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Revisaço Lei de Drogas Operação Federal PRF, PF

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- 1 - Revisão Lei de Drogas – Módulo I 
 
Material Exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 
 
 
QUESTÕES 
 
1 O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, 
organizar e coordenar as atividades relacionadas 
com a prevenção do uso indevido, a atenção e a 
reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas e a repressão da produção não autorizada e 
do tráfico ilícito de drogas. 
 
2 São princípios do Sisnad a promoção dos valores 
éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, 
reconhecendo-os como fatores de proteção para o 
uso indevido de drogas e outros comportamentos 
correlacionados e a integração das estratégias 
nacionais e internacionais de prevenção do uso 
indevido, atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas e de repressão à sua 
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito. 
 
3 A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios deverão conceder benefícios às 
instituições privadas que desenvolverem programas 
de reinserção no mercado de trabalho, do usuário e 
do dependente de drogas encaminhados por órgão 
oficial. 
 
4 O usuário e o traficante de drogas que, em razão da 
prática de infração penal, estiverem cumprindo pena 
privativa de liberdade ou submetidos a medida de 
segurança, têm garantidos os serviços de atenção à 
sua saúde, definidos pelo respectivo sistema 
penitenciário. 
 
5 Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar será 
submetido às seguintes penas: advertência sobre os 
efeitos das drogas; prestação de serviços à 
comunidade; medida educativa de comparecimento 
a programa ou curso educativo. Às mesmas medidas 
submete-se quem, para seu consumo pessoal, 
semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à 
preparação de pequena quantidade de substância ou 
produto capaz de causar dependência física ou 
psíquica. 
 
6 A lei descriminalizou a conduta de quem adquire, 
guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, 
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou 
em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. Dessa forma, o usuário de drogas é 
isento de pena, submetendo-se, apenas, a tratamento 
para recuperação. 
 
7 O porte de drogas ilícitas para uso próprio, segundo 
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, foi 
descriminalizado. 
 
8 A natureza da pena do crime de posse de drogas 
para uso pessoal dispensa a realização de laudo de 
constatação da substância para aferir a tipicidade da 
conduta. 
 
9 A chamada “despenalização” da conduta de porte de 
drogas, de acordo com o entendimento 
jurisprudencial do STF, constitui hipótese de 
abolitio criminis. 
 
10 A pena prevista no crime de tráfico de drogas, 
previsto no art. 33 da Lei n° 11.343/2006 (Lei de 
Drogas), é aumentada de um sexto a dois terços, se a 
infração tiver sido cometida nas dependências ou 
imediações de estabelecimentos prisionais. 
 
11 Não é hediondo o crime de tráfico de entorpecentes 
praticado por agente primário, de bons antecedentes 
e que não se dedique a atividades criminosas nem 
integre organização criminosa. 
 
12 Presente a causa de diminuição de pena prevista no 
§ 4° do art. 33 da Lei 11.343/2006, por ser o agente 
primário, de bons antecedentes, não dedicado a 
atividades criminosas e não integrante de 
organização criminosa, ainda assim é hediondo o 
crime de tráfico por ele praticado. 
 
13 A aplicação da causa de diminuição da pena de um 
sexto a dois terços, prevista na Lei de Drogas, em 
favor do traficante primário, de bons antecedentes e 
que não se dedique a atividades criminosas nem 
integre organização criminosa, afasta a hediondez 
ou a equiparação à hediondez do crime de tráfico de 
entorpecentes. 
 
14 Aquele que semeia, cultiva ou faz a colheita, sem 
autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar, de plantas que se constituam 
em matéria-prima para a preparação de drogas 
responderá por tráfico de drogas, na forma do art. 33 
da Lei 11.343/06. 
 
15 Aquele que utiliza local ou bem de qualquer 
natureza de que tem a propriedade, posse, 
administração, guarda ou vigilância, ou consente 
que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de 
drogas responderá na forma do art. 33 da Lei 
11.343/06. 
 
 
 
 
 - 2 - Revisão Lei de Drogas – Módulo I 
 
Material Exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 
 
 
16 Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de 
lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos 
consumirem, não é crime previsto no ordenamento 
jurídico brasileiro. 
 
17 A tipo de tráfico de drogas (art. 33, caput) só se 
consuma com a efetiva venda da substância 
entorpecente. 
 
18 De acordo com a jurisprudência do STJ, a 
quantidade e a variedade de entorpecentes 
apreendidos em poder do acusado de traficar drogas 
constituem circunstâncias hábeis a denotar a 
dedicação às atividades criminosas, podendo 
impedir a aplicação da causa de diminuição de pena 
prevista na lei de combate às drogas. 
 
19 Equipara-se ao usuário de drogas, aquele que, 
eventualmente e sem objetivo de obter lucro, 
oferece droga a pessoa de seu relacionamento, para 
juntos a consumirem ou, ainda, quem induz, instiga 
ou auxilia alguém ao uso indevido. 
 
20 Aquele que fabricar ainda que gratuitamente, 
maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer 
objeto destinado à produção ou transformação de 
drogas responderá na forma do art. 34 da Lei 
11.343/06. 
 
21 Sobre o crime de associação para fins de tráfico de 
drogas, nas mesmas penas deste crime incorre quem 
se associa para a prática reiterada do financiamento 
de tráfico de drogas. 
 
22 A condenação por tráfico de drogas e por associação 
para o tráfico de drogas prescinde da efetiva 
apreensão de entorpecentes na posse de um acusado 
específico, cuja responsabilidade pode ser definida 
racionalmente, a despeito de apreendida a droga na 
posse de terceiro, com base no contexto probatório, 
a autorizar o provimento condenatório. 
 
23 O crime de associação para o tráfico se consuma 
com a mera união dos envolvidos, ainda que de 
forma individual e ocasional. 
 
24 Jeremias integra de forma estável e permanente a 
estrutura da facção criminosa instalada em 
determinada comunidade, exercendo dupla função: é 
responsável por manter droga em depósito para 
revenda e, em outras oportunidades, serve como 
“fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de 
artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou 
de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar 
os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, 
é correto afirmar que Jeremias pratica os crimes 
previstos nos artigos 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 
2006. 
 
25 Segundo o STJ, configura crime consumado de 
tráfico de drogas a conduta consistente em negociar, 
por telefone, a aquisição de entorpecente e 
disponibilizar veículo para o seu transporte, ainda 
que o agente não receba a mercadoria, em 
decorrência de apreensão do material pela polícia, 
com o auxílio de interceptação telefônica. 
_____________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“OPERAÇÃO QUE VAI MUDAR A SUA VIDA: 
OPERAÇÃO FEDERAL” 
 
#estudaprarealizar 
 
ANOTAÇÕES 
 
 
 
 
 - 3 - Revisão Lei de Drogas – MóduloI 
 
Material Exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 
 
 
GABARITO 
 
1 Certo. Comentário: LEI Nº 11.343 Art. 3º - O 
Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, 
organizar e coordenar as atividades relacionadas 
com: I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a 
reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas; II - a repressão da produção não autorizada 
e do tráfico ilícito de drogas. 
 
2 Certo. Comentário: LEI Nº 11.343 Art. 4º - São 
princípios do Sisnad: III - a promoção dos valores 
éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, 
reconhecendo-os como fatores de proteção para o 
uso indevido de drogas e outros comportamentos 
correlacionados; VII - a integração das estratégias 
nacionais e internacionais de prevenção do uso 
indevido, atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas e de repressão à sua 
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito; 
 
3 Errado. Comentário: LEI Nº 11.343 Art. 24. A 
União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão conceder benefícios às 
instituições privadas que desenvolverem programas 
de reinserção no mercado de trabalho, do usuário e 
do dependente de drogas encaminhados por órgão 
oficial. 
 
4 Errado. Comentário: LEI Nº 11.343 Art. 26. O 
usuário e o dependente de drogas que, em razão da 
prática de infração penal, estiverem cumprindo pena 
privativa de liberdade ou submetidos a medida de 
segurança, têm garantidos os serviços de atenção à 
sua saúde, definidos pelo respectivo sistema 
penitenciário. 
 
5 Certo. Comentário: LEI Nº 11.343 Art. 28. e § 1º. 
 
6 Errado. Comentário: Para o STF não houve 
descriminalização. O que houve foi a 
despenalização. O art. 28 está no rol dos crimes e 
das penas da lei de drogas, só não existe mais a pena 
privativa de liberdade. A doutrina majoritária diz 
que houve a descarcerização, no sentido de que 
continua a ter a pena, só não existe a pena privativa 
de liberdade. 
 
7 Errado. Comentário: Vide gabarito da questão 
anterior. 
 
8 Errado. Comentário: A natureza da pena do crime 
de posse de drogas para uso pessoal NÃO dispensa 
a realização de laudo de constatação da substância 
para aferir a tipicidade da conduta. 
 
9 Errado. Comentário: A figura da despenalização 
ocorre quando o legislador retira de um tipo penal a 
sanção da pena privativa de liberdade, e não se 
confunde com a abolitio criminis. Abolitio criminis 
é uma forma de tornar atípica penalmente uma 
conduta até então proibida pela lei penal, gera como 
consequência a cassação imediata da execução e dos 
efeitos penais da sentença condenatória. 
 
10 Certo. Comentário: Art. 40. As penas previstas nos 
arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a 
dois terços, se: III - a infração tiver sido cometida 
nas dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, de ensino ou 
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, 
sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de 
recintos onde se realizem espetáculos ou diversões 
de qualquer natureza, de serviços de tratamento de 
dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes 
públicos; 
 
11 Certo. Comentário: O chamado “tráfico 
privilegiado”, previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 
11.343/2006 (Lei de Drogas), não deve ser 
considerado crime equiparado a hediondo. STF. 
Plenário. HC 118533/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, 
julgado em 23/6/2016 (Info 831). 
 
12 Errado. Comentário: O Plenário do Supremo 
Tribunal Federal (STF) entendeu que o chamado 
tráfico privilegiado, no qual as penas podem ser 
reduzidas, conforme o artigo 33, parágrafo 4º, da 
Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas), não deve ser 
considerado crime de natureza hedionda. 
 
13 Certo. Comentário: Vide o gabarito da questão 
anterior. O tráfico ilícito de drogas na sua forma 
privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) 
não é crime equiparado a hediondo e, por 
conseguinte, deve ser cancelado o Enunciado 512 da 
Súmula do Superior Tribunal de Justiça. (STJ Pet 
11.796-DF) 
 
14 Certo. Comentário: Art. 33. § 1º - Nas mesmas 
penas incorre quem: II - semeia, cultiva ou faz a 
colheita, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, de plantas que 
se constituam em matéria-prima para a preparação 
de drogas. 
 
 
 
 
 - 4 - Revisão Lei de Drogas – Módulo I 
 
Material Exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 
 
 
15 Certo. Comentário: Art. 33. § 1º - Nas mesmas 
penas incorre quem: III - utiliza local ou bem de 
qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, 
administração, guarda ou vigilância, ou consente 
que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de 
drogas. 
 
16 Errado. Comentário: Art. 33 § 3º - Oferecer droga, 
eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de 
seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena 
- detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento de 700 
a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas previstas 
no art. 28. 
 
17 Errado. Comentário: “A consumação do crime de 
tráfico de drogas se dá com a mera realização de 
quaisquer dos núcleos do tipo penal, conforme 
precedente do STF, sendo irrelevante que a droga 
apreendida não tenha chegado ao seu destino, ou 
que tenha sido distribuída a terceiros, porque o 
delito se consuma com o simples depósito.” (STJ: 
AREsp 634401 MG 2014/0344845-9) 
 
18 Certo. Comentário: A natureza e a quantidade de 
droga justificam a não aplicação da minorante do 
tráfico privilegiado. (HC 311.660/SP, Rel. Ministro 
NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 
10/03/2015, DJe 17/03/2015). Tais circunstâncias 
poderiam, segundo o STJ, evidenciar a participação 
em organização criminosa, o que impediria a 
aplicação do §4º do art. 33 da Lei de Drogas. 
 
19 Errado. Comentário: Tais condutas não são 
equiparadas ao usuário de drogas (art. 28) e se 
encontram no art. 33: § 2o Induzir, instigar ou 
auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide 
ADI nº 4.274) Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) 
anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-
multa. § 3o Oferecer droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, 
para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 
(seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 
(setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, 
sem prejuízo das penas previstas no art. 28. 
 
20 Certo. Comentário: Art. 34. Fabricar, adquirir, 
utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, 
entregar a qualquer título, possuir, guardar ou 
fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, 
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado 
à fabricação, preparação, produção ou 
transformação de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
 
21 Certo. Comentário: Art. 35. Associarem-se duas 
ou mais pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes 
previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e 
pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e 
duzentos) dias-multa. Parágrafo único. Nas mesmas 
penas do caput deste artigo incorre quem se associa 
para a prática reiterada do crime definido no art. 36 
desta Lei. 
 
22 Certo. Comentário: A condenação por tráfico de 
drogas e por associação para o tráfico de drogas 
prescinde da efetiva apreensão de entorpecentes na 
possede um acusado específico, cuja 
responsabilidade pode ser definida racionalmente, a 
despeito de apreendida a droga na posse de terceiro, 
com base no contexto probatório, a autorizar o 
provimento condenatório. (RHC 103736 STF) 
 
23 Errado. Comentário: Segundo doutrina majoritária 
e a jurisprudência do STJ, o crime de associação ao 
tráfico de drogas exige estabilidade e permanência 
na associação criminosa, sendo atípica a conduta se 
o ânimo associativo for apenas esporádico/eventual 
(STJ, HC 248.844/GO). 
 
24 Certo. Comentário: MACETE: Só FI CO no 
apartamento: 35,36 e 37 
Sócio 35, Lei 11.343 
Financiador 36, Lei 11.343 
Colaborador 37, Lei 11.343 
É possível que alguém seja condenado pelo art. 35 
e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da Lei de Drogas 
em concurso material, sob o argumento de que o réu 
era associado ao grupo criminoso e que, além disso, 
atuava também como “olheiro”? NÃO. Segundo 
decidiu o STJ, nesse caso, ele deverá responder 
apenas pelo crime do art. 35 (sem concurso material 
com o art. 37). Considerar que o informante possa 
ser punido duplamente (pela associação e pela 
colaboração com a própria associação da qual faça 
parte), contraria o princípio da subsidiariedade e 
revela indevido bis in idem, punindo-se, de forma 
extremamente severa, aquele que exerce função que 
não pode ser entendida como a mais relevante na 
divisão de tarefas do mundo do tráfico. STJ. 5ª 
Turma. HC 224.849-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze, julgado em 11/6/2013 (Info 527). (Fonte: 
dizerodireito) 
 
 
 
 
 - 5 - Revisão Lei de Drogas – Módulo I 
 
Material Exclusivo da Equipe OPERAÇÃO FEDERAL 
 
 
25 Certo. Comentário: ESSA JÁ CAIU NO 
MADRUGADÃO EIN!! MOLEZA! A conduta 
consistente em negociar por telefone a aquisição de 
droga e também disponibilizar o veículo que seria 
utilizado para o transporte do entorpecente 
configura o crime de tráfico de drogas em sua forma 
consumada - e não tentada -, ainda que a polícia, 
com base em indícios obtidos por interceptações 
telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material 
entorpecente antes que o investigado efetivamente o 
recebesse. Inicialmente, registre-se que o tipo penal 
em análise é de ação múltipla ou conteúdo variado, 
pois apresenta várias formas de violação da mesma 
proibição, bastando, para a consumação do crime, a 
prática de uma das ações ali previstas. Nesse 
sentido, a Segunda Turma do STF (HC 71.853-RJ, 
DJ 19/5/1995) decidiu que a modalidade de tráfico 
“adquirir” completa-se no instante em que ocorre a 
avença entre comprador e vendedor. De igual forma, 
conforme entendimento do STJ, incide no tipo 
penal, na modalidade “adquirir”, o agente que, 
embora sem receber a droga, concorda com o 
fornecedor quanto à coisa, não havendo 
necessidade, para a configuração do delito, de que 
se efetue a tradição da droga adquirida, pois que a 
compra e venda se realiza pelo consenso sobre a 
coisa e o preço (REsp 1.215-RJ, Sexta Turma, DJ 
12/3/1990). Conclui-se, pois, que a negociação com 
aquisição da droga e colaboração para seu transporte 
constitui conduta típica, encontrando-se presente a 
materialidade do crime de tráfico de drogas. HC 
212.528-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 
1º/9/2015, DJe 23/9/2015.

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