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AS de Teoria Literaria Prosa

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Questões resolvidas

Leia atentamente as afirmacoes a seguir, sobre os poemas que você acabou de ler: O poema “A educação pela pedra”, de João Cabral de Melo Neto, é caracterizado pela ________________, procedimento pela qual o texto descreve o próprio ato criador, no caso, a pedra ensina o poeta a criar um estilo para sua poesia: concreta e impessoal. O poema de Mário Barbosa, “O que não dizia o poeminha de Bandeira”, é caracterizado pela________________, pois promove um diálogo com o poema “Irene no céu”, de Manuel Bandeira, recriando a conversa entre Irene e São Pedro, porém discordando das ideias presentes no poema de Bandeira. Já o poema de Augusto Linhares, “Mãe Preta”, é caracterizado pela________________, pois recupera o poema de Manuel Bandeira, apresentando ideias que não contrariam a situação de submissão de Irene.
Assinale a alternativa que preenche, de forma CORRETA, as lacunas:
a. estilização, paródia, metalinguagem
b. paródia, metalinguagem, estilização
c. metalinguagem, paródia, estilização
d. metalinguagem, estilização, paródia
e. estilização, estilização, paródia

Considere as seguintes afirmações quanto à temática apresentada nos dois poemas: I. Os dois poemas apresentam uma temática metalinguística, pois falam sobre o próprio fazer poético. II. Apenas o primeiro poema, de Cecília Meireles, é metalinguístico. III. Apenas o segundo poema, de Carlos Drummond de Andrade, é metalinguístico.
Pode-se afirmar corretamente em
a. I,II eIII.
b. II e III, apenas.
c. I e III, apenas.
d. I e II, apenas.
e. I, apenas.

Sobre o texto “O direito à literatura”, de Antônio Cândido, assinale a alternativa CORRETA:
a. Ao relacionar a literatura com os Direitos Humanos, Candido, citando o sociólogo francês Louis-Joseph Lebret, considera a literatura um bem compressível, indispensável ao homem, como alimentação, a moradia, a saúde etc.
b. A face mais importante da literatura, para Candido, é a de expressar sentimentos e emoções.
c. Candido considera literatura apenas as formas mais complexas das grandes civilizações.
d. Para o crítico, a forma da literatura é que tem a capacidade de humanizar o homem.
e. Candido afirma que para que a literatura erudita possa ser acessível a todos depende da capacidade do professor estimular os alunos a esse tipo de leitura.

Sobre a relação entre os dois fragmentos, considere as seguintes afirmações:
É CORRETO apenas o que se afirma em:
I. Pode-se dizer que tanto Candido quanto Culler destacam a importância da estrutura ou composição dos elementos do texto literário e que isto vai diferenciá-lo do não literário.
II. Tanto Candido quanto Culler enfatizam o papel humanizador da literatura, ou seja, a capacidade que ela tem de nos fazer refletir, conhecer, sentir e ter uma visão de mundo dos indivíduos e da sociedade.
III. Apenas Antônio Candido destaca o papel humanizador da literatura e essa humanização se dá devido à atuação das três faces, simultaneamente, mas com destaque para a primeira. Por isso, o crítico defende a ideia de que a literatura deve ser um direito humano.
a. I.
b. II e III.
c. I e III.
d. I e II.
e. III.

Sobre o texto de Cademartori, é possível afirmar que: I. Cada estilo de época reúne um conjunto de obras escritas em uma determinada época, porém os critérios usados pelos historiadores conciliam o tempo e as características estéticas das obras. II. A cronologia é um critério suficiente para ordenar os fenômenos literários, sem a necessidade dos critérios estéticos. III. A periodologia literária consiste em, não podendo se afastar da história, precisa superá-la para se inserir em um sistema de normas estéticas que dominam a literatura num dado momento histórico.
Está correto o que se diz em:
I, III.
I, II.
I, II e III.
III.

No poema de Cruz e Sousa, temos as marcas de qual estilo (escola) literário?
a. Barroco
b. Arcadismo
c. Modernismo
d. Simbolismo
e. Parnasianismo

Sobre o fragmento, é possível afirmar que: I. Como um texto literário típico do Classicismo do século XVI, nota-se a presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta estrofe, pelos deuses Marte, da guerra, e Neptuno, do mar, que se submetem ao poder do povo português engrandecido ao ponto de ser cessar o canto da antiga Musa. II. Como um texto literário típico do Arcadismo do século XVI, nota-se a presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta estrofe, por Alexandre e Trajano, deuses que tematizam o épico Os Lusíadas, de Camões. III. Como um texto literário típico do Barroco, a estrofe apresenta o conflito entre os deuses Neptuno e Marte, revelando que o poeta quer produzir um poema igual aos dos modelos gregos e romanos.
Está correto o que se diz apenas em:
a. I.
b. I, II.
c. I, II e III.
d. III.

Leia o fragmento a seguir, do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo:
O fragmento revela as marcas do estilo:
a. Romântico
b. Árcade
c. Realista
d. Simbolista
e. Parnasia

Leia o fragmento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis:
Considerando o que você estudou sobre o ponto de vista ou foco narrativo, no trecho dado temos o narrador:
a. Protagonista: porque é o personagem principal do texto.
b. Testemunha: porque nos conta a história de outro(s) personagem(ens).
c. Onisciente: porque é capaz de vasculhar a mente dos outros personagens.
d. Protagonista: porque acompanha a ação do interior dos acontecimentos.
e. Onisciente: revela com muita certeza detalhes dos personagens.

Leia os fragmentos a seguir de A Hora da estrela, de Clarice Lispector:
Nos fragmentos anteriores, predominam, respectivamente, os tipos textuais:
I) “Macabéa sentou-se um pouco assustada porque faltavam-lhe antecedentes de tanto carinho. E bebeu, com cuidado, pela própria frágil vida, o café frio e quase sem açúcar. Enquanto isso, olhava com admiração e respeito a sala onde estava.”
II) “Lá tudo era luxo. Matéria plástica amarela nas poltronas e sofás. E até flores de plástico.”
III) “Pois que a vida é assim: aperta-se o botão e a vida acende. Só que ela não sabia qual era o botão de acender. Nem se dava conta de que vivia numa sociedade técnica onde ela era um parafuso dispensável.”
a. I – Descrição; II – Narração; III – Dissertação.
b. I – Narração; II – Descrição; III – Dissertação.
c. I – Dissertação; II – Descrição; III – Descrição.
d. I – Dissertação; II – Descrição; III – Narração.
e. I – Narração; II – Narração; III – Dissertação.

Leia o fragmento do conto “O Sésamo”, de Miguel Torga:
O fragmento sugere que:
a. Todas as pessoas são ignorantes e acreditam em histórias mágicas.
b. A revelação do pouco caso que as pessoas fazem para as histórias tradicionais.
c. Uma maneira de mostrar como ninguém havia entendido nada sobre a história que fora contada.
d. O espanto simples e puro das crianças, certa incredulidade dos homens e a aceitação do mistério pelas mulheres.
e. A incredulidade das mulheres frente à credulidade dos homens que sorriem apenas e nada questionam, assim como as crianças.

Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo: "Como “gênero menor”, Antonio Candido vê no (a)____________ um texto que “fica perto de nós”, na medida em que fala com uma linguagem mais informal, despretensiosa, perto do “nosso modo de dizer mais natural” (p.13)."
a. Teatro.
b. Romance.
c. Novela.
d. Poema.
e. Crônica.

Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo sobre o teatro: Segundo Angélica Soares: “O ___________ é a forma própria para que as personagens ajam sem qualquer mediação, dando-nos sempre a impressão, até mesmo nos dramas históricos, de que tudo está acontecendo pela primeira vez”. (2001, p.59)
a. Palco.
b. Diálogo.
c. Cenário.
d. Elemento coreográfico.
e. Elemento musical.

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Questões resolvidas

Leia atentamente as afirmacoes a seguir, sobre os poemas que você acabou de ler: O poema “A educação pela pedra”, de João Cabral de Melo Neto, é caracterizado pela ________________, procedimento pela qual o texto descreve o próprio ato criador, no caso, a pedra ensina o poeta a criar um estilo para sua poesia: concreta e impessoal. O poema de Mário Barbosa, “O que não dizia o poeminha de Bandeira”, é caracterizado pela________________, pois promove um diálogo com o poema “Irene no céu”, de Manuel Bandeira, recriando a conversa entre Irene e São Pedro, porém discordando das ideias presentes no poema de Bandeira. Já o poema de Augusto Linhares, “Mãe Preta”, é caracterizado pela________________, pois recupera o poema de Manuel Bandeira, apresentando ideias que não contrariam a situação de submissão de Irene.
Assinale a alternativa que preenche, de forma CORRETA, as lacunas:
a. estilização, paródia, metalinguagem
b. paródia, metalinguagem, estilização
c. metalinguagem, paródia, estilização
d. metalinguagem, estilização, paródia
e. estilização, estilização, paródia

Considere as seguintes afirmações quanto à temática apresentada nos dois poemas: I. Os dois poemas apresentam uma temática metalinguística, pois falam sobre o próprio fazer poético. II. Apenas o primeiro poema, de Cecília Meireles, é metalinguístico. III. Apenas o segundo poema, de Carlos Drummond de Andrade, é metalinguístico.
Pode-se afirmar corretamente em
a. I,II eIII.
b. II e III, apenas.
c. I e III, apenas.
d. I e II, apenas.
e. I, apenas.

Sobre o texto “O direito à literatura”, de Antônio Cândido, assinale a alternativa CORRETA:
a. Ao relacionar a literatura com os Direitos Humanos, Candido, citando o sociólogo francês Louis-Joseph Lebret, considera a literatura um bem compressível, indispensável ao homem, como alimentação, a moradia, a saúde etc.
b. A face mais importante da literatura, para Candido, é a de expressar sentimentos e emoções.
c. Candido considera literatura apenas as formas mais complexas das grandes civilizações.
d. Para o crítico, a forma da literatura é que tem a capacidade de humanizar o homem.
e. Candido afirma que para que a literatura erudita possa ser acessível a todos depende da capacidade do professor estimular os alunos a esse tipo de leitura.

Sobre a relação entre os dois fragmentos, considere as seguintes afirmações:
É CORRETO apenas o que se afirma em:
I. Pode-se dizer que tanto Candido quanto Culler destacam a importância da estrutura ou composição dos elementos do texto literário e que isto vai diferenciá-lo do não literário.
II. Tanto Candido quanto Culler enfatizam o papel humanizador da literatura, ou seja, a capacidade que ela tem de nos fazer refletir, conhecer, sentir e ter uma visão de mundo dos indivíduos e da sociedade.
III. Apenas Antônio Candido destaca o papel humanizador da literatura e essa humanização se dá devido à atuação das três faces, simultaneamente, mas com destaque para a primeira. Por isso, o crítico defende a ideia de que a literatura deve ser um direito humano.
a. I.
b. II e III.
c. I e III.
d. I e II.
e. III.

Sobre o texto de Cademartori, é possível afirmar que: I. Cada estilo de época reúne um conjunto de obras escritas em uma determinada época, porém os critérios usados pelos historiadores conciliam o tempo e as características estéticas das obras. II. A cronologia é um critério suficiente para ordenar os fenômenos literários, sem a necessidade dos critérios estéticos. III. A periodologia literária consiste em, não podendo se afastar da história, precisa superá-la para se inserir em um sistema de normas estéticas que dominam a literatura num dado momento histórico.
Está correto o que se diz em:
I, III.
I, II.
I, II e III.
III.

No poema de Cruz e Sousa, temos as marcas de qual estilo (escola) literário?
a. Barroco
b. Arcadismo
c. Modernismo
d. Simbolismo
e. Parnasianismo

Sobre o fragmento, é possível afirmar que: I. Como um texto literário típico do Classicismo do século XVI, nota-se a presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta estrofe, pelos deuses Marte, da guerra, e Neptuno, do mar, que se submetem ao poder do povo português engrandecido ao ponto de ser cessar o canto da antiga Musa. II. Como um texto literário típico do Arcadismo do século XVI, nota-se a presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta estrofe, por Alexandre e Trajano, deuses que tematizam o épico Os Lusíadas, de Camões. III. Como um texto literário típico do Barroco, a estrofe apresenta o conflito entre os deuses Neptuno e Marte, revelando que o poeta quer produzir um poema igual aos dos modelos gregos e romanos.
Está correto o que se diz apenas em:
a. I.
b. I, II.
c. I, II e III.
d. III.

Leia o fragmento a seguir, do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo:
O fragmento revela as marcas do estilo:
a. Romântico
b. Árcade
c. Realista
d. Simbolista
e. Parnasia

Leia o fragmento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis:
Considerando o que você estudou sobre o ponto de vista ou foco narrativo, no trecho dado temos o narrador:
a. Protagonista: porque é o personagem principal do texto.
b. Testemunha: porque nos conta a história de outro(s) personagem(ens).
c. Onisciente: porque é capaz de vasculhar a mente dos outros personagens.
d. Protagonista: porque acompanha a ação do interior dos acontecimentos.
e. Onisciente: revela com muita certeza detalhes dos personagens.

Leia os fragmentos a seguir de A Hora da estrela, de Clarice Lispector:
Nos fragmentos anteriores, predominam, respectivamente, os tipos textuais:
I) “Macabéa sentou-se um pouco assustada porque faltavam-lhe antecedentes de tanto carinho. E bebeu, com cuidado, pela própria frágil vida, o café frio e quase sem açúcar. Enquanto isso, olhava com admiração e respeito a sala onde estava.”
II) “Lá tudo era luxo. Matéria plástica amarela nas poltronas e sofás. E até flores de plástico.”
III) “Pois que a vida é assim: aperta-se o botão e a vida acende. Só que ela não sabia qual era o botão de acender. Nem se dava conta de que vivia numa sociedade técnica onde ela era um parafuso dispensável.”
a. I – Descrição; II – Narração; III – Dissertação.
b. I – Narração; II – Descrição; III – Dissertação.
c. I – Dissertação; II – Descrição; III – Descrição.
d. I – Dissertação; II – Descrição; III – Narração.
e. I – Narração; II – Narração; III – Dissertação.

Leia o fragmento do conto “O Sésamo”, de Miguel Torga:
O fragmento sugere que:
a. Todas as pessoas são ignorantes e acreditam em histórias mágicas.
b. A revelação do pouco caso que as pessoas fazem para as histórias tradicionais.
c. Uma maneira de mostrar como ninguém havia entendido nada sobre a história que fora contada.
d. O espanto simples e puro das crianças, certa incredulidade dos homens e a aceitação do mistério pelas mulheres.
e. A incredulidade das mulheres frente à credulidade dos homens que sorriem apenas e nada questionam, assim como as crianças.

Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo: "Como “gênero menor”, Antonio Candido vê no (a)____________ um texto que “fica perto de nós”, na medida em que fala com uma linguagem mais informal, despretensiosa, perto do “nosso modo de dizer mais natural” (p.13)."
a. Teatro.
b. Romance.
c. Novela.
d. Poema.
e. Crônica.

Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo sobre o teatro: Segundo Angélica Soares: “O ___________ é a forma própria para que as personagens ajam sem qualquer mediação, dando-nos sempre a impressão, até mesmo nos dramas históricos, de que tudo está acontecendo pela primeira vez”. (2001, p.59)
a. Palco.
b. Diálogo.
c. Cenário.
d. Elemento coreográfico.
e. Elemento musical.

Prévia do material em texto

AS I de Prosa (Segunda Tentativa) 
 
 
PERGUNT A 1 
1. A Educação pela Pedra (de João Cabral de Melo Neto) Uma educação pela 
pedra: por lições; 
 
Para aprender da pedra, freqüentá-la; 
Captar sua voz inenfática, impessoal 
(pela de dicção ela começa as aulas). 
A lição de moral, sua resistência fria 
Ao que flui e a fluir, a ser maleada; 
A de poética, sua carnadura concreta; 
A de economia, seu adensar-se compacta: 
Lições da pedra (de fora para dentro, 
Cartilha muda), para quem soletrá-la. 
 
Outra educação pela pedra: no Sertão 
(de dentro para fora, e pré-didática). 
No Sertão a pedra não sabe lecionar, 
E se lecionasse, não ensinaria nada; 
Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, 
Uma pedra de nascença, entranha a alma. 
 
 
Irene no céu (de Manuel Bandeira) 
 
Irene preta 
Irene boa 
Irene sempre de bom humor. 
 
Imagino Irene entrando no céu: 
- Licença, meu branco! 
E São Pedro bonachão: 
- Entra Irene. Você não precisa pedir licença. 
 
Mãe Preta (de Augusto Linhares) 
 
Quando Dodora ao Céu chegar, é minha crença, 
e ao Chaveiro disser: — Dá licença, meu Santo? 
São Pedro, vendo-a, lhe dirá com certo espanto: 
— Você, Dodora, não precisa de licença!... 
E a porta lhe abrirá paternalmente. E ela, 
para de todo ser feliz numa tal hora, 
seu cachimbinho acende. Acende-o numa estrela; 
mas São Pedro lhe diz: — Não, aqui não, Dodora... 
 
 
O que não dizia o poeminha do Manuel: (de Mário Barbosa) 
 
Irene preta! 
Boa Irene um amor 
mas nem sempre Irene 
está de bom humor 
Se existisse mesmo o Céu 
imagino Irene à porta: 
- Pela entrada de serviço - diz S. Pedro dedo em riste 
- Pro inferno, seu racista - ela corta. 
Irene não dá bandeira 
ela não é de brincadeira 
 
 
Leia atentamente as afirmações a seguir, sobre os poemas que você acabou 
de ler: 
O poema “A educação pela pedra”, de João Cabral de Melo Neto, é 
caracterizado pela ________________, procedimento pela qual o texto 
descreve o próprio ato criador, no caso, a pedra ensina o poeta a criar um 
estilo para sua poesia: concreta e impessoal. 
O poema de Mário Barbosa, “O que não dizia o poeminha de Bandeira”, é 
caracterizado pela________________, pois promove um diálogo com o poema 
“Irene no céu”, de Manuel Bandeira, recriando a conversa entre Irene e São 
Pedro, porém discordando das ideias presentes no poema de Bandeira. 
Já o poema de Augusto Linhares, “Mãe Preta”, é caracterizado 
pela________________, pois recupera o poema de Manuel Bandeira, 
apresentando ideias que não contrariam a situação de submissão de Irene. 
 
 
Assinale a alternativa que preenche, de forma CORRETA, as lacunas: 
 
a. estilização, paródia, metalinguagem 
 
b. paródia, metalinguagem, estilização 
 
c. metalinguagem, paródia, estilização 
 
d. metalinguagem, estilização, paródia 
 
e. estilização, estilização, paródia 
0,2 pontos 
PERGUNT A 2 
1. Leia atentamente os poemas a seguir: 
 
Canção (de Cecília Meireles) 
 
 
Nunca eu tivera querido 
dizer palavra tão louca 
bateu-me o vento na boca 
e depois no teu ouvido. 
Levou somente a palavra, 
deixou ficar o sentido. 
 
O sentido está guardado 
no rosto com que te miro, 
neste período suspiro 
que te segue alucinado, 
no meu sorriso suspenso 
como um beijo malogrado. 
 
Nunca viu ninguém 
que o amor pusesse tão triste. 
Esta tristeza não viste, 
 
E eu sei que ela se vê bem... 
Só se aquele mesmo vento 
Fechou teus olhos, também... 
 
 
Cantores Inúteis (de Carlos Drummond de Andrade) 
 
Um pássaro flautista no quintal 
caçoa de meu verso modernista. 
Afinal fez-nos ambos o universo 
aprendizes ao sol ou à garoa. 
 
A canção absoluta não se escreve, 
à falta de instrumentos não terrestres. 
Aos mestres indagando, mal se escuta 
pingar, de leve, a gota de silêncio. 
 
Eu, pretensioso, e tu, pássaro crítico, 
vence o mítico amor nossa vaidade: 
Os amantes que passam, distraídos 
 
e surdos a tais cantos discordantes, 
a melodia interna é que os governa. 
Tudo mais, em verdade, são ruídos. 
 
 
Considere as seguintes afirmações quanto à temática apresentada nos 
dois poemas: 
I. Os dois poemas apresentam uma temática metalinguística, pois falam sobre 
o próprio fazer poético. 
II. Apenas o primeiro poema, de Cecília Meireles, é metalinguístico. 
III. Apenas o segundo poema, de Carlos Drummond de Andrade, é 
metalinguístico. 
 
 
Pode-se afirmar corretamente em 
 
a. I,II eIII. 
 
b. II e III, apenas. 
 
c. I e III, apenas. 
 
d. I e II, apenas. 
 
e. I, apenas. 
0,2 pontos 
PERGUNT A 3 
1. Sobre o texto “O direito à literatura”, de Antonio Candido, assinale a alternativa 
CORRETA: 
 
a. Ao relacionar a literatura com os Direitos Humanos, Candido, citando o 
sociólogo francês Louis-Joseph Lebret, considera a literatura um bem 
compressível, indispensável ao homem, como alimentação, a moradia, a 
saúde etc. 
 
b. A face mais importante da literatura, para Candido, é a de expressar 
sentimentos e emoções. 
 
c. Candido considera literatura apenas as formas mais complexas das 
grandes civilizações. 
 
d. Para o crítico, a forma da literatura é que tem a capacidade de 
humanizar o homem. 
 
e. Candido afirma que para que a literatura erudita possa ser acessível a 
todos depende da capacidade do professor estimular os alunos a esse 
tipo de leitura. 
0,2 pontos 
PERGUNT A 4 
1. Leia atentamente os dois textos a seguir: 
 
Segundo Antonio Candido, em seu texto “O direito à literatura”: 
 
“A função da literatura está ligada à complexidade da sua natureza, que explica 
inclusive o papel contraditório mas humanizador (talvez humanizador porque 
contraditório). Analisando-a, podemos distinguir pelo menos três faces: (1) ela 
é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; (2) ela é 
uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão do mundo dos 
indivíduos e dos grupos; (3) ela é uma forma de conhecimento, inclusive como 
incorporação difusa e inconsciente.” (2004, p.12) 
“Em geral pensamos que a literatura atua sobre nós devido ao terceiro aspecto, 
isto é, porque transmite uma espécie de conhecimento, que resulta em 
aprendizado, como se ela fosse um tipo de instrução. Mas não é assim. O 
efeito das produções literárias é devido à atuação simultânea dos três 
aspectos, embora costumemos pensar menos no primeiro, que corresponde à 
maneira pela qual a mensagem é construída; mas esta maneira é o aspecto, 
senão mais importante, com certeza crucial, porque é o que decide se uma 
comunicação é literária ou não.” (2004, p.16) 
 
Jonathan Culler, em seu texto “A literariedade”, observa que: “O problema 
essencial consiste em encontrar particularidades específicas das obras 
literárias que sejam suficientemente genéricas (gerais) para manifestar-se na 
prosa assim como na poesia. Esta literariedade possui três características 
fundamentais: 1) os procedimentos do foregrounding (evidentes, de primeiro 
plano) da própria linguagem; 2) a dependência do texto as relações, 
convenções e seus vínculos com outros textos da tradição literária; e 3) a 
perspectiva da integração composicional dos elementos e dos materiais 
utilizados em um texto.” (2003, p.13) 
 
Sobre a relação entre os dois fragmentos,considere as seguintes afirmações: 
 I. Pode-se dizer que tanto Candido quanto Culler destacam a importância da 
estrutura ou composição dos elementos do texto literário e que isto vai 
diferenciá-lo do não literário. 
 
 
 II. Tanto Candido quanto Culler enfatizam o papel humanizador da literatura, ou 
seja, a capacidade que ela tem de nos fazer refletir, conhecer, sentire ter uma 
visão de mundo dos indivíduos e da sociedade. 
 
 
 III. Apenas Antonio Candido destaca o papel humanizador da literatura e essa 
humanização se dá devido à atuação das três faces, simultaneamente, mas 
com destaque para a primeira. Por isso, o crítico defende a ideia de que a 
literatura deve ser um direito humano. 
É CORRETO apenas o que se afirma em 
 
a. I. 
 
b. II e III. 
 
c. I e III. 
 
d. I e II. 
 
e. III. 
 
 
PERGUNTA 2 (CAIU NA SEGUNDA TENTATIVA ;MAS O HEVE RESPONDEU) 
 
1. Sobre a apresentação feita por Domício Proença Filho acerca da 
linguagem literária, exposta no conteúdo teórico desta unidade, 
considere as seguintes afirmações: 
 
I. O autor apresenta como características do discurso literário os 
seguintes itens: complexidade, multissignificação, conotação, liberdade, 
ênfase no significante e variabilidade; 
 
II. A denotação, que caracteriza o discurso literário depende dos 
seguintes fatores: 
1) aspectos fônicos do vocábulo; 
2) da associação com outras palavras; 
3) da própria denotação; 
4) de pertencer a palavras a uma dada língua especial; 
5) de se situar entre os arcaísmos e regionalismos; 
6) de impressões emocionais coletivas ou mesmo individuais (de época). 
III. O texto literário exige um tipo de descodificação que se relaciona com 
o repertório cultural e a capacidade do receptor. 
 
 
 
 
 
Pode-se afirmar corretamente em: 
 
a. I,II eIII. 
 
b. II e III, apenas. 
 
c. I e III, apenas. 
 
d. I e II, apenas. 
 
e. II, apenas. 
 
 
 
 
e
. 
I, apenas. 
 
 
 
 
AS II 
PERGUNT A 1 
1. Leia atentamente o fragmento a seguir, de Lígia Cademartori: 
 
 
"O estudo da literatura não pode dispensar uma identificação do 
fenômeno em relação ao momento histórico em que surgiu. Assim, 
"período", "movimento", "escola", "fase literária" são termos de circulação 
freqüente, e manifestam a tentativa de ordenação dos fenômenos 
literários no tempo. Essa tentativa, porém, enfrenta dificuldades 
metodológicas. A principal delas é a questão da divisão em períodos, em 
que é preciso conciliar os critérios de tempo e os critérios estéticos. Sem 
essa relação, a divisão pode se tornar arbitrária. Uma periodologia pode 
obedecer a um procedimento meramente cronológico, referindo-se à 
literatura do século XVI, do século XVII, etc." (CADEMARTORI, 2001, 
p.7) 
Sobre o texto de Cademartori, é possível afirmar que: 
 
 
 I. Cada estilo de época reúne um conjunto de obras escritas em uma 
determinada época, porém os critérios usados pelos historiadores 
conciliam o tempo e as características estéticas das obras. 
 II. A cronologia é um critério suficiente para ordenar os fenômenos 
literários, sem a necessidade dos critérios estéticos. 
 III. A periodologia literária consiste em, não podendo se afastar da 
história, precisa superá-la para se inserir em um sistema de normas 
estéticas que dominam a literatura num dado momento histórico. 
 
Está correto o que se diz em: 
 
 I, III. 
 
 I, II. 
 
 I,II e III. 
 
 III. 
 
PERGUNT A 2 
1. Leia atentamente o poema a seguir: 
 
Sinfonias do Ocaso (de Cruz e Sousa) 
 
Musselinosas como brumas diurnas 
descem do ocaso as sombras harmoniosas, 
sombras veladas e musselinosas 
para as profundas solidões noturnas. 
 
Sacrários virgens, sacrossantas urnas, 
os céus resplendem de sidéreas rosas, 
da Lua e das Estrelas majestosas 
iluminando a escuridão das furnas. 
 
Ah! por estes sinfônicos ocasos 
a terra exala aromas de áureos vasos, 
incensos de turíbulos divinos. 
 
Os plenilúnios mórbidos vaporam ... 
E como que no Azul plangem e choram 
cítaras, harpas, bandolins, violinos ... 
 
(Disponível em http://www.jornaldepoesia.jor.br/csousa.html#ocaso, 
acessado em 16 de setembro de 2012) 
 
No poema de Cruz e Sousa, temos as marcas de qual estilo (escola) 
literário? 
 
a
. 
Barroco 
 
b
. 
Arcadismo 
 
c
. 
Modernismo 
 
d
. 
Simbolismo 
 
e
. 
Parnasianis
mo 
PERGUNT A 3 
1. Leia atentamente o fragmento a seguir, de Os Lusíadas, de Luís de 
Camões: 
 
Cessem do sábio Grego e do Troiano 
As navegações grandes que fizeram; 
Cale-se de Alexandre e de Trajano 
A fama das vitórias que tiveram; 
Que eu canto o peito ilustre lusitano, 
A quem Neptuno e Marte obedeceram. 
Cesse tudo o que a Musa antiga canta, 
Que outro valor mais alto se alevanta 
 
(Disponível 
em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000162.pdf, 
acessado em 18 de setembro de 2012) 
 
Sobre o fragmento, é possível afirmar que: 
 I. Como um texto literário típico do Classicismo do século XVI, nota-se 
a presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta estrofe, 
pelos deuses Marte, da guerra, e Neptuno, do mar, que se submetem ao 
poder do povo português engrandecido ao ponto de ser cessar o canto 
da 
antiga Musa. 
 II. Como um texto literário típico do Arcadismo do século XVI, nota-se a 
presença da mitologia greco-romana representada, aqui nesta 
estrofe, por Alexandre e Trajano, deuses que tematizam o 
épico Os Lusíadas, de Camões. 
 III. Como um texto literário típico do Barroco, a estrofe apresenta o 
conflito entre os deuses Neptuno e Marte, revelando que o 
poeta quer produzir um poema igual aos dos modelos gregos e 
romanos. 
 
Está correto o que se diz apenas em: 
 
a
. 
I. 
 
b
. 
I, II. 
 
c
. 
I,II e III. 
 
d
. 
III. 
 
PERGUNT A 4 
1. Leia o fragmento a seguir, do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo: 
Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; 
ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; 
pigarreava-se 
grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente 
do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela 
para janela 
as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas 
interrompidas à 
noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham 
choros 
abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se 
formava, 
destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, 
grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns 
quartos 
saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do 
papagaio, 
e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se 
ruidosamente, 
espanejando-se à luz nova do dia. 
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma 
aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. 
 
(Disponível 
em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000003.pdf, 
acessado 
em 15 de setembro de 2012) 
 
O fragmento revela as marcas do estilo 
 
a
. 
Romântic
o 
 
b
. 
Árcade 
 
c
. 
Realista 
 
d
. 
Simbolist
a 
 
e
. 
Parnasia
no 
 
 
 
AS III 
 
PER GUNTA 1 
1. Leia o fragmento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de 
Assis: 
“(....)Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me 
fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me 
interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... 
Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de São 
Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O 
boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as 
rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso 
me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte 
nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem 
rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se 
fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os 
espíritos?Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por 
achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava 
por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava. 
— João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda? 
— Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro.” 
Sege: espécie de carruagem. 
Fonte: http://machado.mec.gov.br/ 
No capítulo dado, prevalece o tempo: 
 
a. Mítico, porque a narrativa nos remete ao universo das lendas. 
 
b. Psicológico, porque o narrador personagem, mergulhado em suas reflexões, está 
imerso em um intervalo de tempo que não corresponde ao do relógio. 
 
c. Cronológico, porque conta com rigor o trajeto do personagem do Largo de São 
Francisco de Paula à casa do Conselheiro. 
 
d. Cronológico, porque o personagem está dominando plenamente seus 
pensamentos, tanto que pode perceber o vento e ver que ele movimenta a saia das 
mulheres, por exemplo. 
 
e. Psicológico, porque se trata de um narrador em primeira pessoa, único foco 
narrativo que permite a construção desse tipo de tempo. 
0,2 pontos 
PER GUNTA 2 
1. São características exclusivas do conto, em geral: 
 
a. A existência de personagens planas e grande quantidade de personagens e 
descrições espaciais. 
 
b. Um intervalo de tempo muito extenso para a ação e uma quantidade restrita de 
personagens. 
 
c. Foco narrativo exclusivamente em terceira pessoa e apenas uma ação. 
 
d. Ação reduzida, geralmente um núcleo dramático, o que leva à quantidade menor 
de personagens e elementos espaciais. 
 
e. Desenvolvimento de personagens redondas e fluxo de consciência. 
0,2 pontos 
PER GUNTA 3 
1. Leia o fragmento a seguir: 
“Quando entrei no pequeno restaurante da praia os dois já estavam sentados, 
o velho e o menino. Manhã de um azul flamante. Fiquei olhando o mar que não 
via há algum tempo e era o mesmo mar de antes, um mar que se repetia e era 
irrepetível. Misterioso e sem mistério nas ondas estourando naquelas espumas 
flutuantes (bom-dia, Castro Alves!) tão efêmeras e eternas, nascendo e 
morrendo ali na areia. O garçom, um simpático alemão corado, me reconheceu 
logo. Franz?, eu perguntei e ele fez uma continência, baixou a bandeja e 
deixou na minha frente o copo de chope. Pedi um sanduíche. Pão preto?, ele 
lembrou e foi em seguida até a mesa do velho que pediu outra garrafa de água 
de Vichy. Fixei o olhar na mesa ocupada pelos dois, agora o velho dizia alguma 
coisa que fez o menino rir, um avô com o neto. E não era um avô com o neto, 
tão nítidas as tais diferenças de classe no contraste entre o homem vestido 
com simplicidade mas num estilo rebuscado e o menino encardido, um 
moleque de alguma escola pobre, a mochila de livros toda esbagaçada no 
espaldar da cadeira.” 
Lygia Fagundes Telles, “O menino e o velho”. 
Disponível em: http://www.releituras.com/lftelles_menino.asp 
Considerando o que você estudou sobre o ponto de vista ou foco narrativo, no 
trecho dado temos o narrador: 
 
a. Protagonista: porque é o personagem principal do texto. 
 
b. Testemunha: porque nos conta a história de outro(s) personagem(ens). 
 
c. Onisciente: porque é capaz de vasculhar a mente dos outros personagens. 
 
d. Protagonista: porque acompanha a ação do interior dos acontecimentos. 
 
e. Onisciente: revela com muita certeza detalhes dos personagens. 
0,2 pontos 
PER GUNTA 4 
1. Considerando-se os elementos da ficção, enredo, tempo, espaço, personagens 
e o ponto de vista ou foco narrativo, quais desses elementos podemos 
identificar no fragmento dado a seguir na ordem em que aparecem? 
“Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha 
a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço 
Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869, quando este ria dela, por ter 
ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras 
palavras.” 
(Machado de Assis, A Cartomante) 
 
a. Enredo; ponto de vista ou foco narrativo; tempo; espaço. 
 
b. Ponto de vista ou foco narrativo; ação; personagens; tempo. 
 
c. Personagem; ação; ponto de vista ou foco narrativo; tempo. 
 
d. Personagem; ação; espaço; tempo; ponto de vista ou foco narrativo. 
 
e. Ponto de vista ou foco narrativo; enredo; personagens; tempo. 
 
 
AS IV 
PER GUNTA 1 
1. Identifique os discursos nos fragmentos a seguir, extraídos da obra A Hora da 
estrela, de Clarice Lispector: 
I) “Macabéa perdir perdão? Porque sempre se pede. Por quê? Resposta: é 
assim porque assim é. Sempre foi? Sempre será. E se não foi? Mas eu estou 
dizendo que é. Pois.” 
II) “O médico olhou-a e bem sabia que ela não fazia regime para emeagrecer. 
Mas era-lhe cômodo insistir em dizer que não fizesse dieta de emagrecimento”. 
III) “Ele: - Pois é. 
Ela: - Pois é o quê? 
Ele: - Eu só disse pois é! 
Ela: - Mas “pois é” o quê? 
Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me entende”. 
 
a. I – Indireto; II – Indireto; III – Direto. 
 
b. I – Indireto livre; II – Direto; III – Direto. 
 
c. I – Indireto livre; II – Indireto; III – Direto. 
 
d. I – Indireto; II – Indireto livre; III – Indireto livre. 
 
e. I – Indireto livre; II – Indireto; III – Indireto. 
0,2 pontos 
PER GUNTA 2 
1. Considerando-se os elementos da ficção, ação, tempo, espaço, personagens e 
o narrador, quais desses elementos podemos identificar no fragmento dado a 
seguir na ordem em que aparecem? 
“- Abre-te, Sésamo! gritava, o Raul, no meio do silêncio pasmado da 
assistência. 
A fiada estava apinhada naquela noite.” 
 
 
a. Ação; narrador; personagem; espaço; tempo. 
 
b. Ação; narrador; tempo; personagem; espaço. 
 
c. Narrador; ação; espaço; personagem; tempo. 
 
d. Ação; narrador; personagem; tempo; espaço. 
 
e. Narrador; ação; personagem; espaço; tempo. 
0,2 pontos 
PER GUNTA 3 
1. Leia os fragmentos a seguir de A Hora da estrela, de Clarice Lispector: 
I) “Macabéa sentou-se um pouco assustada porque faltavam-lhe antecedentes 
de tanto carinho. E bebeu, com cuidado, pela própria frágil vida, o café frio e 
quase sem açúcar. Enquanto isso, olhava com admiração e respeito a sala 
onde estava”. 
II) “Lá tudo era luxo. Matéria plástica amarela nas poltronas e sofás. E até 
flores de plástico.” 
III) “Pois que a vida é assim: aperta-se o botão e a vida acende. Só que ela não 
sabia qual era o botão de acender. Nem se dava conta de que vivia numa 
sociedade técnica onde ela era um parafuso dispensável”. 
Nos fragmentos anteriores, predominam, respectivamente, os tipos textuais: 
 
a. I – Descrição; II – Narração; III – Dissertação. 
 
b. I – Narração; II – Descrição; III – Dissertação. 
 
c. I – Dissertação; II – Descrição; III – Descrição. 
 
d. I – Dissertação; II – Descrição; III – Narração. 
 
e. I – Narração; II – Narração; III – Dissertação. 
PER GUNTA 4 
1. Leia o fragmento do conto “O Sésamo”, de Miguel Torga: 
“-Abre-te, Sésamo! E o antro, com seu deslumbrante recheio, escancarou-se 
em sedutor convite ... 
As crianças arregalavam os olhos de espanto. Os homens estavam indecisos 
entre acreditar e sorrir. As mulheres sentiam todas o que a Lamega exprimiu 
num comentário: 
- O mundo tem coisas!...” 
O fragmento sugere que: 
 
a. Todas as pessoas são ignorantes e acreditam em histórias mágicas. 
 
b. A revelação do pouco caso que as pessoas fazem para as histórias tradicionais. 
 
c. Uma maneira de mostrar como ninguém havia entendido nada sobre a história 
que fora contada. 
 
d. O espanto simples e puro das crianças, certa incredulidade dos homens e a 
aceitação do mistério pelas mulheres. 
 
e. A incredulidade das mulheres frente à credulidade dos homens que sorriem 
apenase nada questionam, assim como as crianças. 
 
 
AS V 
PER GUNTA 1 
1. Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo: 
"Como “gênero menor”, Antonio Candido vê no (a)____________ um texto que 
“fica perto de nós”, na medida em que fala com uma linguagem mais informal, 
despretensiosa, perto do “nosso modo de dizer mais natural” (p.13). " 
 
a. Teatro. 
 
b. Romance. 
 
c. Novela. 
 
d. Poema. 
 
e. Crônica. 
PER GUNTA 2 
1. Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo: 
"Segundo Anatol Rosenfeld, no (a)___________, “os personagens 
apresentam-se autônomos, emancipados do narrador (que neles 
desapareceu), mas ao mesmo tempo dotados de todo o poder da subjetividade 
lírica (que neles se mantém viva).” (Rosenfeld, 2008, p.28)" 
 
a. Teatro 
 
b. Romance 
 
c. Novela 
 
d. Poema 
 
e. Crônica 
PER GUNTA 3 
1. Sobre a peça O santo e porca, de Ariano Suassuna, considere as seguintes 
afirmações: 
I - Ariano Suassuna estabelece uma relação dialógica ou intertextual com o 
texto de Plauto, na medida em que usa o texto do dramaturgo como base para 
recriar a sua peça. 
II - Em O Santo e a Porca, temos a história de Eurico Árabe, mais conhecido 
como Euricão, um velho avarento, devoto de Santo Antônio, que esconde em 
sua casa uma porca de madeira, cheia de dinheiro. 
III - As peças, tanto de Plauto quanto de Ariano Suassuna são tragédias. A 
tragédia, segundo Aristóteles, volta-se para os homens de psique mais fraca, 
na qual seus vícios são expostos ao ridículo, produzindo o riso. 
Está correto o que se diz apenas em: 
 
a. III. 
 
b. I, II. 
 
c. I,II e III. 
 
d. II. 
 
e. II e III. 
0,2 pontos 
PER GUNTA 4 
1. Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo 
sobre o teatro: 
Segundo Angélica Soares: “O ___________ é a forma própria para que as 
personagens ajam sem qualquer mediação, dando-nos sempre a impressão, 
até mesmo nos dramas históricos, de que tudo está acontecendo pela primeira 
vez”. (2001, p.59) 
 
a. Palco. 
 
b. Diálogo. 
 
c. Cenário. 
 
d. Elemento coreográfico. 
 
e. Elemento musical.

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