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Resumo Análise Canário Risco Aula 01 a 10

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AULA 01
Risco.
Podemos afirmar que o risco é inerente à nossa vida, mesmo nas sociedades consideradas mais primitivas.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) seguindo as tendências da International Organization for Standardization (ISO), em sua NBR 31000, que versa sobre a Gestão de Riscos, define risco como sendo: o “efeito da incerteza nos objetivos”.
ATENÇÃO: Hoje risco tem uma abrangência ampla (mercado financeiro, campo jurídico, empresarial e ambiental, dentre outros, sendo o último de suma importância para a análise de um cenário).
O PMBOK define o risco como: 
“um evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto”.
E para Houaiss (2001) risco é: 
Probabilidade de perigo, geralmente com ameaça física para o homem e/ou para o meio ambiente.
Exemplos: risco de vida, risco de infecção, risco de contaminação. 
Por extensão: probabilidade de insucesso, de malogro (prejuízo) de determinada coisa, em função de acontecimento eventual, incerto, cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados 
Exemplo: o projeto está em risco de perder seu patrocínio.
Classificação de riscos:
No Brasil, ao referir-se ao risco no ambiente de trabalho, temos a portaria nº 3.214 de 1978, do Ministério do trabalho, que classifica em sua norma nº 05 (NR-9) os riscos e seus agentes como:
Riscos de acidentes:
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico. 
 
Exemplos: as máquinas e os equipamentos sem proteção; probabilidade de incêndio e explosão; arranjo físico inadequado; armazenamento inadequado etc.
Riscos ergonômicos
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde.  
Exemplos: o levantamento de peso; ritmo excessivo de trabalho; monotonia; repetitividade; postura inadequada de trabalho etc.
Riscos físicos
Diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, 
Exemplos: ruído; calor; frio; pressão; umidade; radiações ionizantes e não ionizantes; vibração etc.
Riscos químicos
Substâncias, os compostos ou os produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras; fumos; gases; neblinas; névoas ou vapores; ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição; possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Riscos biológicos
		São as bactérias; os vírus; os fungos; os parasitos; entre outros.
	Cabe ressaltar que em 1978, a discussão sobre as questões ambientais era ainda muito incipiente e não foi contemplada na NR-09, classificados como resultado da associação dos riscos naturais e os decorrentes dos processos naturais que são agravados pela atividade antrópica e a ocupação do território.
	Não podemos dissociar a atividade do homem do ambiente natural, pois ambos estão integrados ao meio ambiente que é tudo o que nos envolve.
	A NR 09 que visa à implementação de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) destaca do rol de riscos os seguintes elementos:
Agentes físicos: Diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído; vibrações; pressões anormais; temperaturas extremas; radiações ionizantes; radiações não ionizantes; bem como o infrassom e o ultrassom;
Agentes químicos: Substâncias, os compostos ou os produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras; fumos; névoas; neblinas; gases ou vapores; ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão;
Agentes biológicos: São as bactérias; os fungos; os bacilos; as parasitas; os protozoários, os vírus, entre outros.
	Esses elementos podem ser identificados e plotados em um mapa de riscos, ferramenta que pode dar suporte ao gestor e ao operador de segurança em um grande evento e que abordaremos com mais detalhes durante o curso.
ATENÇÃO:
	Ao conceituar e identificar os riscos você terá a capacidade de propor metodologia necessária para que seus impactos sejam minimizados ou mesmo extintos. Iniciando sua jornada de trabalho, o profissional de segurança já está submetido a riscos.
Grandes eventos:
	Ao planejar um grande evento deve-se ter constante preocupação com os fatores que podem promover danos e não permitir o atingimento do objetivo.
	Os agentes envolvidos estarão expostos aos riscos de acidentes de trabalho inerentes à própria função.
	Permanecer de pé durante muitas horas é um dos grandes riscos ergonômicos ao qual está exposto o agente de segurança que sofrerá com o desconforto e, em longo prazo, com problemas crônicos que comprometerão sua capacidade de trabalho.
“Que tal um planejamento para ter um período maior de descanso”
	Uma praça esportiva ou mesmo um local destinado a um grande evento musical como o Rock in Rio pode conter uma série de riscos ao agente de segurança e, como gestores e operadores, temos que possuir o conjunto de recursos necessários para identificá-los e saná-los se possível for.
“Que meios podemos utilizar para minimizar o impacto de risco?”
	Podemos citar também, a exposição do operador a forte radiação solar, um risco físico, que também pode ser associado a um risco ergonômico caso ele permaneça durante longos períodos de pé.
“Que tal um filtro solar ou mesmo um abrigo”
	Em uma atividade de controle de trânsito ou de resgate o operador também pode ser afetado por ruídos sendo exposto, assim, a riscos não só físicos, mas químicos devido à inalação de materiais particulados e gases nocivos a saúde.
“Que tal um protetor auricular ou uma máscara de proteção”
	Não podemos negligenciar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e outros meios necessários para minimizar a ação dos riscos sobre o operador.
	Caso não tenhamos o conhecimento necessário, não seremos capazes de identificar os riscos e, assim, certamente estaremos fadados ao insucesso em nossas atividades.
AULA 02
Meio Ambiente: Fatores que Devem ser Considerados em uma Análise de Risco
	Vamos abordar os fatores ambientais que podem influenciar, de maneira positiva ou negativa, no planejamento de um evento.
	A definição de risco elaborada por Houaiss (2001) traz termos com grande significância como probabilidade, incerteza e perigo.
	Os fatores mencionados manifestam-se em um cenário e, em detrimento aos conceitos emanados do planejamento estratégico, o nosso cenário macro é o planeta Terra que é um sistema aberto, pois recebe energia externa do Sol para ter seu pleno funcionamento e, sendo assim, não possui características herméticas e plenamente previsíveis devido à sua dinâmica.
Cenário: 
	Conjunto de elementos que compõem o ambiente do nosso trabalho, consequentemente, de nossas ações.
Eventos:
	Voltando-se para a realidade do nosso trabalho, podemos ter eventos com abrangência nacional, regional, estadual, municipal e, mais especificamente, influência local, tendo como parâmetro o conceito de lugar, o conhecido e vivido.
	Dos grandes eventos programados para o nosso país, nos próximos anos, temos a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014 e as Olimpíadas e as Paralimpíadas, em 2016; todos realizados nos principais centros urbanos do Brasil, ou seja, não mais em ambientes naturais e sim em locais transformados pela ação antrópica (do homem).
Incerteza, Probabilidade e Risco:
	Cabe ressaltar que ao falar de meio ambiente não podemos separar o homem da natureza, pois, segundo Dashefsky (2003), o meio ambiente é composto por “todos os componentes vivos ou não, assim como a todos os fatores, tais como o clima, que existem no local em que um organismo vive”.
	Ao mencionarmos o planejamento vislumbramos, primordialmente, a paisagem. Entretanto, temos que ir além. Segundo Santos (1997, p. 83): “Paisagem e espaço não são sinônimos.A paisagem é o conjunto de formas que, em um dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre o homem e a natureza. O espaço são essas formas mais a vida que as anima.”
	Ao falar de espaço abordamos o local do risco, exposto na aula anterior e de mais 3 fatores que vamos definir:
Incerteza:
	Uma expressão do grau em que um valor (por exemplo, o estado futuro do sistema climático) é desconhecido. A incerteza pode ser resultado de falta de informação ou de desacordo sobre o que é ou o que pode ou não ser reconhecido.
Probabilidade:
	Deriva do latim probare (provar ou testar). Informalmente, “provável” é um dos muitos vocábulos utilizados para eventos incertos ou conhecidos, sendo também substituído por algumas palavras como “sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”, “duvidoso”, dependendo do contexto.
Perigo:
	Segundo Sanders e McCormick (1993), “é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte”.  
	O perigo diz respeito a um acontecimento natural que causa ameaça às pessoas e aos bens materiais, como por exemplo, avalanches, cheias, deslizamentos ou terremotos.
ATENÇÃO:
	Os problemas ambientais não são uma manifestação contemporânea, pois estão relacionados à existência da espécie humana e, na atualidade, veem à tona devido à quebra da capacidade de suporte dos recursos naturais para atender às necessidades de um modelo de desenvolvimento e de uma sociedade global. 
	As discussões contemporâneas sobre os problemas ambientais têm como seu marco inicial, formal, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, em 1972.
Localização:
	Um aspecto fundamental que deve ser considerado ao planejar um evento é a sua localização.
	Onde será; qual continente; qual país; qual região; qual estado; qual cidade; e como este local interage com seu entorno.
	A Geografia nos diz que não há características homogêneas em todo nosso planeta, então, devemos considerar os fatores ambientais de forma mais ampla, segundo a localização no globo. 
	A recepção da radiação solar pelo planeta é diferenciada e, por isso, temos consolidação de Zonas Climáticas diferenciadas, bem como a consolidação de estações do ano de forma inversa nos hemisférios Norte e Sul. É inverno no Sul, verão no Norte.
	Quanto mais próximo à linha do Equador, maiores serão as temperaturas, exceto em locais que possuam grandes altitudes, pois a cada 150m a mais de altitude, a tendência é que a temperatura tenha um decréscimo de 1 grau.
Efeito estufa:
	O nosso planeta é um sistema aberto que recebe energia do Sol absorvendo uma parte e refletindo outra de volta para a atmosfera. Inserido neste contexto temos um processo, chamado de efeito estufa, que proporciona a reabsorção de radiação solar e o rebatimento pela atmosfera para a superfície promovendo a regulação térmica do planeta.
	A radiação solar refletida pela superfície terrestre é também corresponsável pelo aquecimento e circulação atmosférica que aciona o mecanismo de ventos. Fenômeno que pode ser benéfico ou não, pois pode dispersar os poluentes atmosféricos, mas em casos extremos pode comprometer o bom andamento de um evento.
Inversão térmica:
Durante o inverno, principalmente no período da manhã, pode ocorrer um fenômeno denominado inversão térmica, quando uma camada de ar frio, por ser mais pesado, acaba descendo e ficando próximo à superfície terrestre, retendo os poluentes. O ar quente, mais leve, fica em uma camada superior, impedindo a dispersão dos poluentes.
Ilhas de calor:
Ocorre no meio urbano é a formação de ilhas de calor que consiste no aquecimento maior das áreas urbanas em relação às suburbanas e rurais vizinhas, principalmente devido à densidade de edificações existentes nas áreas e a capacidade de absorção ou reflexão da radiação solar dos materiais utilizados nas construções, a cobertura vegetal e a presença de corpos d’agua. 
Aquecimento Diferencial do Planeta:
É o deslocamento de massas de ar das regiões mais frias para as mais aquecidas, ou seja, dos polos para os trópicos em direção à linha do Equador.
Em muitos casos, os ventos mais intensos acompanham a chegada de frentes frias e, consequentemente chuvas. 
Deslocamento de massas de ar:
É estudado pela meteorologia que pode, com algum grau de precisão, prever suas tendências. Esses deslocamentos originam o mecanismo propulsor dos ventos, que podem atuar de forma benéfica para o uso esportivo ou mesmo de geração de energia elétrica ou, pelo contrário, ser extremamente destrutivo como os furacões que assolam o Golfo do México e as planícies centrais dos Estados Unidos.
As áreas litorâneas (mares e praias) são mais vulneráveis às ações desses fatores ambientais, entretanto, podemos trabalhar com sequências históricas meteorológicas para fazer inferências quanto à possibilidade de ocorrer eventos climáticos intensos, podendo gerar grandes transtornos ou mesmo o cancelamento de eventos. 
Intensas precipitações em locais com relevo acentuado podem, também, promover o deslizamento de encosta. Nos grandes centros urbanos, muitas áreas que deveriam ser preservadas são ocupadas comprometendo ainda mais a resistência do solo, principalmente em encostas com declives acentuados onde é pouco espesso e, ao absorver as águas das chuvas, passa por um processo de saturação que promove seu desagregamento e deslizamento pela a ação da força gravitacional. 
Como exemplos, podemos citar as enchentes que ocorreram em Santa Catarina, em 2008, onde as fortes chuvas contribuíram para promoção de vultosos deslizamentos de encostas e as enchentes em Alagoas, em 2010 e 2012.
AULA 03
O Cenário
Somente podemos nos preparar para mensurar os danos advindos de um risco se soubermos e estivermos preparados para prever e, assim, antecipar os possíveis danos com um estudo prévio dentro de um cenário pré-estabelecido. 
Você, todavia, já deve ter inúmeras vezes realizado a análise de cenário e utilizado, para isto, uma análise de risco onde devia diagnosticar as ameaças frente à vulnerabilidade. Contudo, para realizarmos a análise de cenário de forma técnica para nosso estudo é necessário que sigamos uma mesma metodologia e, para isso, temos que trabalhar juntos e com o mesmo propósito.
Como em todas as áreas, há diversas formas de avaliarmos as ameaças frente à vulnerabilidade. Não existe, contudo, uma que seja a mais apropriada que a outra e sim formas diferentes de diagnosticar as ameaças.
É salutar que busque aprender outras metodologias e que siga as que melhor se ajustar aos seus objetivos, mas por enquanto utilizaremos as que aqui serão descritas.
Não buscamos indicar nenhuma forma definitiva ou matrizes de análise de risco Ameaça X Vulnerabilidade para estudo dentro de um cenário, pois estudaremos os conceitos os quais nos darão subsídios para realizarmos o nosso estudo preliminar.
A análise de cenário é sem dúvida um tema de grande relevância e interesse e diz respeito a todas as áreas de segurança, razão pela qual na 4ª aula, abordaremos algumas ferramentas para análise de riscos.
Aceitabilidade do risco:
O risco é inerente a nossa vida, ao nosso cotidiano, ou seja, ele sempre existirá sendo proveniente de uma fonte natural ou antrópica, entretanto, sempre será preferível correr um pequeno risco para que um maior possa ser evitado ou mitigado.  
Como exemplo deste tipo de risco, podemos citar a dor na coluna do operador de segurança devido ao uso do colete balístico - usado para prevenir morte por ataques com armas de fogo -, ou seja, o risco de morte do agente versus a dor na coluna será um risco, todavia, um risco menor que o de morte.
Caso sigamos o princípio do risco zero, nenhum risco seria tolerado não interessando quão pequeno fosse ou quais seriam os benefícios para a sociedade.  
Na prática, entretanto, nós não vivemos em um mundo livre de riscos Ameaça X Vulnerabilidade.
As questões básicas relacionadas diretamente aos estudos de análise de cenáriose riscos:
Copa do Mundo de Futebol 2014: 
Ameaça terrorista deve ser "seriamente considerada".
São Paulo - O plano estratégico de segurança elaborado pelo governo para a Copa do Mundo de 2014 trata a possibilidade de um ataque terrorista como o "pior cenário" durante a realização do evento esportivo e afirma que o risco de um ataque deve ser levado a sério. O documento, publicado nesta quinta-feira (30/08/2012) pelo "Diário Oficial" (Diário Oficial da União), especifica ameaças e ações de área de segurança para o torneio esportivo.
Terrorismo - Entre os principais desafios, o combate ao terrorismo é citado com destaque: "O pior cenário para a Copa do Mundo é a ocorrência de um atentado terrorista. Tal modalidade de risco deve ser seriamente considerada, já que uma de suas características é a visibilidade procurada pelos grupos extremistas", diz o documento.
Riscos:
Permeado por uma visão analítica os riscos podem ser levantados com os seguintes questionamentos (responda frente à análise preliminar de riscos versus possíveis ameaças):
O que pode dar errado e por quê? 
Quanto provável seria? 
Quanto negativo poderia ser? 
O que pode ser feito sobre isto?
E, certamente, com essas reflexões poderíamos buscar o quanto custa realizar uma análise de cenário de risco? 
E quanto às ameaças e às vulnerabilidades?
“Se você pensa que segurança custa caro, experimente um acidente”.
(Stelios Haji-Ioannou)
“Nenhum trabalho de qualidade pode ser feito sem concentração e autossacrifício, esforço e dúvida”.
(Max Beerbohm)
Muitos gestores nem sempre entendem as ameaças por quais passa a segurança pública no Brasil, ainda mais em um cenário adverso como o que estamos para nos deparar que são os grandes eventos.
Aqui não se propõe a abordar todos os tipos de ameaças ou vulnerabilidades e seus correspondentes mecanismos de controle, mas intenta orientar da responsabilidade e da importância dos gestores pela necessidade da implementação da análise de riscos.
Análise de cenário de risco: 
É um grande aliado na análise de ameaças e vulnerabilidades, pois buscam meios e formas de prever e antecipar possíveis riscos. Os tipos de ameaças e vulnerabilidades irão variar conforme o ambiente interno e externo dos eventos. A população, a segurança e a mídia, são fatores a serem considerados.
Identificar os riscos importa em identificar as ameaças e as vulnerabilidades que podem ser aproveitadas pelos gestores de segurança e o impacto que as perdas podem causar aos ativos.
Identificação das ameaças e vulnerabilidades:
A segurança é algo desejável, contudo, mesmo com todos os aparatos tecnológicos aplicados, vivemos em um cenário de incertezas e, por isso, não conseguimos englobar todas as vulnerabilidades ou mesmo identifica-las em um momento específico.
Ameaça:
Na definição de Dicionário Aurélio, ameaça é “Palavra ou gesto intimidativo [...] Promessa de castigo ou malefício [...] Prenúncio ou indício de coisa desagradável ou temível, de desgraça, de doença” e ainda define ameaçar como “Dirigir ameaça(s) a[...] Procurar intimidar, meter medo em”.  
No mesmo sentido, Maria Helena Diniz afirma: na linguagem comum, designa a perspectiva de um mal, que vem a abolir ou a restringir a livre manifestação da vontade de alguém, atemorizando–o, enunciada por palavra, gesto ou sinal [...] promessa de fazer um mal injusto e grave a outrem, incutindo lhe sério receio.
Segundo o código penal: capítulo VI - Dos crimes contra a liberdade individual, Seção I - Dos Crimes contra a Liberdade Pessoal, art.147, descreve o crime de ameaça como “Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar–lhe mal injusto e grave”. Contudo, o que se percebe é que o Legislador não definiu o que seria ameaça e sim a conduta do agente. Para viabilizar a compreensão do tema em questão, se iniciará a análise pelo próprio conceito de ameaça.
A sociedade é dinâmica e isso proporciona as mudanças que afetam as relações entre Estados em caráter mundial que podem produzir ameaças. No contexto global as atividades terroristas têm se manifestado como um fator de preocupação. 
Diante desse quadro, visando à consolidação de ações preventivas, empregar metodologias voltadas para a analise de risco torna-se fundamental, pois assim pode-se construir toda uma fundamentação de assessoramento em processos decisórios, principalmente considerando a gama de eventos esportivos que acontecem e acontecerão no Brasil.
Como sabemos o Brasil sediará a 20ª edição da Copa do Mundo de Futebol, um evento que será operacionalizado em doze cidades e promoverá o investimento de bilhões  em investimentos não somente nas praças esportivas, mas  em infra-estrutura, principalmente de transportes e sistemas viários para atender um fluxo de aproximadamente 3,5 milhões de turistas nacionais e estrangeiros que participarão direta ou indiretamente do evento.
Pontos fortes: 
• A experiência em eventos esportivos internacionais, pois mesmo após mais de 60 anos da última edição da Copa do Mundo, ocorrida no Brasil, o país é um cenário de grandes eventos, esportivos ou não, o que possibilitou reunir experiência no campo do planejamento e execução. 
• Por outros exemplos, podemos citar os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Rock in Rio e a Copa das Confederações que ocorrerá em 2013 e será o laboratório para os experimentos da Copa do Mundo.
• Devemos considerar da mesma forma, a motivação e a mobilização da população quanto ao evento.
Pontos fracos:
• Uma baixa percepção de riscos emanada pelas autoridades governamentais que são os principais formuladores de políticas e estratégias, inclusive as de segurança, para o evento.
• A vulnerabilidade das fronteiras do país devido a sua extensão e permeabilidade. 
• A possibilidade do aporte de um grande volume de passaportes falsos, pois o Brasil apresenta uma população multiétnica o que transforma o passaporte nacional em um artigo muito valorizado no mercado de falsificações.
• A facilidade para a obtenção de capital por meios lícitos ou ilícitos para financiar atos terroristas.
• Facilidade para a obtenção de armas de uso restrito no mercado paralelo, incluindo armamentos longos, curtos, granadas, explosivos e materiais radioativos que podem ser usados para potencializar bombas convencionais.
Segundo Viegas (2011, p.10) há necessidade de adoção de medidas para diminuição dos riscos referentes à Copa do Mundo que vão além dos procedimentos tradicionais da segurança orgânica e aponta, visando à redução de riscos para níveis aceitáveis as seguintes medidas: 
1. Tipificar o crime de terrorismo no Brasil.
2. Instituir unidades especiais de combate ao terrorismo.
3. Intensificar medidas que dificultem a entrada ilegal de estrangeiros no país.
4. Monitorar pessoas suspeitas de ligação com grupos terroristas.
5. Monitorar quadrilhas que comercializem armas e explosivos.
6. Investigar o comércio ilegal de material radioativo no País.
Vulnerabilidade:
É relacionada com os pontos fracos ou a fragilidades frente à determinada ameaça. 
Os dados expostos anteriormente permitem identificar uma alta vulnerabilidade no que tange à ocorrência de atentados terroristas no Brasil.
Risco: 
De acordo com o dicionário Houaiss "é tudo aquilo que pode causar danos; é um perigo inconveniente mais ou menos previsível".
Explanação: 
A percepção de risco é sempre uma situação que permite uma alternativa, ou seja, aceitar, ou não, determinada possibilidade. Quando tal opção deixa de existir, não estamos mais falando de riscos, mas sim de certezas. 
Exemplo: Se os homens são mortais, então é uma certeza (e não risco) de que um dia todos morrerão.
A vulnerabilidade permite determinar a origem, a natureza e os efeitos dos riscos em presença, possibilitando a adoção de medidas de Controle do Risco, que deverão desenvolver-se a partir de um planejamento e programação coerentes, conduzindo, se possível, a eliminação dos riscos ou a sua redução a níveis aceitáveis através de medidas preventivas de segurança.Primeiro identificamos o risco, depois estimamos através dos estudos e análise das possibilidades x probabilidades, em seguida avaliamos e valoramos o risco, daí passamos a gerenciá-lo podendo controlá-lo ou deixá-lo em um nível tolerável.
Ou seja, o risco está intrinsecamente direcionado a existência de ameaça frente à vulnerabilidade do (OP) objeto de proteção que pode ser pessoas ou coisas, se não existir ameaça não existe risco; se não existir vulnerabilidade não há que se falar em ameaça.
AULA 04
Ferramentas para Análise de Risco
Depois de ameaça e vulnerabilidade, a ferramenta para a análise de risco pode ser entendida como um estudo que irá corroborar para que possa realizar o mapa de risco e assim compreender um pouco mais as suas peculiaridades, gravidades e importância para o gerenciamento de risco.
Mapa de Risco:
É uma representação gráfica do conjunto de fatores presente em um ambiente de trabalho. Ele é delineado sobre uma planta baixa, e nele deve ser ilustrado todo possível risco existente, capaz de acarretar danos à saúde dos trabalhadores, como acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores de risco são inerentes ao processo de trabalho incluindo materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho bem como sua de organização.
O mapeamento de risco é o levantamento dos locais apontando os riscos que são sentidos e observados.
Para que serve:
A análise de risco serve para a conscientização e a informação dos trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes no ambiente de trabalho.
Serve, para reunir informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho.
É importante que você saiba que durante o processo de elaboração do mapa de risco deve ocorrer interação entre os trabalhadores e o estímulo a sua participação em atividades inerentes a segurança preventiva.
Os mapas de risco são confeccionados com base em uma legenda que classifica o risco e o identifica por meio de uma cor específica e de uma simbologia de proporção apontando-o como grande, médio ou pequeno.
	GRUPO
	RISCO
	COR DE IDENTIFICAÇÃO
	EXEMPLOS
	01
	FÍSICO
	VERDE
	Ruído, calor, frio, pressões, umidade radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações etc.
	02
	QUÍMICO
	VERMELHO
	Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, etc.
	03
	BIOLÓGICO
	MARROM
	Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos etc.
	04
	ERGONÔMICO
	AMARELO
	Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, repetitividade, responsabilidade, ritmo excessivo, posturas inadequadas de trabalho, trabalhos em turnos etc.
	05
	ACIDENTES
	AZUL
	Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem proteção, queda e animais peçonhentos.
	
	SIMBOLO
	PROPORÇÃO
	TIPO DE RISCO
	
	4
	GRANDE
	
	2
	MÉDIO
	
	1
	PEQUENO
	Relação dos riscos identificados no ambiente de trabalho
	PEQUENO
	MÉDIO
	GRANDE
	RISCO
	Poeira Asfalto
	
	
	
	QUÍMICO
	Recebimento de material biológico
	
	
	
	BIOLÓGICO
	Aplicação de Atígeno Montenegro / Coleta / Armazenamento de material biológico Presença de Caixa Perfuro Cortante
	
	
	
	
	Esforço físico para abertura dos armários de prontuários
Esforço físico para abertura da porta do ambulatório
	
	
	
	ERGONÔMICO
	Produtos de uso armazenados em locais altos / Acidente com medicamentos
	
	
	
	MECÂNICO
	Produtos de uso armazenados em locais altos / Acidente com medicamentos
	
	
	
	
	Iluminação insuficiente em toda dependência do ambulatório
Dificuldade de locomoção
	
	
	
	
	Falta de ventilação no ambiente para eliminar odores
	
	
	
	FÍSICO
	Ruído intenso proveniente da rua
	
	
	
	
Análise de Cenários de Risco:
É importante para que se possa inibir a falhas prováveis e possíveis apresentadas e manter e/ou melhorar os índices de segurança.
Análise Preliminar de Riscos (APR): 
Consiste do estudo, durante a fase de concepção, desenvolvimento de um projeto ou sistema, com a finalidade de se determinar os possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase operacional.
É aplicada para uma abordagem inicial durante o projeto ou o desenvolvimento de um produto ou sistema. Sua importância é demonstrada, principalmente, quando o objeto de estudo é um produto novo e, consequentemente, pouco conhecido.
Mesmo possuindo um caráter de análise inicial é uma ferramenta muito útil para a constante revisão de sistemas já consolidados, pois pode ajudar na elucidação de aspectos muitas vezes não notados em uma observação anterior.
Seu desenvolvimento, a priori, foi pautado no uso militar e principalmente como uma precursora de técnicas de análise mais detalhadas.
A APR possui como fundamento a constante revisão, de forma padronizada dos aspectos inerentes à segurança.
Descrevendo todos os riscos e fazendo sua caracterização:
A descrição dos riscos é fundamental para a identificação de suas causas e, consequentemente, dos seus efeitos. Assim, teremos em mãos os subsídios necessários para a elaboração de medidas preventivas, ou mesmo corretivas, para o rol de falhas detectadas sem negligenciar o estabelecimento das ações prioritárias.
O QUE DEVE SER FEITO PRIMEIRO?
MEDIDAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO:
A APR proporciona os fundamentos para as revisões no processo operativo de forma rápida e segura possibilitando a revisão de problemas conhecidos, dos meios de eliminação e controle de risco, a determinação dos riscos principais, iniciais e contribuintes. 
Certamente é uma ferramenta que facilitará o gestor ou o operador responsável pela execução das ações de prevenção e correção. Cabe ressaltar o papel complementar da APR e a necessidade de sua complementação por técnicas mais apuradas.
ANÁLISE DE FALHA HUMANA:
Busca aferir a probabilidade de um conjunto de ações a ser executado de forma positiva em um prazo ou oportunidade estabelecido.
A maior parte dos acidentes é causada por falhas humanas, ou seja, não adianta possuir os melhores equipamentos e tecnologias se quem os opera não estão bem treinados.
O risco sempre terá o fator humano associado, pois em operações, mesmo as simples, uma falha pode comprometer todo o processo. 
Temos que buscar a resposta para as causas dos erros e compreender como eles impactam os trabalhos de gestores e operadores de segurança.
CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE FALHA HUMANA:
A análise deve ser classificada e identificada com as prioridades do gerenciamento. A relevância da análise dos riscos possui como parâmetro uma Matriz de Riscos. O resultado do mapa de riscos é o grau de criticidade, ou seja, qual é a priorização de cada instituição, frente ao seu ao risco. A matriz é dividida em quadrantes e para cada quadrante possui uma priorização de tratamento.
ANÁLISE “E SE...” WHAT IF / CHECKLIST (WIC) - TÉCNICA DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS:
O que aconteceria se?
E se?
A identificação de perigos deve ser implementada por meio de exames detalhados que permitam o entendimento de todo o processo englobando a identificação de fluxogramas de perigos, a identificação de problemas operacionais e a busca de melhorias via ações que elevem os aspectos da segurança a níveis aceitáveis.
(...)
Técnicas de análise como a What if fundamentam-se na pesquisa de anormalidades e desvios do que seria um processo normal de operação facilitando a formulação de protocolos voltados para medidas de prevenção e proteção. 
A técnica What if é pautada no exame sistemático de um processo onde o gestor pode inserir uma série de possíveis ocorrências segundo os perigos identificados questionando quais seriam os resultados se algo acontecesse. 
 “O que aconteceria se...?”
(...)
Caberá ao gestor usar sua criatividade para fazer inferências das múltiplas possibilidades de problemas de todas as naturezas que poderiam afetar seu trabalho cotidiano e, consequentemente, buscar as soluções que melhor atendam as suas necessidades. 
A técnica buscaestabelecer de forma equilibrada a harmonia entre os aspectos de segurança, meio ambiente e produção.
A tabela abaixo apresenta um exemplo de planilha utilizada para o desenvolvimento da análise de What if. 
Considere a Atividade: Disparo de arma de eletrochoque.
Liste a sequência de atividades, para realizar o disparo de arma de eletrochoque;
Utilizando a planilha WI, indique na primeira coluna da planilha, cada uma das atividades listadas no item anterior;
Para cada uma das atividades faça a pergunta: “O que aconteceria se...?” e preencha todas as outras colunas da planilha.
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS Failures Modes and Effects Analysis (AMFEA):
Consiste em uma análise de cunho qualitativo ou quantitativo visando identificar as possibilidades de falhas de um sistema ou equipamento, verificando as probabilidades e apontando mudanças ou alternativas para a mitigação das falhas e aumento da confiabilidade, aqui encarada como a possibilidade de conclusão com sucesso de um projeto ou trabalho segundo um cronograma e condições específicas. 
Para desenvolver a Análise de Modos de Falha e Efeitos é necessário que se conheça bem o sistema no qual a ferramenta será aplicada e, certamente este é um fator contribuinte para o sucesso.
A AMFE possui sua eficiência máxima quando é aplicada em sistemas mais simples. Para os mais complexos recomendam-se outras técnicas como a Análise de Árvore de Falha que abordaremos mais adiante.
Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (2002, p.160):
“Não há metodologias “boas” ou “más” em si, e sim metodologias adequadas ou inadequadas para tratar um  determinado problema”.
AULA 05
O que é Evento Adverso?
	Segundo o publicado no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001), evento adverso pode ser desmembrado em:
Evento: acontecimento geralmente observável; fenômeno.
Adverso: que se encontra ou se apresenta em oposição; contrário; que traz desgraça; que provoca infortúnio; prejudicial.
	Deste modo, a definição inicial de evento adverso é de um “fenômeno capaz de provocar infortúnio”. Procedendo a análise da afirmativa e considerando que o termo infortúnio não está inserido no contexto vocabular da Defesa Civil, então propomos a substituição para “um fenômeno capaz de provocar um desastre”.
	Mudanças nas pessoas, na economia, nos sistemas sociais e do meio ambiente causadas por eventos naturais, gerados pela atividade humana ou uma combinação de ambos, os quais passam a exigir resposta imediata da comunidade afetada.
	Segundo o Manual de Planejamento em Defesa Civil (Volume I) do Ministério da Integração Nacional, publicado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil no ano de 2011, o termo evento adverso tem como significado principal...
“A ocorrência que pode ser externa ao sistema, quando envolve fenômenos da natureza, ou interna, quando envolve erro humano ou falha do equipamento, e que causa distúrbio ao sistema considerado” e como outras definições “Ocorrência desfavorável, prejudicial ou imprópria”. “Fenômeno causador de um desastre”.
	Um evento adverso é entendido como um fato perturbador da ordem ou ainda uma anomalia em um dado sistema gerando mudança de um estado de normalidade para um estado dito anormal.  
	Há de se destacar que a afirmação anterior não é axiomática, pois vários eventos que resultam em catástrofes, emergências ou desastres são muito comuns e têm uma frequência dita até corriqueira, como exemplo do que estamos falando, temos os deslizamentos de encostas, as inundações provocadas pelas chuvas de verão etc.
Classificação dos eventos adversos:
	São classificados de acordo com suas causas e efeitos.
	Eventos naturais, tais como terremotos, erupções vulcânicas, inundações, tempestades. Foto: rastros de um terremoto. Exemplo disso foi o furacão Sandy que atingiu NY recentemente.
	Ameaças causadas pela atividade humana, como tecnológicos ou terrorismo, falhas, derramamentos industriais etc. Foto: estrago associado a um derramamento.
	Fenômenos naturais associados à ação do homem, como deslizamentos de terra.
De acordo com o IMPACTO E O NÚMERO de pessoas afetadas o  evento adverso pode ser dividido em quatro categorias:
Nível I – Quando o número de pessoas ou situação pode ser atendido com recursos de emergência, como incêndios, onde os bombeiros podem solucionar o problema;
Nível II - Quando o número de pessoas que precisam de recursos adicionais aos exigidos para emergências não permitir que se ultrapasse a sua capacidade.
Nível III - Quando o número de famílias ou situação a ser abordada, exige o apoio de outros departamentos, estados etc.
Nível IV - Quando a quantidade de pessoas atingidas pelo evento ou situação a ser abordada, requer o apoio nacional, como enchentes, terremotos de acordo com sua magnitude exigir ajuda nacional.
ATENÇÃO:
	Os níveis I e II são declarados como os de emergência e os III e IV como um desastre. Eles também são classificados pelo seu início como súbitos (incêndios, terremotos, deslizamento de terra etc.) ou lentos (fome, seca, degradação ambiental, desertificação etc.).
Emergência:
	São mudanças que afetam as pessoas, a economia, os sistemas sociais e o meio ambiente, causadas por eventos naturais, gerados pela atividade humana ou não, que exigem ações de resposta supridas com recursos disponíveis localmente.
Desastre:
	São mudanças intensas que afetam as pessoas, a economia, sistemas sociais e o meio ambiente, causados por eventos naturais, gerados pela atividade humana ou não sendo de proporção superior à capacidade de resposta da comunidade afetada.
	Para interferir, reverter, uma situação como a descrita no artigo (deslizamentos de terra no RJ) os passos a seguir são a tomada de medidas de prevenção e mitigação de riscos, que incluem a preparação e o alerta sobre o evento adverso e, já em seu andamento, dar a devida resposta bem como por meio de medidas de reabilitação e reconstrução.
	Cabe ressaltar que os eventos adversos não são aleatórios e resultam de um ou mais riscos presentes em um local.
	Os desastres ou emergências estão cercados por Fatores de Risco que se apresentam sobre a forma de eventos secundários, processo de desorganização, paralisação de serviços, vítimas fatais ou não, escassez de alimentos, destruição de casas dentre outros.
Fases e estágios de desastres ou emergências:
	Estas fases e etapas têm que satisfazer um requisito operacional. Em cada uma dessas etapas, tem-se que realizar passos importantes para melhorar a segurança e minimizar os danos causados.
Fases Pré:
Prevenção:
	Nessa fase, estamos preocupados com uma avaliação acertada dos riscos com foco na redução da ocorrência de desastres.  A avaliação de riscos é um estudo técnico e detalhado das possíveis ameaças de ocorrência de desastres e ainda por meio estatístico da quantificação dos níveis de vulnerabilidade do sistema, seus subsistemas e dos seus receptores.  A ideia dessa fase é discriminar e hierarquizar os riscos e assim conseguir mapear com boa precisão as áreas que apresentam maior grau de vulnerabilidade. 
	É um conjunto de ações para prevenir ou evitar a ocorrência de danos em consequência de um evento adverso, que deve intervir para ameaças, vulnerabilidades, ou ambos, para eliminar o risco. 
	Os fenômenos que não são passíveis de intervenção são os terremotos, vulcões, tsunamis, e estes são de cunho natural ou misto, em alguns casos podemos intervir, mas em outros os custos são muito elevados, pois exigem estudos cuidadosos dos fenômenos característicos. 
	Um exemplo do que foi dito até o momento acontece nas indústrias nucleares, as quais possuem avisos para evitar desastres provenientes de possíveis falhas de equipamentos ou humanas, agindo dessa forma como sistemas de segurança, para garantir que se minimizem os riscos de defeitos nos reatores nucleares e um possível vazamento nuclear.
	Uma boa medida preventiva pode ser feita com base em planos de desenvolvimento urbano nas áreas geográficas, regionais e nacionais, incluindo os programas de investimento e alocaçãode orçamentos para as cidades e regiões. Tal fato deve ser considerado durante o planejamento de grandes eventos.
Preparação:
	É um somatório de providências com vistas a minimizar o sofrimento das pessoas vítimas diretas ou indiretas de um evento adverso.  É nessa fase que devemos pensar e organizar a imediata resposta e a devida reabilitação. 
	Não há garantia de que um desastre não vai acontecer por meio das ações de prevenção e mitigação, mesmo que a probabilidade do fenômeno se manifestar e causar danos seja baixa. 
	Uma boa preparação é importante para o atendimento de emergência e, consequentemente, para reduzir os danos, por isso devemos considerar aspectos como a predição de eventos, educação, formação da população, a formação de agências humanitárias e da organização e coordenação de resposta.
Mobilização:
	Entende-se a capacidade de emanar medidas coordenadas e captar recursos de todas as instituições – em âmbito federal, estadual ou municipal - envolvidas no enfrentamento a um evento adverso.  
Alerta:
	Situação declarada para que se tomem precauções específicas por causa de provável ou próxima ocorrência de um evento adverso.  
ATENÇÃO:
	Também se encontra nessa classificação, o processo de mitigação, que é o conjunto de ações para redução de riscos, neste caso, o objetivo é de minimizar os danos. Como dito anteriormente é uma intervenção para reduzir riscos e danos composta por ações ou medidas para modificar determinadas circunstâncias. Quando se trata de desastres são tomadas medidas para modificar a propriedade de uma ameaça ajudando um sistema biológico, físico e social ou reduzir sua vulnerabilidade. 
	Os métodos de mitigação podem ser ativos e passivos. Os métodos ativos são aqueles que se utilizam do contato direto entre as pessoas envolvidas, do fortalecimento institucional, da organização, da formação, da informação pública, do envolvimento da comunidade etc. Já os métodos passivos se relacionam com o planejamento, a legislação e os códigos, tais como construção das normas do uso da terra, imposto e incentivos financeiros. A intervenção da vulnerabilidade física dos assentamentos é a realocação de alto risco.
Fases Pós:
Socorro:
	Ações imediatas de socorro à população vítima do evento adverso. São exemplos as ações de atendimento prioritário de emergência, tais como: transporte de feridos, suporte básico de vida, equipes de busca e salvamento, resgates em áreas de difícil acesso.
Assistência (I):
	Começa após a intervenção estatal, através de uma forte cadeia logística, visando ao atendimento da comunidade afetada pelo evento adverso.
Assistência (II):
	Consiste ainda na liberação de numerário para a promoção de medidas assistenciais e humanitárias até que se atinja o grau de normalidade desejada. 
Restabelecimento:
	Nessa fase, são executadas as obras mais urgentes.  Geralmente tais obras são de caráter provisório e visam tão somente o restabelecimento dos serviços básicos ou essenciais. A finalidade aqui é tornar o “teatro” de operações estável para que se possa pensar e planejar a reconstrução dos cenários afetados pelo evento adverso. Um bom exemplo é a reconstrução de pontes, estradas, liberação de encostas etc.
Ações de Reconstrução: 
	Objetivam a restauração permanente de um local afetado por um evento adverso, exemplos: recuperação de estradas, pontes etc. Nessa fase, são permitidas obras que visem à diminuição ou eliminação de riscos.  A experiência de um povo quando bem tratada pode se tornar uma ótima forma para prevenir, preparar ou mesmo mitigar determinado cenário. 
	Diante do exposto, não podemos afirmar que adversidades não possam ocorrer durante a programação de grandes eventos no Brasil e, também, não podemos negligenciar que em emergências ou desastres, prestando socorro ou assistência, todos os agentes de segurança elencados no artigo 144 da Constituição Federal estarão atuando de forma mais o menos intensa, pois o cenário de um desastre ou emergência deve sofrer interferência independentemente do órgão onde atuamos ou da esfera de poder.
	Estas são as Ações de Resposta que são providências tomadas logo após o evento adverso.
AULA 06
Alerta e Alarme.
Premissa:
	Expressões como alerta e alarme, desde os primórdios, fazem parte da história do homem, mesmo nas sociedades ditas mais primitivas.
	No contexto da história militar luso-brasileira, nos depararemos com essas expressões em diversos momentos.  
A busca pelos conceitos:
Na Web:
	O termo alarme, ou alarma, é derivado do italiano all'arme, significa o brado, às armas ou rebate. Pode ser utilizado também como sinal para dar aviso de algum perigo, confusão, comoção ou tumulto. Alguns usam o termo para indicar susto, sobressalto, inquietação, vozearia ou gritaria. Em tempos remotos da humanidade, sempre quando se tinha uma comunidade, havia aqueles que eram os responsáveis para dar o alarme em caso de algum tipo de calamidade, seja natural, ou não.
	Na pré-história, os seres humanos revezavam-se ao cuidar dos aglomerados contra agentes que causavam danos à comunidade, estabelecendo-se estrategicamente de forma a proteger-se de ataques de animais e de situações de risco.
	Segundo Roger Fouts (1988), os chimpanzés também possuem mecanismos de defesa e vigilância para alarmar suas comunidades em caso de perigo iminente. Portanto, os sinais de alarme no sentido de proteção ou defesa de grupos estão intimamente ligados à proteção das espécies.
	Algumas espécies de aves aquáticas, como o ganso, desenvolveram o hábito de estarem sempre alerta; existe sempre um membro do grupo que fica atento o tempo todo, e ao menor sinal de perigo dá o alarme.
Diferença entre Alerta e Alarme:
Pré-alerta: 
É a fase onde são realizadas as primeiras medidas previstas para enfrentar uma calamidade.
Alerta:
É o período anterior à ocorrência de um desastre, e nos leva a tomar precauções para evitar eventuais sinistros. No contexto de uma emergência é o segundo dos três estados possíveis de condução que são o pré-alerta, o alerta e o alarme.
Alarme: 
Refere-se a um sinal pelo qual se informa a uma comunidade que ela deve seguir instruções específicas voltadas para uma emergência devido à ameaça real ou iminente.
Pequena viagem histórica:
Retroagindo ao cenário colonial e imperial brasileiro, onde a comunicação, ainda que insipiente, era um aspecto importante para o cotidiano das cidades, igrejas e capelas eram fontes de notícias.
Os sinos dos templos religiosos tinham o papel de difusor de eventos como os nascimentos, as mortes e os incêndios.
Havia ainda, o pau da bandeira no morro do Castelo que avisava da chegada de navios no porto do Rio de Janeiro.
As cidades costeiras daquela época possuíam as frentes das igrejas voltadas para o mar e ao avistarem navios hostis à cidade, soavam seus sinos para dar o alarme ao restante da população.
Breve estudo de caso:
Na aula passada, vimos o conceito de evento adverso, suas fases e etapas na intervenção, no entanto deixamos para discutir o conceito de alerta agora.  
O que podemos chamar de alerta?
Um sistema de alerta, bem como o de alarme, faz parte das Ações de Prevenção e Preparação frente aos desastres ou emergências que possam acontecer em uma comunidade.
Etapas de alerta diagnosticando um evento:
Por alerta, entende-se o estado de vigilância sobre determinada possibilidade de ocorrência de um evento adverso.
Confirmada tal previsão, intensifica-se o estado de vigilância, dando sinal de alerta às comunidades afetadas e à população em geral. Nesse momento, os órgãos de apoio à Defesa Civil já estão de sobreaviso em caso de uma possível intervenção.
Mensagens de alerta são enviadas através dos meios de comunicação à população, após a difusão, há então a mobilização dos cidadãos para que não sejam surpreendidos em caso de um evento adverso.
	
	E alarme, o que seria?
ATENÇÃO:
	Veja que para tudo ocorrer de forma disciplinada e ordeira deverão existir regularmente exercícios simulados com os habitantesde áreas de risco previamente identificadas.
Processos de intervenção em um evento adverso:
	Vejamos agora como se dá a intervenção em um processo adverso tendo como objeto de estudo o aparato de preparação e prevenção criado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, cuja criação foi inspirada em outras metrópoles do mundo.
Verificar na internet o histórico da criação do Centro de Operações da Cidade Nova.
Níveis dos recursos das ferramentas de gestão:
	Como pudemos perceber o Centro de Operações Rio será uma importantíssima ferramenta de gestão para os profissionais envolvidos na segurança dos Megaeventos esportivos: Copa das Confederações, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas do Rio.
	Em um primeiro nível temos a sala de situação, capaz de operar um evento, tal como uma Copa do Mundo ou Jogos Pan-americanos, um exemplo do que estamos falando é a sala de situação montada na África do Sul para monitorar a Copa do Mundo de 2010.
	Em um segundo nível, mas não menos importante, há o centro de crise ou emergência, que auxilia os gestores durante a ocorrência de um evento adverso.
	Um exemplo disso é a Cidade de Madri, na Espanha, que integra três departamentos – Bombeiros, Polícia e Ambulâncias.
	Em um terceiro nível, mais robusto e completo, existe o Centro de Operações, no caso do Rio de Janeiro, o CORio. Por ser mais completo que os dois níveis anteriores ele pode atuar como sala de situação, centro de crises ou ainda como centro de operações.
CORio: 
	Atualmente, é o centro de operações mais completo do mundo, abriga 30 secretarias da Prefeitura, além de Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e várias concessionárias de energia, água etc.
	Diante de todo exposto, mesmo com todo cuidado nas fases de prevenção e preparação não poderemos afirmar que nenhum adverso acontecerá durante os grandes eventos que nosso país sediará.
	E mesmo que aconteçam devemos estar preparados, governo e sociedade, para enfrentarmos tais problemas com muita responsabilidade e participação de todos, haja vista que o próprio diploma constitucional, no seu artigo 144, nos ensina que...
“A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio [...]”.
Outros sistemas como os de estações hidrográficas e meteorológicas para verificar chuvas e aumento do nível de rios são muito importantes, assim como as redes de sismógrafos para medir a intensidade de terremotos. 
Estes são sistemas que podem ajudar muito, dependendo da intensidade e velocidade do evento.
As cheias do Rio Negro certamente não tiveram a mesma velocidade das enchentes que provocaram um desastre em Alagoas, em 2010 ou das queimadas que assolam a Região Centro Oeste.
Em nossa última aula estudaremos alguns estudos de caso que nos permitirão ter uma exata noção do que falamos até o momento.
Um caso muito interessante e admirável é o japonês após o impacto do tsunami em seu litoral. Em poucos dias já estava com seus serviços essenciais em pleno funcionamento, devido ao alto grau de comprometimento e disciplina de seu povo. Pense nisso!
AULA 07
Métodos de Avaliação.
Métodos de Avaliação de Riscos:
Existem diversas metodologias e instrumentos voltados para a avaliação de riscos disponíveis. A escolha do melhor método a ser aplicado dependerá das condições do ambiente de trabalho, como, por exemplo, o número de colaboradores, o tipo de atividades laborais e de equipamentos, as características específicas do local de trabalho e riscos específicos.
Temos como instrumentos de avaliação de riscos mais comuns as listas de verificação (check-lists), muito úteis na identificação dos perigos, dentre outros tipos de instrumentos que incluem: guias, documentos de orientação, manuais, brochuras e "ferramentas interativas", instrumentos genéricos ou específicos de acordo com risco ou do setor.
Os princípios orientadores que devem ser considerados no processo de avaliação de riscos podem ser divididos em cinco etapas:
Etapa 1:
Identificação dos perigos e das pessoas em risco;
Análise dos aspectos do trabalho que podem causar danos; 
Identificação dos trabalhadores que podem estar expostos ao perigo.
Etapa 2:
Avaliação e prioridades dos riscos;
Apreciação dos riscos existentes (sua gravidade e probabilidade); e 
Classificação desses riscos por ordem de importância.
Etapa 3:
Decisão sobre medidas preventivas;
Identificação das medidas adequadas de eliminação ou controle dos riscos. 
Etapa 4:
Adoção de medidas; 
Aplicação das medidas preventivas e de proteção, através da elaboração de um plano de prioridades e especificando a quem compete fazer o quê e quando, prazos de execução das tarefas e meios afetados à aplicação das medidas.
Etapa 5:
Acompanhamento e revisão;
A avaliação deve ser revista em intervalos regulares, para assegurar a sua permanente atualização e para que os órgãos de segurança sejam estimulados a desenvolver sua própria base de dados de instrumentos de avaliação de riscos.
Como se aplica a Metodologia?
Buscando a identificação de perigos como os listados abaixo:
Caracterização de fontes de risco interna;
Caracterização de fontes de risco externa;
Análise da periculosidade das atividades;
Análise histórica de acidentes;
Metodologias de identificação de perigos.
Produzindo Listas de Verificação (check-lists):
A árvore de falhas é um modelo gráfico onde um grupo de combinações paralelas e sequenciadas de falhas podem promover a ocorrência do efeito (cabeça da árvore).
Cabe ressaltar que as falhas podem ser associadas a componentes, erros humanos, falhas do sistema dentre outros.
Com as Árvores de Falhas você poderá verificar:
Avaliação de Consequências de Cenários de acidente;
Evolução das Consequências baseadas em Árvores de Acontecimentos;
Possibilidade de ocorrência;
Probabilidade dos cenários acidentais (em função da Árvore de Acontecimentos)
Seu desdobramento será pautado em uma Árvore de Eventos cujas formas expostas no mapa gráfico possuem significados.
Para o traçado da árvore de eventos, as seguintes etapas devem ser seguidas: 
Definir o evento inicial que pode conduzir ao acidente; 
Definir os sistemas de segurança (ações) que podem amortecer o efeito do evento inicial; 
Combinar em uma árvore lógica de decisões as várias sequências de acontecimentos que podem surgir a partir do evento inicial; 
Uma vez construída a árvore de eventos, calcular as probabilidades associadas a cada ramo do sistema que conduz a algum acidente.
A árvore de eventos tem como objetivo ser um instrumento de ajuda na hora de julgar os perigos, suas consequências e probabilidades conforme os quadros abaixo.
	CONSEQUÊNCIAS
	Catastrófico
	Morte
	Crítico
	Danos sérios / Longa convalescença
	Marginal
	Danos menores / curta convalescença
	Negligenciável
	Danos superficiais
	PROBABILIDADES
	Frequente
	Provável
	Ocasional
	Remoto
	Improvável
	Impossível
O Sistema Simplificado de Avaliação de Riscos de Acidente é uma metodologia voltada para quantificar a magnitude dos riscos e priorizar a sua eliminação ou correção. Seus conceitos-chave da avaliação são a probabilidade de que determinados fatores de risco (perigos) se materializem em danos e magnitude dos danos.
Métodos qualitativos de avaliação de riscos: 
São usados na descrição ou esquematização dos pontos perigosos de um posto de serviço ou instalação e, consequentemente, as medidas de segurança disponíveis preventivas ou corretivas.
Métodos semi-quantitativos de avaliação de riscos:
São usados para atribuir índices às situações de risco identificadas e estabelecer planos de atuação hierarquizando os riscos e definindo as ações corretivas e preventivas necessárias.
Métodos quantitativos de avaliação de riscos: 
São usados na quantificação do que pode acontecer atribuindo valoração à probabilidade de uma ocorrência.
Matriz de Vulnerabilidade - Análise SWOT:
A Análise SWOT (Strengths, Weaknesses,Opportunities and Threats) é uma metodologia aplicada para revelar pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças.
O passo anterior à implementação de uma análise SWOT é tornar claro que objetivos se pretendem alcançar e neste contexto levantar os pontos fortes e fracos para se atingir um objetivo. No nosso caso, o planejamento e a execução de segurança de um grande evento.
Por exemplo, para operar em um grande evento necessitamos de uma série de equipamento como coletes balísticos e armas de eletrochoque. A possibilidade de uma paralisação dos trabalhadores que produzem tais equipamentos constituirá uma fraqueza grave para o andamento do nosso evento.
Como exemplo mais enfático tivemos uma série de greves dos trabalhadores da construção civil que estão reformando ou construindo novos estádios de futebol no Brasil, visando a Copa do Mundo de Futebol de 2014, fato que influencia diretamente a promoção de um evento de nível mundial.
Em uma matriz SWOT serão definidos os pontos Fortes, os pontos Fracos, as Oportunidades e as Ameaças dentro de um processo de planejamento e execução de grandes eventos.
O produto final da analise SWOT geralmente é retratado em forma de uma matriz com quatro quadrantes, apontando as quatro categorias de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças facilitando a analise e a rápida conclusão.
Análise SWOT:
A análise SWOT pode subsidiar a contextualização de um cenário onde as forças internas e externas vinculadas à segurança emergirão, identificando riscos e seus impactos e, consequentemente, classificá-los. Não se pode negligenciar o aspecto cultural das instituições públicas ou privadas que trabalham no setor de segurança. 
Uma gestão eficaz de risco que pode utilizar como instrumento, após a identificação, uma matriz de vulnerabilidade podendo visualizar através de gráficos como andam os riscos identificados pelo gestor.
Veja um exemplo de matriz de vulnerabilidade:
Ambiente externo - Análise PEST:
Quando nos referimos ao ambiente externo podemos aplicar também a análise PEST para identificar oportunidades e ameaças considerando os aspectos:
Político e Econômico hoje, no caso brasileiro ainda favoráveis mesmo com a forte crise que afeta a Europa;
Socioculturais, considerando a admiração pelos esportes e, principalmente o futebol; 
Tecnológico, com o desenvolvimento de novas tecnologias no setor de segurança, os aspectos legais, pois não podemos agir à margem da lei e, finalmente;
Os aspectos Ambientais abordados em nossa segunda aula.
Conclusão Sobre os tipos de Análise de riscos:
Os métodos de avaliação apresentados aqui e diversos outros sistemas poderão ser utilizados pelos futuros gestores para auxiliar na tomada de decisão baseada em fatos reais que ocorram em qualquer lugar do país, na identificação das medidas de segurança apropriadas, na orientação para formalização das regras de segurança, na definição dos níveis de serviço para segurança, no conhecimento das potenciais ameaças ao ambiente de negócios e na aderência a padrões nacionais e internacionais de segurança.
Cabe ressaltar que aqui podemos construir coletivamente uma versão da análise de riscos voltada especificamente para o setor de Segurança, pois a maioria dos exemplos encontrados é direcionada para o Marketing, as Vendas e, de forma mais abrangente, para o setor Financeiro. 
Temos que aproveitar o momento para refletirmos sobre as práticas e construir fundamentação teórica para o setor de Segurança.
AULA 08
Gerenciamento de Risco.
Nesta aula, daremos continuidade ao estudo da Análise de Cenário de Risco. Versaremos sobre um tema que será imprescindível para elaboração e desenvolvimento do Gerenciamento de Risco.
Abordaremos alguns assuntos mencionados na introdução da aula para que possamos gerenciar o risco de maneira mais eficiente, técnica e eficaz.
Análise de cenários de risco:
Vamos então abordar métodos e ferramentas para tratar os fatores adversos.
Mesmo sendo um tema que sempre aparece em destaque, a análise de cenários de risco, na maioria das vezes, é abordada de maneira mais intuitiva e amadora por curiosos, sendo necessário, cada vez mais, termos a figura do gestor de segurança para tratar desses assuntos de forma técnica e profissional.
O Incidente:
Diante da concretização de um incidente é necessário dar pronta resposta, promover avaliações precisas e tomar decisões corretas e, diante dos fatos, surgem alguns questionamentos:
Qual a gravidade e o impacto do incidente? Existem escalas ou critérios para definir?
O incidente pode tornar-se mais severo? Quando ele esta encerrado? 
Quais são os recursos (humanos, financeiros e materiais) necessários para resposta ao incidente? 
Como estabelecer parâmetros para comparar dois incidentes diferentes? 
Qual a causa do incidente?
Quando o incidente vira uma crise?
Essas e outras respostas buscaremos juntos em nosso estudo.
O Gerenciamento do Risco:
O gerenciamento do risco não pode ser visto como algo isolado e sim como parte integral de um processo de gerenciamento, pois apresenta múltiplas facetas que apontam como adequar seu planejamento e operacionalização sempre pensando em uma equipe multidisciplinar.  
Devemos buscar isso na área de segurança e sempre ter em mente que o gerenciamento é um processo pautado na interatividade e de melhoria contínua.
Os riscos afetam instituições e pessoas e suas consequências impactam não só os aspectos financeiros, mas também a reputação profissional. Hoje, os profissionais da área de segurança têm o dever de agir da melhor forma possível para manter um nível aceitável de reconhecimento de seu trabalho.
Os riscos abrangem da mesma forma os fatores de segurança, ambientais e sociais. Em suma, a gestão desenvolve-se em um cenário permeado pela incerteza.
A ISO 31000, que aborda a Gestão de Riscos contém os princípios e as diretrizes de processo de gestão. Sua abrangência permite a ampla aplicação em diferentes setores, inclusive o de segurança, como um facilitador do atingimento de objetivos via identificação de oportunidades e ameaças e, consequentemente, a efetiva alocação de recurso para o tratamento de risco.
O plano de ação:
Ao abordarmos a análise de um cenário notamos claramente que as organizações públicas ou privadas de segurança estão inseridas em um ambiente cada vez mais competitivo, mesmo que atuando em busca de um objetivo comum e, devido à própria dinâmica da sociedade e a solicitação de produtos que melhor atendam suas demandas, há a necessidade de constantes mudanças e, consequentemente, da implantação de sistemas de gestão que forneçam os meios para atingi-las. 
Para ilustrar o que fora mencionado vamos traçar um paralelo entre um modelo de polícia tradicional e um comunitário.
	Política Tradicional
	Política Comunitária
	A polícia é uma agência governamental responsável, principalmente, pelo cumprimento da lei.
	A polícia é o público e o público é a polícia: os policiais são aqueles membros da população pagos para dar atenção em tempo integral às obrigações dos cidadãos.
	Na relação entre a polícia e as demais instituições de serviço público, as prioridades são muitas vezes conflitantes.
	Na relação com as demais instituições de serviço público, a polícia é apenas uma das instituições governamentais responsáveis pela qualidade de vida da comunidade.
	O papel da polícia é preocupar-se com a resolução do crime.
	O papel da polícia é dar um enfoque mais amplo visando à resolução de problemas, principalmente por meio da prevenção.
	As prioridades são, por exemplo, roubo a banco, homicídios e todos aqueles envolvendo violência.
	A eficácia da polícia é medida pela ausência de crime e de desordem.
	A polícia se ocupa mais com os incidentes.
	As prioridades são quaisquer problemas que estejam afligindo a comunidade.
Qual desses modelos de polícia você considera o ideal para o atendimento do cidadão?
Diante de um cenário adverso o gestor pode utilizar o PDCA como um método para o atingimento de metas, manutençãoe melhoria de resultados.
Você sabe o significado de PDCA?
Plan – Planejamento:
Fase de Identificação do problema;
Observação do problema;
Análise do processo;
Confecção do Plano de ação.
Do – Execução:
Ação.
Check – Verificação:
Verificação dos resultados.
Action – Ação:
Padronização;
Conclusão.
Exemplo prático:
Em eventos com grande concentração de pessoas, armas letais podem provocar enormes danos a cidadãos inocentes. Então faremos uma defesa do uso de equipamento menos frequente que as arma letais. 
Então vamos planejar (Plan)! 
Identificamos o problema, pois o uso do equipamento é “restrito” e por isso relevado ao segundo plano até mesmo por uma questão de cultura institucional. 
Neste caso, observamos o pouco uso por meio de uma análise e procederemos para um plano de ação pautado na difusão do uso dos equipamentos menos letais, mas para isso necessitamos instruir o profissional de segurança que vai operá-lo. Então buscaremos os profissionais gabaritados para instrução e montaremos um cronograma de treinamento incluindo a quantidade de operadores que serão certificados e o que se deseja alcançar. 
Executar (Do)! 
Operacionalizar o treinamento. 
Verificar (Check)! 
Aferir o resultado do treinamento aplicando instrumentos de avaliação e verificar possíveis falhas. 
Agir (Act)! 
Agir preventivamente de forma a corrigir falhas e melhorar a qualidade dos resultados. 
O presente roteiro, mesmo que básico, auxilia na promoção de melhorias.
O plano de gerência de riscos:
Um método cujo objetivo é organizar os funcionários e as propriedades visando à mitigação das chances de riscos de prejuízo. O Plano descreve como a identificação, a análise qualitativa e quantitativa, o planejamento de respostas, a monitoração e o controle do risco será estruturado e realizado ao longo do ciclo de vida do projeto.  
Ele deve conter Metodologia, Funções e Responsabilidades, Sincronismo e Orçamento.
Você já ouviu falar em 5W2H?
O 5W2H é, basicamente, um checklist (grupo de atividades elencadas) que necessita ser desenvolvido da forma mais clara possível pelos colaboradores de uma empresa, corporação etc.
Seu funcionamento é similar ao de um  mapeamento de atividades, onde é estabelecido o que será feito, quem será o responsável, quais são os prazos, em qual setor o trabalho é desenvolvido. bem como os motivos que tornam necessária a execução da atividade. Posteriormente serão indicados como a atividade será desenvolvida e qual será o seu custo efetivo.
O quê (What):
Objetivo e meta.
Porque (Why):
Motivo e benefício
Quem (Who):
Responsável e equipe.
Quando (When):
Cronograma e data.
Onde (Where):
Departamento e local.
Quanto (How much):
Custo ou quantidade.
Como (How):
Atividade e processo.
O 5W2H é extremamente útil, pois elimina completamente dúvidas que possam surgir durante um processo ou atividade e pode ser aplicado na área de segurança.   
O 5W2H possui também sua versão para o português conhecida como 4Q1POC, que você poderá ver abaixo:
ATENÇÃO:
Em nosso trabalho interagimos com pessoas de diversas áreas e instituições e um erro de comunicação ou transmissão de informações pode acarretar uma série de prejuízos à boa prestação do serviço.
Agora que você já sabe o que é 5W2H, vamos ver como utilizá-lo:
É preciso estabelecer uma estratégia para identificar e propor soluções para os problemas a serem sanados ou mitigados.
Busque as causas dos problemas e programe suas ações com foco sobre elas e não sobre seus efeitos;
Evite os efeitos colaterais das ações primárias ou então seu trabalho será complicado por novas ações a serem tomadas;
Proponha diferentes soluções para os problemas apresentados e verifique individualmente os custos e a eficácia da implementação.
Como mencionado anteriormente, aqui apresentamos ferramentas que facilitam o nosso trabalho e, de forma alguma, consideramos esgotada a discussão sobre a aplicação delas, ou seja, há sempre novas possibilidades, principalmente na área de segurança onde a prática predomina e, por isso, construir conhecimento teórico para fundamentar nossas ações é algo pouco usual.
AULA 09
Tomada de Decisão.
Vamos iniciar a nossa aula com uma breve história:
O primeiro desastre da Era Moderna foi o terremoto de Lisboa, ocorrido em 1º de novembro de 1755, um domingo, quando toda população se encontrava nas igrejas por volta das 09:20 horas. Esse terremoto ocorreu próximo aos Açores e alcançou a magnitude Ritcher de 9.0 (o mesmo valor do terremoto de 2004, na Indonésia), com a duração entre 3 a 6 minutos. 
Nesse evento, 85% dos edifícios foram destruídos e como efeito secundário um tsunami de 30 metros de altura varreu a Baixa de Lisboa e cerca de 90.000 pessoas morreram.  
Nas partes altas da cidade, candeeiros e fornos acesos criaram um violento incêndio, destruindo inúmeras residências.
“Naquela oportunidade, o Primeiro Ministro, Sebastião de Melo, o Marquês de Pombal, tomou a frente da situação nomeando de imediato 12 líderes distritais com Poderes de Polícia. Mandou o exército cercar toda a cidade, prevenindo saques e roubo de comida. O preço dos alimentos foi mantido tabelado, para evitar hiperinflação, o que levaria à fome. Cortou impostos sobre o pescado, como base de estimular a criação de reservas proteínas básicas acessíveis. Trabalhadores foram recrutados para a liberação de escombros e buscas de vítimas soterradas. Contrariamente aos preceitos religiosos da época e com a finalidade de evitar uma epidemia de tifo e posteriormente de cólera, determinou o lançamento de corpos ao mar. Executou 34 pilhadores.”
Com base no texto:
Podemos dizer que um desastre é passível de administração?
Se um desastre é passível de administração, então quem é a figura responsável por geri-la?
No exemplo histórico, quem foi o responsável pelo gerenciamento do terremoto? 
Seria essa figura o gestor do evento adverso? 
Como ele deve agir?
Restauração da Ordem Pública:
A restauração da Ordem Pública é dever da União, estados federados, Distrito Federal e municípios. Com esta afirmação, imagine que você, agente do Estado, seja o primeiro a chegar ao local de uma emergência. 
Possivelmente você se perguntará:
O que fazer? 
Como devo agir?
   	Quais são as providências a serem tomadas?
Doutrinariamente, a autoridade que primeiro tomou conhecimento do fato perturbador da Ordem Pública, ou seja, do evento adverso, deve tomar algumas medidas essenciais para o gerenciamento da crise ou emergência, quais sejam:
Conter a crise;
Isolar o ponto crítico;
Iniciar os procedimentos de resposta para cada tipo específico de evento adverso.
Todos os órgãos públicos, dentro de suas esferas de competência, devem estar preparados para reagir de imediato frente à iminência ou à ocorrência de um evento adverso de forma integrada e coordenada com os outros órgãos que atuarão no Teatro de Operações (TO).
Eventos Adversos:
Dos eventos adversos que podem acontecer em nosso país, alguns possuem um risco maior e outros, face aos Grandes Eventos, tornam-se mais susceptíveis de acontecer, tais como:
Desastres Naturais;
Incêndios;
Deslizamentos;
Inundações;
Desmoraramento de prédios e contruções;
Explosões, acidentes envolvendo produtos químicos, radiológicos ou bacteriológicos;
Distúrbios civis;
Sabotagem;
Greves;
Ataques terroristas e atentados;
Tomada de reféns e sequestros;
Desastres aéreos, marítimos ou ferroviários;
Rebeliões em presídios.
 	Cabe ressaltar que uma só emergência pode envolver vários perigos, tais como os listados anteriormente.  
E como deve ser a tomada de decisão?
Tomada de Decisão:
Falaremos agora sobre a tomada de decisão, qual o seu significado, como se dá o processo, quais são os elementos clássicos e quais as etapas.
Em administração, a tomada de decisão é o processo cognitivo pelo qual se escolhe um plano de ação dentre vários outros (baseados em variados cenários, ambientes, análises e fatores) para uma situação-problema. Todo processo decisório produz uma escolhafinal. A saída pode ser uma ação ou uma opinião de escolha.
A tomada de decisão é normalmente definida como o processo de identificação e resolução de problemas. 
Ela deve ser a mais objetiva e compreensível possível e que possa contemplar um conjunto de estratégias alternativas, analisando-se prós e contras e o custo-benefício como forma a permitir um perfeito dinamismo das ações empreendidas, sendo assim o planejamento e a tomada de decisão são por consequência um processo contínuo, e o desenvolvimento das medidas de planejamento, devem ser constantemente realizadas, e não quando somente se faz necessário, ou seja, na fase emergencial.
Para Simon (1970) que desenvolveu importantes estudos sobre a tomada de decisão, o ato de decidir é essencialmente uma ação humana e comportamental. Ela envolve a seleção, consciente ou inconsciente, de determinadas ações entre aquelas que são fisicamente possíveis para o agente e para aquelas pessoas sobre as quais ele exerce influência e autoridade.
Conforme podemos constatar, tomamos várias decisões por dia mesmo não nos dando conta disso.
Ao escolhermos qual ônibus pegar, para irmos ao trabalho, estamos tomando uma decisão, ou seja, diariamente coletamos informações, analisamos, processamos e tomamos uma decisão.
Abaixo você pode ver os aspectos a serem considerados na tomada de decisão.
Aspectos a serem considerados na tomada de decisão:
Segundo Simon (1963), a decisão é um processo de análise e escolha entre várias alternativas disponíveis do curso de ação que a pessoa deverá seguir.
Ele aponta seis elementos clássicos na tomada de decisão:
Tomador de decisão:
É a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas de ação;
Os objetivos:
É o que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações;
As preferências:
São critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha;
A estratégia:
É o curso da ação que o tomador de decisão escolhe para atingir os objetivos, dependendo dos recursos que venha a dispor;
A situação:
São aspectos do ambiente que envolvem o tomador de decisão, muitos dos quais se encontram fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afetam sua escolha;
O resultado: (aqui houve um erro da Estácio)
É o curso da ação que o tomador de decisão escolhe para atingir os objetivos, dependendo dos recursos que venha a dispor;
Modelo genérico:
Em nosso curso, trabalharemos com um modelo genérico composto por quatro etapas:
Etapa 1:
Decisão de decidir – assumir um comportamento que leve a uma decisão qualquer - é uma decisão;
Etapa 2:
Uma vez decidido iniciar o processo decisório, a etapa seguinte é a definição do que vamos decidir. Há ocasiões em que trabalhamos na solução de problemas que não definimos, mas estatisticamente o seu número é menos significativo;
Etapa 3:
Formulação de alternativas. As diversas soluções possíveis para resolver o problema ou crise, ou as alternativas que vão permitir aproveitarmos as oportunidades;
Etapa 4:
Escolha de alternativas que julgamos mais adequadas.
Perfil do Tomador de Decisão:
Estas são as características desejadas para o tomador de decisão!
Consciência;
Energia;
Inteligência;
Domínio;
Autocontrole;
Estabilidade emocional;
Conhecimento das tarefas.
Estas e outras características são apenas alguns dos traços mais comuns observados na figura do tomador de decisão ou do líder eficaz. 
Segundo Peter Drucker (1997), em crise não há liderança partilhada. Quando o capitão não pode convocar uma reunião para ouvir as pessoas, tem de dar ordens, agir imediatamente.
 	Esse é o segredo da liderança partilhada: saber em que situações deve agir como chefe e em que situações agir como parceiro.
Técnicas utilizadas na tomada de decisão:
Como temos estudado a Análise de cenários é uma moderna técnica de gestão, usada pelas instituições para antever seu futuro, 1, 2 ou mais de 3 anos à frente, e imaginar o futuro organizacional em três cenários possíveis: Utópico, realista e o que nos interessa em particular, o de crise (Moritz, 2004). 
Técnicas de suporte à tomada de decisão:
Brainstorming (tempestade de ideia): 
Que consiste em ajudar um grupo a criar ou imaginar tantas ideias quanto forem possíveis em torno de um problema. A vantagem é que não necessita de especialistas e tem como desvantagem a inibição de alguns participantes.
Técnica Delphi: 
Consiste em uma técnica de previsão qualitativa que usa o brainstorming com grupos de especialistas para obter intuições sobre o futuro.
Análise por multicritério: 
É a técnica de previsão qualitativa na qual um júri de especialistas avalia várias alternativas, atribuindo-se valor numérico a critérios escolhidos pelo consenso.
Diagrama de espinha de peixe: 
Que permite visualizar melhor o cenário no qual o problema está inserido. É realizado por meio de um diagrama aonde as causas vão sendo relacionadas até chegar à origem do problema. O diagrama de espinha de peixe também é chamado de diagrama de causa e efeito.
A Técnica de Grupo Nominal (TGN): 
É um processo em que se recorre a um grupo de peritos para seleção, julgamento e sugestão para a resolução de um problema complexo.
As técnicas utilizadas na tomada de decisão tem como vantagem a visualização das causas de um problema de forma mais clara e agrupada por fatores-chaves. No entanto, para que haja o uso correto da técnica, é necessária a presença de pelo menos um especialista no problema e um na técnica. 
Como tomar a decisão acertada através das técnicas aprendidas nesta aula, em um cenário de crise, tendo como plano de fundo as metrópoles que sediarão os jogos da Copa do Mundo e Olimpíadas?  
Pense nisso! Reflita sobre qual será o seu papel na resolução de uma crise.
AULA 10
Estudo de Caso.
Premissa:
Ao longo de nossa disciplina, conhecemos diversas formas e métodos de análise de cenários de riscos, mas em nenhum caso determinamos qual a forma mais exata e sim demonstramos algumas ferramentas que os futuros gestores (que atuarão na área de segurança) poderão utilizar para minimizar os possíveis e os prováveis danos de um risco (caso ocorra e seja o que for, temos que nos antecipar aos fatos). 
Com o propósito sempre de mitigar os danos e prejuízos sejam eles de qualquer ordem (materiais, humanos, ambientais, etc), foram apresentadas algumas ferramentas nesta disciplina que são instrumentos técnicos para Análise de Cenários de Riscos e agora vamos realizar Estudos de Caso onde colocaremos em prática os conhecimentos adquiridos.
Propomos aqui dois temas:
ATENÇÃO:
Primeiro caso:
Uma das razões pelas quais o Brasil sediará a Copa de 2014 é sua excelência no futebol masculino, pois é pentacampeão mundial e considerado celeiro de craques. 
É chamado de “país do futebol” pela profunda difusão do jogo na cultura e suas manifestações cotidianas, originais e espetaculares.
Apesar dessa fama, o futebol no Brasil está vivendo um momento bastante complicado. Os estádios históricos estão sendo destruídos para serem reconstruídos em forma de centros comerciais. Os ingressos dos campeonatos nacionais e estaduais estão cada vez mais caros, fora do alcance do torcedor “tradicional”.
Reflexão:
Então segundo a expertise de cada um dos profissionais elencados no artigo 144 da Constituição Federal, qual o papel exercido neste cenário pela Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares e guardas municipais?
Quais riscos podemos apontar em uma Análise Preliminar de Risco?
Estudo de caso:
Temos que retomar a história para verificarmos problemas que são recorrentes e que mesmo com a tomada de medidas corretivas, não foram solucionados. 
Um exemplo clássico são as enchentes periódicas no entorno do Maracanã. Vamos abordar a questão do ambiente físico.
O estádio foi construído em uma área de baixada cortada por três rios e devido à urbanização, boa parte dos leitos foi artificialmente confinada. Entretanto, com a ocorrência de chuvas mais intensas os rios já não apresentam

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