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AS I de Prosa (Segunda Tentativa) PERGUNT A 1 1. A Educação pela Pedra (de João Cabral de Melo Neto) Uma educação pela pedra: por lições; Para aprender da pedra, freqüentá-la; Captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas). A lição de moral, sua resistência fria Ao que flui e a fluir, a ser maleada; A de poética, sua carnadura concreta; A de economia, seu adensar-se compacta: Lições da pedra (de fora para dentro, Cartilha muda), para quem soletrá-la. Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática). No Sertão a pedra não sabe lecionar, E se lecionasse, não ensinaria nada; Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, Uma pedra de nascença, entranha a alma. Irene no céu (de Manuel Bandeira) Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. Imagino Irene entrando no céu: - Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: - Entra Irene. Você não precisa pedir licença. Mãe Preta (de Augusto Linhares) Quando Dodora ao Céu chegar, é minha crença, e ao Chaveiro disser: — Dá licença, meu Santo? São Pedro, vendo-a, lhe dirá com certo espanto: — Você, Dodora, não precisa de licença!... E a porta lhe abrirá paternalmente. E ela, para de todo ser feliz numa tal hora, seu cachimbinho acende. Acende-o numa estrela; mas São Pedro lhe diz: — Não, aqui não, Dodora... O que não dizia o poeminha do Manuel: (de Mário Barbosa) Irene preta! Boa Irene um amor mas nem sempre Irene está de bom humor Se existisse mesmo o Céu imagino Irene à porta: - Pela entrada de serviço - diz S. Pedro dedo em riste - Pro inferno, seu racista - ela corta. Irene não dá bandeira ela não é de brincadeira Leia atentamente as afirmações a seguir, sobre os poemas que você acabou de ler: O poema “A educação pela pedra”, de João Cabral de Melo Neto, é caracterizado pela ________________, procedimento pela qual o texto descreve o próprio ato criador, no caso, a pedra ensina o poeta a criar um estilo para sua poesia: concreta e impessoal. O poema de Mário Barbosa, “O que não dizia o poeminha de Bandeira”, é caracterizado pela________________, pois promove um diálogo com o poema “Irene no céu”, de Manuel Bandeira, recriando a conversa entre Irene e São Pedro, porém discordando das ideias presentes no poema de Bandeira. Já o poema de Augusto Linhares, “Mãe Preta”, é caracterizado pela________________, pois recupera o poema de Manuel Bandeira, apresentando ideias que não contrariam a situação de submissão de Irene. Assinale a alternativa que preenche, de forma CORRETA, as lacunas: a. estilização, paródia, metalinguagem b. paródia, metalinguagem, estilização c. metalinguagem, paródia, estilização d. metalinguagem, estilização, paródia e. estilização, estilização, paródia 0,2 pontos PERGUNT A 2 1. Leia atentamente os poemas a seguir: Canção (de Cecília Meireles) Nunca eu tivera querido dizer palavra tão louca bateu-me o vento na boca e depois no teu ouvido. Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido. O sentido está guardado no rosto com que te miro, neste período suspiro que te segue alucinado, no meu sorriso suspenso como um beijo malogrado. Nunca viu ninguém que o amor pusesse tão triste. Esta tristeza não viste, E eu sei que ela se vê bem... Só se aquele mesmo vento Fechou teus olhos, também... Cantores Inúteis (de Carlos Drummond de Andrade) Um pássaro flautista no quintal caçoa de meu verso modernista. Afinal fez-nos ambos o universo aprendizes ao sol ou à garoa. A canção absoluta não se escreve, à falta de instrumentos não terrestres. Aos mestres indagando, mal se escuta pingar, de leve, a gota de silêncio. Eu, pretensioso, e tu, pássaro crítico, vence o mítico amor nossa vaidade: Os amantes que passam, distraídos e surdos a tais cantos discordantes, a melodia interna é que os governa. Tudo mais, em verdade, são ruídos. Considere as seguintes afirmações quanto à temática apresentada nos dois poemas: I. Os dois poemas apresentam uma temática metalinguística, pois falam sobre o próprio fazer poético. II. Apenas o primeiro poema, de Cecília Meireles, é metalinguístico. III. Apenas o segundo poema, de Carlos Drummond de Andrade, é metalinguístico. Pode-se afirmar corretamente em a. I,II eIII. b. II e III, apenas. c. I e III, apenas. d. I e II, apenas. e. I, apenas. 0,2 pontos PERGUNT A 3 1. Sobre o texto “O direito à literatura”, de Antonio Candido, assinale a alternativa CORRETA: a. Ao relacionar a literatura com os Direitos Humanos, Candido, citando o sociólogo francês Louis-Joseph Lebret, considera a literatura um bem compressível, indispensável ao homem, como alimentação, a moradia, a saúde etc. b. A face mais importante da literatura, para Candido, é a de expressar sentimentos e emoções. c. Candido considera literatura apenas as formas mais complexas das grandes civilizações. d. Para o crítico, a forma da literatura é que tem a capacidade de humanizar o homem. e. Candido afirma que para que a literatura erudita possa ser acessível a todos depende da capacidade do professor estimular os alunos a esse tipo de leitura. 0,2 pontos PERGUNT A 4 1. Leia atentamente os dois textos a seguir: Segundo Antonio Candido, em seu texto “O direito à literatura”: “A função da literatura está ligada à complexidade da sua natureza, que explica inclusive o papel contraditório mas humanizador (talvez humanizador porque contraditório). Analisando-a, podemos distinguir pelo menos três faces: (1) ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; (2) ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão do mundo dos indivíduos e dos grupos; (3) ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente.” (2004, p.12) “Em geral pensamos que a literatura atua sobre nós devido ao terceiro aspecto, isto é, porque transmite uma espécie de conhecimento, que resulta em aprendizado, como se ela fosse um tipo de instrução. Mas não é assim. O efeito das produções literárias é devido à atuação simultânea dos três aspectos, embora costumemos pensar menos no primeiro, que corresponde à maneira pela qual a mensagem é construída; mas esta maneira é o aspecto, senão mais importante, com certeza crucial, porque é o que decide se uma comunicação é literária ou não.” (2004, p.16) Jonathan Culler, em seu texto “A literariedade”, observa que: “O problema essencial consiste em encontrar particularidades específicas das obras literárias que sejam suficientemente genéricas (gerais) para manifestar-se na prosa assim como na poesia. Esta literariedade possui três características fundamentais: 1) os procedimentos do foregrounding (evidentes, de primeiro plano) da própria linguagem; 2) a dependência do texto as relações, convenções e seus vínculos com outros textos da tradição literária; e 3) a perspectiva da integração composicional dos elementos e dos materiais utilizados em um texto.” (2003, p.13) Sobre a relação entre os dois fragmentos,considere as seguintes afirmações: I. Pode-se dizer que tanto Candido quanto Culler destacam a importância da estrutura ou composição dos elementos do texto literário e que isto vai diferenciá-lo do não literário. II. Tanto Candido quanto Culler enfatizam o papel humanizador da literatura, ou seja, a capacidade que ela tem de nos fazer refletir, conhecer, sentire ter uma visão de mundo dos indivíduos e da sociedade. III. Apenas Antonio Candido destaca o papel humanizador da literatura e essa humanização se dá devido à atuação das três faces, simultaneamente, mas com destaque para a primeira. Por isso, o crítico defende a ideia de que a literatura deve ser um direito humano. É CORRETO apenas o que se afirma em a. I. b. II e III. c. I e III. d. I e II. e. III. PERGUNTA 2 (CAIU NA SEGUNDA TENTATIVA ;MAS O HEVE RESPONDEU) 1. Sobre a apresentação feita por Domício Proença Filho acerca da linguagem literária, exposta no conteúdo teórico desta unidade, considere as seguintes afirmações: I. O autor apresenta como características do discurso literário os seguintes itens: complexidade, multissignificação, conotação, liberdade, ênfase no significante e variabilidade; II. A denotação, que caracteriza o discurso literário depende dos seguintes fatores: 1) aspectos fônicos do vocábulo; 2) da associação com outras palavras; 3) da própria denotação; 4) de pertencer a palavras a uma dada língua especial; 5) de se situar entre os arcaísmos e regionalismos; 6) de impressões emocionais coletivas ou mesmo individuais (de época). III. O texto literário exige um tipo de descodificação que se relaciona com o repertório cultural e a capacidade do receptor. Pode-se afirmar corretamente em: a. I,II eIII. b. II e III, apenas. c. I e III, apenas. d. I e II, apenas. e. II, apenas. e . I, apenas. AS II PERGUNT A 1 1. Leia atentamente o fragmento a seguir, de Lígia Cademartori: "O estudo da literatura não pode dispensar uma identificação do fenômeno em relação ao momento histórico em que surgiu. Assim, "período", "movimento", "escola", "fase literária" são termos de circulação freqüente, e manifestam a tentativa de ordenação dos fenômenos literários no tempo. Essa tentativa, porém, enfrenta dificuldades metodológicas. A principal delas é a questão da divisão em períodos, em que é preciso conciliar os critérios de tempo e os critérios estéticos. Sem essa relação, a divisão pode se tornar arbitrária. Uma periodologia pode obedecer a um procedimento meramente cronológico, referindo-se à literatura do século XVI, do século XVII, etc." (CADEMARTORI, 2001, p.7) Sobre o texto de Cademartori, é possível afirmar que: I. Cada estilo de época reúne um conjunto de obras escritas em uma determinada época, porém os critérios usados pelos historiadores conciliam o tempo e as características estéticas das obras. II. A cronologia é um critério suficiente para ordenar os fenômenos literários, sem a necessidade dos critérios estéticos. III. A periodologia literária consiste em, não podendo se afastar da história, precisa superá-la para se inserir em um sistema de normas estéticas que dominam a literatura num dado momento histórico. Está correto o que se diz em: I, III. I, II. I,II e III. III. PERGUNT A 2 1. Leia atentamente o poema a seguir: Sinfonias do Ocaso (de Cruz e Sousa) Musselinosas como brumas diurnas descem do ocaso as sombras harmoniosas, sombras veladas e musselinosas para as profundas solidões noturnas. Sacrários virgens, sacrossantas urnas, os céus resplendem de sidéreas rosas, da Lua e das Estrelas majestosas iluminando a escuridão das furnas. Ah! por estes sinfônicos ocasos a terra exala aromas de áureos vasos, incensos de turíbulos divinos. Os plenilúnios mórbidos vaporam ... E como que no Azul plangem e choram cítaras, harpas, bandolins, violinos ... (Disponível em http://www.jornaldepoesia.jor.br/csousa.html#ocaso, acessado em 16 de setembro de 2012) No poema de Cruz e Sousa, temos as marcas de qual estilo (escola) literário? a . Barroco b . Arcadismo c . Modernismo d . Simbolismo e . Parnasianis mo PERGUNT A 3 1. Leia atentamente o fragmento a seguir, de Os Lusíadas, de Luís de Camões: Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandre e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta (Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000162.pdf, acessado em 18 de setembro de 2012) Sobre o fragmento, é possível afirmar que: I. Como um texto literário típico do Classicismo do século XVI, nota-se a presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta estrofe, pelos deuses Marte, da guerra, e Neptuno, do mar, que se submetem ao poder do povo português engrandecido ao ponto de ser cessar o canto da antiga Musa. II. Como um texto literário típico do Arcadismo do século XVI, nota-se a presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta estrofe, por Alexandre e Trajano, deuses que tematizam o épico Os Lusíadas, de Camões. III. Como um texto literário típico do Barroco, a estrofe apresenta o conflito entre os deuses Neptuno e Marte, revelando que o poeta quer produzir um poema igual aos dos modelos gregos e romanos. Está correto o que se diz apenas em: a . I. b . I, II. c . I,II e III. d . III. PERGUNT A 4 1. Leia o fragmento a seguir, do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo: Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. (Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000003.pdf, acessado em 15 de setembro de 2012) O fragmento revela as marcas do estilo a . Romântic o b . Árcade c . Realista d . Simbolist a e . Parnasia no AS III PER GUNTA 1 1. Leia o fragmento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis: “(....)Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de São Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os espíritos?Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava. — João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda? — Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro.” Sege: espécie de carruagem. Fonte: http://machado.mec.gov.br/ No capítulo dado, prevalece o tempo: a. Mítico, porque a narrativa nos remete ao universo das lendas. b. Psicológico, porque o narrador personagem, mergulhado em suas reflexões, está imerso em um intervalo de tempo que não corresponde ao do relógio. c. Cronológico, porque conta com rigor o trajeto do personagem do Largo de São Francisco de Paula à casa do Conselheiro. d. Cronológico, porque o personagem está dominando plenamente seus pensamentos, tanto que pode perceber o vento e ver que ele movimenta a saia das mulheres, por exemplo. e. Psicológico, porque se trata de um narrador em primeira pessoa, único foco narrativo que permite a construção desse tipo de tempo. 0,2 pontos PER GUNTA 2 1. São características exclusivas do conto, em geral: a. A existência de personagens planas e grande quantidade de personagens e descrições espaciais. b. Um intervalo de tempo muito extenso para a ação e uma quantidade restrita de personagens. c. Foco narrativo exclusivamente em terceira pessoa e apenas uma ação. d. Ação reduzida, geralmente um núcleo dramático, o que leva à quantidade menor de personagens e elementos espaciais. e. Desenvolvimento de personagens redondas e fluxo de consciência. 0,2 pontos PER GUNTA 3 1. Leia o fragmento a seguir: “Quando entrei no pequeno restaurante da praia os dois já estavam sentados, o velho e o menino. Manhã de um azul flamante. Fiquei olhando o mar que não via há algum tempo e era o mesmo mar de antes, um mar que se repetia e era irrepetível. Misterioso e sem mistério nas ondas estourando naquelas espumas flutuantes (bom-dia, Castro Alves!) tão efêmeras e eternas, nascendo e morrendo ali na areia. O garçom, um simpático alemão corado, me reconheceu logo. Franz?, eu perguntei e ele fez uma continência, baixou a bandeja e deixou na minha frente o copo de chope. Pedi um sanduíche. Pão preto?, ele lembrou e foi em seguida até a mesa do velho que pediu outra garrafa de água de Vichy. Fixei o olhar na mesa ocupada pelos dois, agora o velho dizia alguma coisa que fez o menino rir, um avô com o neto. E não era um avô com o neto, tão nítidas as tais diferenças de classe no contraste entre o homem vestido com simplicidade mas num estilo rebuscado e o menino encardido, um moleque de alguma escola pobre, a mochila de livros toda esbagaçada no espaldar da cadeira.” Lygia Fagundes Telles, “O menino e o velho”. Disponível em: http://www.releituras.com/lftelles_menino.asp Considerando o que você estudou sobre o ponto de vista ou foco narrativo, no trecho dado temos o narrador: a. Protagonista: porque é o personagem principal do texto. b. Testemunha: porque nos conta a história de outro(s) personagem(ens). c. Onisciente: porque é capaz de vasculhar a mente dos outros personagens. d. Protagonista: porque acompanha a ação do interior dos acontecimentos. e. Onisciente: revela com muita certeza detalhes dos personagens. 0,2 pontos PER GUNTA 4 1. Considerando-se os elementos da ficção, enredo, tempo, espaço, personagens e o ponto de vista ou foco narrativo, quais desses elementos podemos identificar no fragmento dado a seguir na ordem em que aparecem? “Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.” (Machado de Assis, A Cartomante) a. Enredo; ponto de vista ou foco narrativo; tempo; espaço. b. Ponto de vista ou foco narrativo; ação; personagens; tempo. c. Personagem; ação; ponto de vista ou foco narrativo; tempo. d. Personagem; ação; espaço; tempo; ponto de vista ou foco narrativo. e. Ponto de vista ou foco narrativo; enredo; personagens; tempo. AS IV PER GUNTA 1 1. Identifique os discursos nos fragmentos a seguir, extraídos da obra A Hora da estrela, de Clarice Lispector: I) “Macabéa perdir perdão? Porque sempre se pede. Por quê? Resposta: é assim porque assim é. Sempre foi? Sempre será. E se não foi? Mas eu estou dizendo que é. Pois.” II) “O médico olhou-a e bem sabia que ela não fazia regime para emeagrecer. Mas era-lhe cômodo insistir em dizer que não fizesse dieta de emagrecimento”. III) “Ele: - Pois é. Ela: - Pois é o quê? Ele: - Eu só disse pois é! Ela: - Mas “pois é” o quê? Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me entende”. a. I – Indireto; II – Indireto; III – Direto. b. I – Indireto livre; II – Direto; III – Direto. c. I – Indireto livre; II – Indireto; III – Direto. d. I – Indireto; II – Indireto livre; III – Indireto livre. e. I – Indireto livre; II – Indireto; III – Indireto. 0,2 pontos PER GUNTA 2 1. Considerando-se os elementos da ficção, ação, tempo, espaço, personagens e o narrador, quais desses elementos podemos identificar no fragmento dado a seguir na ordem em que aparecem? “- Abre-te, Sésamo! gritava, o Raul, no meio do silêncio pasmado da assistência. A fiada estava apinhada naquela noite.” a. Ação; narrador; personagem; espaço; tempo. b. Ação; narrador; tempo; personagem; espaço. c. Narrador; ação; espaço; personagem; tempo. d. Ação; narrador; personagem; tempo; espaço. e. Narrador; ação; personagem; espaço; tempo. 0,2 pontos PER GUNTA 3 1. Leia os fragmentos a seguir de A Hora da estrela, de Clarice Lispector: I) “Macabéa sentou-se um pouco assustada porque faltavam-lhe antecedentes de tanto carinho. E bebeu, com cuidado, pela própria frágil vida, o café frio e quase sem açúcar. Enquanto isso, olhava com admiração e respeito a sala onde estava”. II) “Lá tudo era luxo. Matéria plástica amarela nas poltronas e sofás. E até flores de plástico.” III) “Pois que a vida é assim: aperta-se o botão e a vida acende. Só que ela não sabia qual era o botão de acender. Nem se dava conta de que vivia numa sociedade técnica onde ela era um parafuso dispensável”. Nos fragmentos anteriores, predominam, respectivamente, os tipos textuais: a. I – Descrição; II – Narração; III – Dissertação. b. I – Narração; II – Descrição; III – Dissertação. c. I – Dissertação; II – Descrição; III – Descrição. d. I – Dissertação; II – Descrição; III – Narração. e. I – Narração; II – Narração; III – Dissertação. PER GUNTA 4 1. Leia o fragmento do conto “O Sésamo”, de Miguel Torga: “-Abre-te, Sésamo! E o antro, com seu deslumbrante recheio, escancarou-se em sedutor convite ... As crianças arregalavam os olhos de espanto. Os homens estavam indecisos entre acreditar e sorrir. As mulheres sentiam todas o que a Lamega exprimiu num comentário: - O mundo tem coisas!...” O fragmento sugere que: a. Todas as pessoas são ignorantes e acreditam em histórias mágicas. b. A revelação do pouco caso que as pessoas fazem para as histórias tradicionais. c. Uma maneira de mostrar como ninguém havia entendido nada sobre a história que fora contada. d. O espanto simples e puro das crianças, certa incredulidade dos homens e a aceitação do mistério pelas mulheres. e. A incredulidade das mulheres frente à credulidade dos homens que sorriem apenase nada questionam, assim como as crianças. AS V PER GUNTA 1 1. Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo: "Como “gênero menor”, Antonio Candido vê no (a)____________ um texto que “fica perto de nós”, na medida em que fala com uma linguagem mais informal, despretensiosa, perto do “nosso modo de dizer mais natural” (p.13). " a. Teatro. b. Romance. c. Novela. d. Poema. e. Crônica. PER GUNTA 2 1. Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo: "Segundo Anatol Rosenfeld, no (a)___________, “os personagens apresentam-se autônomos, emancipados do narrador (que neles desapareceu), mas ao mesmo tempo dotados de todo o poder da subjetividade lírica (que neles se mantém viva).” (Rosenfeld, 2008, p.28)" a. Teatro b. Romance c. Novela d. Poema e. Crônica PER GUNTA 3 1. Sobre a peça O santo e porca, de Ariano Suassuna, considere as seguintes afirmações: I - Ariano Suassuna estabelece uma relação dialógica ou intertextual com o texto de Plauto, na medida em que usa o texto do dramaturgo como base para recriar a sua peça. II - Em O Santo e a Porca, temos a história de Eurico Árabe, mais conhecido como Euricão, um velho avarento, devoto de Santo Antônio, que esconde em sua casa uma porca de madeira, cheia de dinheiro. III - As peças, tanto de Plauto quanto de Ariano Suassuna são tragédias. A tragédia, segundo Aristóteles, volta-se para os homens de psique mais fraca, na qual seus vícios são expostos ao ridículo, produzindo o riso. Está correto o que se diz apenas em: a. III. b. I, II. c. I,II e III. d. II. e. II e III. 0,2 pontos PER GUNTA 4 1. Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo sobre o teatro: Segundo Angélica Soares: “O ___________ é a forma própria para que as personagens ajam sem qualquer mediação, dando-nos sempre a impressão, até mesmo nos dramas históricos, de que tudo está acontecendo pela primeira vez”. (2001, p.59) a. Palco. b. Diálogo. c. Cenário. d. Elemento coreográfico. e. Elemento musical.