão é compativel com doença de hipófise. >Teste do ACTH endógeno – Utilizado como auxiliar na diferenciação entre neoplasia adrenal e HAC hipófise-dependente. Concentração elevada de ACTH sugere doença hipófise, enquanto sua diminuição é compatível com neoplasia adrenal. •Tratamento e prognóstico Tratar adequadamente qualquer infecção simultânea O tratamento para casos iatrogênicos consiste na redução progressiva seguida de interrupção do tratamento com glococorticóide. O tratamento para neoplasia adrenal é adrenalectomia. -Cães com tumores adrenais inoperáveis ou metástase podem ser tratados pelo uso do mitotano. A radioterapia é o tratamento para casos de macroadenoma hipofisário. (tumores>8mm de diâmetro) No caso de calcinose cutânea, o tratamento tópico adjuvante com gel de DMSO a cada 24h, pode auxiliar na cura das lesões. O prognóstico varia de bom a desfavorável, dependendo da etiologia e gravidade da doença. Estudo de Caso Estudo de Caso Estudo de Caso Paciente: Mila Idade: 11+ anos Sexo: Fêmea Temperatura: 39,1 C Temperamento: Dócil Raça: SRD Pelagem:Chocolate Peso::31.8kg Referências Livros Nelson, R.W. (2006). Distúrbios da glândula adrenal. In: R.W. Nelson & C.G. Couto (Eds.), Medicina Interna de Pequenos Animais (3ª Ed, pp. 745-764). Rio de Janeiro: Elsevier. Venzke, W.G. (1986). Endocrinologia do carnívoro. In: R. Getty, Sisson/Grossman Anatomia dos animais domésticos (5ªEd., pp. 1494-1496) Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Medleau, L. / Hnilica, K.A. (2003). Dermatologia de Pequenos Animais – Atlas Colorido e Guia Terapêutico (1ª Ed., pp. 164-168). São Paulo: Roca Artigo Científico Moura, F.T.B. (2015). HIPERADRENOCORTICISMO CANINO: ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA (pp. 20-55). Lisboa: Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Faculdade de Medicina Veterinária Site Endocrinovet: Ciência e Inovação - Vetoryl ®: http://www.endocrinovet.com.br/ciencia_vetoryl.htm Obrigada!
Compartilhar